Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
Tecnologia desenvolvida por Kongjian Yu se tornará essencial com extremos climáticos cada vez mais frequentes. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Redação g1 Postado em 24 de Setembro de 2.025 às 15h25m #.* -- Post. - Nº.\ 11.861 -- *.#
Os projetos de Yu, aplicados em mais de 70 cidades, revolucionaram o
planejamento urbano ao integrar a natureza como solução para conter
enchentes e lidar com grandes volumes de água nas áreas urbanas.
"A
natureza se adapta, é viva. O conceito de cidade-esponja é baseado no
princípio de que a natureza regula a água. (...) Eu sou de uma pequena
vila que tem um rio. Vivi 17 anos como agricultor, isso me ensinou como
trabalhar com a natureza", disse em entrevista ao Fantástico.
Conheça as principais obras de Kongjian Yu e do escritório Turenscape
Parque Florestal Benjakitti (Tailândia) – Recebeu o UIA 2030 Award em 2024; destaque pela recuperação ecológica em Bangkok.
Parque Florestal Benjakitti, em Bangkok, na Tailândia. — Foto: Turenscape/Divulgação
Nanchang Fish Tail Park (China) – Vencedor do ASLA Award of Excellence 2025; exemplo de infraestrutura de cidade-esponja.
Paisagem de 126 acres degradada virou uma floresta flutuante que regula
as águas pluviais, fornece habitat para a vida selvagem, oferece uma
variedade de oportunidades recreativas. — Foto: Turenscape/Divulgação
Xi’an Yannan Park Urban Balcony (China) – Premiado com o ASLA Urban Design Honor Award em 2024.
Xi’an Yannan Park Urban Balcony: projeto revela área renaturalizada,
revitalizando antigo canal de concreto por meio de gerenciamento das
águas pluviais. — Foto: Turenscape/Divulgação
The Maotai Eco-Metaverse (China) – Projeto reconhecido com o WAF GROHE Water Prize em 2024.
The Maotai Eco-Metaverse — Foto: Turenscape/Divulgação
Zhongshan Shipyard Park (China) – Um dos marcos iniciais do conceito de cidade-esponja.
Zhongshan Shipyard Park — Foto: Turenscape/Divulgação
Qinhuangdao Red Ribbon Park (China) – Referência internacional em design paisagístico sustentável.
Qinhuangdao Red Ribbon Park — Foto: Turenscape/Divulgação
Museu Hami Pterosaur: Design ecoadaptativo em condições extremas
Novo relatório mostra que o planeta entrou em uma fase mais perigosa: além da crise climática, a saúde dos mares agora também está fora da zona de segurança. Só a camada de ozônio e os aerossóis seguem dentro dos limites. <<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>> Por Roberto Peixoto, g1 24/09/2025 13h22 Atualizado há uma hora Postado em 24 de Setembro de 2.025 às 14h25m #.* -- Post. - Nº.\ 11.860 -- *.#
COP30 - Como os cientistas medem o aquecimento global?
O planeta já rompeu sete dos seus nove limites planetários- indicadores científicos que medem se a Terra ainda opera em condições seguras para sustentar a vida.
E a novidade no levantamento de 2025 é que a acidificação dos oceanos, que no ano passado estava “no limite”, agora entrou na lista dos processos que já ultrapassaram a fronteira de segurança
Em 2024, seis processos estavam confirmadamente em situação crítica e a
acidificação aparecia como próxima de ser ultrapassada.
A constatação é de um novo estudo, feito por pesquisadores do Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK), que analisaram os processos essenciais para a manutenção do equilíbrio ambiental na Terra.
Ou seja, se não controlarmos o aumento global da temperatura, eventos
como o colapso de ecossistemas e desastres climáticos extremos se
tornarão cada vez mais frequentes (entenda mais abaixo).
