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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Tesouro medieval comprado por nazistas vira disputa na Suprema Corte dos EUA

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Justiça norte-americana analisa o destino do Tesouro dos Guelfos; coleção foi adquirida durante o regime nazista e descendentes de mercadores de arte judeus contestam a legitimidade da transação. 
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TOPO
Por Sarah Judith Hofmann e Elizabeth Grenier, Deutsche Welle  
08/12/2020 15h01 Atualizado há 07 horas
Postado em 08 de dezembro de 2020 às 22h05m


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Altar da Condessa Gertrude, parte do Tesouro de Guelfos, disputado na Justiça dos EUA — Foto: Wikimedia Commons
Altar da Condessa Gertrude, parte do Tesouro de Guelfos, disputado na Justiça dos EUA — Foto: Wikimedia Commons

A Suprema Corte dos Estados Unidos começou a analisar nesta segunda-feira (7), o caso do Tesouro dos Guelfos, uma série de artefatos religiosos medievais que descendentes de mercadores de arte judeus afirmam ter sido ilegalmente apropriada pelos nazistas, na Alemanha.

São cruzes de ouro, joias e outras obras religiosas dos séculos XI e XIV, que estão expostas no Museu de Artes Decorativas de Berlim. A mais alta corte americana deve determinar se o caso, que há tempos se arrasta no país, pode ser levado adiante (entenda mais abaixo porque o caso é julgado nos EUA).

O Relicário da Cúpula faz parte do Tesouro dos Guelfos — Foto: Wikimedia Commons
O Relicário da Cúpula faz parte do Tesouro dos Guelfos — Foto: Wikimedia Commons
Um caso alemão nos EUA

Hermann Parzinger, presidente da Fundação do Patrimônio Cultural Prussiano – que administra o Museu de Artes Decorativas de Berlim – argumenta que a ação tomada pelos herdeiros dos merchants, na Justiça norte-americana, não tem fundamentos.

"Nossa opinião é que a Alemanha é a jurisdição adequada para um caso que envolve a venda de uma coleção de arte medieval alemã por negociantes de arte alemães para um estado alemão", disse Parzinger em um comunicado.

Em um pedido apresentado antes da sessão, a Alemanha destacou que leva esse tipo de reivindicação a sério.

"O governo alemão forneceu cerca de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 510 bilhões, em valores atuais) para compensar os sobreviventes do Holocausto e outras vítimas da era nazista", afirma o comunicado.

Cruz do Tesouro dos Guelfos, que é centro de uma disputa na Suprema Corte dos EUA — Foto: Wikimedia Commons
Cruz do Tesouro dos Guelfos, que é centro de uma disputa na Suprema Corte dos EUA — Foto: Wikimedia Commons

Segundo nota do governo, uma vez que a venda ocorreu entre alemães, em solo alemão, apenas os tribunais alemães poderiam decidir neste caso. Decidir de outra forma, diz o comunicado, "terá graves consequências de política externa".

"Se abre um caminho para uma série de ações judiciais contra soberanos estrangeiros por seus atos domésticos soberanos – e isso pode levar outras nações a retribuir, forçando os EUA a defender ações semelhantes", conclui o documento.

O governo dos EUA apoia a Alemanha neste caso. 

Um presente para Hitler

O Tesouro dos Guelfos compreende 44 obras-primas de arte eclesiástica medieval que derivam da Casa de Guelfo, uma das mais antigas dinastias europeias que reuniu extensas coleções de arte.

Tendo comprado o Tesouro dos Guelfos da família Welfen, em 1929, um consórcio de marchands judeus vendeu peças avulsas no ano seguinte. Em 1935, 42 peças e joias foram entregues para o então estado prussiano, que as manteve em sua própria coleção.

Hermann Göring, o então primeiro-ministro da Prússia e chefe da Força Aérea Alemã, deu o tesouro a Adolf Hitler como um presente pessoal. Mas os herdeiros dos negociantes de arte judeus dizem que tal presente fora fruto de extorsão.

Alega-se, por exemplo, que um dos comerciantes de arte, Samy Rosenberg, recebeu ameaças de morte. Seus herdeiros argumentam que, se ele não tivesse vendido o tesouro pelo baixo valor de mercado estabelecido pelos nazistas, ele e sua família nunca teriam sido retirados da Alemanha.

