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quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Cientistas criam modelo de embrião humano sem usar esperma ou óvulo

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Pesquisa ajuda a entender primeiros momentos da vida e razões da infertilidade
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TOPO
Por James Gallagher

Postado em 06 de setembro de 2023 às 19h30m

#.*Post. - N.\ 10.939*.#

Pesquisa ajuda a entender primeiros momentos da vida e razões da infertilidade — Foto: GETTY IMAGES
Pesquisa ajuda a entender primeiros momentos da vida e razões da infertilidade — Foto: GETTY IMAGES

Cientistas desenvolveram uma entidade que se assemelha a um embrião humano em fase inicial, sem usar espermatozoides, óvulos ou um útero.

A equipe do Instituto Weizmann afirma que seu "modelo de embrião", feito a partir de células-tronco, parece um exemplo perfeito de um embrião real de 14 dias de idade.

Ele até liberou hormônios que deram positivo para gravidez em um teste no laboratório.

A ambição dos modelos embrionários é fornecer uma forma ética de compreender os primeiros momentos das nossas vidas.

As primeiras semanas após um espermatozoide fertilizar um óvulo é um período de mudanças dramáticas – de uma coleção de células indistintas para algo que eventualmente se torna reconhecível em um ultrassom.

Este momento é crucial para a ocorrência de muitos dos abortos espontâneos e defeitos congênitos, mas é pouco compreendido.

"É uma caixa-preta e isso não é um clichê – nosso conhecimento é muito limitado", diz o professor Jacob Hanna, do Instituto Weizmann de Ciência, por videochamada.

Material inicial

A pesquisa com embriões é legal, ética e tecnicamente complicada. Mas existe agora um campo em rápido desenvolvimento que imita o desenvolvimento natural do embrião.

Esta pesquisa, publicada na revista Nature, é descrita pela equipa israelense como o primeiro modelo de embrião "completo" que imita todas as estruturas-chave que surgem no embrião em fase inicial.

"Esta é realmente uma imagem perfeita de um embrião humano de 14 dias", diz Hanna, o que "nunca foi feito antes".

Em vez de espermatozoide e óvulo, o material inicial foram células-tronco imaturas que foram reprogramadas para ganhar o potencial de se tornarem qualquer tipo de tecido no corpo.

Produtos químicos foram então usados para estimular essas células-tronco a se tornarem quatro tipos de células encontradas nos estágios iniciais do embrião humano:

  • células epiblásticas, que se tornam o embrião propriamente dito (ou feto);
  • células trofoblásticas, que se tornam a placenta;
  • células hipoblásticas, que se tornam o saco vitelino de suporte;
  • células extraembrionárias do mesoderma.

Um total de 120 destas células foram misturadas numa proporção precisa – e então, os cientistas param e observam.

Criando um modelo de embrião humano — Foto: BBC
Criando um modelo de embrião humano — Foto: BBC

Cerca de 1% da mistura iniciou a jornada de espontaneamente se transformar em uma estrutura que se assemelha, mas não é idêntica, a um embrião humano.

"Dou grande crédito às células – é preciso trazer a mistura certa e ter o ambiente certo e tudo acontece", diz Hanna. "É um fenômeno incrível."

Os modelos de embriões puderam crescer e se desenvolver até serem comparáveis a um embrião de 14 dias após a fertilização. Em muitos países, este é o limite legal para a pesquisa normal em embriões.

Apesar da videochamada tarde da noite, posso ouvir a paixão enquanto o professor Jacob Hanna me conduz por um tour em 3D pela "arquitetura requintada" do modelo de embrião.

Posso ver o trofoblasto, que normalmente se tornaria a placenta, envolvendo o embrião. E isso inclui as cavidades – chamadas lacunas – que se enchem de sangue da mãe para transferir nutrientes ao bebê.

Existe um saco vitelino, que desempenha algumas das funções do fígado e dos rins, e um disco embrionário bilaminar – uma das principais características desta fase do desenvolvimento embrionário.

A esperança é que os modelos de embriões possam ajudar os cientistas a explicar como surgem diferentes tipos de células, testemunhar os primeiros passos na construção dos órgãos do corpo ou compreender doenças hereditárias ou genéticas.

Este estudo já mostra que outras partes do embrião não se formarão a menos que as primeiras células da placenta possam cercá-lo.

Fala-se até em melhorar as taxas de sucesso da fertilização in vitro (FIV), ajudando a compreender porque é que alguns embriões falham ou usar os modelos para testar se medicamentos são seguros durante a gravidez.

O professor Robin Lovell Badge, que pesquisa o desenvolvimento de embriões no Instituto Francis Crick, diz que estes modelos de embriões "parecem muito bons" e aparentam ser "bastante normais".

"Acho que é bom, acho que foi muito bem-feito, tudo faz sentido e estou bastante impressionado, diz ele.

