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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Mercado financeiro eleva estimativa de inflação para 4,21%, acima do centro da meta

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Previsão ainda está no intervalo previsto pela meta, de 2,5% a 5,5%. Economistas ouvidos pelo Banco Central estimaram queda de 4,4% no Produto Interno Bruto (PIB).  
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Por Alexandro Martello, G1 — Brasília  
07/12/2020 08h35 Atualizado há 3 horas
Postado em 07 de dezembro de 2020 às 12h00m


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Os analistas do mercado financeiro subiram a estimativa de inflação para 2020 pela décima sétima semana seguida, e agora a previsão ficou acima da meta central, de 4%.

As expectativas fazem parte do boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano passou de 3,54% para 4,21%.

Com a alta, a expectativa de inflação do mercado para este ano passou a ficar, pela primeira vez, acima da meta central de inflação, de 4%, mas ainda está dentro do intervalo de tolerância existente.

Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% neste ano sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

No decorrer do ano, com a pandemia do novo coronavírus e a recessão na economia brasileira, o mercado baixou a estimativa de inflação. Nos últimos meses, porém, com a alta do dólar e com a retomada da economia, os preços voltaram a subir.

Em setembro, a inflação oficial do país avançou 0,64%, a maior alta para o mês desde 2003. Em outubro, subiu para 0,86%, a maior desde 2002.

Para 2021, o mercado financeiro baixou de 3,47% para 3,34% sua previsão de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.

Inflação para famílias de baixa renda em outubro é a maior em quase dois anos
Inflação para famílias de baixa renda em outubro é a maior em quase dois anos

Retração da economia

Sobre o comportamento da economia brasileira em 2020, os economistas do mercado financeiro baixaram sua estimativa de tombo do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,50% para 4,40% na semana passada. Foi a quinta melhora seguida no indicador.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

PREVISÕES DO MERCADO PARA O PIB DE 2020
(EM %)
04/01/20…29/03/201905/06/201901/08/201920/11/201919/02/202013/03/202027/03/202009/04/202024/04/202008/05/202022/05/202005/06/202019/06/202003/07/202017/07/202031/07/202014/08/202028/08/202011/09/202025/09/202009/10/202023/10/202006/11/202020/11/202004/12/20200-7,5-5-2,52,55
Fonte: BANCO CENTRAL

Na última semana, o mercado subiu de 3,45% para 3,50% a estimativa de expansão do PIB para 2021.

A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nos últimos meses, porém, indicadores têm mostrado uma retomada da economia brasileira.

Taxa básica de juros

Após a manutenção da taxa básica de juros em 2% ao ano no fim de outubro, o mercado segue prevendo estabilidade na Selic neste patamar até o fim deste ano.

Para o fim de 2021, a expectativa do mercado permaneceu inalterada em 3% ao ano. Isso quer dizer que os analistas seguem estimando alta de juros em 2021.

Outras estimativas

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 recuou de R$ 5,38 para R$ 5,22. Para o fechamento de 2021, a estimativa caiu de R$ 5,20 para R$ 5,10 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2020 subiu de US$ 57,90 bilhões para US$ 58 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado permaneceu em US$ 56,50 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano caiu de US$ 45 bilhões para US$ 43,15 bilhões. Para 2021, a estimativa ficou estável em US$ 60 bilhões.

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Novembro teve as temperaturas mais altas para o mês em toda a história, diz relatório

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Documento do serviço de mudanças climáticas europeu aponta que as temperaturas do mês passado foram 0,77ºC mais elevadas do que a média de 1981 a 2010, e superaram em 0,13ºC os recordes anteriores, registrados em 2016 e 2019. 
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TOPO
Por France Presse

Postado em 07 de 2020 às 11h30m


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Foto mostra homem de 84 anos tentando salvar casa onde morou por 77 anos em meio a um incêndio em Vacaville, Califórnia, no dia 19 de agosto. — Foto: Noah Berger/AP
Foto mostra homem de 84 anos tentando salvar casa onde morou por 77 anos em meio a um incêndio em Vacaville, Califórnia, no dia 19 de agosto. — Foto: Noah Berger/AP

O mês passado foi o novembro mais quente da história mundial, anunciou nesta segunda-feira (7) em um relatório o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia.

