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domingo, 11 de setembro de 2011

Dominador, Vettel vence na Itália e pode ser campeão já em Cingapura



ESPORTES -- AUTOMOBILISMO -- F-1



Alemão leva título no próximo GP se Alonso não for ao pódio. Button e Webber podem ficar até em terceiro. Em nono, Bruno Senna pontua pela primeira vez



Por GLOBOESPORTE.COM Monza, Itália


No GP de

|^|*-=-*|^No GP de Cingapura, dia 25 de setembro. A cidade-estado asiática pode ser o ponto final da temporada 2011 após o triunfo de Sebastian Vettel na Itália, o oitavo do alemão neste ano. O alemão da RBR está muito próximo do bicampeonato: com 284 pontos, tem 112 de vantagem sobre Fernando Alonso, da Ferrari, terceiro em Monza e vice-lider do Mundial, e 117 sobre Jenson Button, da McLaren, e Mark Webber, companheiro. Ele leva o título por antecipação se vencer novamente e o espanhol chegar fora do pódio. O inglês e o australiano podem até chegar na terceira posição.

Em uma temporada que pode assistir o maior domínio de um piloto desde 2004, Vettel sobrou mais uma vez em Monza. Apesar de um início complicado, quando foi superado por Alonso na largada, ele deu sorte com a entrada precoce do safety car, por causa de um acidente com Vitantonio Liuzzi, da Hispania. Após o reinício, o alemão fez uma bela ultrapassagem por fora sobre o espanhol na Curva Biassono e ganhou a desejada tranquilidade na ponta.]

vettel rbr gp de monza (Foto: Agência Reuters)
Em Monza, Sebastian Vettel vence a oitava em 2011 e fica muito próximo do bicampeonato (Foto: Reuters)

Atrás de Vettel, porém, Monza viu uma corrida espetacular. Button terminou em segundo ao superar Alonso após o último pit stop. O espanhol ficou em terceiro e resistiu a uma forte pressão de Lewis Hamilton, da McLaren, nas voltas finais. O campeão de 2008, aliás, travou uma disputa espetacular com Michael Schumacher durante boa parte da prova, com várias trocas de posição e curvas dividodas. O heptacampeão da Mercedes acabou na quinta posição.

Felipe M

Felipe Massa teve problemas no início, quando rodou após um toque com Mark Webber, mas foi o melhor brasileiro, em sexto. Entretanto, a festa verde e amarela ficou por conta do nono lugar de Bruno Senna, da Renault-Lotus. Com o resultado, o substituto de Nick Heidfeld na equipe anglo-francesa marcou seus primeiros dois pontos em sua carreira na Fórmula 1. Com problemas de velocidade em reta, Rubens Barrichello acabou apenas em 12º com a Williams.

A corrida


Com sol e calor

Com sol e calor de 30ºC, os carros alinharam no grid. Na largada, o pole Vettel dividiu a primeira curva com Hamilton e Alonso e o espanhol assumiu a primeira posição. Lá atrás, Liuzzi se empolgou no início de sua corrida de casa, errou, escapou e acabou colhendo o carro de Petrov, que já fazia a Variante del Rettifilo. A batida acabou tirando Nico Rosberg, que estava próximo, e atrasou também Barrichello, que ficou preso atrás do alemão. Senna conseguiu desviar.

largada gp de monza (Foto: Agência AP)Fernando Alonso supera Sebastian Vettel e assume a liderança na largada do GP da Itália (Foto: Agência AP)

O acidente pr

O acidente provocou a entrada do safety car, que voltou aos boxes na quarta volta. Em segundo, Vettel resolveu atacar Alonso para recuperar a liderança. Na quinta, em uma manobra sensacional, o alemão superou o espanhol por fora na Curva del Biassono, uma das mais rápidas da pista. Mais atrás, Webber e Massa se tocavam na primeira chicane. O brasileiro rodou e perdeu muito tempo. O australiano teve o bico quebrado e acabou saindo da pista na Parabolica, abandonando a prova.


