Total de visualizações de página

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Os fósforos

Piada do Dia. = 003\2011

Um certo dia Manoel avisa para Joaquim que vai ao
Brasil e pergunta ao amigo:

- Joaquim, você quer que eu lhe traga alguma coisa do
Brasil?

Joaquim responde:
- Sim, eu queria uma caixa de fósforos, pois, me
falaram que os fósforos do Brasil são muito bons!

Depois de um mês de viajem, Manoel volta à Portugal e
os dois se encontraram no aeroporto e Manoel falou:

- Meu amigo Joaquim estou de volta! Estão aqui seus
fósforos!

- Muito obrigado.
E cada um foi para sua casa. Chegando em casa Joaquim
foi testar seus fósforo mais nenhum funcionava. Então
resolveu ligar para Manoel para falar o problema.

- Manoel, eu estou lhe ligando para dizer que eu estou
muito triste, pois nenhum de meus fósforos está
prestando...

- Joaquim, mais como isso pode acontecer? Eu testei
todos no avião??!!!

Alemanha terá balanço gigante para lembrar reunificação



##= A cidade de Berlim, capital da Alemanha, vai ganhar um novo monumento para comemorar a reunificação do país. Uma plataforma côncava de 50 metros de comprimento, acessível aos visitantes será instalada. Os visitantes poderão fazer o monumento balançar de um lado para o outro de acordo com sua distribuição em cima da obra.

A comissão cultural do Parlamento alemão aprovou nesta quarta-feira um projeto que terá um custo de dez milhões de euros (US$ 14,4 milhões). O balanço será instalado na Avenida Unter der Linden, na antiga Berlim Oriental, perto do local onde um dia esteve o palácio imperial.

O Parlamento lançou em 2007 uma licitação com o objetivo de criar um monumento simbólico da revolução pacífica que acabou com o regime comunista da Alemanha Oriental, provocando a queda do muro de Berlim em 1989 e a reunificação do país no ano seguinte. O vencedor da licitação foi o escritório do arquiteto Johannes Milla de Stuttgart e da coreógrafa Sasha Waltz.

Esse projeto venceu outros dois que chegaram à final, depois de uma longa seleção de obras apresentadas por 386 artistas e arquitetos. O monumento, que será construído em metal e vidro, terá o nome de "cidadãos em movimento" e terá uma placa com o slogan gritado pelos manifestantes no leste da Alemanha: "somos o povo. Somos o povo".
Vida boa é vida de cachorro!...Heim,Vaggabbond!

Veja as primeiras impressões do Xoom, tablet da Motorola.

** = Aparelho é considerado o primeiro grande concorrente do iPad.
Com tela de 10,1 polegadas, tablet roda o sistema 'Honeycomb'. = **



A Motorola apresentou na terça-feira (12), seu primeiro tablet que chega ao mercado brasileiro, o Xoom. O G1 teve acesso ao aparelho com o sistema operacional Android 3.0 que estará disponível pelas três principais operadoras brasileiras nas próximas duas semanas a partir de R$ 1,9 mil (versão com Wi-Fi e 32 GB). A pré-venda do tablet começou na terça-feira.

Confira as primeiras impressões do tablet::

Design
O Xoom tem um desenho limpo, sem teclas na frente. Para ligar o aparelho, deve-se pressionar um botão na parte traseira próximo à câmera. Isso pode levar à pergunta: "onde liga?". Uma vez achado o botão, é dado o boot que apresenta o logo da Motorola e a inscrição "Dual Core Technology", em menção ao processador de núcleo duplo de 1 GHz.


Botão de ligar fica na parte traseira no tablet Xoom, da Motorola (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)Botão de ligar fica na parte traseira
(Foto: Gabriel dos Anjos/G1)

Interface
Após ligado, o usuário encontra uma tela que deve ser desbloqueada tocando num ícone de um cadeado. Uma vez feito isso, aparece outro cadeado para o qual deve-se arrastar um círculo para, então ter acesso ao sistema. Não há mensagem informando o que deve ser feito, o que pode deixar,mais uma vez, o usário meio sem saber o que fazer.

Em seguida, o menu inicial apresenta uma janela em forma de widget que pede para acessar uma conta do Gmail. Após essa configuração, o usuário tem acesso aos e-mails e fotos do serviço de álbum digital Picasa.