No estudo, foram identificados sete processos que já ultrapassaram
níveis considerados seguros relacionados aos seguintes tópicos (veja aqui o detalhamento de cada um):
Mudanças no uso da terra do planeta:
tem a ver com o desmatamento e a conversão de ecossistemas naturais em
áreas agrícolas ou urbanas, que estão destruindo habitats e afetando a
regulação climática. Seus níveis seguros já foramULTRAPASSADOS. 🟠
Mudanças climáticas:
algo diretamente ligado ao aumento da temperatura devido à poluição por
gases do efeito estufa, que têm consequências graves para o planeta.
Seus níveis seguros já foram ULTRAPASSADOSe atingiram uma zona de ALTOrisco. 🔴
Biodiversidade:
tem relação com a extinção de várias espécies, causada pela degradação
dos habitats naturais e pela exploração excessiva dos recursos. Seus
níveis seguros já foram ULTRAPASSADOS e atingiram uma zona de ALTOrisco. 🔴
Ciclo do nitrogênio e fósforo:
está relacionado ao uso excessivo de fertilizantes, que prejudica a
qualidade da água e afeta os ecossistemas aquáticos. Seus níveis seguros
já foram ULTRAPASSADOSe atingiram uma zona deALTOrisco. 🔴
Uso de água doce:
tem a ver com a demanda crescente por água em várias regiões, que está
se aproximando de níveis críticos. Seus níveis seguros já foram ULTRAPASSADOS. 🟠
Poluição química por compostos como microplásticos:
diz respeito ao acúmulo de produtos químicos tóxicos no ambiente, que
representa uma ameaça crescente à saúde humana e à biodiversidade. Seus
níveis seguros já foram ULTRAPASSADOS. 🟠
Acidificação dos oceanos:tem
a ver com o aumento de CO₂ na atmosfera, que torna os oceanos mais
ácidos, prejudicando a vida marinha e os recifes de corais. Seus níveis
seguros já foram ULTRAPASSADOS. 🟠
Representação visual dos limites planetários. — Foto: Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK)
Já os dois processos que aindaNÃOestão próximos de serem ultrapassados são os seguintes:
Aerossóis na atmosfera:
ou seja, o aumento de partículas suspensas no ar (como fuligem e
poeira), que vem alterando os padrões climáticos regionais e afetando a
saúde humana. 🟢
Camada de ozônio: a degradação dessa região da estratosfera já estava em andamento, mas ações internacionais ajudaram a protegê-la. 🟢
Esses limites planetários foram propostos em 2009 por Johan Rockström,
que é o diretor do PIK. Desde então, pesquisadores têm trabalhado para identificare quantificaresses processos, numa forma de chamar atenção para a emergência climática.
Em 2024, os oceanos ainda estavam tecnicamente dentro da zona segura, embora muito próximos do limite.
Agora, com a queda confirmada do pH e danos já visíveis em espécies
marinhas — como os pterópodes, pequenos caracóis do mar que servem de
base para cadeias alimentares —, o estudo aponta que o limite foi
oficialmente transgredido.
Isso significa que recifes de corais, moluscos e ecossistemas inteiros
já enfrentam condições que dificultam sua sobrevivência. Para
cientistas, esse é um ponto crítico, porque o oceano atua como regulador
climático global e fornecedor de oxigênio para a atmosfera.
“O
oceano está se tornando mais ácido, os níveis de oxigênio estão caindo e
as ondas de calor marinhas estão aumentando. Isso pressiona um sistema
vital para estabilizar o planeta”, afirmou Levke Caesar, co-líder do
laboratório de limites planetários do PIK
Abaixo, entenda ponto a ponto por que a preocupação com esses 7 sistemas:
1. Mudanças no uso da terra 🟠
A transformação de paisagens naturais é um processo que acontece principalmente através do desmatamentoe da urbanização, e que tem um efeito profundo nas funções ecológicas essenciais para a saúde do nosso planeta.
No estudo, os pesquisadores ressaltam que essas mudanças não apenas diminuem as áreas verdes, mas também comprometem funções vitais que mantêm o equilíbrio ecológico.