Com Vettel disparando na liderança, a sétima volta marcou o início da maior disputa da corrida. Schumacher, que fez uma belíssima largada e pulou para terceiro, começava a ser pressiondo por Hamilton. Impaciente, o inglês tentava a ultrapassagem nas Variantes del Rettifilo e na Ascari, mas o heptacampeão defendia exemplarmente. Com isso, Button, o quinto, começou a se aproximar.

Na

Na 13ª volta, Hamilton finalmente conseguiu passar Schumacher na primeira chicane. Só que o alemão deu o troco após a curva Biassono. E Button chegou na briga. Três voltas depois, o inglês, campeão da Fórmula 1 em 2009, passou os dois rivais, que continuavam a travar uma disputa acirrada, agora pela terceira posição. Em primeiro, Vettel já tinha perto dos dez segundos de frente.


A primeira rodada de pit stops começou na 16ª volta, quando Schumacher resolveu entrar nos boxes. Ele foi seguido por Button, na 18ª, e Hamilton, na 19ª. O alemão conseguiu se manter à frente do rival, enquanto que o companheiro da McLaren ficava tranquilo em terceiro e partia para cima de Alonso, o segundo. Alonso e Vettel fizeram suas paradas na 20ª e na 21ª, respectivamente.

Ai

Ainda atrás de Schumacher, Hamilton começou a reclamar pelo rádio de uma suposta mudança de direção do rival. O alemão foi avisado por Ross Brawn para tomar cuidado, mas não desistia da defesa de posição. Então, na 28ª volta, o inglês finalmente conseguiu concretizar a manobra, por fora, na freada para a Variante Ascari, antes da reta oposta. Mais à frente, Alonso e Button começavam a travar uma briga pela segunda posição na corrida.


Button fez sua última parada na 34ª volta, seguido por Alonso na seguinte. Com pneus médios, o inglês voltou colado no espanhol, que sofria com o aquecimento do composto mais duro. O inglês conseguiu a ultrapassagem na 36ª, entre as Variantes del Rettifilo e della Roggia. Na primeira posição, Vettel mantinha a tranquilidade, mais de 15 segundos à frente dos dois.



Após o atraso da largada, Massa se mantinha em sexto, longe de ter uma chance de atacar Schumacher, o quinto. Mais atrás, Bruno Senna vinha escalando o pelotão para tentar marcar pontos pela primeira vez na Fórmula 1. Após uma série de abandonos, o brasileiro fez três pit stops e mantinha a décima posição. Após uma disputa ferrenha por várias voltas com Buemi, ele subiu para nono na 47ª, na freada para a Variante del Rettifilo.


Hamilton se aproximava perigosamente de Alonso nas últimas voltas, enquanto Vettel se mantinha à frente, tranquilo. O inglês chegou no espanhol na 53ª, mas não conseguiu a ultrapassagem. Enquanto isso, o alemão da RBR cruzava a linha de chegada na primeira posição pela oitava vez na temporada 2011 da Fórmula 1.

vettel rbr gp de monza (Foto: Agência Reuters)
Com muita vantagem, Vettel cruza a linha de chegada na frente pela oitava vez na temporada (Foto: Reuters)



Confira o resultado final do GP da Itália, em Monza (306,720km):


1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 53 voltas em 1h20m46s172
2 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 9s590
3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 16s909
4 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 17s471
5 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 32s677
6 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 42s993
7 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
8 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1 volta
9 - Bruno Senna (BRA/Renault-Lotus) - a 1 volta
10 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 1 volta
11 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 1 volta
12 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 1 volta
13 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 1 volta
14 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 2 voltas
15 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 2 voltas



Não completaram:
Daniel Ricciardo (AUS/Hispania-Cosworth) - a 14 voltas/correndo
Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 21 voltas/mecânico
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 32 voltas/mecânico
Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 44 voltas/mecânico
Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 49 voltas/acidente
Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 52 voltas/mecânico
Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 52 voltas/acidente
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 52 voltas/acidente
Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - a 52 voltas/acidente




Melhor volta: 
Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m26s187, na 52ª
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Inflação se espalha entre vários setores da economia

Brasil Notícias


ECONOMIA & NEGÓCIOS.