Um recurso interessante do teclado virtual é a tecla ".com" que adiciona o sufixo dos endereços da internet, bastante útil quando se preenche campos com e-mails ou URLs. Mantendo-o pressionado, abre opções para as variações ".gov", ".net" ".org" e ".edu".

Tela inicial do Motorola Xoom (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)   Tela inicial do Motorola Xoom (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)

O recurso facilitador de digitação, Swype, não vem pré-instalado no Android 3.0. Quem está acostumado a usá-lo em smartphones nas versões anteriores do sistema do Google, certamente sentirá falta dele. Uma busca na Loja virtual Android Market para ver se existe um app que o adicione, retorna 61 resultados e nenhum tem a ver com o que se quer.

Peso
Com 730 g, o tablet da Motorola tem o mesmo peso da primeira versão do iPad da Apple com Wi-Fi e 3G e é cerca de 120g mais pesado que o iPad 2.
Multimídia
O Xoom possui saída HDMI para exibir filmes em HD (720p) numa TV e, diferente do iPad, tem suporte para sites com conteúdo em Adobe Flash. Com tela sensível ao toque de 10,1 polegadas, o tablet tem câmera de 5 megapixels para capturar vídeos em alta definição e webcam de 2 megapixels para videoconferências. O aparelho também possui conexão Wi-Fi e 3G.

Tablet Xoom vem acompanhado de uma cabo USB e fonte de alimentação (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)Tablet Xoom vem acompanhado de uma cabo USB e fonte de alimentação (Foto: Gabriel dos Anjos/G1)

O Tablet  Xoom, da Motorola Chegará ao Brasil  em Abril por R$ 1.900,00

    A Microsoft explica atrasos na atualização do Windows Phone 7.

    Executivo culpou em parte as fabricantes do aparelho pelo problema.
    Sistema operacional para celulares vai chegar ao Brasil ainda em 2011.


    ##= A Microsoft explicou o atraso em liberar atualizações para o software de seu novo telefone nesta quarta-feira (13), culpando em parte as fabricantes do aparelho pelo problema. O Windows Phone 7, lançado em outubro como uma tentativa da Microsoft de alcançar a Apple e o Google no mercado de smartphones, foi bem recebido, mas criticado pela falta de algumas funções básicas como “copiar e colar”.

    Inicialmente, a Microsoft afirmou que uma atualização do software seria disponibilizada no início de 2011 para remediar o problema, mas ela não foi implementada ainda para a maior parte dos usuários. “Esperávamos que tivesse acontecido antes”, afirmou o diretor do programa do Windows Phone, Joe Belfiore, em uma conferência para desenvolvedores de software em Las Vegas, nesta quarta-feira (13).

    Belfiore disse que o processo de atualização foi iniciado, mas a companhia enfrentou problemas com alguns aparelhos recém produzidos que não funcionaram adequadamente após a atualização. Ele não nomeou nenhuma das fabricantes envolvidas. A Samsung, a HTC e a LG são as principais fabricantes dos Windows Phones.

    Após ter encontrado os problemas, a empresa reformou seu procedimento de atualização, disse Belfiore, adicionando mais tempo ao processo. “Sentimos que seria melhor sermos um pouco mais pacientes, termos certeza de que quando disponibilizássemos a atualização, isso aconteceria de forma confiável, e, infelizmente, isso atrasou o processo”, disse.

    Belfiore disse estar “otimista” de que não acontecerão problemas similares com atualizações futuras. Conforme a assessoria de imprensa da Microsoft no Brasil, o Windows Phone 7 vai chegar ao país ainda em 2011.

    Pacote do Office na web permite editar textos e planilhas de graça

    ""- Microsoft lança Office Web Apps em português nesta quarta-feira (13).
    Serviço traz o Word, Excel, Power Point e OneNote que rodam
    ''na nuvem". - ""