De acordo com as análises, as temperaturas de novembro de 2020 foram 0,77ºC mais altas do que a média para o mês dos 30 anos de 1981 a 2010. Também superaram em 0,13ºC os recordes anteriores para esse período, registrados em 2016 e 2019.

Os 12 meses entre dezembro de 2019 e novembro de 2020 registraram temperaturas 1,28ºC superiores na comparação com a era pré-industrial, segundo o balanço.

O período de 2015 a 2020 também representa os 6 anos mais quentes já registrados na história. O resultado aproxima o planeta do primeiro limite estabelecido pelo Acordo de Paris sobre o clima, assinado em 2015 por quase 200 países.

O pacto pretende fazer com que a temperatura do planeta aumente menos que 2 ºC – e, se possível, menos que 1,5 ºC – em relação à que era na época pré-industrial. O aumento já está próximo de 1,2 ºC, e o planeta ganha, em média, 0,2ºC a cada década desde o fim dos anos 1970, aponta o programa Copernicus.

Aquecimento

Embarcação navega entre pedaços de degelo no mar do Ártico em 2019 — Foto: Christian Aslund/Greenpeace/Divulgação
Embarcação navega entre pedaços de degelo no mar do Ártico em 2019 — Foto: Christian Aslund/Greenpeace/Divulgação

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou, na semana passada, que 2020 deve ficar no pódio de anos mais quentes. Os dados provisórios deixam este ano, até agora, na segunda posição, atrás apenas de 2016, mas a diferença é tão pequena que a classificação pode mudar.

Ao adicionar os dados de novembro, 2020 ficou mais perto do recorde de 2016, destacou o balanço Copernicus.

"Estes recordes estão de acordo com a tendência, a longo prazo, do aquecimento do planeta", comentou Carlo Buontempo, diretor do programa europeu sobre mudanças climáticas.

Ele também pediu aos governantes que "observem os recordes como sinais de alerta e busquem as melhores formas de respeitar os compromissos do Acordo de Paris".

Ativistas das mudanças climáticas esperam que a reunião de cúpula programada para sábado (12) pela ONU e o Reino Unido, pelo quinto aniversário do Acordo de Paris, sirva para dar um um novo impulso às metas estabelecidas para combater o aquecimento global.

Em novembro, as temperaturas foram especialmente elevadas na Sibéria, no Oceano Ártico, em parte do norte da Europa e dos Estados Unidos, América Latina e oeste da Antártica.

O bloco de gelo do Ártico atingiu o segundo menor nível já visto em 40 anos de medição por satélite. Carlo Buontempo, do programa europeu de mudanças climáticas, descreveu a situação como "preocupante", e que destaca "a importância de uma vigilância global do Ártico, que registra o aumento da temperatura de modo mais rápido que o resto do mundo", disse.

Hemisfério Sul

Foto aérea mostra incêndio na ilha australiana de Fraser Island, no dia 30 de novembro. — Foto:  Queensland Fire and Emergency Services via Reuters
Foto aérea mostra incêndio na ilha australiana de Fraser Island, no dia 30 de novembro. — Foto: Queensland Fire and Emergency Services via Reuters

E enquanto o verão no Hemisfério Sul está apenas começando, a Austrália já registrou sua primeira onda de calor, com 48°C em Andamooka, no sul do país, e novos incêndios florestais na Ilha Fraser, incluída no patrimônio mundial da Unesco.

A Europa registrou o outono mais quente de sua história, com temperaturas quase 1,9 ºC mais elevadas que no período de referência, e 0,4 ºC superiores ao recorde anterior, do outono de 2006.

A base de dados de satélite do Copernicus para a observação das temperaturas data de 1979, mas o programa também considera dados climáticos até a era pré-industrial para determinar tendências climáticas de longo prazo.

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