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terça-feira, 20 de maio de 2025

Trump 'se apaixonou à primeira vista' por avião do Catar com salões de luxo a bordo, diz jornal; veja imagens

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'NYTimes' publicou bastidores de negociação sobre o avião de luxo e fotos dos salões de luxo. Presente levanta debates éticos, uma vez que Trump quer o avião seja transferido para o seu acervo pessoal assim que sair do cargo.
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Por Redação g1

Postado em 20 de Maio de 2.o25 às 13h30m

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Brochura do Boeing 747-8 — Foto: AMAC Aerospace
Brochura do Boeing 747-8 — Foto: AMAC Aerospace

O governo do Catar enviou o avião de luxo 747-8 para a Flórida, no dia 15 de fevereiro de 2025, só para Donald Trump conhecer de perto seus salões luxuosos, disse o jornal "The New York Times" em reportagem sobre bastidores da negociação, que terminou em uma oferta de "doação" da aeronave.

O presidente, até então, queria forçar a empresa Boeing a construir seu avião presidencial nos EUA. Mas, após conhecer a aeronave do Catar, Trump "se apaixonou à primeira vista" e passou a buscar alguma forma de obtê-la, até a oferta "gratuita" do Catar, disse o jornal nesta segunda-feira (19).

O jornal também divulgou imagens de um folheto de propaganda que foi mostrado ao governo americano, que inclui os salões de luxo (veja acima).

Outra revelação do "New York Times" sobre as conversas que precederam a oferta é que o Catar gastou US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) só nos custos para levar o avião até a Flórida para Trump conhecê-la.

O caso ganhou destaque no início de maio após Trump afirmar que cogitava aceitar a aeronave avaliada em US$ 400 milhões como uma doação da família real do Catar ao Departamento de Defesa dos EUA.

O modelo que encantou Trump pode substituir o Boeing 747-200B ocupado pela presidência desde o governo George W. Bush, há 35 anos.

O presente levanta debates éticos, uma vez que Trump quer o avião seja transferido para o seu acervo pessoal assim que sair do cargo. Além disso, a lei americana não permite que o presidente receba presentes estrangeiros sem o consentimento do Congresso.

A oposição, e até alguns aliados de Trump, questionam os reais interesses do Catar em fazer uma "doação" tão cara.

Em entrevista à Reuters, o primeiro-ministro do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse nesta terça (20) que a oferta era "algo normal que acontece entre aliados".

Além de transportar a equipe presidencial, o Air Force One também serve para emergências nacionais, como no 11 de setembro, durante o ataque Às Torres Gêmeas e ao Pentágono.

Ao visitar a Florida em maio desse ano, a Casa Branca sugeriu que o presidente tinha como objetivo pressionar a Boeing a acelerar a produção dos novos jatos.

O modelo 747-8 é o maior modelo da série, de acordo com a fabricante Boeing. Para uso comercial, ele pode ser entre 400 e 500 assentos. O projeto foi lançado em 14 de novembro de 2005. O primeiro modelo para uso comercial (sem considerar para o uso exclusivo de transporte de carga) foi em fevereiro de 2012.

A fabricante afirma que o modelo 747-8 Intercontinental tem 66 assentos adicionais que acomodam 410 passageiros na configuração típica de três classes, além de poder transportar um volume de carga 15% maior.

O alcance máximo de um voo é de 14.310 km, podendo realizar voos sem necessidade de escalas entre, por exemplo, Nova York e Hong Kong, Los Angeles e Mumbai ou Londres e Cingapura.

Em 2018, o emir do Catar, o xeque Tamim bin Hamad al-Thani doou à Turquia um outro Boeing 747-8, ao regime de Recep Tayyip Erdogan.

De acordo com o portal turco TWZ, o modelo da aeronave é equipado com um elaborado sistema de entretenimento de bordo, diversas cabines, lounges, salas de reuniões, áreas de assentos de primeira classe e até mesmo seu próprio hospital.

Boeing 747-8 — Foto: Controller.com
Boeing 747-8 — Foto: Controller.com

Boeing 747-8 — Foto: Controller.com
Boeing 747-8 — Foto: Controller.com

Boeing 747-8 — Foto: Controller.com
Boeing 747-8 — Foto: Controller.com

Ajustes em aeronave

Imagem aérea mostra Air Force One, com Trump, se aproximando de Doha, no Catar
Imagem aérea mostra Air Force One, com Trump, se aproximando de Doha, no Catar

Em caso de uso do presidente americano, a aeronave deve passar por uma reforma para acomodar necessidades do presidente como escritórios e quartos.

Durante o voo de volta a Washington no Air Force One, Trump e aliados falaram em ajustes rápidos para tornar a aeronave catari em um avião presidencial: uma nova pintura e o avião estaria pronto em menos de um ano para Trump usar.

No modelo 747-8, o andar superior conta com uma sala de estar e um centro de comunicações. Para Trump e aliados, o quarto principal poderia ser “convertido em uma unidade completa de transporte médico, com fornecimento direto de oxigênio”.

Atualmente, as principais diferenças entre o Air Force One e o Boeing 747 padrão incluem equipamentos de navegação, eletrônicos e comunicações de última geração. Também como diferenças está a configuração interna e mobiliário, carregador de bagagem independente.

