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segunda-feira, 2 de maio de 2022

Pesquisa da UFV usa técnica de edição gênica para resgatar características de espécies silvestres para criação de novas culturas

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Os pesquisadores mostraram que o uso da técnica CRISPR-Cas9 em espécies silvestres permite combinar características úteis dessas plantas com outros aspectos agronomicamente desejáveis.
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g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2022

Postado em 02 de maio de 2022 às 14h20m

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Professor Agustin Zsögön desenvolveu a pesquisa na Universidade Federal de Viçosa (UFV)  — Foto: Reprodução/BBC
Professor Agustin Zsögön desenvolveu a pesquisa na Universidade Federal de Viçosa (UFV) — Foto: Reprodução/BBC

E o pesquisador Emmanuel Rezende Naves revelou por meio de técnica de edição gênica que é possível manipular genomas de espécies silvestres e criar cultivos mais nutritivos e mais resistentes a ambientes adversos.

Os estudos foram iniciados em 2015 e renderam a publicação de um artigo na revista Nature Biotechnology. O trabalho foi publicado em 2018 e também foi assinado por pesquisadores de outras instituições nacionais e internacionais, tendo sido ainda tema de editorial da Nature e capa da revista Wired.

Os pesquisadores mostraram que o uso da técnica CRISPR-Cas9 em espécies silvestres permite combinar características úteis dessas plantas com outros aspectos agronomicamente desejáveis.

A CRISPR-Cas9 é uma técnica de engenharia genética baseada na edição do genoma que permite alterar de maneira muito precisa as sequências de DNA e modificar a função genética.

 Ilustração mostra atividade da CRISPR alterando a sequencia genética de molécula de DNA  — Foto: S.Dixon / F.Zhang / Divulgação
Ilustração mostra atividade da CRISPR alterando a sequencia genética de molécula de DNA — Foto: S.Dixon / F.Zhang / Divulgação

O professor Augustin destacou que a técnica utilizada na pesquisa consegue atingir bons resultados sem que haja redução da diversidade genética da espécie original para aumento da produção e produtividade das culturas.

Nossa ideia é que se trabalharmos com espécies silvestres podemos recuperar características originais e importantes que foram perdidas e que podem ser vantajosas para a agricultura.

Os pesquisadores chamaram este conceito de domesticação do novo, que permite, entre vários benefícios a criação de culturas mais resistentes às mudanças climáticas.

Agustin lembra que muitos cultivos disponíveis atualmente não foram criados para serem resilientes às variações que vêm ocorrendo, como um ano com seca, outro com muita chuva e outro com altas temperaturas.

Ele destacou que é importante recuperar, através das espécies silvestres, o acervo genético perdido, já que elas têm a capacidade de se adaptar a essas mudanças.

Agustin lembra ainda que, embora a produtividade continue sendo o principal parâmetro de interesse dos pesquisadores e melhoristas, cada vez mais os mercados estão buscando alimentos com maior qualidade nutricional.

A tecnologia CRISPR-Cas9, de acordo com ele, possibilita atender a essa demanda de forma mais rápida e simples, procurando novos alvos para melhorar as características das culturas.

Com as nossas pesquisas, por exemplo, conseguimos, em um ano, aumentar em 500% o conteúdo de licopeno do tomate, o que foi feito com uma estrutura de laboratório relativamente simples. Introduzimos a modificação em uma única planta e, na geração seguinte, já tivemos mais licopeno, completou.

O professor Agustin Zsögön, do Departamento de Biologia Vegetal da UFV, chegou há cerca de dois meses de um pós-doutorado no Instituto Max Planck, na Alemanha, trazendo na bagagem a participação em um dos documentários da série Follow the food, exibida pela BBC em mais de 100 países. Na série que revela avanços científicos nas práticas agrícolas em diferentes partes do mundo, o professor representou a pesquisa brasileira na área de ciências agrárias.

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Aquecimento global provoca aumento inédito do nível do mar na Nova Zelândia

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Dados sobre o litoral do país mostram que algumas áreas costeiras já cedem entre três e quatro milímetros por ano, o que acelera o processo gerado pelo excesso de emissões de gases que provocam o efeito estufa.
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TOPO
Por RFI

Postado em 02 de maio de 2022 às 11h50m

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O nível do mar está subindo duas vezes mais rápido do que o previsto em algumas regiões da Nova Zelândia, ameaçando as duas maiores cidades do país, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (2).

Os dados sobre o litoral do país mostram que algumas áreas costeiras já cedem entre três e quatro milímetros por ano, o que acelera o processo gerado pelo excesso de emissões de gases que provocam o efeito estufa. As projeções foram feitas pelo NZ SeaRise, um vasto programa de pesquisa de cinco anos, financiado pelo governo e efetuado por uma equipe de cientistas internacional.

De acordo com as previsões apontadas no estudo, as autoridades têm menos tempo do que o previsto para planejar e se adaptar às consequências do aquecimento global. Um dos principais obstáculos é a o reassentamento dos moradores que vivem nas regiões costeiras.

Segundo Tim Naish, professor da Universidade Wellington, que co-dirigiu o programa, se em termos globais o nível do mar aumentasse cerca de meio metro até 2100, essa altura deveria atingir cerca de um metro em grande parte do arquipélago, já que a terra cede ao mesmo tempo. Essa possibilidade seria catástrósfica para Wellington, que poderia registrar um aumento do nível do mar de 30 centímetros até 2040, o que não esperado antes de 2060.

Algumas áreas costeiras já cedem entre três e quatro milímetros por ano, o que acelera o processo gerado pelo excesso de emissões de gases que provocam o efeito estufa — Foto: Reuters/Yves Herman/File Photo
Algumas áreas costeiras já cedem entre três e quatro milímetros por ano, o que acelera o processo gerado pelo excesso de emissões de gases que provocam o efeito estufa — Foto: Reuters/Yves Herman/File Photo

Graves inundações

Os habitantes de Wellington poderiam, desta forma, serem vítimas, todos os anos, de graves inundações. "Temos menos tempo para agir", declarou Naish, que considera a situação "preocupante". Os dados mostram que o litoral sudeste da ilha do Norte, uma das mais povoadas da Nova Zelândia, é um dos mais expostos. 

O estudo ainda revela que Auckland, com 1,7 milhão de habitantes, também é bastante vulnerável. De acordo com as previsões, o nível do mar aumentará mais 50% perto do centro e de várias periferias, o que terá repercussão no preço das casas e das seguradoras.

O programa do governo criou uma ferramenta que permite aos habitantes e às autoridades verificar a previsão para a área onde vivem, para que seja possível avaliar o risco de inundação e erosão. "Não temos mais tempo de ficar de braços cruzados", disse o cientista, pedindo às autoridades que ajam e pensem na melhor maneira de se adaptar à situação.

A premiê neozelandesa Jacinta Ardern afirmou que o planejamento para enfrentar o aumento do nível do mar já estava em andamento, incluindo o orçamento e a criação de novos locais para receber os habitantes e certas infraestruturas. 

A primeira-ministra também pediu que os neozelandeses façam o possível para reduzir as emissões e limitar as consequências das mudanças climáticas. A elevação do nível do mar é resultado da dilatação térmica do oceano associada ao derretimento das calotas polares.

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