Mas a atual taxa de insucesso de 99% precisaria de ser melhorada, acrescenta. Seria difícil entender o que estava acontecendo de errado no aborto espontâneo ou na infertilidade se o modelo não conseguir se formar na maior parte do tempo.

Legalmente distinto

O trabalho também levanta a questão se o desenvolvimento do embrião poderia ser imitado após a fase de 14 dias.

Isto não seria ilegal, pelo menos no Reino Unido, uma vez que os modelos de embriões são legalmente distintos dos embriões.

"Alguns irão ver isso com bons olhos – mas outros não vão gostar, diz Lovell-Badge.

Alfonso Martinez Arias, professor do departamento de ciências experimentais e da saúde da Universidade Pompeu Fabra (Espanha), diz que se trata de "uma pesquisa muito importante".

"O trabalho conseguiu, pela primeira vez, uma construção fiel da estrutura completa [de um embrião humano] a partir de células-tronco" em laboratório, "abrindo assim a porta para estudos dos eventos que levam à formação do plano corporal humano", diz ele.

Os pesquisadores destacam que seria antiético, ilegal e, na verdade, impossível conseguir uma gravidez utilizando estes modelos de embriões – formar as 120 células vai além do ponto em que um embrião poderia implantar-se com sucesso no colo do útero.


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Governo lançará 'títulos verdes' na Bolsa de Nova York no dia 18; entenda a iniciativa

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Ideia é captar US$ 2 bilhões com emissão desses papéis, que vão financiar ações sustentáveis.
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Por Erick Rianelli, GloboNews — Brasília

Postado em 06 de setembro de 2023 às 15h45m

#.*Post. - N.\ 10.938*.#

O Ministério da Fazenda já tem data para lançar os títulos verdes do Brasil, os chamados green bonds. Será no próximo dia 18, na Bolsa de Valores Nova York.

Além do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também deve participar do lançamento o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, segundo fontes na Fazenda. O objetivo do governo é captar US$ 2 bilhões no mercado internacional para financiar projetos sustentáveis.

A emissão de titulos verdes da divida brasileira no exterior se insere no contexto do Programa de Transição Ecológica, a principal agenda do governo no Congresso para depois da aprovação da reforma tributária.

O programa é a aposta da gestão Lula para colocar o país como destaque na agenda ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês). A estratégia é dividida em seis frentes, entre elas finanças, infraestrutura e bioeconomia.

Depois da captação, o governo deverá publicar, periodicamente, dois relatórios aos investidores estrangeiros. Um deles mostrando onde os recursos dos green bonds foram aplicados. E outro com os resultados de políticas públicas relacionadas à agenda ambiental. Como, por exemplo, a taxa de desmatamento da Amazônia.

A agenda de Haddad em Wall Street em 18 de setembro bate com outra, de Lula, o que não é uma coincidência. O presidente participa da Assembleia Geral das Nações Unidas, que vai até 21 de setembro. Na Fazenda, o que se diz é que com o discurso de Lula na ONU e o lançamento dos títulos, o governo pretende reforçar que a agenda verde veio pra ficar.

Como vai funcionar

Entre as normas, está definido que os recursos captados de investidores internacionais, por meio desses títulos públicos, deverão ser necessariamente direcionados para projetos ambientais. Tais como:

  • preservação ambiental dos biomas nativos, inclusive com o controle do desmatamento da Amazônia e Cerrado,
  • fomento ao Fundo do Clima,
  • produção de energia renovável,
  • eficiência energética e gestão sustentável dos recursos naturais.

Os recursos também poderão ser utilizados para promover ações na área social, em iniciativas de combate à pobreza, geração de empregos e universalização do saneamento básico, entre outras.

Segundo o Ministério da Fazenda, as regras de emissão de títulos verdes pelo governo foram elaboradas pelo Comitê de Finanças Sustentáveis Soberanas, e contou com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial (Bird).

Míriam Leitão sobre o Dia da Amazônia: ‘Este ano a gente pode celebrar'Míriam Leitão sobre o Dia da Amazônia: ‘Este ano a gente pode celebrar'

Espécie de leilão

Os investidores que compram esses papéis da dívida pública pagam em dólar, euro, ou até em reais, dependendo da moeda escolhida pelo Tesouro Nacional.

Na data do chamado resgate, eles recebem de volta o valor pago ao governo brasileiro. Além disso, o Brasil paga juros a esses investidores, a cada seis meses ou um ano, dependendo do contrato.

O lançamento de bônus no mercado externo funciona como um leilão: os investidores fazem suas propostas de taxa de juros e quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro decide se aceita. As ofertas são feitas aos bancos contratados pelo Tesouro para liderar a operação.

Arcabouço fiscal

Os recursos captados com a emissão de papéis no mercado externo precisam atender às regras estabelecidas pela nova regra fiscal.

Na prática, mesmo com a arrecadação extra, o governo não poderá gastar mais do que o limite de despesas estabelecido para o ano.

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