Tal versão dos eventos foi aceita pela juíza americana Colleen Kollar-Kotelly em 2017, que declarou: "A tomada do Tesouro [...] guarda conexões suficientes com o genocídio, de modo que a alegada venda forçada pode representar uma violação do direito internacional."

De fato, se o caso for julgado sob as leis do direito internacional, o princípio segundo o qual um estado soberano não pode ser processado perante os tribunais de outro estado torna-se irrelevante.

Um 'acordo justo' em 1935?

O ponto chave no processo em questão é se todos os possíveis casos de arte roubados pelos nazistas devem ser investigados em detalhes ou se basta presumir que, após a tomada de poder por Hitler em 1933, os negociantes de arte judeus foram gradualmente privados de direitos e, portanto, não estavam mais em um nível capaz de atuar livremente no mercado artístico.

A Fundação do Patrimônio Cultural Prussiano defende a primeira opção, alegando que um preço apropriado fora pago em 1935, pois uma crise econômica global havia deprimido o mercado artístico. Parzinger disse que os registros históricos "mostram claramente que houve longas e difíceis negociações em torno do preço e que os dois lados se encontraram exatamente no meio de suas ofertas iniciais".

No entanto, os herdeiros dos negociantes de arte argumentam que, em 1935, não era possível para mercadores judeus obterem um "acordo justo". Eles dizem que o preço de compra, 4,25 milhões de reichsmarks – moeda da época– , foi cerca de um terço do valor real da coleção.

Em todo caso, segundo os princípios do direito internacional, vendas de propriedades por judeus na Alemanha nazista são presumivelmente feitas sob pressão e, portanto, inválidas, disse o advogado dos herdeiros, Nicholas O'Donnell.

Faltam leis para casos de arte roubada na Alemanha

Já em 2008, os advogados que representam os negociantes de arte judeus solicitaram que a Fundação do Patrimônio Cultural Prussiano devolvesse o Tesouro dos Guelfos a seus legítimos proprietários.

Mas em 2015, a chamada Comissão Limbach de especialistas independentes recomendou que o tesouro fosse deixado em Berlim, argumentando que o preço pago em 1935 correspondia ao valor de mercado de então.

Os advogados que representam os herdeiros dos comerciantes de arte disseram então que não tinham escolha a não ser entrar com processos em um tribunal de Washington DC, uma vez que não há base legal para os tribunais considerarem os casos de restituição na Alemanha.

Com o passar dos anos, o caso chegou à Suprema Corte dos EUA, que agora ouvirá argumentos para determinar se os herdeiros da coleção devem ter permissão para continuar com o processo nos tribunais americanos. A decisão é esperada para junho de 2021.

Se for determinado que os tribunais americanos têm jurisdição no caso, isso pode se tornar o precedente para outras ações do tipo. Como tal, o ônus da prova não caberia mais aos herdeiros de negociantes de arte ou proprietários privados possivelmente destituídos de direitos.

Em vez disso, os museus alemães teriam de provar que são proprietários legais das obras de arte que chegaram à sua posse durante a era nazista.

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Alinhamento de Júpiter e Saturno, chuva de meteoros e eclipse solar: os fantásticos eventos no céu em dezembro

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Para terminar um ano de poucos amigos, o céu ao menos oferecerá neste mês espetáculos que podem ser vistos de casa, sem grandes complicações ou equipamentos. 
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Por BBC  
08/12/2020 09h14 Atualizado há 5 horas
Postado em 08 de dezembro de 2020 às 14h15m


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Composição de imagens de chuva de meteoros no Arizona, EUA, em 2017; quanto mais escuro, melhor a visibilidade de espetáculos no céu — Foto: Getty Images via BBC
Composição de imagens de chuva de meteoros no Arizona, EUA, em 2017; quanto mais escuro, melhor a visibilidade de espetáculos no céu — Foto: Getty Images via BBC

2020 provavelmente terminará com pouco fãs.

Mas, pelo menos olhando da Terra para fora, o ano ainda pode se redimir, pois dezembro trará espetáculos no céu que você pode ver de casa, sem a necessidade de telescópios ou equipamentos caros.

