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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Chinesa Zeekr é mais uma montadora de elétricos a chegar ao Brasil; veja o primeiro carro

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Primeiro carro é o sedã cupê chamado de 001, que faz com 0 a 100 km/h mais rápido que um Porsche 911 Carrera e custa a partir de R$ 428 mil
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Por André Fogaça, g1

Postado em 10 de outubro de 2024 às 21h50m

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Zeekr 001 — Foto: divulgação/Zeekr
Zeekr 001 — Foto: divulgação/Zeekr

Uma nova montadora chinesa chega oficialmente ao Brasil nesta quinta-feira (10): a Zeekr. A empresa é focada em carros elétricos premium e faz parte do grupo Geely, o mesmo que tem participação na sueca Volvo e na britânica Lotus.

O primeiro modelo que chega ao país é o esportivo 001, que chega a partir de R$ 428 mil para concorrer com a Porsche no mercado de elétricos. Além dele, já está homologado no Inmetro um SUV urbano X, que aposta no clássico que faz sucesso no mercado brasileiro.

A Zeekr é uma empresa chinesa, fundada em 2021 pelo grupo Geely. O objetivo de sua criação é de competir com marcas já bem estabelecidas no mercado internacional de veículos elétricos, como a americana Tesla.

Os primeiros veículos foram lançados em 2021 e neste mesmo ano a Zeeker auxiliou o desenvolvimento do sistema de táxi autônomo utilizado pela Waymo, para o serviço Waymo One que funciona em algumas cidades dos Estados Unidos.

Ainda em tecnologia, os carros da Zeekr utilizam processador Qualcomm Snapdragon 8155. A companhia responsável pelo componente é a mesma que cria processadores para vários smartphones Android vendidos no Brasil.

Antes de chegar ao Brasil, a Zeekr já vendeu 340 mil carros globalmente, em um leque de sete modelos desenvolvidos. A companhia está presente em mais de 35 países como Israel, Alemanha, Austrália, Suécia, México, Colômbia, Uruguai e Costa Rica.

No Brasil, a Zeekr já tem algumas concessionárias prontas para iniciar as vendas. Elas estão espalhadas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e no Distrito Federal.

A marca prometeu oito anos de garantia para a bateria dos carros vendidos no Brasil, cinco anos de garantia para o veículo e atendimento para motoristas que podem ficar sem carga.

Zeekr 001

Zeekr 001 — Foto: divulgação/Zeekr
Zeekr 001 — Foto: divulgação/Zeekr

O Zeekr 001 tem autonomia para 426 quilômetros, segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PEBV) do Inmetro, quase a distância que separa as cidades de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

Em dimensões, o Zeekr 001 tem 1,560 metro de altura, por 4,955 metros de comprimento, 2,999 metros de entre-eixos e 2,225 metros de largura. A potência do Zeekr 001 está marcada em 544 cv e o torque em 70 kgfm.

Como um bom elétrico, não desaponta na prova de 0 a 100 km/h: apenas 3,8 segundos.

Outro detalhe importante está na capacidade de recarga da bateria. O Zeekr 001 suporta carregadores rápidos de até 200 kW, entregando 100 quilômetros de autonomia em apenas cinco minutos.

Nestes carregadores mais velozes, o tempo de recarga para as bateria do Zeekr 001 é de 30 minutos para sair de 10% e alcançar 80% de capacidade.

Versões e itens de série do Zeekr 001

No Brasil o Zeekr 001 chega em duas versões. A primeira é chamada de Premium e custa R$ 428 mil, enquanto a mais completa recebe o nome de Flagship e tem o preço de R$ 475 mil.

A versão Premium tem:

  • Dois motores elétricos de 544 cv;
  • Tração integral (AWD);
  • Rodas de alumínio aro 22;
  • Conectividade 5G;
  • Piloto automático adaptavivo;
  • Sistema de manutenção em faixa;
  • Freio automático de emergência;
  • Sistema de som Yamaha;
  • Iluminação interna em LED;
  • Faróis e iluminação diurna (DRL) em LED.
Já a versão Flagship adiciona:

  • Carroceria em dois tons;
  • Mais opções de cores internas;
  • Suspensão eletrônica a ar;
  • Rodas de alumínio forjado;
  • Massagem e climatização dos bancos;
  • Tela LCD traseira de 5,7 polegadas;
  • Portas com fechamento automático.
Ficha técnica do Zeekr 001

* Essa reportagem está em atualização.

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Nobel de Química 2024 vai para trio que decifrou segredos por trás das proteínas com inteligência artificial

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Vencedores, dois americanos e um britânico, levam o prêmio de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,8 milhões). As láureas em Literatura e Paz serão entregues ainda nesta semana; já a de Economia será divulgada na próxima segunda (10).
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Por Roberto Peixoto, g1

Postado em 10 de outubro de 2024 às 05h50m

#.* Post. - Nº.\  11.364 *.#

O anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel 2024 de Química, em Estocolmo, na Suécia, nesta quarta-feira (9). — Foto: TT News Agency/Christine Olsson via REUTERS
O anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel 2024 de Química, em Estocolmo, na Suécia, nesta quarta-feira (9). — Foto: TT News Agency/Christine Olsson via REUTERS

David Baker, Demis Hassabis e John M. Jumper são os ganhadores do Prêmio Nobel 2024 em Química, anunciou a Academia Real das Ciências da Suécia nesta quarta-feira (9).

