Total de visualizações de página

domingo, 24 de abril de 2011

Salão de Xangai tem carros feitos em parceria entre chineses e estrangeiros

** = A GM, Honda e Nissan têm modelos produzidos dessa maneira.
Veículos elétricos mostram que chineses querem liderar em tecnologia. = **



$$ = O Salão de Xangai, que acontece desde o dia 19, na China, é palco do lançamento de alguns modelos fabricados em conjunto por montadoras estrangeiras e locais. São carros acessíveis que visam aproveitar a ascensão da classe média chinesa, brigando com os modelos nacionais de baixo custo.
A General Motors levou à feira o 630, o primeiro modelo do sua nova marca Baojun, desenvolvido com parceiros chineses por meio de uma joint venture. É um sedã de quatro portas baseado num modelo GM antigo. Terá um preço US$ 10.700 US$ 15.300.

A Honda exibiu na feira o compacto de quatro portas S1, o primeiro da sua linha Everus, da parceria Guangzhou-Honda. A Nissan, por sua vez, apresentou um carro ainda sem nome que planeja vender sob a marca Venucia, no próximo ano. A produção ficará a cargo da joint-venture Dongfeng-Nissan.

Essas parcerias entre os grandes fabricantes estrangeiros com produtores chineses são resultado de uma política de Pequim, que quer que os grandes conglomerados globais transfiram tecnologia para a indústria nacional, algo que não aconteceu da forma esperada nas mais de duas décadas em que as grandes montadoras atuam por lá.

Elétricos.
A produção chinesa apesentada no Salão de Xangai também deixou claro que o país mergulhou de cabeça no desenvolvimento dos carros elétricos. Muitos dos modelos ainda estão em aperfeiçoamento, mas outros já circulam pelas ruas da China.

A Geely apresentou o McCar, um veículo compacto de dois lugares. A Dongfeng, por sua vez, levou à feira a microvan Shuaike. A Chery, que já tem presença no Brasil com modelos movidos a combustão, lançou o reev de quatro lugares. Todos prometem um alcance de cerca de 100 quilômetros por carga. O desenvolvimento dos carros elétricos é questão estratégica para Pequim: é um campo em que os chineses podem assumir a liderança global se criarem tecnologia rapidamente.
CARRO ELÉTRICO...China in made

O Circuito do Anhembi quase montado para receber a Fórmula Indy-Brasil 2011

SÃO PAULO - O circuito de rua do Anhembi está quase pronto para receber a Fórmula Indy em 2011, que chega a São Paulo no próximo 1.º de maio. As obras de montagem já estão em ritmo de ajustes finais, a uma semana dos treinos e da corrida, com a montagem de setores VIPs, arquibancadas e cercas de segurança.

##= A principal preocupação é a reta do Sambódromo, que segue com piso de concreto, mas agora com uma superfície aparentemente bem mais aderente que o ano passado (parecido com o de rodovias que usam concreto, como a Imigrantes), quando os carros não conseguiam acelerar ao máximo e foram necessárias obras durante a madrugada. Existem muitas ranhuras que garantem um escoamento melhor da água, inclusive.

O asfalto da avenida Olavo Fontoura (reta de Marte) e da Marginal do Tietê (reta dos Bandeirantes) foi refeito e está com poucas ondulações. O pit lane (área do estacionamento) e o Pavilhão de Exposições do Anhembi também já estão prontos.

Os equipamentos chegam neste começo de semana e os pilotos e funcionários das equipes até quinta-feira. A etapa de São Paulo da F-Indy tem largada marcada para às 13 horas (de Brasília) do domingo. (com Bruno Salvagno)

Gmail: saiba como impedir que um email já enviado chegue ao destinatário




##= Quem nunca mandou um email e se arrependeu logo depois que clicou em “Enviar”? Ou porque você percebeu que esqueceu o anexo, ou deixou algum destinatário de fora, ou colocou algum destinatário que não devia, ou simplesmente se arrependeu de ter escrito aquela mensagem.