Dois planetas se fundindo em um, uma chuva de meteoros, um eclipse solar total... tudo o que você precisa é de um céu limpo, proteção para os olhos quando necessário e algumas dicas sobre para qual direção e quando olhar para o espaço.

Então, em ordem cronológica, aqui está a programação que o cosmos oferece este mês.

13 e 14 de dezembro: Chuva de meteoros Geminídeos, visível em várias partes do mundo

Geminídeos em 2017, no Mar do Japão — Foto: Getty Images via BBC
Geminídeos em 2017, no Mar do Japão — Foto: Getty Images via BBC

Você pode ter até visto meteoros nos últimos meses, mas prepare-se para… "o rei das chuvas de meteoros".

"A maioria das chuvas de meteoros são produzidas quando a Terra passa por trilhas empoeiradas deixadas por cometas", explica Patricia Skelton, astrônoma do Observatório Real de Greenwich, no Reino Unido.

"Mas a chuva de meteoros Geminídeos é diferente — a trilha empoeirada foi deixada para trás por um asteroide chamado 3200 Faetonte."

Portanto, a cada ano, conforme nosso planeta atravessa esse rastro de detritos, podemos desfrutar do espetáculo noturno com até 150 estrelas cadentes por hora em seu pico, de 13 a 14 de dezembro.

"Os meteoros entram na atmosfera da Terra a uma velocidade de cerca de 35 km por segundo... isso é pouco menos de 130 mil km por hora!", exalta Patricia.

Espere ver rastros amarelos — e ocasionalmente verdes e azuis — de luz cruzando o céu noturno, "enquanto os meteoros brilham [em todas as direções]", acrescenta.

Quanto mais escuro, melhor para observar o fenômeno, mas às vezes é possível vê-lo mesmo em áreas urbanas muito iluminadas.

E aqui mais algumas boas notícias: diferente do ano passado, quando os Geminídeos coincidiram com aquela velha conhecida inimiga da observação das estrelas, a Lua Cheia, desta vez estaremos em Lua Nova — quando o céu fica menos iluminado.

14 de dezembro: Eclipse solar total, visível no Chile e na Argentina

Um eclipse solar, para o qual nunca deve se olhar diretamente — Foto: Getty Images via BBC
Um eclipse solar, para o qual nunca deve se olhar diretamente — Foto: Getty Images via BBC

Antes da pandemia de coronavírus, eclipses solares já levaram muitas pessoas para a Patagônia, no sul do Chile e da Argentina.

Mas, afinal, estamos em 2020 e, como tantas outras coisas, a maioria de nós terá que recorrer a transmissões ao vivo para assistir a essa atração.

Se você for um dos poucos sortudos a poder vê-la in loco, lembre-se de nunca olhar diretamente para o Sol — sempre use proteção.

Por 24 mágicos minutos, a Lua Nova passará pela face do Sol, cobrindo-o completamente por "apenas 2 minutos e 9,6 segundos", diz a astrônoma Tania de Sales Marques, do Observatório Real de Greenwich.

"A Lua é 400 vezes menor do que o Sol", explica, mas parece maior porque está muito mais perto de nós, sendo capaz de "tampar todo o disco solar".

A dança da Lua em frente ao Sol poderá ser vista na ponta mais meridional da América do Sul, bem no meio do dia.

Tania diz "pode haver até cinco eclipses solares em um único ano, mas um eclipse solar total só ocorrerá aproximadamente uma vez a cada 18 meses, quando a Lua está na posição certa para bloquear totalmente a luz do Sol."

Então, se você quiser planejar com antecedência, os próximos eclipses solares totais acontecerão na Antártida (dezembro de 2021); Indonésia e Austrália (abril de 2023); EUA e Canadá (abril de 2024); sul da Europa e Groenlândia (agosto de 2026); partes do Norte da África e Oriente Médio (agosto de 2027).  

21 de dezembro: 'Grande conjunção' de Júpiter e Saturno, visível em várias partes do mundo

Da esquerda para a direita, o trio Saturno, Marte e Júpiter ao amanhecer em Alberta, Canadá; esta imagem é uma composição de exposições múltiplas — Foto: Getty Images via BBC
Da esquerda para a direita, o trio Saturno, Marte e Júpiter ao amanhecer em Alberta, Canadá; esta imagem é uma composição de exposições múltiplas — Foto: Getty Images via BBC

"Júpiter e Saturno são provavelmente os melhores planetas a serem observados porque são brilhantes", explica Ed Bloomer, também astrônomo do Observatório Real de Greenwich.

