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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Roberto Carlos enfrenta calor de 40º em gravação no deserto da Judeia


POP & ART


BRASIL -- NOTÍCIAS e INFORMAÇÃO.


Em Israel, cantor concluiu gravações de programa especial para a TV Globo.
Rei faz show na cidade de Jerusalém na próxima quarta-feira (7).



Henrique Porto Do G1, em Jerusalém

*.||*-=-*||.* No último dia dara sobre a visita de Roberto Carlos a Israel, nesta segunda-feira (5), o cantor enfrentou as altas temperaturas do deserto do Vale Kelt, no deserto da Judeia, distante pouco mais de 40 minutos de Jerusalém.

O cantor Roberto Carlos se prepara para as gravações no deserto da Judeia nesta segunda-feira (5), em Israel. Rei enfrentou calor de 40 graus  (Foto: Claudia Schembri/Divulgação)
O cantor Roberto Carlos se prepara para as gravações no deserto da Judeia nesta segunda-feira (5), em Israel. Rei enfrentou calor de 40 graus e disse ter sentido 'uma energia muito forte' (Foto: Claudia Schembri/Divulgação)

O Rei chegou à locação sob o sol de 40 graus do meio-dia local, já com a marcação das câmeras prontas para as tomadas. Dirigidas por Jayme Monjardim, as cenas que serão exibidas no próximo sábado (10), logo após a novela "Fina estampa", vão mostrar o Rei sentado sobre algumas pedras da região, observando o deserto e o Mosteiro de São Jorge. A construção datada do século 6 serviu de refúgio de profetas e religiosos do período 4 a.C.


Segundo informações da produção (a imprensa não pôde acompanhar as gravações), o cantor elogiou o local e disse ter sentindo uma "energia muito forte", além da da emoção de estar conhecendo todos aqueles lugares.

O Rei observa o Mosteiro de São Jorge no Vale Kelt, no deserto da Judeia, em Israel. Cantor enfrentou forte calor durante as gravações do especial da TV Globo (Foto: Claudia Schembri/Divulgação)
O Rei observa o Mosteiro de São Jorge no Vale Kelt, no deserto da Judeia, em Israel. Cantor enfrentou forte calor durante as gravações do especial da TV Globo (Foto: Claudia Schembri/Divulgação)

No domingo (4), o cantor visitou a esplanada do Muro das Lamentações, na Cidade Antiga de Jerusalém. O lugar é considerado um dos mais sagrados para o judaísmo e um dos que mais atrai peregrinos no país. Pouco antes de orar diante do muro, Roberto também gravou cenas no Jardim Arqueológico de Ha'Ofel, localizado ao lado da esplanada.


Já no último sábado (3), primeiro dia de gravações do especial, Roberto conheceu a Igreja do Santo Sepulcro, também em Jerusalém, construída acima do local onde teria sido enterrado Cristo. Na ocasião, o cantor recebeu do patriarca latino da Terra Santa, Monsenhor Fuad Twal, a condecoração da Cruz do Mérito, a mais alta comenda da Igreja Católica em Israel.


Show
O programa, que será apresentado pela jornalista Glória Maria, vai incluir também trechos do show que o cantor fará em Jerusalém, na próxima quarta-feira (7). Segundo os organizadores, cerca de 1,5 mil pessoas do Brasil compraram pacotes para assistir a apresentação ao vivo no Sultan's Pool.



A viagem dá direito a passagem aérea, hospedagem e um passeio turístico por algumas das mais populares atrações religiosas de Israel, além de brindes relacionados ao cantor. 


Um DVD do show, que incluirá ainda material extra sobre a visita do cantor à terra sagrada, também será lançado.


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Coadjuvante em quarteto, Damião garante vitória do Brasil sobre Gana

Amistoso


ESPORTES -- SELEÇÃO BRASILEIRA.




Menos badalado do setor ofensivo da Seleção Brasileira, atacante foi herói em jogo recheado de cartões e faltas duras. Mano Menezes respira aliviado.



05/09/2011 17h38 - Atualizado em 05/09/2011 18h34

Por Leandro Canônico Direto de Londres, Inglaterra

 
Era somen

*-\\o//-\o/-* Era somente um amistoso, mas parecia decisão de campeonato. E o “gol do título” teve a assinatura de Leandro Damião, o menos badalado do novo quarteto do Brasil, formado também por Ganso (que saiu machucado), Ronaldinho (de atuação discreta até os últimos minutos quando quase marcou de falta e acertou um belo passe para Alexandre Pato) e Neymar (o melhor deles). Graças ao tento do atacante do Internacional, o Brasil venceu Gana por 1 a 0, na noite desta segunda-feira, no Craven Cottage, em Londres, e enfim se reencontrou com a vitória.


