Total de visualizações de página

domingo, 3 de abril de 2011

Filho de Bin Laden diz que Bush ofereceu proteção em troca do paradeiro do líder terrorista, mas nega saber onde ele esteja.

    ##= DOHA - Omar Osama bin Laden viveu com seu pai, Osama, até os 20 anos - primeiro na Arábia Saudita e depois no Afeganistão. Parte do tempo, o líder da al-Qaeda não permitiu a seus (pelo menos) 20 filhos (de 4 mulheres) estudar na escola, e tudo que tinha um toque ocidental - geladeiras, brinquedos, aparelhos de som ou ar-condicionado - estava totalmente proibido.

Omar memorizava o Alcorão e participava com frequência de treinos militares. No ano 2000, Abu Haadi, um dos ajudantes do "terrorista número um", atreveu-se a abordar Omar para revelar-lhe um importante segredo: "Estamos preparando um grande plano secreto (leia-se o 11 de Setembro) e por isso muitos de nós vamos virar mártires. Te recomendo que peça permissão a seu pai para ir embora". Segundo Omar, foi a última vez em que viu o líder da al-Qaeda.

O repórter Henrique Cymerman depois de várias tentativas, conseguiu encontrar o filho do líder da al-Qaeda e sua esposa Zaena. Omar explicou que tem medo de alguém matá-lo. Em entrevista para a edição do O GLOBO deste domingo, Omar Bin Laden diz que que Bush ofereceu proteção em troca do paradeiro do líder terrorista, mas nega saber onde ele esteja.
Parece que em janeiro de 2009 os enviados do presidente George W. Bush bateram à sua porta. O que lhe propuseram?
OMAR BIN LADEN: Os representantes dele me disseram que eram da Casa Branca, que me levariam lá, para me defender, ajudar e proteger, com a condição de que eu os ajudasse a encontrar meu pai. Disse-lhes que sentia muito, mas não me comporto assim. É meu pai, e de maneira geral, um filho quer bem ao pai e o respeita. Ainda que muitas vezes, como pessoa, possa estar contra as ideias do pai.
E o que você acha da violência e do terrorismo?
BIN LADEN: Como qualquer ser humano e, especialmente um ser humano na minha posição, não apoio a violência, os combates, os ataques e tal tipo de coisas. Somente se forem realizados por uma boa razão e com consentimento dos grandes governos, e se estes estiverem buscando justiça, como ocorre na Líbia. Por exemplo, a ONU usa tropas em situações específicas para conseguir a paz. Em casos como este, nessas circunstâncias, estou disposto a envolver-me.
Você disse que quer bem a seu pai, embora não esteja de acordo com ele. Pode explicar melhor?
BIN LADEN: Eu fui embora do esconderijo do meu pai quando tinha 20 ou 21 anos. Decidi buscar minha vida do lado de fora. Não tem nada a ver com eles. Eu quis voltar para casa, viver em paz, não me meter na vida dos outros povos.
Se pudesse mudar seu passado, você o faria?
BIN LADEN: Não. O que passou, passou, e pronto. Em dezembro, o Fórum da Aliança de Civilizações da ONU vai se reunir no Qatar. Me ponho à disposição deles, se quiserem meus serviços como enviado para o Oriente Médio. Sei que em nome da paz o mundo todo tem de se pôr em marcha. Não só um indivíduo, um só indivíduo não pode fazer nada, nem eu nem ninguém. Se as pessoas não se unirem, nada acontecerá.
O homem mais procurado do Planeta...pelos Estados Unidos,Claro!
"...pegou Saddan Hussein e Bin Laden,será que pega???...ou será que ele já está morto há muito tempo!...Será que os seguidores fieis e fanáticos a ele não estão mantendo vivo um mito!???"

Como e porque o ato de mentir pode acabar fazendo parte da rotina de trabalho!...



    ##= Quando estagiava na Defensoria Pública estadual, o então estudante de direito M.C. por semanas a fio observou um velhinho, de seus 70 anos, que se despencava do Estácio até o Centro, a pé, atrás de um parecer sobre seu processo. Um dia, perguntou aos colegas qual era a história ali. O senhorzinho, responderam, ganhara uma causa, mas como o réu não tinha bens em seu nome, nada ia levar: não havia o que arrendar para o pagamento. Só que a equipe não enfrentava a situação - não lhe contava a verdade. M.C. contou. E virou herói do velhinho, que até voltou à Defensoria uma vez mais, para presenteá-lo com docinhos.
O caso é só um, entre tantos, que mostram como o ato de mentir faz parte do dia a dia de trabalho. Em enquete feita na semana passada pelo site do Boa Chance - perguntando que profissionais mais mentem no exercício de suas funções - a maioria dos leitores (41%) respondeu advogados, seguidos por vendedores, jornalistas e assistentes de médicos, como mostra matéria de Paula Dias, publicada neste domingo no Boa Chance.

O resultado reforça revelação de pesquisa realizada pelo psicólogo Jerry Jellison, da Universidade do Sul da Califórnia, Estados Unidos: os considerados mais mentirosos são os que têm maior número de contatos sociais, como vendedores, auxiliares de consultórios médicos, advogados, psicólogos e jornalistas. O cientista chegou a essa conclusão após gravar conversas de 20 profissionais de várias áreas.

No caso da mentira no trabalho não estamos falando das sociais, daquelas que todo mundo conta para se livrar de situações embaraçosas. O jogo aqui é esconder a verdade para conquistar um cliente, surpreender o chefe, desfazer um erro ou - no caso do nosso senhorzinho - camuflar possíveis fragilidades. Uma das principais motivações, não importa a área de atuação, seria a competitividade do mercado:

- As pessoas mentem para tirar alguma vantagem ou encobrir deficiências que, imaginam, não serão toleradas. É um comportamento nocivo, pouco sustentável a médio e longo prazos. Mais eficaz é correr atrás do prejuízo: traçar um plano de desenvolvimento para adquirir conhecimentos e reciclar habilidades para garantir o seu espaço - diz Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos.

Segundo José Soares de Souza Filho, presidente do Sindicato dos Empregados, Vendedores, Viajantes e Pracistas do Comércio no Estado do Rio (Venrio), o medo de perder o cliente e a pressão da concorrência não são as únicas causas de os vendedores faltarem com a verdade, vez por outra:

- A falta de conhecimento sobre o produto é uma das principais razões. Hoje, que os consumidores se tornaram mais bem informados e exigentes, o problema ainda é maior. Costumo dizer que o vendedor que mente só vende uma vez, perdendo a chance de multiplicar a clientela.

A fama dos advogados, por sua vez, não é creditada só às teses de defesa ou acusação. Afinal, quem não conhece a famosa piada: "quer saber quando um advogado está mentindo? Basta olhar se seus lábios estão mexendo". Brincadeiras à parte, para Alberto de Paula Machado, vice-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a fama é fruto de desconhecimento de como o profissional age na prática.

- Se o cliente confessa um crime, o advogado não deve omitir o fato, e, sim, defendê-lo com base em suas justificativas, o que é diferente de mentir - diz Machado, para quem alguns advogados não são muito realistas sobre si mesmo. - Muitos mentem sobre sua formação ou dizem que são habilitados para uma função, quando não são.