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domingo, 27 de março de 2011

Solução de mistério de 'cidade dos gêmeos' no RS é destaque no 'NYT'


Prefeitura realiza encontro anual de gêmeos em Cândido Godói

A apresentação de uma possível solução para o mistério da 'cidade dos gêmeos' gaúcha é destaque nesta sexta-feira no jornal americano 'The New York Times'.

Reforçando o destaque internacional que o tema tem recebido pela imprensa mundial, a reportagem aguarda as revelações de um estudo conduzido para explicar o alto percentual de nascimento de gêmeos em Cândido Godói (RS), uma história que motivou várias especulações.

O mistério aumentou quando o jornalista argentino Jorge Camarasa, autor de uma biografia sobre o geneticista nazista Josef Mengele, sugeriu que o fenômeno poderia ter sido resultado dos experimentos realizados por ele durante uma suposta passagem pela região nos anos 1960.

Os moradores se perguntam também se se trata de alguma substância presente na água da cidade, segundo reza a lenda local.

'Um grupo de cientistas agora pode descartar esses rumores de longa data. Úrsula Matte, uma geneticista de Porto Alegre, afirma que uma série de testes de DNA conduzidos em 30 famílias a partir de 2009 identificou um gene específico entre a população de Cândido Godói que aparece mais frequentemente em mães de famílias com gêmeos que naquelas sem gêmeos', escreve o jornal americano.

Josef Mengele
"Josef Mengele"

Pesquisadores descartaram possível 'efeito Mengele' na cidade

'O fenômeno é reforçado por um alto nível de procriação consanguínea entre a população, composta quase inteiramente por imigrantes de língua alemã.'

Os detalhes serão apresentados em um evento da prefeitura nesta sexta-feira, após dois anos de pesquisas conduzidas pelo Instituto Nacional de Genética Médica Populacional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A pesquisadora foi a primeira a registrar cientificamente o fenômeno, particularmente notável na pequena São Pedro, um vilarejo de 350 moradores perto de Cândido Godói. Entre 1990 e 1994, o percentual de nascimentos de gêmeos em São Pedro foi de 10%, comparado com a média nacional de 1%.

A pesquisa analisou certidões de nascimento de 80 anos atrás e concluiu que o fenômeno dos gêmeos já existia nos anos 1930, antes da suposta passagem de Mengele pelo sul do Brasil.

Estudos feitos na água local não mostraram nenhuma substância atípica.

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A nova cara do terrorismo

Por Darío Garzarón
Da EFE


Após os atentados de 11 de setembro em Nova York e os de 11 de março e 7 de julho em Madri e Londres, respectivamente, a opinião pública mundial tomou conhecimento da existência de um terrorismo nunca visto até então. Hoje, sua versão 2.0 avança com estratégias cada vez mais complexas.

Depois de serem completados sete anos dos atentados em Madri, continuamos, quase a cada dia, vendo o reflexo de uma prática que remonta há vários séculos na história: o terrorismo.

Neste novo século, após a ampla cobertura midiática registrada nos atentados de 11 de setembro em Nova York, o terror continua apresentando, seja qual for o lugar onde apareça, metas bem definidas: ferir o maior número de pessoas possível.

O ponto de partida

Os atentados ocorridos nos Estados Unidos em 2001 não só comoveram a opinião pública pelas dramáticas imagens e depoimentos que os rodearam por sua cobertura ao vivo em todo o mundo, mas, como afirma Francisco Llera, professor de Ciência Política da Universidade do País Basco (norte da Espanha), "significaram um antes e um depois no que se refere ao terrorismo, já que romperam o mito da invulnerabilidade da primeira potência mundial e atacaram, de forma espetacular, o coração do capitalismo mundial".

Alfonso Merlos, graduado em Estudos de Segurança pelo Instituto Espanhol de Estudos Estratégicos, acrescenta que "após estes eventos, os Estados tomaram consciência de que o terrorismo internacional é a maior ameaça simétrica existente para as sociedades abertas, enquanto a opinião pública foi testemunha da presença de constantes focos de violência antiocidentais e antidemocráticos".