Essa vitória sobre Gana certamente dá mais fôlego ao técnico Mano Menezes, que vinha pressionado pela eliminação precoce na Copa América e pelas derrotas para seleções de ponta, como Argentina, França e Alemanha. Agora, em 14 jogos sob seu comando, o Brasil tem sete vitórias, quatro empates e três derrotas.


O triunfo também mantém o excelente retrospecto recente da Seleção Brasileira em Londres. Desde 2006, quando a capital inglesa passou a ser a “casa” dos amistosos do Brasil, o time canarinho venceu sete vezes, empatou uma e perdeu somente em uma oportunidade.


MEIO DE CAMPO: Drible de Ronaldinho rende elogios de Ronaldo no Twitter. Veja!


leandro damião brasil x gana (Foto: AP)Jogadoresda Seleção Brasileira comemoram o gol marcado por Leandro Damião (Foto: AP)

Os dois próximos desafios da Seleção Brasileira serão contra a Argentina, no que está sendo chamado de Superclássico das Américas. A primeira partida será dia 14, em Córdoba. E o jogo de volta, no Brasil, será dia 28, em Belém. Somente jogadores que atuam no futebol nacional dos dois países foram chamados.


Amistoso? Nada disso!


Lesão muscu

Lesão muscular , broncas, seis cartões amarelos, um vermelho, gol anulado, vaias... Não dá para dizer que o primeiro tempo de Brasil e Gana foi monótono. Pelo contrário. O amistoso teve cara de decisão de campeonato. Nenhum dos dois times se poupou e por muitas vezes houve excesso de ambos os lados.


Sem medo, a seleção africana foi para cima dos brasileiros. O time de Mano Menezes, aliás, parecia não esperar uma ação dessa por parte de Gana. Assustou-se e recuou. A situação ainda piorou aos oito minutos, quando Ganso deixou o campo com uma lesão muscular na coxa esquerda. Elias entrou em seu lugar.


E logo em seu primeiro lance, o volante confirmou o nervosismo do time verde e amarelo. Deu uma entrada dura em Boateng e levou cartão amarelo. Antes, por uma falta forte em Neymar, o ganense Opare (guarde esse nome!) foi advertido. Os minutos seguintes foram de “luta livre”. Pancada de um lado e do outro.


O árbitro inglês Mike Dean, então, distribuiu alguns cartões amarelos e deu algumas broncas em brasileiros e ganenses. Sem força ofensiva e pouca criatividade, o Brasil dependia de alguns lampejos do trio Ronaldinho, Neymar e Damião. Foram apenas duas jogadas importantes do trio no primeiro tempo.


Dos três, o atacante santista era o melhor. Chamou a responsabilidade e deu belo lançamento para Leandro Damião marcar por cobertura, aos 26 minutos. O árbitro, no entanto, anulou corretamente o gol por impedimento. O clima voltou a ficar quente aos 33 minutos, quando Opare, aquele citado acima, foi expulso.

Damião marca o primeiro gol com a camisa da Seleção Brasileira
ganso brasil x gana (Foto: Mowa Press)
Participação de Paulo Henrique Ganso em Londres
durou apenas oito minutos (Foto: Mowa Press)

Ele entrou na área brasileira driblando e deixou o pé em dividida com Lúcio. Como já tinha o amarelo, levou o segundo e foi expulso. A partir daí, a cada toque do zagueiro brasileiro na bola, vaias partiam dos africanos. A torcida brasileira tentou calá-los gritando o nome do jogador, mas só Leandro Damião teve esse poder.


Aos 44 minutos, o atacante do Internacional recebeu lindo passe de Fernandinho, uma das surpresas de Mano nos dois últimos jogos, e chutou forte, rasteiro, para comemorar seu primeiro gol com a camisa da Seleção Brasileira. Um gol que fez o técnico Mano Menezes e a torcida verde e amarela respirarem aliviados.


Lampejos e caça a Neymar
Fernandinho fez um bom primeiro tempo na marcação e deu linda assistência para o gol de Leandro Damião, mas não voltou para o segundo tempo. Mano Menezes colocou o atacante Hulk em seu lugar. Assim, Ronaldinho Gaúcho passou a jogar mais na armação, juntamente de Elias, o substituto de Ganso.