Baker e Jumper são americanos. Já Hassabis, que ajudou a fundar a empresa de pesquisa em inteligência artificial que mais tarde se transformou no Google DeepMind (onde Jumper também trabalha), é britânico.

Eles dividirão o prêmio que totaliza 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,8 milhões).

Eles levam a láurea deste ano por decifrarem os segredos das proteínas (moléculas fundamentais para as nossas células e, consequentemente, para a vida) por meio da inteligência artificial (IA) e da computação.

Na última terça (8), o Nobel de Física também premiou pesquisas sobre aprendizado de máquina e redes neurais artificiais, estudos fundamentais para o desenvolvimento da IA.

"Os químicos há muito sonham em entender e dominar completamente as ferramentas químicas da vida – as proteínas. E esse sonho agora está ao nosso alcance", afirmou o comitê do Nobel, em um comunicado.

Hassabis e Jumper usaram inteligência artificial para mapear quase todas as estruturas de proteínas já conhecidas pela ciência. Já Baker conseguiu criar proteínas inéditas.

"As implicações dessas descobertas são enormes", acrescentou o comitê.

Desde 1901, mais de cem prêmios foram concedidos. A distinção científica só não foi realizada em oito ocasiões: em 1916, 1917, 1919, 1924, 1933, 1940, 1941 e 1942.

Das 194 pessoas agraciadas com o Nobel em Química, apenas 8 eram mulheres. Entre elas, a cientista polonesa Marie Curie, a primeira mulher a ganhar um Nobel. Até agora, o Nobel não premiou nenhuma mulher este ano.

David Baker, nasceu em 1962 em Seattle, Washington (EUA), e é professor na Universidade de Washington. Ele foi premiado com o Nobel de Química de 2024 por suas contribuições na área de design computacional de proteínas, processo que cria essas macromoléculas através da manipulação de uma sequência de aminoácidos.

Segundo a Academia Real das Ciências da Suécia, suas inovações abriram caminhos para a rápida criação de várias proteínas, com aplicações em medicamentos e vacinas, por exemplo.

Já Demis Hassabis, nasceu em 27 de julho de 1976, em Londres (Reino Unido), é o CEO da Google DeepMind, uma subsidiária de pesquisa em inteligência artificial do Google.

Sua pesquisa permitiu a previsão da estrutura de praticamente todas as 200 milhões de proteínas identificadas até hoje.

Por fim, John Jumper, nasceu em 1985 em Little Rock, Arkansas (EUA), e também trabalha na Google DeepMind como cientista de pesquisa sênior.

Junto com Hassabis, ele apresentou o modelo de inteligência artificial AlphaFold2 em 2020, que revolucionou a forma como os cientistas entendem as estruturas proteicas (entenda mais abaixo).

Os laureados dividirão as 11 milhões de coroas suecas conforme suas contribuições. Baker receberá metade do valor, enquanto Hassabis e Jumper dividirão a outra metade, com cada um recebendo um quarto (1/4).

"Estou realmente empolgado com todas as maneiras pelas quais o design de proteínas pode tornar o mundo um lugar melhor na saúde e na medicina, e realmente, fora da tecnologia", afirmou Baker, na coletiva de imprensa sobre o prêmio.

David Baker, Demis Hassabis e John M. Jumper são os ganhadores do Prêmio Nobel 2024 em Química. — Foto: The Nobel Prize/Academia Real das Ciências da Suécia
David Baker, Demis Hassabis e John M. Jumper são os ganhadores do Prêmio Nobel 2024 em Química. — Foto: The Nobel Prize/Academia Real das Ciências da Suécia

As descobertas

O comitê do Nobel afirmou que Baker foi reconhecido por criar novos tipos de proteínas que não existem na natureza, algo muito importante para o desenvolvimento dessas moléculas com funções inovadoras, como na criação de medicamentos, vacinas, nanomateriais e pequenos sensores.

Já Hassabis e Jumper foram premiados por desenvolver um modelo de inteligência artificial chamado AlphaFold2. Esse modelo resolveu um desafio que existia há 50 anos: prever as complexas estruturas tridimensionais das proteínas a partir de suas sequências de aminoácidos (as proteínas geralmente são formadas por 20 aminoácidos diferentes).

Ao g1, Andrei Chabes, pofessor de Bioquímica Médica na Universidade de Umeå (Suécia), e membro do comitê do Nobel de Química, explica que o modelo de inteligência artificial desenvolvido pela dupla revolucionou a identificação das formas proteicas.

Isso porque, tradicionalmente, entender como os aminoácidos se organizavam nessa estrutura 3D exigia métodos experimentais caros e complexos. Agora, com essa nova abordagem, apresentada em 2020, é possível prever essas estruturas com maior precisão, utilizando apenas a sequência de aminoácidos.