"Após os atentados ocorridos em Nova York, o governo dos EUA defendeu a destruição de todos os campos de treinamento a céu aberto, o que fez com que a tipologia dos ataques evoluísse fundamentalmente por duas razões: a utilização de campos de treinamento virtuais e a aparição de terroristas isolados", avalia Merlos.

27/03/2011 04h33 - Atualizado em 27/03/2011 08h15

Alemão da RBR lidera desde o início e não é ameaçado em prova com toques e disputas mais atrás. Massa é apenas o sétimo e Rubinho para após punição


Atual campeão mundial, Sebastian Vettel não poderia ter escolhido melhor maneira para começar o ano em que terá de defender seu título: com vitória no GP da Austrália. Após marcar a pole com folga, o alemão da RBR fez um verdadeiro passeio no circuito montado nas ruas do Albert Park, em Melbourne, e não foi ameaçado nas 58 voltas da corrida que marcou a abertura da temporada 2011. Lewis Hamilton, mesmo com problemas na parte dianteira do assoalho, chegou em segundo com a surpreendente McLaren, e o russo Vitaly Petrov, da Renault-Lotus, foi o terceiro, subindo ao pódio pela primeira vez em sua carreira na Fórmula 1.
Os pilotos brasileiros até apareceram bem durante a corrida na Austrália, mas acabaram longe das posições esperadas. Felipe Massa, da Ferrari, fez uma excelente largada, subiu para quinto, travou um emocionante duelo com Jenson Button nas primeiras voltas, mas acabaria apenas em nono, após ser superado pelo companheiro Fernando Alonso, que chegou em quarto. Após a corrida, no entanto, ele seria alçado à sétima posição graças à desclassificação de Sergio Pérez e Kamui Kobayashi, pilotos da Sauber, por irregularidades técnicas em seus carros.
Já Rubens Barrichello, da Williams, fez uma corrida para esquecer. Após escapar na primeira volta e fazer uma bela prova de recuperação, exagerou, bateu na lateral de Nico Rosberg, da Mercedes, em uma disputa de posição, rodou, trocou a asa dianteira e caiu para 15º. No fim, ele acabou abandonando com problemas de câmbio. O alemão também parou.
Grande atração da corrida, a zona de ultrapassagem acabou sendo pouco usada. A rigor, apenas Button fez uma ultrapassagem na área em que a asa traseira móvel poderia ser utilizada por quem estava atacando. O inglês da McLaren, que havia sido punido por ter cortado o caminho em uma disputa com Massa, apertou o botão e superou Kamui Kobayashi, da Sauber. Ele acabou na sexta posição. O uso do Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers) acabou se revelando uma boa defesa contra a asa móvel em Melbourne.
Outro destaque da corrida em Melbourne foi o desempenho da Sauber e, principalmente, do estreante mexicano Pérez. Ele foi o único a fazer apenas uma parada no GP da Austrália e conseguiu ganhar muitas posições na fase final da corrida. Ele terminaria em sétimo, uma posição à frente do companheiro Kobayashi, mas ambos acabaram desclassificados. A próxima corrida da temporada será o GP da Malásia, em Sepang, no dia 10 de abril.
Ao contrário do restante do fim de semana, o domingo começou com sol e temperatura acima dos 20ºC, cinco a mais do que no restante do fim de semana. Antes dos carros na pista, entretanto, um silêncio eloquente. A Fórmula 1 prestou uma homenagem no grid às vítimas do terremoto seguido de tsunami ocorrido no Japão há quase duas semanas. O país asiático, que recebe a categoria no fim do ano, já conta mais de dez mil mortos pela tragédia.
O barulho voltou no momento da largada, que transcorreu tranquilamente para Vettel, que conseguiu pular na liderança com boa folga. Em quinto, Alonso fez a escolha errada ao ir por fora e caiu para nono. Em oitavo, Massa, por sua vez, optou pela linha de dentro e subiu para a quinta posição.
Ainda na primeira volta, Barrichello se envolveu em uma disputa na freada para a curva 3 e saiu da pista, voltando apenas na última posição. Jaime Alguersuari, da STR, e Michael Schumacher, da Mercedes, acabaram se tocando e tiveram de fazer um put stop precoce na segunda volta por causa de problemas em seus carros.
Em quinto, Massa começou a ser pressionado por Button na terceira volta, que não conseguia superar o brasileiro na reta mesmo com o uso da asa traseira móvel. A disputa, que durou muito tempo, acabou permitindo a aproximação de Alonso, que já havia se livrado de dois outros carros e havia subido para a sétima posição. Enquanto isso, Barrichello já tinha subido para a 14º na sexta.
