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terça-feira, 12 de junho de 2018

Por que o tempo parece passar mais rápido a cada ano

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Um médico alemão do século 19 encontrou uma resposta para esse fenômeno e o traduziu em uma equação.
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BBC
Por BBC 
Postado em 12 de junho de 2018 às 23h00m 



















Nossa percepção muda em função dos estímulos a que estamos expostos (Foto: Getty Images/BBC) 

O que acontece quando você entra em um quarto escuro onde há uma vela acesa? Você logo nota a chama, certo?

E se o local estiver completamente iluminado? Provavelmente, você levará mais tempo para se dar conta de que a vela está acesa.

O mesmo ocorre com peso. Uma pessoa pode distinguir perfeitamente a diferença entre um peso de 100 gramas e outro de 120 gramas, mas não é tão fácil diferenciar um de 200 gramas de outro de 220 gramas.

São os mesmos 20 gramas de diferença no dois casos, mas nossa percepção é alterada - e a ciência explica isso, por meio da Lei de Weber.

Um algoritmo
Ernst Heinrich Weber (1795-1878) foi um renomado médico alemão que, no século 19, desenvolveu um importante trabalho nos campos da fisiologia e da psicologia.

Ele foi o primeiro a se dar conta desse fenômeno e a traduzí-lo em uma equação. A fórmula foi melhorada por um psicólogo da mesma época, o também alemão Gustav Theodor Fechner (1801-1887).

A lei diz que, quando são comparados dois estímulos pequenos, basta uma diferença mínima para distinguí-los perfeitamente. Agora, se sua dimensão é maior, os dois elementos devem ser muito diferentes entre si para nos darmos conta.

Por isso, com os pesos, ainda que sejam 20 gramas de diferença em ambos os casos, é mais fácil distinguir a diferença de peso das peças menores. O mesmo se dá com a vela em um quarto escuro.

Essa lei também se aplica à passagem do tempo e explica por que isso parece se acelerar à medida que ficamos mais velhos.

"Ainda que um ano tenha a mesma duração, a relação entre a duração de um ano e o tempo total que você já viveu fica cada vez menor", explica a matemática Hannah Fry em um vídeo do Numberphile, um canal do YouTube especializado na ciência dos números.

Isso significa que não se trata de uma evolução linear e cada ano que passa acrescenta perceptivelmente menos ao total da nossa vida do que a passagem de um ano quando somos pequenos, e é por isso que, quando ficamos mais velhos, temos a sensação de que o tempo passa mais rápido.

Fry usa como exemplo as penas de prisão. "Você sente menos um período de três meses atrás das grades do que um de seis meses. Mas o mesmo não se aplica a uma pena de 20 anos e uma de 20 anos e três meses", explica.

A conclusão é que, ao aumentar a quantidade e o tamanho, cada vez menos percebemos as diferenças de tempo ou peso.
Ao aumentar a quantidade e o tamanho, cada vez menos percebemos as diferenças de tempo ou peso. (Foto: Getty Images/ BBC) 





A Lei de Weber no comércio
De acordo com Fry, essa técnica é aplicada pelas empresas em seus negócios.

Por exemplo, argumenta a especialista, é mais difícil notar um aumento substancial do preço de produtos muito caros como eletrodomésticos ou imóveis do que de produtos bem baratos, como um litro de leite ou um pacote de pão.

Da mesma forma, a Lei de Weber seria usada, garante Fry para reduzir gradualmente o tamanho de produtos, como uma barra de chocolate, e manter o mesmo preço.

O consumidor não perceberia, assim, a alteração, nem que está pagando o mesmo valor por algo menor. 
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Protestos dos '20 centavos' revelaram descrença com o avanço da economia; veja o que mudou até agora

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Cinco anos após a revolta de junho, a recuperação econômica ainda vacila. Os números mostram um país bem mais desaquecido que no cenário que antecedeu a crise e levou o povo às ruas.

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Por Taís Laporta, G1 


Em junho de 2013, ninguém imaginava que o Brasil atravessaria nos anos seguintes uma de suas piores crises. Não havia sinais dela até então. O país gerava mais empregos com carteira assinada e as contas públicas estavam em ordem. Mas, para muitos brasileiros, as coisas não iam tão bem.