Pensando nisso, o Google criou uma função para o Gmail que permite que você cancele um email por alguns segundos após o envio da mensagem. São no máximo 30 segundos, mas já dá para “se arrepender”. Para você conhecer esse maravilhoso recurso, o eBand preparou um pequeno tutorial. Veja como é simples:

1. Ativando a opção
Primeiro clique no botão de “Configurações”, no canto direito superior da página, e em seguida entre na aba “Labs”. Caso você já tenha alguma função do Labs habilitada, você pode simplesmente clicar no “vidrinho verde” (símbolo do serviço), que fica ao lado do seu endereço de email na página.

Aparecerá uma lista com diversas funcionalidades do Google Labs. Encontre a “Cancelar envio” e ative a opção. Para finalizar essa etapa, vá até o final da página e clique em “Salvar alterações”.

2. Definindo o tempo de arrependimento
Quando você clicou em “Salvar alterações” a função automaticamente foi ativada. Agora você precisa definir (e configurar) um tempo limite para usar essa ação. Entre novamente na opção “Configurações” e vá até a aba “Geral”.

Encontre a opção “Cancelar envio” e defina o intervalo de tempo que você terá para desfazer a ação de enviar uma mensagem. Você pode escolher entre 5, 10, 20 ou 30 segundos. Opte pela alternativa que você achar mais apropriada e, na parte inferior da tela, clique em “Salvar alterações”.

3. Hora de testar o brinquedinho novo
Agora, já está tudo configurado. Sempre que você enviar um email, você terá um tempo definido para cancelar a tarefa. Faça aí o teste e envie um email para você mesmo. Observe que, logo depois do envio, aparece a opção “Desfazer” no alto da sua página. Basta clicar nela para que o email não seja mais enviado.

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros.

** = Mas, para encontrar a pedra preciosa, é preciso sorte e muita dedicação.
O mineral é encontrado apenas em Pedro II e na Austrália. = **


##= Na pequena cidade de Pedro II, no norte do Piauí, a opala extra, pedra encontrada apenas nessa região e no interior da Austrália - que faz o mineral ser considerado precioso e chega a custar três vezes mais que o ouro - é o que move a economia local. Por ano, a cidade vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo.
Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Divulgação/Sebrae)Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Marcelo Morais/Sebrae)

Tamanho é o valor do mineral que um garimpeiro chega a “achar” - com sorte e muita insistência - até R$ 60 mil em pedras em um mês. Normalmente, o ganho não atinge essa cifra com tanta frequência. No entanto, segundo José Cícero da Silva Oliveira, presidente da cooperativa dos garimpeiros de Pedro II, a atividade tem se desenvolvido, e o setor vem mantendo boas expectativas de crescimento - sustentável. Hoje, são explorados, legalmente, cerca de 700 hectares, o equivalente a 7 milhões de metros quadrados.

“A exploração não é mais desordenada. Todos os trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios”, afirmou. No regime de cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados. “Mas se um encontra uma pedra maior, por exemplo, fica para ele. Se não fosse assim, não daria certo, né?”, ponderou.

Na chamada Suíça piauiense, devido às temperaturas mais amenas, que não castigam a cidade, diferente de muitos municípios do Nordeste, Pedro II tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e lojistas que vivem da opala, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Piauí. A população de Pedro II, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 37.500 pessoas.
Pedro II tem se consolidado, nos últimos anos, como um polo de lapidação de joias. “Além da opala, também usamos pedras de outros estados do Sudeste, do Sul. Compramos essas pedras, lapidamos e fazemos as joias”, contou a presidente da Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II, Surlene Almeida. Esse tipo de atividade é desenvolvida há cerca de oito anos.

Em relação ao tempo em que as minas de opala são exploradas, a transformação das pedras em joias é recente, mas está evoluindo. Na cidade, já foi instalado um centro técnico de ensino de lapidação, design e joalheria, segundo Surlene. “É como se fosse um curso técnico mesmo, onde as pessoas se especializam nessa atividade.”

Apesar de o forte da economia de Pedro II ser a mineração, a cidade também vive da agricultura familiar. Durante o inverno, que tem períodos mais chuvosos, muitos garimpeiros migram para esse outro tipo de sustento.