Uma "grande conjunção" é quando há dois planetas sobrepostos, dando a impressão de que eles se fundiram e agora estão brilhando como um só.

E é exatamente isso que veremos na noite de 21 de dezembro.

"Esses 'planetas errantes', Júpiter e Saturno, estarão tão próximos no céu que parecerão estar quase se tocando", diz Ed.

A olho nu, os dois planetas parecerão estar a menos de 0,1º um do outro, mas, na realidade, é tudo um truque de perspectiva: atualmente existem mais de 800 milhões de km entre a Terra e Júpiter, somados a quase o mesmo entre Júpiter e Saturno.

Por alguns meses até agora, os dois planetas gasosos gigantes pareceram se aproximar um do outro, até que finalmente se encontrarão.

"Essas conjunções são divertidas de se observar, especialmente nos dias anteriores e posteriores à sua maior aproximação, para ver como há mudanças", aponta Ed.

E se você tiver um par de binóculos ou um pequeno telescópio, poderá até ver as quatro maiores luas de Júpiter: Io, Europa, Ganímedes e Calisto.

Tire a poeira de seus binóculos: em 21 de dezembro, você poderá ver as luas de Júpiter Io e Calisto (à esquerda), Ganímedes e Europa (à direita) — Foto: Getty Images via BBC
Tire a poeira de seus binóculos: em 21 de dezembro, você poderá ver as luas de Júpiter Io e Calisto (à esquerda), Ganímedes e Europa (à direita) — Foto: Getty Images via BBC

Elas também são conhecidas como Luas Galileanas, porque o astrônomo Galileo Galilei as observou em 1610 com um telescópio que ele inventara.

Uma conjunção Saturno-Júpiter só acontece a cada 19,6 anos, "mas esta é um pouco mais especial do que a maioria, porque a conjunção de 2020 será a mais próxima desde o início do século 17."

A última vez que Júpiter e Saturno estiveram tão próximos foi há 397 anos, em 1623.

Não é de se admirar que astrônomos e amantes das estrelas estejam tão entusiasmados com este evento.

"É mais do que uma oportunidade única na vida!", comemora Ed.

Se o céu estiver limpo, será fácil ver este este raro espetáculo. Mas ele também será rápido: deverá durar uma hora, até que os planetas mergulhem no horizonte.

É melhor planejar com antecedência e passar algumas noites observando a posição dos planetas — o que é em si um belo passatempo — para que, na hora H, você saiba exatamente onde encontrá-los: a sudoeste, meia hora após o pôr do sol.

E como um bônus, 21 de dezembro também é a data exata do solstício: o primeiro dia astronômico de verão no hemisfério sul e inverno no norte.

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Observatório do Clima propõe redução de 81% em emissões de gases de efeito estufa até 2030

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Brasil é o sexto maior emissor de gases estufa do planeta. Proposta mais ambiciosa é necessária para tornar a meta compatível com a limitação do aquecimento global a 1,5ºC.  
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Por G1  
07/12/2020 14h55 Atualizado há uma hora
Postado em 08 de dezembro de 2020 às 12h55m


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Aquecimento global afetará saúde das novas gerações — Foto: Reuters/Yves Herman/File Photo
Aquecimento global afetará saúde das novas gerações — Foto: Reuters/Yves Herman/File Photo

A nova Contribuição Nacional Determinada (NDC, na sigla em inglês) do Brasil para o Acordo do Clima de Paris, que será divulgada esse ano, deveria se comprometer a reduzir as emissões líquidas em 81% até 2030 em relação aos níveis de 2005. Essa é a proposta apresentada nesta segunda-feira (7) pelo Observatório do Clima, rede de 56 organizações da sociedade civil.

Segundo o Observatório do Clima, essa redução significaria chegar ao fim da próxima década emitindo, no máximo, 400 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. Atualmente, a emissão líquida do Brasil é de cerca de 1,6 bilhão de toneladas de gases – o país é o sexto maior emissor de gases do planeta.