    Do G1, em São Paulo
     

    O OneNote é um dos programas disponíveis no Office Web Apps (Foto: Reprodução)O OneNote é um dos programas disponíveis
    no Office Web Apps (Foto: Reprodução)
    Pensando em atingir uma parcela da população que não possui o pacote de ferramentas do Office, que inclui programas como o Word, Excel, Power Point, ou que utiliza o PC em locais como lan houses ou nas escolas, a Microsoft lança nesta quarta-feira (13) no Brasil o Office Web Apps. Por meio da internet, o usuário doméstico pode produzir textos, planilhas e apresentações, compartilhar com colegas e deixar tudo salvo em servidores "na nuvem".
    O produto também chegará para usuários de 17 países na América Central e do Sul.
    O serviço, totalmente em português (inclusive com correção de textos no nosso idioma), está disponível dentro do Windows Live, que possui o Hotmail, serviço de e-mail da empresa, o comunicador Messenger e o espaço de armazenamento SkyDrive. Com os programas Word, de edição de textos; Power Point, de criação de apresentações; Excel, criação de planilhas; e o OneNote, caderno de notas, ele chega para competir com outros serviços similares como o Google Docs, por exemplo, e apostando na marca da Microsoft
    "O foco da Microsoft hoje está em tornar disponíveis estes aplicativos dentro do Hotmail e do SkyDrive e estender o uso do Office para pessoas que não têm o acesso ou estão na rua ou, ainda, como acontece com 45% de dos brasileiros que acessam a internet, usam computadores em locais públicas"diz Carolina Aranha, gerente de on-line da Microsoft Brasil.
    O Office Web Apps está acessível em mais de 190 mercados e pouco mais de seis meses após o seu lançamento, mais de 30 milhões de pessoas já utilizam o produto.
    Para o usuário utilizar o Office Web Apps, ele precisa ter uma conta Windows Live ou do Hotmail, criada gratuitamente. Em seguida, na área superior, ele precisa clicar na opção "Office" para acessar o conteúdo que roda diretamente na nuvem. "Tudo o que é feito nos programas, como busca e inserção de arquivos ClipArt no Power Point, é feito por meio da nuvem, conta Ana Beatriz Silveira, gerente de Windows Live para a America Latina. "O usuário pode editar os arquivos em qualquer computador e visualizá-los no PC e em smatrphones".
    Imagem do Word para a web (Foto: Reprodução)Imagem do Word para a web (Foto: Reprodução)
    Embora rode diretamente nos navegadores, nem todas as versões são compatíveis. O Office Web Apps roda a partir do Internet Explorer 7, FireFox 3.5, Safari 4 e do Chrome 3.
    Os arquivos, além de serem editados diretamente no navegador, sem a necessidade de instalação de programas, podem ser abertos em programas do Office instalados no PC. As versões compatíveis são da edição 2003 para frente, sendo que no Mac, a compatibilidade é da edição 2008 para frente. Embora apresente todos os recursos básicos presentes na suíte do Office, os programas não possuem todos os elementos das versões de mesa.
    Com o Office Web Apps, a intenção da Microsoft é que os usuários reduzam o grande número de arquivos anexos enviados no e-mail. Além de ter essa possibilidade no pacote da nuvem, um link que direciona ao arquivo criado na web evita o envio de mensagens pesadas. O usuário pode até selecionar se um amigo, por exemplo, pode apenas visualizar a apresentação ou editá-la. Os programas Excel e OneNote permitem a criação e edição de arquivos em colaboração em tempo real.
    O Office Web Apps é gratuito, mas a Microsoft trabalha para criar um sistema de publicidade para monetizar o serviço. Até o momento, um pequeno link em forma de texto faz propaganda dos produtos da Microsoft, mas sem atrapalhar o uso dos programas.

    O Google e a energia verde

    ""Maior investimento da história da empresa, US$ 168 milhões, será em torre de energia solar. No total, já foram US$ 250 milhões para projetos de energia sustentável.""

    -- * Torre em deserto americano pode gerar energia limpa por 25 anos. O Google acredita * --



    ##= O Google anunciou esta semana que vai investir US$ 168 milhões em uma torre de energia solar da BrightSource Energy no deserto de Mojave, na Califórnia. De acordo com a empresa, a torre será capaz de gerar 392 megawatts de eletricidade nos próximos 25 anos, o suficiente para manter cerca de 90 mil carros elétricos funcionando por esse mesmo tempo. É o maior investimento que a companhia já fez, mas não é o primeiro no campo de fontes renováveis: ao todo, o Google já destinou US$ 250 milhões para energia verde.