Veja foto em 360º da cidade fantasma de Pripyat, perto de Chernobyl

** = A população foi retirada em 1986, após desastre nuclear.
Acidente em usina na Ucrânia completa 25 anos nesta terça-feira (26).
= **

##= Na madrugada de 26 de abril de 1986, o reator 4 da usina de Chernobyl, na Ucrânia (então parte da União Soviética) explodiu, espalhando uma nuvem de material radioativo. Pripyat, uma cidade de quase 50 mil habitantes perto dali, foi tão contaminada que teve de ser esvaziada às pressas. Os moradores nunca mais puderam voltar.
O desastre de Chernobyl, que completa 25 anos esta semana, voltou a ganhar maior relevância depois do acidente na usina de Fukushima, no Japão, de consequências ainda desconhecidas.
O número de mortos por causa da contaminação na Ucrânia nunca será preciso, pois é impossível saber, por exemplo, quantas vítimas de câncer desenvolveram a doença por causa do episódio. As consequências ambientais também precisam de estudos mais detalhados.
Ainda assim, Chernobyl é considerado o pior desastre nuclear da história. Até terça-feira (26), data do aniversário de 25 anos, o G1 publicará uma série de reportagens sobre o acidente.
Veja abaixo a foto em 360 graus da praça central de Prypiat, tirada em abril de 2001. Em 1986, ela era considerada uma cidade-modelo da União Soviética.

Clique para ver em alta resolução
 
 

Práticas, econômicas e sustentáveis, bicicletas seduzem empresários.

** = Empresa da capital paulista faz entregas com as ‘magrelas’.
Em outro caso, bikes especiais são vendidas por até R$ 40 mil. = **


Bicicletas do futuro!!!





Práticas, econômicas e sem causar poluição, as bicicletas seduzem pequenos empresários que buscam bons negócios. São mais de 60 milhões delas espalhadas pelo Brasil.

Uma empresa da capital paulista faz entregas com bicicletas. A equipe é conhecida como os ciclistas mensageiros, que rodam a cidade o dia inteiro.

Os empresários Rafael e Danilo Mambretti investiram R$ 40 mil no negócio. Eles alugaram o espaço, compraram computador, telefone e reservaram capital de giro. Para os empresários, o momento é oportuno para negócios que ofereçam praticidade e respeito à natureza.

“A gente alia essa questão da sustentabilidade que todo macro ambiente vem vivenciando muito. As pessoas têm procurado isso”, diz Rafael Mambretti.

Na empresa, contratar um funcionário é diferente. Ele tem que ser praticamente um atleta para pedalar em média 70 quilômetros por dia. “Eles passam por alguns exames, desde teste ergométrico a acuidade de visual. E outro cuidado que a gente tem acompanhamento diário desde o treinamento é com a saúde da alimentação”, afirma.

Os ciclistas usam a própria bicicleta. Eles trabalham com capacete, óculos protetor e recebem treinamento.

A empresa começou com três ciclistas no final de 2010. Hoje, já são nove mensageiros, com crescimento de 30 % ao mês. Os chamados não param. Para crescer, a empresa conta com trunfos que só a bicicleta tem.

Nas ruas congestionadas de uma cidade como São Paulo, a gente chega à irônica constatação de que muitas vezes a bicicleta é mais rápida do que o carro. A velocidade média do trânsito é de 15 km por hora. A bicicleta vai a 20, além de não poluir, não gastar combustível e não precisar nem de vaga para estacionar.

O serviço do ciclista sai 20% mais barato que o do motoboy. Em média, uma entrega em um percurso de 10 km a 15 km, custa R$ 18.

O Brasil tem hoje uma frota de 65 milhões de bicicletas. É o terceiro maior produtor do mundo. 50% delas são usadas como transporte. Na cidade de São Paulo, de cada dez, sete são usadas para chegar ao trabalho.


O Brasil tem hoje uma frota de 65 milhões de bicicletas. É o terceiro maior produtor do mundo.
Bicicleta futurista da BMW

Bicicletas especiaisOutros empresários também perceberam o mercado e montaram uma loja. Pablo Gallardo e Billy Castilho vendem bicicletas especiais, rápidas e leves. Elas estão em todo o espaço, na vitrine, no teto, no chão. Têm pneus finos com grandes circunferências, são coloridas e têm estilo próprio. Podem custar de R$ 3 mil a R$ 40 mil cada.

“Todos os produtos que a gente tem na loja, a gente trabalha com séries limitadas de peças exclusivas e tudo, como posso dizer, muito com uma certa veia artística”, diz Gallardo.