64,32% dos itens que compõem o IPCA tiveram aumento de preço em agosto, o maior porcentual para esse mês em dez anos.





11 de setembro de 2011 | 21h 57
Márcia De Chiara - O Estado de S. Paulo

*$%=-=%$* Os aumentos de preços estão cada vez mais espalhados entre os setores da economia, o que deve dificultar o trabalho do Banco Central de trazer a inflação para o centro da meta, de 4,5%, em 2012. No mês passado, a parcela de itens que tiveram alta no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - a medida oficial da inflação -, atingiu 64,32%. Foi o maior nível para o mês de agosto desde 2001, quando esse índice estava em 65,82%, segundo a consultoria Tendências.



Na comparação com o mês anterior, a fatia dos itens que compõem o IPCA e tiveram alta de preços também foi maior em agosto. Em julho, 53,1% dos itens tinham tido elevação.


Muitos economistas ressalvam que um número maior de itens teve os preços aumentados no IPCA porque os alimentos foram muito pressionados em agosto. Eles argumentam que os alimentos respondem pela maior quantidade entre os 516 itens cujos preços são pesquisados para o cálculo do indicador. "Quando os alimentos estão subindo, o índice de difusão aumenta", argumenta o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti.


Sem alimentos. Mas esse argumento não se confirmou no mês passado. Nas contas da economista do Banco Santander, Tatiana Pinheiro, excluídos os alimentos, o índice de difusão em agosto chegou a 65,3%, um resultado ainda maior comparado com o índice cheio (64,32%). O indicador também ficou mais de 10 pontos porcentuais acima do obtido em agosto de 2010 (54,7%), também expurgada a comida.


"Desde o começo do ano, há uma alta generalizada de preços e o índice de difusão não ficou abaixo de 50%", observa a economista. Ela destaca que, até mesmo no período normalmente mais favorável à inflação - que vai de junho a agosto -, houve neste ano um espalhamento maior dos aumentos de preços entre os vários setores da economia. Nos últimos três meses, o índice de difusão atingiu 59,5%, muito acima dos 53,6% entre junho e agosto de 2010.


"A disseminação da inflação aumentou porque há mais gente tentando se resguardar de novos aumentos de preços e repassar as altas já incorridas para frente", observa o economista da Tendências, Thiago Curado. Na prática, esses dois movimentos refletem a forte indexação formal e informal que persiste na economia, apesar das correções nos últimos anos.


Preços administrados, serviços, educação e aluguel, por exemplo, representam 39% dos itens que compõem o IPCA, calcula Tatiana. De alguma forma esses itens são indexados, isto é, atrelados a outros índices. "Infelizmente, a indexação ainda é muito forte na economia brasileira, mesmo com a adoção de índices setoriais, como o IST, usado na telefonia", observa o economista da LCA Consultores, Fábio Romão.     
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Windows 8 promete, com boot em menos de 10 segundos e interface Metro


TECNOLOGIA & MÍDIA.





*+-=-+* No vídeo acima é possível conferir como o Windows 8 terá uma inicialização rápida. Segundo a Microsoft, o novo sistema operacional será até 70% mais veloz no chamado "boot". Esta e várias outras novidades - como a integração da interface gráfica Metro (herdada do sistema para dispositivos móveis Windows Phone 7) e o suporte a tablets - estão criando uma grande expectativa em relação ao sucesso do novo sistema operacional, que será apresentado nos próximos dias.