Mais calma em relação ao primeiro tempo, a Seleção Brasileira mostrou mais toque de bola no início da etapa final. Neymar, assim como antes, comandava as principais jogadas da equipe canarinho. Gana, por outro lado, não se retraiu por ter um homem a menos em campo e tentou algumas jogadas na frente.

neymar brasil x gana (Foto: Mowa Press)Neymar sofre com a forte marcação da seleção de Gana, que abusou das faltas (Foto: Mowa Press)

Grande estrela desse amistoso, Ronaldinho Gaúcho continuava apenas com lampejos, muito embora a bola passasse sempre por ele. Na verdade, a Seleção Brasileira, como um todo, estava assim, alternando boas jogadas com passes errados. E Gana, ainda sem medo, continuava arriscando. Mas sem sucesso.

ronaldinho gaúcho brasil x gana (Foto: AP)
Ronaldinho teve atuação discreta até os últimos
minutos do duelo contra Gana (Foto: AP)

Vez ou outra, o excesso de força do primeiro tempo se fazia presente. Mas o árbitro Mike Dean preferiu em muitos lances levar na base de conversa. O fato é que brasileiros e ganenses não estavam com espírito de amistoso. A não ser na hora de estender a mão para ajudar o adversário a se levantar após uma falta.


Sem conseguir assustar o Brasil, os jogadores de Gana resolveram continuar a caça a Neymar, iniciada ainda no primeiro tempo. A cada tentativa de drible do santista, ele recebia uma pancada. Mas mostrou personalidade e não se intimidou com o jogo duro dos africanos, muitos deles com o cartão amarelo. Aos 39, Ronaldinho deu um belo lançamento para Alexandre Pato. O atacante subiu deu uma testada forte, e o goleiro Kwarasey voou para evitar o segundo tento canarinho.


Ronaldinho Gaúcho quase foi premiado com um gol no último minuto de jogo. Em cobrança de falta, o atacante tirou da barreira, mas o goleiro Kwaresey voltou a fazer milagre no Craven Cottage Stadium. Espalmou a bola na trave para evitar mais uma vez o gol brasileiro.


Tocando bem a bola e apostando na agilidade e habilidade de Neymar, o Brasil bem que tentou o segundo gol, mas não conseguiu. Assim, o herói do reencontro da Seleção Brasileira com a vitória foi um só: Leandro Damião. Vai ser difícil, depois dessa atuação, ele perder a posição para os próximos jogos diante dos argentinos, nos dias 14 e 28 de setembro.




BRASIL 1 X 0 GANA
Julio César, Daniel Alves, Lucio, Thiago Silva e Marcelo; Lucas Leiva, Fernandinho (Hulk) e Paulo Henrique Ganso (Elias); Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Leandro Damião (Alexandre Pato). Adam Kwarasey; Daniel Opare, John Pantsil, Jonathan Mensah e Samuel Inkmoon; Emmanuel Agyemang-Badu (Adomah), Derek Boateng (Lee Addy), Kwadwo Asamoah (Anthony Annan) e Sulley Muntari (Mohammed Rabiu); Jordan Ayew (Dominik Adiyah) e Isaac Vorsah
Técnico: Mano Menezes
Técnico: Goran Stevanovic

Gols: Leandro Damião, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Elias, Fernandinho (Brasil); Addy, Opare, Boateng, Mensah, Inkmoon (Gana)
Cartões vermelhos: Opare (Gana)
Árbitro: Mike Dean (ING)
Auxiliares: Simon Long (ING) e Adam Watts (ING)
Estádio: Craven Cottage Stadium, em Londres (ING)

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Facebook supera Orkut em número de usuários no Brasil


Redes Sociais


TECNOLOGIA & MÍDIA.


BRASIL -- NOTÍCIAS e INFORMAÇÃO






Enviado por Nívia Carvalho e Bernardo Moura -
05.09.2011


*|!|#^.^#|!|* A informação é da IstoÉ Dinheiro: segundo a revista, os números do Ibope do próximo ranking de audiência na internet, a ser divulgado nas próximas semanas, referentes ao mês de agosto deste ano, mostrarão que o Facebook arrancou o Orkut da liderança e hoje já é a maior rede social do Brasil. A revista atribui os dados à uma sondagem feita pela empresa Ibope Nielsen, que não confirma as informações.

Em abril passado, o Orkut já dava sinais de que cederia a dianteira para o Facebook. Relatório da Comscore captou o fenômeno: a rede de propriedade do Google estava praticamente estacionada, enquanto a de Mark Zuckerberg pulava de 15,7% no ano anterior para 40.8% em 2011, uma alta de 159%. No mundo todo, o Facebook supera a marca de 750 milhões de usuários - no Brasil são 25 milhões ativos.



Veja outros números curiosos sobre redes sociais, compilados pelo blog HubSpotBlog:
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1. 20% das buscas diárias no Google nunca tinham sido feitas antes. São inéditas, 
portanto.


2. Há mais de 3,5 bilhões de links, notícias, fotos, vídeos e posts compartilhados semanalmente no Facebook.


3. 43% dos consumidores on-line são usuários de redes sociais

4. 53% dos twitteiros recomenda empresas ou os produtos em seus posts.

5. O usuário médio de internet nos EUA assiste 30 minutos de vídeo online por dia.

6. 35 horas de imagens são carregadas a cada minuto no YouTube.