Fizemos uma proposta para o país, apontando o caminho do que é necessário e possível fazer pelo clima com justiça, equidade e sem sacrifício. Uma proposta que nos colocaria no lugar que devemos estar; liderando a agenda de meio ambiente globalmente. Com isso, também mostramos que o Brasil é muito maior do que Jair Bolsonaro. Apesar de termos um governo negacionista, queremos afirmar que os brasileiros levam o Acordo de Paris a sério, disse Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.

A proposta representa um significativo aumento de ambição em relação à meta indicativa para a nova NDC do Brasil – 43% de redução até 2030, ou 1,2 bilhão de toneladas. Esse valor adicional é necessário para tornar a meta compatível com a limitação do aquecimento global a 1,5ºC.

"A meta brasileira é considerada 'insuficiente' para cumprir os objetivos do Acordo de Paris de limitar o aquecimento da Terra. Se todos os países tivessem o mesmo grau de ambição do Brasil, o mundo esquentaria 3ºC neste século", explica o Observatório do Clima.

Além da meta de redução de emissões, o Observatório do Clima também propõe que o Brasil adote uma série de políticas públicas que facilitam o cumprimento do compromisso, entre elas:

  • Eliminar o desmatamento em todos os seus biomas até 2030
  • Restaurar 14 milhões de hectares em áreas de reserva legal e áreas de preservação permanente entre 2021 e 2030
  • Restaurar e recuperar 27 mil hectares em áreas de apicuns e manguezais entre 2021 e 2030
  • Recuperar 23 milhões de hectares de pastagens degradadas entre 2021 e 2030
  • Implantar 13 milhões de hectares de sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta (LPF) entre 2021 e 2030
  • Ter 80% das áreas de lavouras do Brasil cultivadas sob sistema de plantio direto até 2030
  • Aumentar em 2 milhões de hectares a área de florestas plantadas no período entre 2021 e 2030
  • Atingir pelo menos 106 Gigawatts de capacidade instalada de energia elétrica de fontes solar, eólica e biomassa em 2030
  • Ampliar a pelo menos 20% a mistura de biodiesel no diesel de petróleo (B20) até 2030;
  • Eliminar os subsídios a combustíveis fósseis até 2030
  • Eliminar a entrada em circulação de novos veículos de transporte urbano de passageiros movidos por motor a diesel até 2030
  • Assegurar o desvio de pelo menos 8,1% de todos os resíduos orgânicos de aterros sanitários do país até 2030
  • Reciclar pelo menos 12,5% de todo o papel oriundo de resíduos domiciliares até 2030
  • Recuperar ou queimar pelo menos 50% de todo o biogás gerado nos aterros sanitários
  • Erradicar todos os lixões do país até 2024

Esta é a segunda proposta de NDC apresentada pelo Observatório do Clima. Em 2015, a rede elaborou a primeira NDC da sociedade civil no mundo, recomendando que o Brasil adotasse uma meta absoluta de redução que levasse o país a um teto de emissões de gases estufa de 1 bilhão de toneladas.

Assim como fizemos em 2015, estamos colocando a barra da ambição do Brasil. Isso é necessário e urgente, porque o mundo está entrando num novo normal em termos de combate a emissões. Vários países já sinalizam que vão zerar suas emissões líquidas em 2050. O aumento de ambição das metas climáticas está se tornando uma precondição para competir no cenário global neste século e o Brasil, se continuar parado, corre o risco de jogar fora mais uma oportunidade histórica de se desenvolver e ao mesmo tempo dar segurança à sua população, disse Tasso Azevedo, coordenador técnico do Observatório do Clima.

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Alta dos alimentos no ano é a maior desde 2002; veja itens que mais subiram

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Inflação das carnes passou de 4,25% em outubro para 6,54% em novembro, acumulando alta de 13,90% no ano; pesquisador vê substituição pelo frango, que também sofre pressão nos preços.  
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Por Daniel Silveira e Laura Naime, G1  
08/12/2020 10h12 Atualizado há uma hora
Postado em 08 de dezembro de 2020 às 11h25m


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IPCA sobe 0,89% em novembro, a maior alta para o mês desde 2015
IPCA sobe 0,89% em novembro, a maior alta para o mês desde 2015

Os preços dos alimentos sofreram mais uma forte alta em novembro, de 2,54%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado de novembro, a alta acumulada de janeiro a novembro alcançou de 12,14% — a maior para um ano desde 2002, quando os alimentos subiram 19,47%.

