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domingo, 26 de março de 2023

Biodiversidade vertical: pesquisadores fazem descobertas sobre insetos que habitam copa das árvores na Amazônia

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No Dia Internacional das Florestas, uma pesquisa chama atenção para a biodiversidade desconhecida dessas minúsculas criaturas que vivem bem acima do solo. Maioria das espécies e até alguns gêneros nunca foram descritos na ciência.
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Por Mayara Subtil, Rede Amazônica

Postado em 26 de março de 2023 às 14h25m

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Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA
Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA

Pequenos e muitas vezes imperceptíveis ao olhar humano, os insetos cumprem papel fundamental para os ecossistemas. O grupo mais biodiverso da natureza está na base da alimentação de outros animais, inclusive do homem.

Em alusão ao Dia Internacional das Florestas, celebrado nesta terça-feira (21), a Rede Amazônica destaca uma pesquisa que indica um longo caminho de descobertas a ser trilhado quando o assunto é a biodiversidade dos invertebrados que vivem no topo das árvores da floresta. Seres que cumprem funções imprescindíveis na natureza.

"Se eu explodisse uma bomba na Amazônia e essa bomba fosse capaz de matar só os insetos, estaria comprometendo a sobrevivência das demais espécies, inclusive a humana. Não teria mais o polinizador, por exemplo, para a castanheira, para a andiroba, para as fruteiras e, com isso, não teria também alimento para os peixes", exemplificou o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), José Albertino.

Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA
Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA

São mais frequentes pesquisas de campo sobre insetos serem realizadas próximas do solo ou em baixas altitudes. Porém, um grupo de cientistas resolveu fazer o mesmo experimento na copa das árvores no meio da Amazônia. Segundo o autor do trabalho, o entomólogo Dalton de Souza Amorim, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), da Universidade de São Paulo (USP), o resultado chamou a atenção até dos pesquisadores.

"A fauna de insetos de copa é igual a fauna de insetos no solo? Ou seja, se eu coletar no solo, estou pegando o que tem lá em cima também? E a resposta é não. 61% das espécies nunca apareceram na amostra do solo. O que o projeto mostra é a complexidade, não só em números impressionantes, como a complexidade da fauna e da flora", disse Dalton.

Para a coleta das amostras, o grupo instalou cinco armadilhas de interceptação de voo no mesmo eixo vertical na Estação Experimental de Silvicultura Tropical, do Inpa– uma torre de mais de 50 metros de altura em uma região de floresta delimitada para estudos científicos próxima de Manaus. A mais alta estava localizada a 32 metros do chão. A cada duas semanas as amostras eram retiradas das redes.

Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA
Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA

O processo inteiro durou pouco mais de um ano, e 38 mil exemplares de insetos foram contabilizados pelos pesquisadores só na primeira coleta. O mais surpreendente é que cerca de 90% das espécies coletadas ainda não são descritas pela ciência.

"Vamos coletar de novo durante 14 meses e pegaremos várias amostras e sequenciaremos todos os resultados. Deve dar 300 mil insetos sequenciados e envolver mais de 400 pesquisadores", explicou Dalton de Souza.

O objetivo dos pesquisadores nessa nova etapa é responder perguntas, como quantas espécies de insetos vivem em um único local da floresta e qual a porcentagem de espécies de cada ordem de insetos existe em uma fauna de floresta tropical.

Carência de incentivo à pesquisas

Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA
Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA

Conforme o pesquisador do Inpa José Albertino, descobrir cada vez mais sobre a distribuição vertical dos insetos "vai possibilitar que se faça uma análise da real biodiversidade que existe na Amazônia".

Já segundo Joice Ferreira, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, trabalhos como esse ilustram o quanto ainda se desconhece sobre a biodiversidade do bioma. E para que haja mais descobertas semelhantes, alerta para a necessidade de incentivo a novos trabalhos.

"Precisamos de fomento às pesquisas. Atualmente vemos que as árvores, que são organismos que não se movimentam e são grandes, temos descobertas de novas espécies até em regiões bastante estudadas", concluiu.

Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA
Amostras de insetos coletadas pelos pesquisadores do INPA — Foto: Reprodução/INPA

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A 'espetacular' nova espécie de aranha descoberta na Austrália

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Uma nova espécie de 'aranha de alçapão gigante' foi descoberta em uma floresta na Austrália.
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TOPO
Por BBC

Postado em 26 de março de 2023 às 11h40m

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A nova espécie ganhou o nome de Euoplos dignitas, que significa grandeza e dignidade — Foto: QUEENSLAND MUSEUM via BBC
A nova espécie ganhou o nome de Euoplos dignitas, que significa grandeza e dignidade — Foto: QUEENSLAND MUSEUM via BBC

Uma nova espécie de aranha foi descoberta na Austrália.

A "aranha gigante de alçapão", como animais do tipo são comumente chamados no país, foi encontrada em uma floresta de Queensland, no nordeste da Austrália.

Esse tipo de animal é considerado por especialistas como raro. A aranha pode crescer até atingir cinco centímetros de comprimento, tamanho apontado como "grande para aranhas de alçapão".

Os cientistas que descobriram a espécie dizem que ela pode estar em perigo de extinção devido à perda de vegetação nativa das florestas da região.

O que sabemos sobre a espécie?

A aranha de alçapão tem esse nome porque ela fica em um buraco coberto por folhas durante o dia. À noite, porém, ela abre esse seu alçapão de folhas e pula para capturar insetos para se alimentar.

A aranha foi encontrada em uma floresta da Austrália — Foto: QUEENSLAND MUSEUM via BBC
A aranha foi encontrada em uma floresta da Austrália — Foto: QUEENSLAND MUSEUM via BBC

O nome científico oficial da nova espécie é Euoplos dignitas. Em latim, esse termo pode significar dignidade ou grandeza, e foi escolhido para refletir o tamanho da aranha.

Acredita-se que as fêmeas possam viver por até 20 anos.

Embora elas usem presas cheias de veneno ao caçar, não seriam mortais para os humanos. A mordida, no entanto, pode ser dolorida.

A espécie foi encontrada como parte de uma campanha chamada Project Dig, que dá visibilidade à fauna dessa região da Austrália com o objetivo de fomentar a conservação da natureza.

Cientistas ainda estão estudando a nova aranha — Foto: QUEENSLAND MUSEUM via BBC
Cientistas ainda estão estudando a nova aranha — Foto: QUEENSLAND MUSEUM via BBC

Michael Rix, que liderou a equipe que descobriu o novo aracnídeo, descreveu a nova espécie como uma "aranha espetacular... e uma espécie grande e bonita".

"Ela é muito grande para uma aranha de alçapão", disse Rix, que também é o principal cientista do Museu de Queensland e curador de aracnologia. "As fêmeas dessa espécie podem chegar a cinco centímetros de comprimento corporal."

Já Jeremy Wilson, um dos cientistas da equipe, diz que prefere pensar que a espécie agora é conhecida por todos e pode ser protegida".

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