7. 56% dos cem milhões de usuários do LinkedIn estão fora dos Estados Unidos.

8. Todos os dias, 2.300 novos artigos da Wikipedia são criados, somando-se os seus 17 milhões de artigos, com contribuições de 91 mil contribuintes ativos.

9. 1.400 novos posts são criados a cada dia em blogs da internet.

10. 200 milhões de usuários do Facebook acessam o serviço a partir de um dispositivo móvel.

11. Há mais de 5 bilhões de fotos no Flickr.

12. 45 milhões de pessoas veem apresentações no SlideShare cada mês.

13. US$ 3,08 bilhões serão gastos para fazer propaganda nas redes sociais em 2011, um aumento de 55% ante 2010.

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Sete dos 10 maiores prédios do mundo foram erguidos após o 11/9

10 Anos do  11 de Setembro  



NOTÍCIAS  &  INFORMAÇÃO.


Abalado, mundo da arquitetura vislumbrou 'fim dos arranha-céus'.
Compare os 10 maiores prédios e veja as mudanças que garantem segurança.


Fábio Tito Do G1, em São Paulo

*|.|=|-|=|:|* Quando os pouco mais de 417 metros de concreto e ferro das torres gêmeas vieram abaixo, o mundo da arquitetura tremeu junto com a ilha de Manhattan. Em meio a silêncios e respostas variadas, dois teóricos americanos do urbanismo não esperaram nem uma semana para decretar: "a era dos arranha-céus chegou ao seu fim".

Projeto do novo World Trade Center, com a Freedom Tower se destacando com seus 417 metros - sem contar a antena (Foto: AThe New York Times/Siverstein Properties)
Projeto do novo World Trade Center, com a Freedom
Tower se destacando com seus 417 metros - sem
contar a antena (Foto: The New York Times/
Siverstein Properties)

O polêmico artigo, publicado em 17 de setembro de 2001 por James Howard Kunstler e Nikos A. Salingaros, é um bom exemplo dos extremos que foram as respostas no mundo da arquitetura após a tragédia, mas que claramente acabou ficando no passado.


Antes do "9-11", nome que nos EUA remete à data do 11 de Setembro, as torres do WTC ocupavam então a 5ª e a 6ª posição entre os edifícios mais altos do mundo.


Atualmente, sete dos dez prédios mais altos do planeta foram construídos depois dos atentados de 2001. E recentemente, no começo do mês passado, um príncipe bilionário saudita anunciou que vai construir uma torre que, pela primeira vez na história, vai ultrapassar 1 quilômetro de altura.
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Maiores prédios do mundo VALE ESSE (Foto: Arte/G1)
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No projeto do novo World Trade Center, que segue em construção, a torre mais alta (Freedom Tower, foto no início do texto) atingirá os mesmos 417 metros da mais alta das torres gêmeas. E uma antena em seu topo se estenderá até 541,32 metros de altura, equivalentes a 1.776 pés, que é a medida padrão nos EUA.

Burj Khalifa, o mais alto arranha-céu do mundo, com 828 metros de altura (Foto: Reuters)
Burj Khalifa, o mais alto arranha-céu do mundo,
com 828 metros de altura. Sua obra foi finalizada
em 2010 (Foto: Reuters)

Os atentados de 11 de setembro de 2001 não desmotivaram a construção de arranha-céus. E em vez de símbolo do medo, como previa o artigo de Kunstler e Salingaros, a altura será usada como referência à liberdade e ao patriotismo pelos americanos. Os 1.776 pés de altura são menção proposital ao ano em que a Declaração da Independência dos EUA foi assinada.


Pós-tragédia
O G1 falou por telefone com a arquiteta Peggy Deamer, professora da universidade americana de Yale, em Connecticut, onde ela oferece uma classe que estuda especificamente as mudanças na arquitetura pós-11 de Setembro. Ela relembrou as caóticas reações aos ataques, entre os arquitetos, e as especulações sobre como proceder a respeito das torres caídas.



"Sinto que foram respostas muito mistas, que tinham a ver certamente com fatores políticos e com quão perto você estava das torres gêmeas e quão imediatamente você absorveu aquele fato. O sentimento era de que não estávamos num momento para mostrar orgulho excessivo, era o momento para se aprender uma lição", conta.


Segundo ela, havia a dúvida sobre se o lugar deveria ser deixado como ele estava, deixá-lo vazio, ou simplesmente fazer um World Trade Center "maior e melhor". "Outras pessoas ainda acharam que deveríamos construir exatamente a mesma coisa, que aquela não era tanto uma oportunidade para demonstrar nosso potencial arquitetônico e virtuosismo, mas sim a ocasião de costurarmos uma ferida", recorda a professora.