    Na semana passada, a empresa comprou por cerca de US$ 5 milhões 49% de uma das maiores usinas de energia solar na Alemanha. A usina - primeiro investimento em energia do Google fora dos Estados Unidos - vai fornecer energia limpa para mais de 5 mil famílias. O Google também quer aumentar o uso de energia eólica: ano passado empresa investiu US$ 38,8 milhões em duas “fazendas de vento” que geram energia para 55 mil casas. A empresa também participa de um projeto de energia eólica no mar, o Atlantic Wind Connection.

    “No Google, sustentabilidade é um valor central que vem diretamente dos nossos fundadores, e nós acreditamos que ser verde faz sentido como negócio”, afirma a empresa no site que lista seus investimentos em energia renovável. “Todos precisamos de melhores opções de energia. Por isso o Google está ajudando a encontrar novas soluções para contruir um futuro com energia limpa - para nós e para o mundo.” Energia sustentável não é o único campo em que o Google investe. Carros que se dirigem sozinho também estão na pauta da empresa.

    A VELA!...




    ##= A beata e piedosa Ondina ia pela rua quando cruzou com o sacerdote.
    O padre disse-lhe:
    - Bom dia. Por acaso você não é a Ondina, a quem casei já há dois anos na minha antiga diocese?Ela respondeu:- Sim Padre, sou eu mesma.O sacerdote perguntou:- Mas não me lembro de ter batizado um filho seu. Não teve nenhum?Ela respondeu:- Não Padre, ainda não.O padre disse:- Bem, na próxima semana viajo para Roma. Por isso se você quiser, acendo lá uma vela por você e seu marido, para que recebam a benção de poder ter filhos.Ela respondeu:- Oh Padre, muito obrigada, ficamos ambos muito gratos.Alguns anos mais tarde encontraram-se novamente. O sacerdote ancião perguntou:- Bom dia Ondina. Como está agora? Já teve filhos?Ela respondeu:- Óh, sim Padre, 3 pares de gêmeos e mais 4. No total, 10 filhos!Disse o padre:- Bendito seja o Senhor! Que maravilha!
    - E onde está o seu marido?
    - Está a caminho de Roma, para ver se apaga a porra da vela......

    Cientistas dizem que mudança climática pode potencializar terremotos

    ""Estudo pode contribuir para determinar as regiões mais propensas a ser atingidas por devastadores tremores.""


    ##= SYDNEY - A mudança climática pode ser responsável por, a longo prazo, potencializar o movimento das placas tectônicas, segundo um estudo geológico divulgado nesta quarta-feira, 13, na Austrália.
    Um grupo de cientistas australianos, alemães e franceses estudou esse fenômeno na Índia, onde chegaram à conclusão que as monções se intensificaram durante os últimos dez milhões de anos. Os pesquisadores descobriram que nesse período as chuvas aceleraram o movimento das placas da litosfera na região em um centímetro por ano.

    O geólogo australiano Giampiero Iaffaldano disse à rádio ABC que graças a este relatório "se reconhece pela primeira vez que a mudança climática pode, a longo prazo, atuar potencialmente como uma força e ter influência no movimento das placas tectônicas".

    Iaffaldano assinalou que certos eventos geológicos causados pelo movimento das placas - como a criação dos continentes, o fechamento das conchas oceânicas e a formação dos cinturões montanhosos - podem ter influência no clima durante milhões de anos e com efeito retroativo.

    Os cientistas consideram que o estudo pode contribuir para estudar os efeitos do movimento das placas tectônicas e determinar as regiões mais propensas a ser atingidas por devastadores tremores como o ocorrido recentemente no Japão. "Para isso, deve-se levar em conta a história da mudança climática nos últimos milhões de anos", afirmou Iaffaldano.

    *********************************************************************

    Explorar centro da Terra já é viável.

    Giovanna Montemurro - estadão.com.br

    SÃO PAULO - É possível fazer uma viagem ao centro da Terra ou, ao menos, ao seu início. É o que afirma um grupo de cientistas em artigo publicado na revista Nature. Segundo eles, as tecnologias existentes já são suficientes para perfurar a crosta terrestre até a camada inferior, o manto - que representa 68% da massa da Terra e permanece inexplorado. O objetivo é entender melhor a estrutura da Terra, a ocorrência de terremotos e aprimorar a exploração mineral.