O paulistano Diego Soares Thiago estava entre eles. Morador da Zona Leste de São Paulo, ele levava duas horas para chegar ao trabalho de ônibus, no centro da capital. Quando soube que a passagem ia aumentar de R$ 3 para R$ 3,20, decidiu ir para as ruas. Ele já reprovava a qualidade do transporte e, por isso, tinha ingressado no Movimento Passe Livre (MPL), grupo que protagonizou o início das manifestações em 2013.

Os primeiros protestos foram reprimidos pela polícia, mas ganharam ainda mais força. Em poucos dias, multidões estavam ocupando ruas de várias partes do país criticando os principais serviços públicos e pedindo o fim da corrupção. O aumento da passagem havia sido apenas o estopim de uma insatisfação maior que ofuscou o avanço da economia.
A crise ainda não havia chegado, mas uma parte da população estava na universidade pela primeira vez, comprou seu primeiro carro e começou a sentir o peso dessa conta, diz Diego.
A retratista e designer France Oliveira havia se mudado para Natal em 2013 e ficou impressionada com a mobilização contra o repasse da alta dos preços. "Se tudo fosse caro, mas a saúde funcionasse, tudo bem, mas não dava para aceitar isso."
Ônibus lotado em Taguatinga: aumento das passagens em 2013 despertou insatisfação com serviços públicos. (Foto: Larissa Batista/G1 )Ônibus lotado em Taguatinga: aumento das passagens em 2013 despertou insatisfação com serviços públicos. (Foto: Larissa Batista/G1 )

Do crescimento ao pós-crise
Economistas ouvidos pelo G1 avaliam que, em 2013, o sentimento popular estava descolado dos números bons da economia. Nem a melhora do mercado de trabalho evitou o clima de insatisfação popular (veja mais abaixo a evolução de 7 dados econômicos entre 2013 e agora).
O Brasil passava por uma situação econômica confortável e dava sinais de robustez, mas a população não via a contrapartida na qualidade dos serviços como saúde e educação, explica o economista do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), Manuel Thedim.
Para o pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV IBRE, Marcel Balassiano, era a inflação persistente que incomodava o brasileiro e ameaçava seu poder de compra naquela época. A inflação é o único indicador que está melhor agora no pós-crise", observa.
Cinco anos depois da onda de protestos, a recuperação da economia ainda vacila, e os indicadores mostram um país bem mais desaquecido.
O ano de 2013 foi o último da fase positiva da economia. A partir de 2014, foi ladeira abaixo, diz Balassiano.
Veja a evolução de 7 dados econômicos desde os protestos de 2013:

1. Atividade econômica
  • Há 5 anos: PIB cresceu 3% em 2013, apesar de menos que em anos anteriores.
  • Hoje: no pós-crise, país vê recuperação tímida após recessão mais longa da história.
Apesar da descrença popular que prevaleceu em 2013, a economia progrediu em torno de 3% (dados revisados) naquele ano, e o Brasil foi o terceiro país que mais cresceu, atrás apenas da China e da Coreia do Sul, segundo o IBGE. Foi o último ano de atividade aquecida antes da mais longa crise econômica que o país atravessou, com início em 2014.

Cinco anos após os protestos, a economia brasileira ainda patina para voltar ao cenário de crescimento visto no início da década. O PIB voltou a crescer em 2017 (alta de 1%), ainda que de forma modesta, e para 2018 o mercado tem apostado em um avanço em torno de 2,2%.
Evolução do PIB até 2017. (Foto: Arte/G1)Evolução do PIB até 2017. (Foto: Arte/G1)

2. Quadro fiscal
  • Há 5 anos: superávit bateu recorde e governo quitou os juros da dívida.
  • Hoje: dívida pública disparou e chegou a R$ 5 trilhões.
2013 foi o último ano em que as contas públicas fecharam no campo positivo. O quadro fiscal ia tão bem que o superávit de janeiro daquele ano, de R$ 30,25 bilhões, foi recorde para todos os meses e ainda sobrou dinheiro para pagar todos os juros da dívida. O resultado foi favorecido pela forte arrecadação de impostos e contribuições.