Antes do fim de 2001, a galeria de arte novaiorquina comandada por Max Protetch convocou cem arquitetos para fazerem propostas de novos projetos ao WTC. Apesar de criticada por alguns, que achavam o momento ainda muito cedo para algo do tipo e chamaram a galeria de oportunista, Peggy Deamer diz que as propostas surgidas também falam muito sobre a falta de unidade do pensamento arquitetônico à época.
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Projeto vencedor do concurso promovido pela galeria Max Protetch, bem diferente do escolhido para reerguer o WTC (Foto: Reprodução/Max Protetch gallery/Allied Works)Projeto vencedor do concurso promovido pela galeria Max Protetch, bem diferente do escolhido para reerguer o WTC (Foto: Reprodução/Max Protetch gallery/Allied Works)
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"As propostas variaram entre projetos sensíveis com muita poesia que não poderiam ser construídos, projetos sensíveis que poderiam ser construídos, projetos utópicos que não poderiam ser construídos até projetos que considerei muito inapropriados, que diziam 'sim, vamos simplesmente fazê-lo maior e melhor'. Algumas dessas respostas inapropriadas vieram da Europa, onde eu acho que eles não entenderam nada", afirma.


O projeto que acabou sendo escolhido surgiu de outro concurso, promovido em 2002 pela Corporação de Desenvolvimento da Baixa Manhattan, responsável pela administração do terreno do WTC. O arquiteto Daniel Libeskind foi o vencedor, e nos anos seguintes a administração foi passada para o arquiteto David Childs, do estúdio Skidmore, Owings & Merrill (SOM), um gigante da arquitetura americana.


Estudos e mudanças
Após a queda das torres, um órgão federal americano conduziu estudos ao longo de três anos para determinar as causas técnicas que fizeram com que os arranha-céus não resistissem em pé às explosões. Ao final, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (Nist, da sigla em inglês) fez 31 recomendações com base em suas investigações.



O Nist recomendou mudanças em como deve ser o projeto, a construção e a manutenção dos novos grandes edifícios. Os pontos também foram propostos para os arranha-céus já existentes, de modo que seus administradores tentassem se adequar àquilo.


Vários anos se passaram, e agora os Estados Unidos estão finalmente tornando oficiais as recomendações pós-11 de Setembro. Desde 2009, os códigos de construção e de prevenção de incêndios usados como referência em grande parte do país passaram por mudanças importantes nesse sentido.
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Mudanças na arquitetura (Foto: Arte/G1)
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Entre os pontos incluídos nos códigos estão: sinais que brilhem no escuro nas escadas, para facilitar o fluxo em caso de acidente; a construção de uma terceira ou quarta rota de escadas, a depender da altura do prédio; distribuição mais espaçada dessas escadas no edifício, para que uma mesma calamidade tenha menos chance de prejudicar mais de uma rota de fuga; reserva de água alternativa para os sprinklers anti-incêndio; proteção com paredes mais robustas em pontos específicos, como elevadores e eixos de escada; padrões elevados contra o fogo nos componentes estruturais de arranha-céus; amplificadores de sinal de rádio, para facilitar a comunicação de equipes de resgate em emergências; melhorias nos planos de evacuação e nos treinamentos e simulações contra desastres.

Da esquerda para a direita, o Taipei 101, em Taiwan, o Centro Financeiro Mundial Xangai, e o Centro Financeiro Ghangzou International, amos na China. Os três edifícios foram finalizados após a queda das Torres Gêmeas (Foto: AFP/Arquivo)
Da esquerda para a direita, o Taipei 101, em Taiwan, o Centro Financeiro Mundial Xangai, e o Centro Financeiro Ghangzou International, ambos na China. Os três edifícios foram finalizados após a queda das torres gêmeas (Foto: AFP/Arquivo)
No Brasil

Enquanto os reflexos do 11 de Setembro na arquitetura dos Estados Unidos e de outros países já são de certa forma visíveis, no Brasil parece ainda não haver respostas concretas, de acordo com Frederico Flósculo, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília.


"Os arquitetos não estão discutindo isso, não. Para a arquitetura e o urbanismo brasileiros, essa questão é estranha. Se você examinar os portais de periódicos de arquitetura, as revistas de arquitetura no Brasil, você não vai ver nada acerca dessa questão", aponta.


Ele diz acreditar que não houve uma mudança de pensamento da arquitetura brasileira em relação à segurança após os atentados, e faz referência principalmente à organização das cidades, já que o Brasil não é conhecido por grandes arranha-céus. Segundo Flósculo, os grandes centros urbanos sequer contam com rotas de saída decentes para o caso de algum desastre forçar os moradores a abandonar suas casas.
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Bovespa acompanha mercados internacionais em novo dia de queda

Mercado financeiro



ECONOMIA & MERCADOS.