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O 11 de Setembro dez anos depois: dia de reflexão e críticas em todo o mundo



Comoção




NOTÍCIAS & INFORMAÇÃO.  -- RETROSPECTIVA.



11 de Setembro - 10 anos do maior atentado da história


AP


Militante de um partido religioso do Pauistão pisa na bandeira americana no 11 de setembro/Reuters

*=-||-=_-=||* NOVA YORK - Uma década depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, líderes mundiais e pessoas de todas as condições fizeram uma parada para reflexão. No entanto, também houve os que repetiram o argumento de que o próprio governo americano orquestrou os ataques. ( Veja fotos das manifestações pelo mundo ).



Da Austrália a Espanha, as cerimônias oficiais homenagearam as quase 3 mil vítimas de mais de 90 países que morreram nos ataques às torres gêmeas do World Trade Center, ao Pentágono e na queda do voo 93, na Pensilvânia.


Como um aviso de que a ameaça continua pairando ano ar, a polícia sueca prendeu neste domingo quatro pessoas suspeitas de planejar um atentado terrorista, ao mesmo tempo em que as autoridades em Nova York e Washington reforçaram as medidas de segurança.


Os ataques de 11 de setembro de 2001 geraram em todo o mundo uma legião de teorias conspiratórias, especialmente entre os islâmicos, que veem na tragédia a mão oculta de Israel ou dos EUA.


O ex-primeiro-ministro da Malásia Mahathir Mohamad, considerado um cáustico detrator do Ocidente, escreveu em seu blog que os muçulmanos árabes são incapazes de "planejar e executar tais ataques". Segundo ele, "não é impensável" que o ex-presidente Bush tenha mentido sobre quem é realmente o responsável pelo 11 de setembro.


Mahathir Mohamad afirmou ainda que as torres gêmeas do World Trade Center "caíram convenientemente sobre elas mesmas", em um movimento muito parecido com uma "demolição planejada dos edifícios" que desabaram.


No Paquistão, os militantes de um partido político islâmico fizeram protestos antiamericanos para lembrar o aniversário dos atentados, carregando cartazes com as teorias. No entanto, os acontecimentos e comentários apenas atraíram algumas atenções.


No Japão, muitas famílias se reuniram em Tóquio para homenagear os 23 funcionários do Banco Fuji que não conseguiram deixar os prédios. Um a um,os parentes depositaram flores diante de uma urna de crital com um pequeno pedaço de aço recuperada no Marco Zero. Não houve lágrimas, apenas emoções contidas.


Em Londres, houve uma cerimônia na Capela Grosvenor. Courtney Cowart, que quase foi soterrada viva no desabamento da torre norte do WTC, descreveu o medo que passou cinco dias depois, quando regressou ao local para uma cerimônia religiosa.


- Ao entrar no coração da escuridão fiquei aterrorizada. Fomos diminuídos pela imensidão de escombros que nos rodeavam. Era uma paisagem desprovida de cor - disse.


Na Itália, o Papa Bento 16 rezou uma missa ao ar livre em Ancona, onde pediu ao mundo que resista à "tentação do ódio" e que, em vez disso, trabalhe em prol da solidariedade, justiça e paz.


Em Paris, onde foram planejadas várias cerimônias, uma associação de "amigos" franceses dos EUA apresentou uma réplica de nove andares das torres gêmeas com os nomes das vítimas. Cerca de 150 pessoas, algumas delas carregando bandeiras americanas, se concentraram em Madri para plantar dez carvalhos americanos no Parque Juan Carlos I, em uma cerimônia presidida pelo príncipe Felipe e sua esposa Letizia.

Protesto contra os EUA em frente à embaixada americana em Londres/AP

Em Roma, o Coliseu será iluminado como mostra de solidariedade, junto com cerimônias especiais na Catedral de Notre Dame, de Paris, e a de Saint Paul, em Londres.
Por sua vez, o Talibã prometeu continuar combatendo as forças dos EUA no Afeganistão e voltou a afirmar que não participaram dos ataques.