Nesse período, cresciam também os gastos públicos, que seriam cortados severamente nos anos seguintes para conter o rombo. Em 2013, o governo revisou seu orçamento para aumentar os gastos em 15%, para R$ 68,4 bilhões. Previu gastar 20% a mais em educação e 17,7% a mais em saúde.

Ao mesmo tempo, a estimativa de desonerações tributárias (reduções de tributos) subiu de R$ 45 bilhões em 2012 para R$ 72,1 bilhões em 2013, pressionando a receita para baixo. Por um lado, os investimentos do governo incentivavam a atividade econômica, mas também pressionavam os gastos e a inflação.

Em 2014, a conta chegou. As despesas superaram a arrecadação em R$ 17,2 bilhões, no maior déficit público da história até ali. Depois, o que se viu foi uma curva crescente de déficits, que só aumentaram e obrigaram o governo a cortar gastos e rever sua meta fiscal, em meio a incertezas sobre se cumpriria a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em 2017, as contas do governo registraram déficit primário de R$ 124,4 bilhões, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril deste ano, a dívida bruta subiu e rompeu o patamar inédito de R$ 5 trilhões. Não há previsão de quando o rombo vai encolher, e o cenário depende de uma agenda de reformas como a da Previdência, que podem não sair do papel diante de um cenário eleitoral incerto.
Evolução das contas públicas entre 2010 e parcial de 2018 (Foto: Juliane Monteiro/G1)Evolução das contas públicas entre 2010 e parcial de 2018 (Foto: Juliane Monteiro/G1)

3. Inflação
  • Há cinco anos: consumo em alta e oferta reprimida pressionou os preços.
  • Hoje: inflação fica abaixo da meta com economia fraca.
Quando os protestos despontaram em 2013, a inflação acendia um alerta entre os economistas, sugerindo o início de um ciclo de alta e de desequilíbrio entre oferta e demanda. Enquanto o consumo cresceu, a produtividade caía e o nível de investimentos também apontava para baixo.

Com mais pessoas consumindo e menos produtos disponíveis, o desequilíbrio se refletiu nos preços. A pressão por maiores reajustes nos salários também pressionou um repasse maior nos custos.

Em 2013, a inflação subiu e fechou em 5,91% – acima da taxa de 5,84% de 2012. Apesar da aceleração, o índice ficou abaixo do teto da meta do Banco Central, de 6,5%. As preocupações com a inflação começaram a chamar a atenção em março, quando o preço do tomate dobrou de preço em 12 meses e subiu 122,13%.

Mas o ápice da alta dos preços seria visto dois anos depois, quando a inflação bateu 10,67% em 2015, já durante a crise econômica.

Foi a própria recessão a responsável por desacelerar os preços dos alimentos e dos serviços, com o desaquecimento do consumo e o desemprego maior, levando a inflação do ano passado a fechar abaixo do piso da meta do BC, em 2,95%. Para este ano, o mercado prevê uma inflação ainda controlada, em torno de 3,45%.
Inflação entre 2010 e 2017 (Foto: Juliane Monteiro/G1)Inflação entre 2010 e 2017 (Foto: Juliane Monteiro/G1)

4. Emprego
  • Há cinco anos: país gerou 1 milhão de vagas, menos que nos anos anteriores.
  • Hoje: país volta a criar vagas de forma modesta.
A criação de empregos com carteira assinada em 2013 superou 1 milhão de postos, mas teve o pior resultado em 10 anos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. A geração de vagas naquele ano também ficou distante do recorde histórico de 2,62 milhões apurado em 2010.

A queda veio apesar de o governo ter tomado medidas para estimular a economia e criar vagas formais nos anos anteriores, como as desonerações da folha de pagamentos, a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para empréstimos de pessoas físicas e as desonerações da linha branca e de automóveis.

Já era sentido o efeito do corte dos estímulos, em 2012, quando o BC começou a subir os juros para conter a inflação em alta.