Para exemplificar, atualmente, a cobertura florestal global está em torno de 59% do que poderia ser, indicando que estamos abaixo dos níveis considerados seguros, segundo dados do observatório europeu Copernicus.
Em termos práticos, uma cobertura florestal segura é definida perto de75% da extensão original, sendo
que 85% é a taxa ideal para florestas tropicais (como a Amazônia) e
boreais, enquanto florestas temperadas precisam de pelo menos 50%.
Entre 2000 e 2018, quase 90% da desflorestação direta se deveu à
expansão de terras agrícolas, com 52,3% dessa perda relacionada ao
cultivo de alimentos e 37,5% à criação de gado.
Gado pasta em uma área desmatada do município de Assis (AC), na
Amazônia. Imagem é de 1º de novembro de 2007. — Foto: AP Photo/Silvia
Izquierdo
2. Mudanças climáticas 🔴
Esse limite da mudança climática refere-se ao processo que altera o equilíbrio energético da Terra: o acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, o que afeta tanto as temperaturas globais quanto os padrões climáticos.
E em 2024, a quantidade de CO₂ da atmosfera está em torno de 422 ppm, bem acima do limite de 350 ppm estabelecido pelo estudo, que leva em conta as metas do Acordo de Paris (veja gráfico abaixo).
Já a chamada força do aquecimento causado pela atividade humana no topo da atmosfera vem superando2,79 W/m², valor que também já está muito acima do que é considerado seguro para o clima do nosso planeta.
Esse último conceito inclui todas as atividades humanas que afetam o
equilíbrio energético da Terra, não se limitando apenas às emissões de
CO₂. Outras emissões de gases de
efeito estufa, como metano e óxido nitroso, além de aerossóis e mudanças
no uso da terra, também estão incluídas na conta.
O limite planetário para essa força foi estabelecido em +1,0 W/m²(em
relação aos níveis pré-industriais). Com o seu aumento, mais energia é
retida no planeta, elevando as temperaturas na atmosfera, nos oceanos e
na terra. Com isso, os impactos do aquecimento resultam em eventos
climáticos extremos, como chuvas torrenciais, inundações, ondas de calor
e secas.
"Os
dados mostram que o planeta está sob enorme pressão. Se não tomarmos
medidas imediatas, estaremos acelerando ainda mais a crise climática e a
perda de biodiversidade", diz Renata Piazzon, diretora-geral do
Instituto Arapyaú, que fez parte de um conselho ligado ao estudo dos
limites planetários contribuindo diretamente para o relatório "Planetary Health Check".
3. Biodiversidade 🔴
O termo técnico que os cientistas utilizaram para isso é a chamada "mudança na integridade da biosfera", ou seja, as alterações na saúde e no funcionamento dos ecossistemas do planeta.
Em um relatório publicado em setembro, eles indicam que a maioria das
violações desses limites acontece em regiões onde a terra é utilizada
intensivamente, como em zonas agrícolas.
Em contraste, áreas como a Amazônia e a Bacia do Congo, que permanecem naturais ou semi-naturais, não apresentam essas violações de forma tão clara, ainda segundo o estudo.
Quanto à diversidade genética, ou seja, a diversidade de variações
genéticas entre os indivíduos de uma mesma espécie, as taxas de extinção
são preocupantes. O relatório aponta que pelo menos73 grupos de vertebradosdesapareceram nos últimos 500 anos.
Gorila das planícies do oeste 'Malui' caminhando por entre uma nuvem de
borboletas que ela perturbou em um bai. Bai Hokou, Reserva Florestal
Especial Densa de Dzanga Sangha, República Centro-Africana. — Foto: Anup
Shah / TNC Photo Contest 2021
4. Ciclo do nitrogênio e fósforo🔴
Essas são mudanças que podem resultar em zonas mortas em ambientes deágua docee no mar.
Os chamados fluxos biogeoquímicos movimentam elementos essenciais para a
vida, como nitrogênio e fósforo, que circulam pelo meio ambiente.