Publicada em 05/09/2011 às 15h50m
Vinicius Neder, com agências 


#-=%$.$%=-# RIO - O pessimismo em torno da questão das dívidas públicas na Europa puxa a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para baixo nesta segunda-feira. O Ibovespa, índice de referência do mercado, recuava 2,72%, aos 54.994 pontos, por volta das 15h45. O volume de negócios está em R$ 2,2 bilhões, num dia de poucos negócios, por causa do feriado do Dia do Trabalho nos EUA, o que fechou os mercados americanos.

No mercado de câmbio, o dólar comercial avança 0,91%, negociado a R$ 1,649 na venda e a R$ 1,651 na compra.

O risco de rebaixamento da dívida soberana da Itália pesou negativamente nos mercados e derrubou o pregão das bolsas europeias. Segundo a Bloomberg News, os rumores de um rebaixamento iminente ganharam força com a divulgação de um relatório do banco francês Société Generale. O assunto voltou à tona por rumores de que novas notas devem ser divulgadas em breve, já que as agências Standard and Poor's e Moody's colocaram em revisão a nota de crédito soberano da Itália em maio e junho, respectivamente, citando as baixas perspectivas de crescimento econômico.

Em nota, a Moody's afirmou nesta segunda-feira que seu rating "Aa2" para a Itália continua em revisão, o que significa que pode sofrer um rebaixamento.

Em Londres, o índice Financial Times 100 fechou em baixa de 3,58%, a 5.102 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 5,28%, para 5.246 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 4,73%, a 2.999 pontos. Em Milão, o índice Ftse-Mib teve desvalorização de 4,83%, para 14.333 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 4,69%, a 8.066 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 2,82%, para 6.158 pontos.

Os analistas do banco afirmaram em relatório que parecia "provável" uma piora da nota de crédito da Itália pelas três principais agências de rating diante das atuais perspectivas econômicas e orçamentárias do país e também devido às incertezas sobre a capacidade de financiar a dívida do país no mercado.

A pressão do mercado foi intensificada na véspera do início da discussão do pacote de austeridade do primeiro-ministro Silvio Berlusconi no Senado, que começa nesta terça-feira. O plano prevê cortes de 45 bilhões de euros (US$ 64 bilhões). Ao mesmo tempo, o maior sindicato do país planejou greves em todo o país contra as medidas previstas no plano de Berlusconi.

- As soluções dependem muito de decisões políticas, para cortar gastos públicos e liberar pacotes. Isso já está se arrastando há um ano e meio - analisa o gestor de renda variável da Yield Capital, Hersz Ferman, referindo-se às situações, sobretudo, da Grécia e da Itália.

Além disso, dados sobre a atividade econômica voltaram a gerar preocupação para o setor de serviços. Na China, o PMI (Índice de Gerente de Compras) de serviços medido pelo banco HSBC caiu para 50,6 em agosto, ante 53,5 em julho, ampliando as evidências de que a segunda maior economia do mundo está desacelerando.

Na Europa, o PMI dos países da zona do euro caíram de 51,6 pontos, em julho, para 51,5 pontos, em agosto, mantendo a estimativa já divulgada. É o pior nível desde setembro de 2009. Os índices PMI indicam retração quando ficam abaixo de 50 pontos.

Para piorar o quadro, a derrota eleitoral do partido da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no fim de semana trouxe pessimismo para as perspectivas de uma solução para o problema.

Com isso, as ações de bancos contribuem para as quedas registradas nas bolsas da Europa nesta segunda-feira. O Royal Bank of Scotland (RBS), o Société Générale e o Deutsche Bank AG estão entre as instituições processadas pela Agência Federal de Financiamento Imobiliário dos Estados Unidos (FHFA, na sigla em inglês), sob acusação de enganar as agências Fannie Mae e Freddie Mac em negócios em títulos garantidos por hipotecas residenciais.

Também estão na lista da FHFA o Bank of America, o Citigroup, o Goldman Sachs, o JP Morgan Chase e o Morgan Stanley. Ao todo, são 17 as entidades contempladas nas ações ajuízadas em tribunal estadual ou federal em Nova York e em tribunal federal em Connecticut.

Na avaliação do gestor de renda variável da Máxima Asset Management, Felipe Casotti, a Bovespa opera nesta segunda-feira influenciada pelo cenário externo, mesmo com as bolsas americanas fechadas, por causa de feriado nos EUA.

- Perdura a preocupação com o crescimento da economia global - diz Casotti, completando que o feriado nos EUA leva a uma redução do volume de negócios na Bovespa.

No mercado local, puxam o índice para baixo as chamadas blue chips, ações mais negociadas. Petrobras PN perdia 1,96%, a R$ 19,97, Vale PNA recuava 2,13%, a R$ 39,49, e OGX Petróleo ON retrocedia 1,91%, a R$ 11,27.