Mas só em 2015 o país teria uma perda de 1,53 milhão de postos de trabalho, desempenho que se repetiu no ano seguinte. A recuperação deu sinais de melhora em 2017, e entre janeiro e março deste ano o país já havia criado mais de 200 mil vagas, uma retomada ainda distante do desempenho de cinco anos atrás.
Saldo de vagas de emprego entre 2010 e parcial de 2018. (Foto: Juliane Monteiro/G1)Saldo de vagas de emprego entre 2010 e parcial de 2018. (Foto: Juliane Monteiro/G1)

5. Impostos
  • Há cinco anos: carga tributária estava em 32,67% do PIB.
  • Hoje: principal fonte de tributos ainda incide sobre o consumo.
O patamar de impostos pagos em relação à riqueza do país somou 32,38% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, o maior patamar em três anos. Em 2015, a carga tributária havia somado 32,66% do PIB. Em 2013 e 2014, respectivamente, a carga tributária somou 32,56% do PIB e 31,87% do PIB, de acordo com dados revisados pelo Fisco. Veja o especial quanto pagamos de impostos

A principal forma de tributação do país continuou sendo sobre o consumo de bens e serviços, ou seja, os tributos indiretos que são embutidos nos preços pelos comerciantes. Quando elevados, estes impostos tendem a penalizar as camadas mais pobres da população, já que ela paga o mesmo valor que pessoas de renda mais alta, mesmo recebendo menos.

A carga tributária do Brasil tem se aproximado do patamar de países ricos como Suécia (42,8%), Finlândia (44%), Bélgica (44%), França (45%) e Dinamarca (48,6%). Por outro lado, o Brasil estava na última colocação no ranking que mede o retorno oferecido em termos de serviços públicos de qualidade à população em relação ao que o contribuinte paga em impostos.
Carga tributária entre 2010 e 2017. (Foto: Juliane Monteiro/G1)Carga tributária entre 2010 e 2017. (Foto: Juliane Monteiro/G1)

6. Câmbio
  • Há cinco anos: dólar operava em torno de R$ 2.
  • Hoje: moeda chegou a bater R$ 3,90 com incerteza externa e eleitoral.
Entre 2012 e 2013, o consumidor brasileiro estava acostumado a comprar dólares por uma cotação aproximada de R$ 2, e custava a aceitar que a moeda dos Estados Unidos vinha ganhando força. O momento era propício para turistas, a indústria que importava peças e matérias-primas, e também para as empresas com dívida em dólar. Por outro lado, as empresas exportadoras eram prejudicadas por uma receita reduzida e a inflação estava pressionada pela entrada de produtos importados competindo com os nacionais a preços altamente competitivos.

Em 2011, o dólar fechou abaixo de R$ 1,55 pela primeira vez desde 1999. Mas após 2013, o noticiário de um real forte ficou cada vez mais distante. No segundo semestre de 2015, o dólar chegou a alcançar o recorde de R$ 4,19 em meio à instabilidade política e incertezas quanto ao impeachment de Dilma Rousseff. Desde o início de 2018, a moeda voltou a subir e mostrar forte volatilidade, chegando a passar de R$ 3,90, diante de um ambiente eleitoral indefinido e um cenário externo conturbado.
Dólar frente ao real entre 2013 e 2018. (Foto: Juliane Monteiro/G1)Dólar frente ao real entre 2013 e 2018. (Foto: Juliane Monteiro/G1)

7. Mercado de ações
  • Há cinco anos: pior desempenho da bolsa entre 48 países.
  • Hoje: Bovespa bateu recordes, mas sofre com forte volatilidade.
O principal índice de ações do Brasil, o Ibovespa, fechou 2013 com o pior desempenho entre bolsas de 48 países, segundo um levantamento feito pela MoneYou. O indicador cedeu 16,1% no acumulado do ano, em meio a juros altos, temores de risco regulatório e um PIB que crescia abaixo do esperado.

Já em 2018, a Bovespa bateu seguidos recordes e se aproximou dos 90 mil pontos pela primeira vez na história, mas logo perdeu o fôlego e sofreu uma fuga recorde de recursos estrangeiros em maio, somando R$ 8,4 bilhões.
Índice Bovespa entre 2013 e 2018. (Foto: Juliane Monteiro/G1)Índice Bovespa entre 2013 e 2018. (Foto: Juliane Monteiro/G1)

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