Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Quem tinha dinheiro aplicado na caderneta de poupança em 2015 ficou mais pobre: a aplicação, que rendeu 8,15% no ano, não alcançou a inflação do período, de 10,67%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE.
RENDIMENTO DA POUPANÇA
Descontada a inflação, em %
Fonte: Economatica
Com isso, descontada a inflação, a poupança teve uma perda de poder aquisitivo de 2,28%, de acordo com a Economatica. É o pior resultado desde 2002, quando a perda foi de 2,9%, e o segundo pior desempenho desde a implantação do Plano Real, em 1994. Desde 1980, a poupança perdeu para a inflação em outras cinco oportunidades. O pior ano para o rendimento da caderneta foi 1990, quando a perda de poder aquisitivo foi de 22,44%. O baixo rendimento foi um dos motivos da saída recorde de recursos da caderneta no ano passado, quando as retiradas superaram os depósitos em R$ 53,56 bilhões. Com as taxas de juros em alta, cresce a remuneração de investimentos como fundos de renda fixa e tesouro direto – quem tem dinheiro para investir, então, vai buscar um retorno maior e deixa a caderneta.
Anay Cury e Matheus RodriguesDo G1, em São Paulo e no Rio
08/01/2016 09h00 - Atualizado em 08/01/2016 10h21
Postado às 09h30m
O Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA), conhecido como a inflação oficial do país, ficou em 0,96% em dezembro, fechando o ano de 2015 em 10,67%, a maior taxa desde 2002, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (8).
INFLAÇÃO FECHADA NO ANO
em %
Fonte: IBGE
Veja os itens que mais subiram e os que ficaram mais baratos em 2015 Considerando apenas o mês de dezembro, o avanço de preços também é o mais alto em 13 anos, quando o IPCA do período chegou a 2,10%. Esse resultado indica que a inflação fechou bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central para o ano. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Em 2014, o índice havia avançado 6,41%.
Custo de vida ainda mais caro O que mais pesou no bolso do brasileiro no ano passado foi o aumento de preços dos alimentos e das bebidas. De 8,03% em 2014, a taxa subiu para 12,03%. Não foi o aumento mais forte entre todos os tipos de gastos analisados pelo IBGE, mas seu peso é o maior no cálculo do IPCA.
Gastos com habitação também subiram bastante: de 8,8% para 18,31%. Depois desse grupo vem o de transportes, que registrou forte avanço: de 3,75% em 2014 para 10,16%, no ano seguinte. De acordo com o IBGE, o maior impacto do ano na análise individual dos itens - não dos grupos - partiu da energia elétrica e dos combustíveis. A conta de luz do consumidor brasileiro ficou, em média, 51% maior que em 2014. São Paulo e Curitiba aplicaram os maiores reajustes, de 70,97% e 69,22%, respectivamente. Com o aumento do preço da gasolina autorizado pela Petrobras no início de setembro, o reajuste no valor dos combustíveis chegou a 21,43%. A gasolina, especificamente, subiu 20,10% em média - um pouco abaixo do avanço médio do custo do etanol, de 29,63%. Tiveram variações próximas e abaixo da média os grupos de despesas pessoais (9,5%), educação (9,25%) e saúde e cuidados pessoais (9,23%). Dentro desses tipos de gastos, as principais pressões partiram dos empregados domésticos, dos jogos de loteria, de serviço bancário, excursão, cabeleireiro, cigarro e manicure.
As menores taxas foram vistas em artigos de residência (5,36%), de vestuário (4,46%) e de comunicação (2,11%). Previsões O resultado ficou próximo do previsto pelos economistas do mercado financeiro, que estimavam para o ano uma taxa de 10,72%, segundo o boletim Focus mais recente, divulgado pelo Banco Central. Raio-X do IPCA O índice é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos de dez regiões metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
No cálculo do índice de dezembro, por exemplo, foram comparados os preços pesquisados de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2015 (referência) com os preços vigentes de 28 de outubro a 27 de novembro de 2015.