Ásia também fecha em baixa
Merece atenção ainda dos investidores a entrevista da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, à revista alemã Der Spiegel. Ela alertou que a economia mundial enfrenta risco de desaceleração, mas que uma recessão pode ser evitada se a comunidade internacional trabalhar em unidade.

Os mercados acionários da Ásia fecharam em baixa, levando em conta o encerramento negativo de Wall Street na sexta-feira passada, quando Dow Jones, Nasdaq e SP 500 cederam mais de 2%, depois de o governo informar que a economia dos EUA não gerou empregos em agosto.

Em Tóquio, o Nikkei 225 declinou 1,86%. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 2,95% e, em Xangai, o recuo foi de 1,96%. O indicador Kospi, de Seul, registrou perda de 4,39%.
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ONU alerta que 750 mil podem morrer de fome na Somália, onde 4 milhões já são afetados



Ajuda urgente






INTERNACIONAL  --  -- NOTÍCIAS.


@daRedação:
Tanta  tecnologia...riquezas...desenvolvimento...sabedoria!...para se resolver problemas das mais variadas complexidades e dificuldades no mundo, e não se resolve o problema mais simples, mais velho e muito mais barato e fácil de  se resolver, que é a fome no mundo, e nunca os poderes e autoridades políticas mundiais resolvem!... Porquê???
Será falta de interesse? falta de vontade política?
Gasta-se milhões... bilhões... as cifras chegam à casa dos trilhões de dólares!...Com muitíssimo menos se resolveria por completo  o problema da fome no mundo!... Pense nisto!
A INDÚSTRIA MUNDIAL DA GUERRA  E  A GANÂNCIA DO PODER TORNA A HUMANIDADE " UNS POUCOS QUE DOMINAM OS PAÍSES" CEGOS E NÃO CONSEGUEM VER QUE COM AS GUERRAS NÃO VENCIDOS E NEM VENCEDORES!...TODOS PERDEM!...uns mais e outros menos, mas o fato  verídico e comprovado  é que os efeitos futuros  das guerras e  o resultado que delas ficam após as grandes batalhas... é o que vemos no pós-guerra do Iraque. Só destruição e um verdadeiro caos!... Onde está a capacidade das nações que impuseram o caos a estes despatriados, para se reconstruir e gerar dignidade humana mínima aos que restaram vivos!...



O GloboCom agências internacionais


Meninas carregam crianças subnutridas em Banadir, ao sul de Mogadíscio, em agosto - Reuters

#.=.:||:.=.# MOGADÍSCIO - A fome que avança pela Somália já afeta mais da metade da população do país e pode matar até 750 mil somalis nos próximos quatro meses. O alerta foi feito nesta segunda-feira pelo Centro de Análise para a Segurança Alimentar (FSNAU) das Nações Unidas.


A organização afirmou que "dezenas de milhares de pessoas já morreram, a maioria crianças", em países como Somália, Quênia, Etiópia e Djibuti, devastados pela seca e pela violência que dificultam o combate à fome.


Ao anunciar que a fome chegou à região somali de Bay, a sexta a ser atingida, a ONU alertou que o momento para a comunidade internacional agir é agora. Segundo a ONU, o estado de fome é verificado quando ao menos 20% dos lares enfrentam uma grave escassez de alimentos, 30% da população sofrem desnutrição grave, e a taxa de mortalidade diária é de duas em cada 10 mil pessoas.


"Há uma janela de oportunidade para que a comunidade humanitária pare e reverta essa tendência dramática ajudando fazendeiros e pastores, além de outras intervenções de emergência" disse Luca Alinovi, autoridade da FAO - organismo ao qual o FSNAU está submetido - responsável pela Somália.


Além das condições econômicas e climáticas, as agências de ajuda enfrentam dificuldade para chegar a determinadas áreas, já que estão banidas da região pelo grupo rebelde al-Shabaab, que tem conexões com a al-Qaeda e controla parte do país. Atualmente, a maior parte da ajuda é distribuída a pessoas que conseguem chegar a Mogadíscio ou a campos de refugiados em Quênia e Etiópia.


"Com as atuais condições de segurança alimentar, a fome deve se espalhar por populações agrárias e pastorais em Gedo, Hiran, Shabelle e Juba e populações ribeirinhas de Juba e Gedo nos próximos quatro meses", explica Grainne Moloney, assessor técnico do FSNAU, no texto sobre a Somália.


Agências humanitárias calculam que 13 mihões de pessoas passam fome na África Oriental.
"Se se mantiver o nível atual da resposta (à crise), a fome aumentará ainda mais nos próximos quatro meses", adverte o comunicado do FSNAU.


As Nações Unidas patrocinam na capital da Somália, Mogadíscio, uma reunião de cúpula para ajudar a encontrar um caminho à realização de eleições em 2012. Sem um governo funcional desde 1991, mais de 150 mil refugiados procuraram ajuda internacional nos últimos meses. 