"Cada ano, o 11 de setembro lembra os afegãos sobre um acontecimento no qual não tiveram participação", disse uma mensagem eletrônica enviada aos meios de comunicação. "O colonialismo americana derramou o sangue de milhares de afegãos miseráveis e inocentes".


Horas depois, um talibã suicida explodiu um caminhão na entrada de uma base da Otan no Afeganistão, matando dois civis e ferindo 77 soldados americanos.


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na reunião dominical de seu gabinete, disse que os terroristas continuam ameaçando Israel e pediu que as democracias "atuem juntas contra esta praga".
- Está claro que as ameaças seriam imcomparavelmente maiores se as forças radicais islâmicas ou regimes adquirissem armas de destruição maciça. Aí então, os terroristas permanecriam juntos e seriam capazes de agir sob a sobra nuclear de um regime extremista.


Os EUA e seus aliados invadiram o Afeganistão jno dia 7 de outubro de 2001 depois que o Talibã - que governava o país - se negou a entregar Osama bin Laden.


- Agora que Osama bin Laden está morto, a alma de meu irmão finalmente descansará em paz - disse Yambem Laba, cujo irmão caçula Jupiter Yambem morreu no ataque às torres. 
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Entenda como ocorreram os atentados de 11 de Setembro de 2001

Retrospectiva


INTERNACIONAL - - NOTÍCIAS & INFORMAÇÃO.


Ataques deixaram quase 3.000 mortos nos EUA.

Reconstituição mostra como foi a ação dos terroristas.


Do G1, em São Paulo

11 de Setembro minuto a minuto VALE ESSE (Foto: Arte/G1)

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O léxico do 11 de Setembro: palavras que gostaríamos de não saber

11/09 - O dia que marcou uma década


INTERNACIONAL -- NOTÍCIAS & INFORMAÇÃO.



 
CHARLES McGRATH
DO "NEW YORK TIMES"

The New York Times

*-||=.-.=||-* Diferentemente de alguns outros acontecimentos de grande peso em nossa história --a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, ou a Guerra do Vietnã--, os ataques que aconteceram em 11 de setembro de 2011 não mudaram ou enriqueceram nosso vocabulário especialmente.


Essas coisas às vezes levam tempo. Foi apenas na década de 1960, por exemplo, que o termo "holocausto", que até então indicava qualquer massacre em grande escala, adquiriu as conotações específicas que possui hoje.


Por enquanto, porém, seria possível argumentar que os acontecimentos do 11 de Setembro ainda parecem tão incompreensíveis que, na realidade, até empobreceram um pouco a língua, deixando-nos com um termo inane como "guerra ao terror", que consegue esvaziar tanto "guerra" quanto "terror" de boa parte de seu significado, ou com o termo assustador "homeland" --nosso país--, com seus ecos nazistas. O "homeland" parece ser um lugar muito menos agradável de se viver do que a simples América.


Conhecemos muitas palavras agora que provavelmente já deveríamos ter aprendido antes, como jihad, Taleban, mujahedine e Al Qaeda. E algumas que preferiríamos esquecer, como TSA (sigla da Autoridade de Segurança dos Transportes), verificação de segurança, bomba no sapato e colapso vertical progressivo.


Um termo como "sleeper cell" (célula dormente --formada por agentes infiltrados que passam meses ou anos "dormentes" até entrarem em ação) provavelmente se fixa em nossas cabeças porque contém uma nesga de poesia embutida, e, pela mesma razão, é difícil esquecer as 72 virgens de olhos negros que os terroristas acreditavam estar a caminho de encontrar. A parte sobre "olhos negros" é um toque brilhante, mesmo que provavelmente represente um equívoco de tradução.