A disputa entre Massa e Button durou até a 12ª volta, quando o inglês tentou a ultrapassagem no S de alta após a reta oposta. O piloto da McLaren cortou caminho, passou a frente e não devolveu a posição. Alonso aproveitou a oportunidade e também superou o brasileiro, que caiu para a sétima posição na corrida naquele momento.
Na liderança, Vettel viu sua vantagem começar a diminuir para Hamilton antes do primeiro pit stop, na 15ª volta. O inglês pararia apenas duas voltas depois e retornaria na segunda posição após um trabalho ruim da McLaren nos boxes. A vantagem do piloto da RBR cresceu para tranquilos seis segundos após o ocorrido com o rival na parada para troca dos pneus.
Punido com um drive through, Button cumpriu a pena na 18ª volta, duas antes de fazer seu pit stop para troca de pneus. Ele tinha caído para fora da zona de pontuação, mas deu sorte em seguida. Na 24ª passagem, Barrichello, que já era o nono após uma bela ultrapassagem em Kobayashi, errou a freada e acertou Nico Rosberg na curva 3. O inglês da McLaren acabou beneficiado e ganhou duas posições na confusão. Rubinho acabaria recebendo um drive through.
A segunda rodada de pit stops começou na 27ª volta, quando Webber trocou para os macios. Alonso parou em seguida. Massa entrou nos boxes na 32ª, para colocar os duros e tentar ir até o fim da prova. O brasileiro acabou perdendo rendimento com os novos pneus, mais lentos e que demoram a chegar mais à temperatura ideal quando estão na pista.
Vettel e Hamilton entraram juntos para a parada final na 36ª passagem. A ordem de ambos ficou inalterada, mas o inglês começou a se preocupar por causa do assoalho solto na parte da frente do carro, problema causado por uma leve saída de pista do inglês da McLaren. Petrov, que vinha em quarto, fez o pit stop na 37ª e assumiu o terceiro posto na 42ª, quando Webber, que já perdia rendimento, colocou os macios para tentar passar Alonso, novo quarto colocado.
Na 40ª volta, o novato Pérez começou sua apresentação para a Fórmula 1. Com a volta mais rápida até aquele momento, o mexicano já estava na zona de pontuação com apenas uma parada. Após poupar pneus, ele avançava com facilidade pelo pelotão. Ele começou a pressionar Massa na 48ª, logo após Button passar o brasileiro, e assumiu o sétimo posto com a parada do ferrarista.
Com problemas no câmbio, Barrichello abandonaria a seis voltas do final, quando estava em 15º. Mais à frente, Massa também sofria para tentar passar Sebastien Buemi, da STR, e ganhar a nona posição. Após algumas tentativas, ele foi bem sucedido na 55ª passagem. Ao mesmo tempo, Alonso tentava chegar em Petrov para roubar o último lugar no pódio, mas o russo não deu chances ao rival.
Na ponta, Vettel cruzou a linha de chegada para vencer a corrida com muita tranquilidade, mais de 22 segundos à frente de Hamilton, que se arrastou com o assoalho danificado para chegar na segunda posição. Atual campeão, o alemão começou 2011 como terminou 2010: no alto do pódio.
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Confira o resultado final do GP da Austrália, em Melbourne (307,574 quilômetros):
1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 58 voltas em 1h29m30s259
2 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 22s297
3 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 30s560
4 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 31s772
5 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 38s171
6 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 54s300
7 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1m25s1008 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 1 volta
9 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 1 volta
10 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1 volta
11 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
12 - Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - a 1 volta
13 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 2 voltas
14 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 3 voltas
Não terminaram:Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 8 voltas/mecânico
Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 9 voltas/câmbio)Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 36 voltas/acidente
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 39 voltas/mecânico
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 39 voltas/mecânico
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 48 voltas/pane mecânica
Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - desclassificado
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - desclassificado
Melhor volta: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m28s947, na 55ª