Entre as acomodações, estão:

  • Sala de conferências e jantar;
  • Quartos para o presidente e a primeira-dama;
  • Uma área de escritório para funcionários;
  • Consultório que se transforma em unidade médica quando necessário;
  • Áreas de trabalho e descanso para a equipe presidencial, representantes da mídia e equipes da Força Aérea;
  • Duas cozinhas que podem fornecer 100 refeições de uma só vez.

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Ondas de calor se tornam mais frequentes e intensas no Brasil e escancaram desigualdade na adaptação ao clima extremo

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Estudo aponta que bloqueios atmosféricos devem ficar 10 vezes mais potentes até 2071. Calor fora de época afeta rotina e saúde da população — sobretudo a mais vulnerável.
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Por Jacqueline Brazil, TV Globo

Postado em 20 de Maio de 2.025 às 06h00m

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Ondas de calor devem ficar mais intensas e frequentes, aponta estudo da UFSC
Ondas de calor devem ficar mais intensas e frequentes, aponta estudo da UFSC

O número de ondas de calor no Brasil tem crescido de forma acelerada nas últimas décadas — e a tendência é que esse fenômeno se intensifique ainda mais nos próximos anos. Um estudo realizado por pesquisadoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra que os bloqueios atmosféricos, sistemas que impedem a chegada de frentes frias, estão por trás do aumento das temperaturas extremas.

Esses bloqueios criam uma bolha de calor, onde o ar quente fica preso e não há formação de nuvens nem ocorrência de chuvas. Segundo a pesquisa, até 2071, esses sistemas podem se tornar dez vezes mais potentes, agravando ainda mais as ondas de calor tanto no continente quanto no oceano.

O bloqueio impede a formação de nuvens e a chegada de massas de ar frio. Isso deixa o tempo seco, mais ensolarado e quente, tanto em terra quanto no mar, explica a oceanógrafa Regina Rodrigues, uma das autoras do estudo.É um processo que gera ondas de calor terrestres e marinhas, com efeitos prolongados. 
São Paulo bate recordes de dias extremos
Pedestres enfrentam sol forte e calor intenso enquanto os termômetros de rua registram 42°C na rua da Consolação, na região central da cidade de SP. — Foto: FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO
Pedestres enfrentam sol forte e calor intenso enquanto os termômetros de rua registram 42°C na rua da Consolação, na região central da cidade de SP. — Foto: FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO

A capital paulista é um retrato claro dessa mudança. Antes dos anos 2000, registrava-se, em média, um dia por verão com temperaturas pelo menos 5°C acima da média. Entre 2015 e 2019, esse número saltou para mais de sete dias. No verão de 2024, foram 23 dias de calor extremo.

Essas temperaturas anormais têm aparecido até mesmo fora do verão. Em pleno outono, o país já vive o segundo veranico do mês de maio, com manhãs frias, tardes quentes e noites geladas. O sobe-e-desce de temperatura afeta diretamente a saúde da população.

Fica esse quente-frio, quente-frio... meu corpo não aguenta, resume David Barcellar, professor de educação física.

Nos dias mais quentes do ano,  , o risco de morte por causas naturais, como infarto, AVC e pneumonia, aumenta em até 50%  — Foto: Prefeitura de Jundiaí/Divulgação
Nos dias mais quentes do ano, , o risco de morte por causas naturais, como infarto, AVC e pneumonia, aumenta em até 50% — Foto: Prefeitura de Jundiaí/Divulgação

Desigualdade climática: calor castiga mais os vulneráveis

As ondas de calor não afetam todos de forma igual. Dados do IBGE mostram que mais de 16 milhões de brasileiros vivem em comunidades — cerca de 8,1% da população — onde a adaptação às mudanças climáticas é muito mais difícil.

Na Zona Oeste de São Paulo, a dona de casa Maria da Conceição Mendes enfrenta temperaturas acima dos 30°C dentro de casa, mesmo em dias considerados amenos.Minha cama esquenta demais. Quando faz calor lá fora, aqui dentro é ainda pior, conta. Para amenizar, ela recorre a bacias com água, toalhas molhadas e garrafas com gelo.

O telhado de zinco da casa contribui para o abafamento. A gente tenta manter a casa aberta, passa pano molhado no chão, faz o que pode. Ar-condicionado? Nem pensar, isso é luxo pra gente.

Segundo um levantamento recente, menos de duas em cada dez casas no Brasil possuem ar-condicionado. Ainda assim, as vendas do aparelho cresceram 38% no último ano, com quase 6 milhões de unidades comercializadas em 2024.

Efeitos na saúde e necessidade de adaptação

O calor extremo também afeta diretamente a saúde. Segundo o patologista e professor da USP Paulo Saldiva, nos 2,5% dos dias mais quentes do ano, o risco de morte por causas naturais, como infarto, AVC e pneumonia, aumenta em até 50% — especialmente entre idosos, crianças, pessoas doentes ou em situação de vulnerabilidade.

Mesmo com medidas para reduzir o aquecimento global, os especialistas alertam que o calor intenso veio para ficar, e defendem investimentos urgentes em adaptação climática.

Precisamos tornar nossas cidades mais verdes, plantar árvores adequadas, criar florestas urbanas e envolver a comunidade, especialmente as escolas. A gente não pode deixar um legado de frustração — mas sim de esperança, defende Saldiva.

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