Os empresários investiram R$ 100 mil em reforma e estoque. A loja também é uma galeria de arte, são vendidos quadros de artistas, livros e camisetas.

“As pessoas vêm aqui têm um tempo até escolherem o que elas querem e prestam atenção nas obras de arte também. E isso mexe com sentido, né, da criação. É por ai que a gente vê”, afirma Castilho.

As bicicletas representam metade do faturamento da loja. São bikes de pista, simples, velozes, com poucos acessórios. Andam para frente e para trás, muitas não têm freio e até a marcha é interna. A loja vende cinco bicicletas por mês.

As vendas são por encomenda. Um programa de computador ajuda a escolher o modelo da bicicleta. Os empresários importam as peças e fazem a montagem, de acordo com as medidas do cliente.

Uma das maneiras de divulgar a loja é estimular eventos. A empresa incentiva esportes como o bike polo. É como um jogo de polo, só que sobre bicicletas.

“Dessa forma a gente consegue aumentar a possibilidade de lucro e do mercado crescer em função de esportes alternativos”, revela Gallardo.

Maradona Pele e cia no avião

Piada do Dia. = 020\2011




Alguns jogadores famosos no avião como Beckham, Ronaldinho Gáucho e outros.
O aviao estava para cair quando o piloto diz:
- Alguns jogadores vão ter de pular do avião...
Beckham disse:
- Pela Inglaterra eu pulo....pulou eh morreu...
- Pelo Brasil eu pulo, disse Ronaldinho...
Entaum o piloto disse.. mais uma pessoa tem que pular senão o avião cai...
Então o Pelé disse:
- Pelo Brasil eu empurro o Maradona... e o aviao subiu...

A Dívida dos paises ricos chega a 61% do PIB global.

= ** O endividamento de US$ 42 trilhões dos países desenvolvidos ameaça a recuperação da economia mundial. ** = 



A dívida dos grandes...quebra os pequenos,e gera fome e carestia de alimentos no mundo!