Mas as frases mais fortes que passaram a morar na nossa consciência desde aquela manhã de setembro são algumas que são imbuídas de antipoesia, por assim dizer --são resistentes a metáforas ou embelezamento.


O Ponto Zero, por exemplo, um termo que se originou com o Projeto Manhattan e foi empregado originalmente em conexão com explosões nucleares, parece especialmente apropriado neste novo contexto, com seu senso de finalização absoluta, de um ponto que é ao mesmo tempo um fim e um começo e ao qual todo o resto faz referência.


E mesmo o próprio termo 11/09 possui uma espécie de correção. Ninguém mais diz "11 de Setembro", em inglês, para referir-se àquele dia medonho (fazê-lo, brincou um amigo certa vez, seria "tão próprio do 10 de setembro").


A expressão possui uma simplicidade sem enfeites, uma precisão agradável --é o mesmo efeito gerado por "24/7", só que mais forte e sem o exagero contido nesta.


Essas quatro sílabas ficam bem ao final da linguagem, onde as palavras se convertem em abstração. Individualmente, são apenas números aleatórios, vazios; mas, unidas por aquela fatídica barra diagonal, elas contêm tudo. 11/09 --todo o mundo sabe o que isso significa, e dizer mais que isso seria sem sentido. Às vezes as palavras não bastam.


]**[ Tradução de Clara Allain

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Ex-professor de terrorista do 11/9 foi demitido após contatar o FBI

10 anos do 11 de setembro


INTERNACIONAL -- NOTÍCIAS - [ Retrospectiva ].



Brasileiro trabalhava em escola de inglês onde Marwan Al Shehhi estudou.
Tacito Cury esteve no WTC após a primeira torre ser atingida.



Mirella Nascimento Do G1, em São Paulo

Tacito Cury guarda fotos e jornal sobre o 11 de Setembro (Foto: Mirella Nascimento/G1)
Tacito Cury guarda fotos e jornal sobre o 11 de
Setembro (Foto: Mirella Nascimento/G1)

!*[[-=-]]*! Um brasileiro foi um dos professores de inglês do terrorista Marwan al Shehhi, piloto de um dos aviões que atingiram o World Trade Center (WTC), em Nova York, em 11 de Setembro. O paulista Tacito Cury, então com 20 anos, reconheceu o aluno na capa do jornal do dia seguinte aos atentados e acabou sendo demitido após comunicar ao FBI que tinha informações sobre al Shehhi.


Cury também é um sobrevivente dos ataques. O jovem trabalhava duas vezes por semana no escritório da escola localizada no 57º andar da Torre Sul do WTC. Na manhã de 11 de setembro de 2001, atrasou-se. Ao saltar do metrô, foi avisado por bombeiros que havia um incêndio na Torre Norte, mas que o acesso à Sul estava liberado.


“Estava uma confusão no térreo, mas entrei no prédio. Subi até o 30º andar, onde teria de trocar de elevador. Vi uma mulher com o rosto machucado. Ela gritava ‘está pegando fogo, corram’. Decidi descer de volta, pelas escadas. Olhei pela janela e vi uma chuva de papel caindo. Na hora, não conseguia acreditar que era verdade”, contou o empresário, em entrevista ao G1 em seu escritório em São Paulo, onde passa alguns meses do ano.


‘Achei que estavam gravando um filme’
Acostumado a encontrar ruas fechadas em Manhattan para gravações de filmes e seriados, Cury chegou a pensar que estava em meio a uma cena de ficção: “Achei que estavam gravando algum filme, o que é comum nas ruas de Nova York. Só percebi que era de verdade quando vi pessoas ensanguentadas ao meu redor, gritando de dor e pedindo ajuda. Nessa hora, liguei para meu pai para dizer que estava lá, mas que estava tudo bem”.


