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Os investidores do mercado financeiro reagiram à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de acelerar a alta da taxa básica de juros.<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Jornal Nacional
Postado em 12 de dezembro de 2024 às 21h55m
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Mercado financeiro reverbera decisão do Copom de acelerar alta da selic
No mercado financeiro, esta quinta-feira (12) reverberou a decisão de quarta-feira (11) do Comitê de Política Monetária sobre o ritmo de aumento da Selic.
A resposta dos investidores aos movimentos do Banco Central vem sempre no dia seguinte ao anúncio da taxa de juros - e nesta quinta-feira (12) o dia terminou para baixo. Foi um tombo daqueles. O índice da Bolsa de Valores caiu 2,74% - uma queda que não se via desde janeiro de 2023. As ações de quase todas as empresas, não importa o setor, derretaram. Em 2024, as perdas passam dos 6%.
De manhã, parecia que o rumo seria outro. O dólar comercial começou na mínima do dia, cotado a R$ 5,86. A cotação também caiu porque o Banco Central colocou dólares no mercado: R$ 4 bilhões, em dois leilões. Mas, à tarde, a moeda americana voltou a subir e fechou em R$ 6.
A desconfiança falou mais alto, dizem os economistas. Eles afirmam que o Banco Central foi duro, deixou claro que vai fazer de tudo para controlar a inflação.
A Selic vinha em queda desde agosto de 2023, até estacionar no patamar de 10,5% em maio. Começou a subir aos poucos e deu um salto na reunião de quarta-feira (11) para 12,25%. Além disso, o comunicado já deixou dois novos aumentos encaminhados. Uma frase que reforça o compromisso do BC e acalmaria os mercados.
Mas o mesmo comunicado trouxe o alerta de que a percepção sobre o recente anúncio fiscal afetou os preços de ativos, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Uma percepção que, no fim do dia, se sobrepôs às ações do Banco Central, segundo o economista Roberto Mota.
"A mensagem que ficou para sociedade brasileira é que o executivo não vai permitir que a economia desacelere, e o Banco Central precisa que a economia brasileira desacelere para a inflação entrar dentro da meta. Essa combinação é uma combinação bastante perigosa”, afirma Roberto Motta, estrategista da Genial Investimentos.
O economista André Perfeito diz que a sinalização do Banco Central tem que ser acompanhada da aprovação de medidas fiscais:
“A gente tem que iniciar esse processo de ajuste o mais rápido possível para estancar um barulho que não precisa. O Brasil está sofrendo, ou se automutilando mais do que o necessário. Não era para esse câmbio estar nesse patamar. Não era para taxa de juros estar nesse patamar. E a gente continua, vamos dizer assim, sem uma capacidade de ancorar isso”.
Taxa básica de juros ao ano — Foto: Reprodução/TV Globo