Em 2024, porém, dados mostram que os fluxos de fósforo para os oceanos chegaram a 22,6 Tg P por ano, enquanto a fixação de nitrogênio feita pela indústria está em torno de 190 Tg N por ano, números que ultrapassaram limites considerados seguros para esses ciclos de nutrientes.
O limite planetário para o fluxo de fósforo foi estabelecido no estudo em 11 Tg P
por ano, para evitar a eutrofização generalizada (crescimento
descontrolado de algas) e a redução de oxigênio nos ambientes aquáticos.
Já o nitrogênio teve um limite definido de 62 Tg Nanualmente.
Tivemos o mês de agosto mais quente do registro instrumental, mas
sabemos também que estamos vivendo o período mais quente em cerca de 125
mil anos por causa do aquecimento global antropogênico. Com isso,
estamos alterando os padrões do sistema climático e entre as
consequências temos aumento de frequência e intensidade de eventos
extremos.
— Karina Lima, climatologista e divulgadora científica.
5. Uso de água doce 🟠
Os dados mais recentes também mostram que as atividades humanas estão causando sérios problemas nos fluxos de água de rios, lagosereservatórioscomo lençóis freáticos. Esses problemas também já ultrapassaram os limites seguros estabelecidos no estudo.
Segundo o PIK, cerca de 18% da superfície da Terra está passando por
mudanças significativas na água desses corpos, e cerca de 16% está
enfrentando níveis de umidade no solo que não são considerados
adequados.
"Ultrapassar
os limites da mudança de água doce tem impactos significativos no
funcionamento do sistema terrestre e nas sociedades humanas. A
interrupção do ciclo da água ameaça a sobrevivência de ecossistemas
inteiros, como a Amazônia, comprometendo a integridade da biosfera e os
serviços ecossistêmicos", diz um trecho do estudo.
Imagem mostra antes e depois da seca ao redor do mundo em 2022. Da
esquerda para a direita, de cima para baixo: Território francês, Rio
Reno, Alemanha, Lago Mead e Lago Powell, ambos nos EUA. — Foto:
Copernicus/ESA/Nasa
6. Poluição química por compostos como microplásticos🟠
Esse processo diz respeito ao aumento da circulação de substâncias
químicas sintéticas, como microplásticos e materiais radioativos.
Entre 2000 e 2017, a produção de produtos químicos do tipo vem aumentando continuamente, ainda segundo dados do estudo.
E essas substâncias contribuem não só para a poluição, como também para
o acúmulo biológico e a resistência a antibióticos, além de causarem
problemas de saúde, como o câncer.
A acidificação dos oceanos é um fenômeno que se refere ao aumento da acidez das águas do mar, causado pela absorção deCO₂presente
na atmosfera. Isso tem impactos diretos nos organismos marinhos que
formam estruturas calcárias, como corais e moluscos, e,
consequentemente, afeta todo o ecossistema marinho.
Segundo dados de 2024, o nível de saturação em aragonita global, uma taxa que mede a acidez das águas, está em 2,80. Esse valor se encontra dentro da margem segura para o fenômeno (2,75), mas é bastante próximo do limite.
E superar o limite da acidificação dos oceanos traz consequências
sérias para o planeta. Por exemplo, os corais enfrentariam dificuldades
na construção de seus esqueletos, algo que compromete a estrutura de
recifes. Além disso, moluscos e outros organismos com conchas teriam
dificuldades para formar suas estruturas, algo que afetaria sua
sobrevivência e crescimento.
O problema é que isso também já uma realidade para algumas espécies, como os pterópodesde altas latitudes, moluscos que apresentam danos em suas conchas por causa da acidificação dos oceanos.
Um estudo de 2020 inclusive, publicado pela Rede Global de
Monitoramento de Recifes de Coral (GCRMN), revelou que o mundo perdeu
cerca de 14% de seus recifes de coral desde 2009. Este relatório,
pioneiro em sua categoria, baseou-se em dados coletados em mais de
12.000 locais de coleta em 73 países ao longo de um período de mais de
40 anos (1978-2019).