Tacito Cury mostra fotos das torres do WTC no dia 11 de setembro de 2011 (Foto: Mirella Nascimento/G1)
Cury tirou fotos das torres em chamas (Foto: Mirella
Nascimento/G1)

Enquanto falava com o pai, viu o segundo avião bater. “Foi um barulho absurdo e tremeu tudo. Os prédios tremeram. Mesmo com o segundo avião, eu achava que era acidente. Fiquei olhando aquelas torres queimando, tentando entender o que estava acontecendo. De repente, cai a primeira torre. Eu ia me distanciando do local e olhando para trás. Mas só pensava em ir para o mais longe possível”.


Com a suspensão dos serviços de transporte, Cury, que morava em Newark (Nova Jersey), acabou dormindo na sede da escola localizada na Rua 56, em Nova York.


No dia seguinte, passou em casa para trocar de roupa e voltar para mais um dia de trabalho. Na volta a Manhattan, no metrô, pegou um exemplar do jornal Daily News deixado em um dos assentos e reconheceu Marwan al Shehhi entre os suspeitos.


“Liguei para o escritório, soletrei o nome dele e confirmei que era mesmo nosso aluno. Do metrô mesmo, liguei para o FBI e contei que estudou na escola. Não sei se eu pensei que ia ter uma recompensa ou o quê. Quando cheguei, já estava tudo bloqueado. Meu patrão não gostou e acabei sendo demitido. Perdi meu emprego por ter avisado o FBI”, lembra.

Marwan al Shehri (Foto: Reprodução)
Marwan al Shehhi
(Foto: Reprodução)
Um aluno discreto

Segundo Cury, al Shehhi era um aluno calmo e discreto, que não falava muito, mas estava habituado à cultura americana. “Era calmo, falava devagar. De vez em quando, falando ao telefone em árabe, parecia brigar, mas não dava para saber o assunto. E não parecia terrorista”.


Cury, que era uma espécie de “faz tudo” na escola, ajudou o aluno a encontrar um local para morar, encaminhou documentos para o visto de estudos e até o levou para comprar roupas em uma grande rede de lojas americana.


Como aluno de inglês, o árabe não se destacava. “Não gostava de estudar, não ia bem nas provas. Só queria mesmo o visto e um lugar para morar”, diz. Depois de frequentar três meses de aulas, cerca de 20 dias antes dos atentados, pediu transferência para uma unidade da escola na Flórida e nunca mais apareceu.


O ex-professor diz não esquecer a fisionomia, os trejeitos e as roupas de al Shehhi. “Usava sempre uma camisa xadrez escura, tinha cavanhaque. Foi esse aluno que quase tirou minha vida. Ele que acertou o prédio onde eu trabalhava”, diz.


Dez anos depois
Com a demissão da escola, Cury decidiu ficar em Nova York e investir justamente na educação de estrangeiros. Acabou abrindo uma escola de inglês, hoje frequentada por muitos europeus, além de brasileiros e asiáticos, e outras três de formação de professores, nos Estados Unidos, na Inglaterra e na França.



Ainda existe muita coisa mal explicada, como o avião que atingiu o Pentágono"
Tacito Cury

Ao longo dos últimos dez anos, fez faculdade e pós-graduação. Estudou comércio exterior, relações internacionais e até decoração. Fascinado pelas conspirações em torno dos atentados de 11 de Setembro, focou os estudos em questões diplomáticas, viajou para países do Oriente Médio, assistiu a filmes sobre o assunto. “Ainda existe muita coisa mal explicada, como o avião que atingiu o Pentágono”, opina.


Quando está no Brasil, toca projetos de decoração, hobby que virou mais uma de suas ocupações profissionais, e é síndico do prédio onde mantém seu home-office, na região da Avenida Paulista, em São Paulo.


“Será a primeira vez que passarei o 11 de Setembro no Brasil. Fiz questão de não estar em Nova York. Falar sobre o assunto, relembrar aquele dia, é normal. Mas estar lá, com toda a carga envolvida, é outra coisa”.
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