"E com essas novas técnicas, é possível projetar medicamentos que podem ativar ou inibir a função das proteínas, trazendo avanços significativos para tratamentos médicos", diz.

Segundo o Nobel, o AlphaFold2 já foi utilizado por mais de dois milhões de pessoas em 190 países.

Curiosidades sobre o Nobel de Química

O vencedor mais jovem foi Frédéric Joliot, que tinha 35 anos quando, ao lado de sua esposa Irène Joliot-Curie, recebeu o prêmio em 1935. Já o mais velho foi John B. Goodenough, premiado em 2019 aos 97 anos, sendo também o mais idoso a receber qualquer Nobel.

Entre os prêmios de química, 63 foram concedidos a um único laureado, enquanto 25 foram compartilhados por dois vencedores e 27 por três.

Os estatutos da premiação determinam que o prêmio pode ser dividido entre até três pessoas, caso tenham colaborado em uma mesma obra ou duas obras distintas de igual importância.

Ao todo, 194 pessoas já receberam o Nobel de Química entre 1901 e 2023. No entanto, como Frederick Sanger e Barry Sharpless foram premiados duas vezes, o número total de laureados únicos é 192.

Além disso, até o momento, apenas oito mulheres receberam o Nobel de Química. Entre elas, Marie Curie e Dorothy Crowfoot Hodgkin são as únicas a terem conquistado o prêmio sozinhas.

Nobel 2024

Os prêmios em Literatura e Paz serão entregues ainda nesta semana; já a láurea em Economia será divulgada na próxima segunda (14). Veja o cronograma:

Veja, abaixo, perguntas e respostas sobre o prêmio.

O que é o Prêmio Nobel?

A láurea foi criada pelo químico e empresário Alfred Nobel. Inventor da dinamite em 1867, o sueco doou a maior parte de sua fortuna em testamento para a criação de prêmios de física, química, medicina, literatura e paz (o prêmio de economia foi criado anos mais tarde).

O documento dizia que os prêmios deveriam ser concedidos àqueles que, durante o ano anterior, tenham conferido o maior benefício à humanidade.

Um busto do fundador do Prêmio Nobel, Alfred Nobel, em exibição durante cerimônia de entrega da láurea em 2018, em Estocolmo. — Foto: Henrik Montgomery/TT News Agency via AP, File
Um busto do fundador do Prêmio Nobel, Alfred Nobel, em exibição durante cerimônia de entrega da láurea em 2018, em Estocolmo. — Foto: Henrik Montgomery/TT News Agency via AP, File

Contudo, hoje em dia, conforme explica Juleen Zierath, membro do Instituto Karolinska -o júri do Nobel de Medicina-, essa regra não é mais tão levada à risca.

"Você pode ter feito essa descoberta em um estágio muito inicial de sua carreira de pesquisa, ou pode ter feito essa descoberta em um estágio muito avançado de sua carreira de pesquisador", ressalta a pesquisadora.

Como o prêmio é escolhido?

Todos os anos, o Comitê do Nobel envia um pedido de nomeação para membros da comunidade científica.

Isso significa que alguns candidatos elegíveis recebem um convite especial para enviar seus nomes. Sem esse convite, nenhum postulante pode concorrer ao prêmio.

"Você não pode se nomear, mas membros de comunidades científicas, reitores de faculdades de Medicina [no caso do prêmio na área], ex-laureados com o Prêmio Nobel e outros que trabalham no ramo científico mais amplo e que receberam esse pedido podem fazer uma indicação", diz Zierath. 
Quantas pessoas podem compartilhar o mesmo prêmio?

Até três pessoas podem compartilhar um Prêmio Nobel, ou uma organização pode ganhar a láurea da Paz.

A Fundação Nobel, responsável por realizar os desejos do seu fundador, ressalta que essa regra está descrita no testamento de Alfred Nobel.

A medalha do Prêmio Nobel. — Foto: Angela Weiss/Pool Photo via AP, File
A medalha do Prêmio Nobel. — Foto: Angela Weiss/Pool Photo via AP, File

Em nenhum caso o valor do prêmio pode ser dividido entre mais de três pessoas", destaca um trecho do documento. Alguns pesquisadores, porém, criticam essa escolha e afirmam que as descobertas científicas de hoje em dia são muito mais coletivas: um trabalho de vários pesquisadores.

A láurea pode ser concedida postumamente? Tem limite de idade?

Não, um Prêmio Nobel não pode ser concedido postumamente.

Apesar, disso, a Fundação ressalta que, desde 1974, se o destinatário do prêmio falecer após o anúncio, a láurea ainda poderá ser concedida.

Sobre o limite de idade, o prêmio também não tem uma regra a respeito.

"O que eu diria é que, na maioria das vezes, levamos muitos anos até que o campo científico reconheça que a descoberta que você fez é uma distinção que deveria ser considerada para um Prêmio Nobel. Então, às vezes você tem que ser bastante paciente", ressalta Zierath.

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