Ainda faltando os dados de dezembro, no entanto, a inflação desse grupo deve fechar o ano ainda mais alta, já que os preços não dão sinal de arrefecimento.

Inflação dos alimentos no acumulado do ano — Foto: Economia G1
Inflação dos alimentos no acumulado do ano — Foto: Economia G1

O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, enfatizou que o índice de difusão do grupo de alimentos passou de 73% em outubro para 80% o que, segundo ele, demonstra um maior espalhamento da alta de preços entre os produtos alimentícios.

A gente tem os mesmos fatores que continuam influenciando na alta dos preços dos alimentos, como o câmbio num patamar mais elevado, que estimula as exportações; o preço de algumas commodities mais alto no mercado internacional e, pelo lado da demanda, ainda tem influência do auxílio emergencial, explica. 
Carnes pesaram no mês

A inflação dos alimentos de novembro foi a maior para um mês desde dezembro de 2019, quando ficou em 3,38%. Mas para meses de novembro, foi a maior desde 2002, quando ficou em 5,85%.

Carnes formam o item com maior peso na composição do indicador geral da inflação, com impacto de 0,18 ponto percentual no mês. A gasolina, que costuma ser o item de maior peso, foi a segunda maior influência em novembro, com impacto de 0,08 p.p., seguida pelo etanol, com impacto de 0,06 p.p.

A inflação das carnes passou de 4,25% em outubro para 6,54% em novembro, acumulando alta de 13,90% no ano. Já a do frango, passou de 2,41% em outubro para 5,17%, com o acumulado no ano ficando em 14,02%.

"Por causa do preço maior das carnes, pode estar ocorrendo substituição delas pelo frango, pressionando maior alta nos preços deste item", explicou Kislanov.

Inflação dos alimentos - mensal — Foto: Economia G1
Inflação dos alimentos - mensal — Foto: Economia G1

Veja os 50 alimentos que mais subiram no acumulado do ano até novembro

  1. Óleo de soja: 94,1%
  2. Tomate: 76,51%
  3. Arroz: 69,5%
  4. Feijão-macáçar (fradinho): 59,97%
  5. Batata-inglesa: 55,9%
  6. Laranja-lima: 55,64%
  7. Pimentão: 49,75%
  8. Batata-doce: 46,57%
  9. Morango: 42,49%
  10. Feijão-preto: 40,75%
  11. Peixe-tainha: 38,77%
  12. Repolho: 36,09%
  13. Cenoura: 34,41%
  14. Feijão-mulatinho: 32,6%
  15. Fígado: 31,07%
  16. Maçã: 30,2%
  17. Carne de porco: 30,05%
  18. Banana-maçã: 28,2%
  19. Costela: 26,4%
  20. Mandioca (aipim): 26,25%
  21. Açaí (emulsão): 25,41%
  22. Coentro: 25,09%
  23. Leite longa vida: 24,97%
  24. Laranja-baía: 24,08%
  25. Alface: 23,38%
  26. Músculo: 22,92%
  27. Salsicha em conserva: 22,45%
  28. Abobrinha: 22,31%
  29. Peito: 22,13%
  30. Tangerina: 22,09%
  31. Banana-d'água: 21,59%
  32. Laranja-pera: 21,29%
  33. Pera: 21,1%
  34. Mamão: 20,99%
  35. Açúcar cristal: 20,54%
  36. Pepino: 19,32%
  37. Peixe - pintado: 19,29%
  38. Peixe - filhote: 18,63%
  39. Linguiça: 17,87%
  40. Cupim: 17,65%
  41. Manga: 17,24%
  42. Salame: 17,02%
  43. Cimento: 17,02%
  44. Acém: 16,27%
  45. Leite em pó: 15,54%
  46. Cebola: 15,12%
  47. Brócolis: 15,08%
  48. Limão: 14,84%
  49. Lagarto comum: 14,81%
  50. Peixe - corvina: 14,31%