    Os cientistas propõem, na prática, a retomada da primeira expedição para perfuração científica no oceano, que ocorreu há 50 anos, em abril de 1961, chamada Projeto Mohole. Embora não tenha sido bem-sucedida em seu objetivo de atravessar toda a camada rochosa que forma a crosta, essa expedição conseguiu, com os dois quilômetros perfurados a partir do subsolo em alto-mar, desenvolver a tecnologia que hoje ajuda as petrolíferas a explorarem campos de petróleo como o da camada de pré-sal de Tupi, na Bacia de Santos.

    Segundo Benoit Ildefonse, da Universidade de Montpellier II, da França, um dos autores do artigo juntamente com Damon Teagle, da Universidade de Southampton, da Grã-Bretanha, "graças às companhias de petróleo, agora temos a tecnologia para perfurar a distância necessária para chegar ao manto".



    O objetivo agora é ultrapassar o marco de 2.111m - máximo que já se conseguiu chegar até hoje - e perfurar os seis quilômetros necessários para atravessar toda a crosta em seu ponto mais fino, abrindo um buraco de 40 centímetros que poderá ficar aberto por muitos anos.

    O melhor ponto de escavação deve ter a menor espessura de crosta possível. No entanto, nesses pontos com a chamada "alta taxa de espalhamento" a crosta ainda está muito quente, pois sua formação é recente, o que dificulta a perfuração. Dessa forma, de acordo com Ildefonse, eles conseguiram limitar as possíveis locações a três áreas - costa do Havaí, da Baixa Califórnia e da Costa Rica, todas no Pacífico -, onde a espessura é a mais fina possível e a temperatura da placa, suficientemente fria.

    Compreensão. "Com essa análise direta a partir dos resultados da perfuração, nós poderemos calibrar nossos dados indiretos e saber exatamente onde está o limite crosta/manto, fabricando um melhor modelo de Terra", afirma Ricardo Trindade, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). "É justo dizer que em muitos aspectos conhecemos mais sobre espaço do que sobre o nosso próprio planeta."

    Segundo Ildefonse, saber mais sobre o manto poderá ser valioso para a compreensão dos terremotos, momento de convergência das placas tectônicas, formação das placas no oceano e sua participação no ciclo químico do planeta - incluindo o ciclo do carbono.

    George Sand, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), afirma que a "pesquisa terá um impacto enorme sobre a exploração mineral". Segundo ele, a perfuração poderá encontrar novas jazidas, além de ajudar na tecnologia de exploração.

    No entanto, mesmo com a avançada tecnologia petrolífera que levou ao desenvolvimento do navio Chikyu, que será usado para a perfuração, ainda assim serão necessários pelo menos 10 anos de pesquisas antes do início dos trabalhos. Isso porque parte da tecnologia terá de ser adaptada para a enorme pressão e temperatura que os aparelhos encontrarão em maiores profundidades.

    Além disso é necessário garantir o financiamento. "Dependemos muito da vontade política pois a quantidade de dinheiro necessária para esse projeto é muito grande", diz Ildefonse, lembrando que o Brasil já fez parte dos países que financiaram o projeto durante a década de 1980.

    Entenda: Petrolíferas chegam a 12 km

    As empresas petrolíferas já conseguem perfurar enormes profundidades para chegar às reservas de óleo e gás. Segundo Kazuo Nishimoto, do Departamento de Arquitetura Naval e Engenharia Oceanográfica da USP, a perfuração mais profunda desse tipo foi de 12km.

    No entanto, esse tipo de perfuração é diferente daquela que o Projeto Mohole pretende fazer. Isso porque, embora escavem grandes distâncias, as companhias estão perfurando apenas sedimentos, que têm menor resistência e baixas temperaturas, apresentando um menor desafio técnico para os equipamentos de perfuração. Essa maior camada de sedimentos é característica das regiões costeiras e de alguns outros pontos do relevo oceânico.

    Além disso, as companhias de petróleo perfuram a uma profundidade do chamado espelho d'água de cerca de 2km. As regiões que o Projeto Mohole pretende explorar estão a 4km de profundidade, aumentando a pressão sobre o equipamento de escavação e gerando a necessidade de tubulações mais longas e resistentes que ainda não foram desenvolvidos, segundo Ildefonse.

    Sendo assim, o projeto busca regiões específicas onde o acúmulo de sedimentos é menor e a crosta mais fina, perfurando praticamente apenas o chamado embasamento, rocha dura que forma a crosta. Nesta camada, o mais longe que já se conseguiu perfurar foram 2.111 m.