##= RIO - A dívida de um punhado de países ricos aumentou em US$ 16 trilhões (mais que o PIB americano) desde 2007, e atinge hoje US$ 42 trilhões, ou 61% do PIB global, representando uma das principais ameaças à recuperação da economia mundial.
Esse endividamento pesa hoje sobre Estados Unidos, países da zona do euro, Reino Unido e Japão, justamente a parte mais rica do mundo, que por séculos foi o motor e a vanguarda da expansão da prosperidade humana. Em 2007, antes da crise econômica global, a dívida dos países ricos era de US$ 26 trilhões, e correspondia a 47% do PIB global.
Nesta semana, os mercados globais entraram em estado de choque com a notícia de que a famosa agência de rating (classificação de risco de crédito) Standard & Poor’s havia colocado a nota dos Estados Unidos em "perspectiva negativa". A decisão da S&P não significa que os EUA já foram rebaixados, mas sim que existe uma chance em três de que isto venha a ocorrer em dois anos. Essa simples possibilidade, porém, já é suficiente para mexer com um dos mais importantes pilares do sistema financeiro global.
Desde que a agência iniciou a classificação do crédito do governo americano, há cerca de 70 anos, o rating sempre foi AAA, o máximo possível. Considerada como risco zero, ou pelo menos risco mínimo, a dívida americana sempre foi vista como o piso a partir do qual o risco de todos os outros créditos é medido. Assim, a chance de que a qualidade de crédito dos EUA venha a deixar de ser o parâmetro para avaliar os demais riscos embaralha as perspectivas da economia global num momento que já é particularmente confuso.
O problema americano é que, com a crise global de 2008 e 2009 - e os grandes déficits públicos que foram usados como alavanca para relançar a economia -, a dívida pública explodiu.
Segundo os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida bruta do governo americano saltou de 62% do PIB em 2007 para projetados 99,5% em 2011 (e deve chegar a 112% em 2016). Hoje, a dívida está entre US$ 14 trilhões e US$ 15 trilhões.
Três anos. Este ano, os EUA devem completar seu terceiro ano consecutivo com déficit público acima de 10% do PIB, o que colocou a dívida pública em trajetória explosiva. As autoridades econômicas americanas foram extremamente permissivas em termos de expansão fiscal e monetária depois da crise global, pelo medo de que qualquer tentativa de austeridade (que contém a demanda) jogasse o país num atoleiro deflacionário como o que o Japão experimenta desde o estouro da sua bolha no fim da década de 80.
Agora, porém, com uma tímida e intermitente recuperação em curso, os americanos começam a pensar em botar ordem na casa de novo, o que precipitou mais um áspero round de conflito político entre os democratas do presidente Barack Obama e a oposição republicana. "O compromisso (entre os partidos) é a única alternativa ao suicídio econômico, portanto ele virá: a única pergunta é: depois de quanta deterioração?" - resume para o Estado o economista Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia em Berkeley.
Tanto os democratas quanto os republicanos apresentaram planos de reduzir o déficit público em aproximadamente US$ 4 trilhões ao longo de uma década, o que o faria cair na média em aproximadamente 3,5 pontos porcentuais do PIB, segundo análise do investidor Gavyn Davies, colunista do Financial Times.
Isto, por sua vez, estabilizaria a dívida bruta em 110% do PIB em 2016, quando uma redução muito gradual se iniciaria. A dificuldade, porém, é que democratas querem que o ajuste fiscal seja baseado em aumentos de impostos para os ricos, enquanto os republicanos preferem economizar em programas de saúde e outras despesas públicas.
Muitos analistas notam que o impasse político nos Estados Unidos corre o risco de prolongar-se até as eleições presidenciais de 2012, o que só tornaria factível o início de um ajuste fiscal para valer em 2013. O recente discurso em que Obama lançou as bases do seu plano de redução do déficit criou a chance de algum acordo a curto prazo com os republicanos, mas, partir daí para fechar um plano comum de ajuste fiscal de longo prazo pode ser bem mais complicado.
"Os republicanos têm todo o interesse político em não dar uma vitória para o Obama, e veem uma chance grande de colocar o presidente contra a parede", diz Edward Amadeo, economista da Gávea Investimentos.
Sustentável. Se o sistema político americano não se acertar para colocar a trajetória da dívida pública do país em trajetória sustentável, a economia global pode ser jogada numa fase turbulenta, e de contornos muito difíceis de se prever. A reação típica dos investidores a uma nação com problemas muito graves de dívida é a fuga de capitais, que faz a moeda do país despencar de valor, e obriga o banco central a subir os juros, para tornar os ativos nacionais atraentes.
Os EUA, porém, não são um país típico, mas sim a potência hegemônica. E, até agora, não há sinais de que qualquer fuga de capitais esteja na iminência de acontecer. É verdade que o dólar vem caindo em relação às principais moedas do mundo, mas isto se deve basicamente à maciça injeção de US$ 600 bilhões que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vem fazendo desde o final do ano passado. A enxurrada de dólares se espalha pelo mundo e ajuda a aumentar o valor relativo não só de outras moedas, mas também das commodities e do ouro.
No front dos juros, outro termômetro para se avaliar o risco de fuga de capitais, não há até agora nenhum sinal de perda de confiança global no crédito americano. No dia do anúncio do rating americano pela S&P, as bolsas despencaram, mas os juros americanos ficaram praticamente imóveis, e tiveram até uma queda muito ligeira.
"Os investidores estão preocupados com 2013, não com hoje, e foi também sobre 2013 que a S&P falou - estamos a dois anos da crise, em outras palavras", nota Einchengreen.
De qualquer forma, China e Japão detêm juntos pouco mais de US$ 2 trilhões em títulos da dívida pública americana, e os chineses, em particular, vêm manifestando crescente preocupação com a irresponsabilidade fiscal dos EUA. Alguns analistas observam que os mercados reagem de forma descontínua e brusca. Assim, a histórica confiança que garante a solidez secular das fontes de financiamento da dívida americana poderia se dissolver num momento de pânico, se subitamente China, Japão e todos os países que detêm títulos do país corressem juntos para a porta de saída.
Esse cenário de armagedon financeiro ainda está mais no campo da ficção científica do que nas projeções econômicas. Por outro lado, o simples fato de que a S&P lembrou ao mundo que mesmo a potência hegemônica pode se tornar caloteira foi suficiente para jogar um novo elemento de tensão na economia global, que tem tudo para permanecer presente nos próximos anos.
Dívida externa dos grandes já soma US$ 42 trilhões, ou 61% do PIB global.