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Crise nos EUA pós-11/9 atrai expatriados de volta ao Brasil



05/09/2011 - 07h37


INTERNACIONAL  --\-- NOTÍCIAS.




PAULA ADAMO IDOETA
DA BBC BRASIL, EM SÃO PAULO



*//+||=||+\\* Após 11 anos vivendo nos Estados Unidos, o trabalhador da construção civil Jovino Caldeira Coutinho, de 45 anos, resolveu fazer as malas e voltar ao Brasil em 2009.
Diante da estagnação do mercado imobiliário americano, os serviços de reforma, construção e demolição ficaram escassos. Em compensação, no Guarujá (SP), onde participa das obras de um condomínio, Coutinho diz que "não está dando conta" de tanto trabalho.
"Lá (nos EUA) estava muito ruinzinho mesmo. Tenho amigos que estão lá, sem dinheiro para voltar, trabalhando sem receber", diz. "Falei para um deles abrir mão (do dinheiro que lhe é devido), que aqui ele vai ter trabalho."
A americana Donna Roberts, 48, que veio do sul da Flórida para o Brasil em fevereiro, relata contraste semelhante.


Arquivo pessoal
Jennifer Iverson veio ao Brasil em 2006; na foto, ela e o marido, o italiano Filippo de Luca, durante viagem a Fortaleza

Jennifer Iverson veio ao Brasil em 2006; na foto, ela e o marido, o italiano Filippo de Luca, durante viagem a Fortaleza
"Lá, víamos muitos restaurantes e negócios fechando, nossos amigos perdendo suas casas", diz a documentarista e educadora ambiental. "Aqui, parece que nada está reduzindo o ritmo (da economia)."
Como maior economia do mundo, os Estados Unidos ainda têm um PIB quase sete vezes maior do que o do Brasil, e PIB per capita de US$ 47,2 mil --quatro vezes superior ao brasileiro.
Mesmo no pós-11 de Setembro, a economia americana manteve taxas de crescimento entre 2% e 3,5% até 2007, e o país continua sendo um dos mais procurados por estrangeiros em busca de oportunidades e refúgio.
Mas, em contrapartida, os Estados Unidos mergulharam em duas custosas guerras na última década, sofreram com o estouro de uma bolha imobiliária e chegaram a um endividamento limite de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 23 trilhões), teto que foi elevado após uma desgastante votação no Congresso. Um mercado interno deprimido e o desemprego ao redor dos 9% desafiam os esforços do governo do presidente Barack Obama.


AQUECIMENTO
Já o Brasil veio de anos de baixo crescimento econômico, mas domou a inflação e o desemprego, estabilizou sua dívida e criou um mercado de consumo interno forte nos últimos dez anos, decorrente da entrada de milhões de pessoas na classe C.
Jason Bermingham, americano que está há 15 anos no Brasil e faz locução de vídeos institucionais
Em 2008, a Standard & Poor's, mesma agência que neste ano rebaixou a nota da dívida americana, deu ao Brasil o título de grau de investimento, o que fez com que o país fosse considerado de baixo risco para aplicações estrangeiras.



O cenário se tornou mais atraente para estrangeiros: no primeiro semestre de 2011, 4.312 americanos receberam vistos do Ministério do Trabalho brasileiro, em comparação com 3.622 no mesmo período em 2010.
O professor de macroeconomia da FGV-SP Rogério Mori afirma que, enquanto os Estados Unidos tiveram um grande crescimento amparado pela expansão do crédito até 2007, no Brasil a lógica foi outra: um crescimento mais moderado, derivado do fortalecimento do mercado interno e dos altos preços das commodities.
"A diferença é que, de 2008 para cá, o motor do crescimento americano se esgotou. No caso brasileiro, as bases foram preservadas", diz.


FERTILIDADE
Foi justamente no pós-11 de Setembro que a paulista Isabel Franco, também cidadã americana, começou a pensar em voltar ao Brasil. Após 20 anos vivendo entre Nova York e Hong Kong, ela começou a se estabelecer em São Paulo em 2005.
"Dava uma tristeza a cada negócio não fechado por lá", diz a advogada de 55 anos, que auxilia multinacionais em seus negócios no Brasil. "Começou a fazer muito mais sentido vir para cá. Não queria perder esse trem."
A mesma sensação de que Estados Unidos e Europa estavam "desacelerando" fez com que Jennifer Iverson, de 40 anos, e seu marido, o italiano Filippo de Luca, 41, se mudassem para o Brasil em 2006, após morarem na Suíça.


"Percebemos que tínhamos que olhar outras opções, e o Brasil se mostrou atraente", conta Jennifer, que, vivendo em São Paulo, presta consultoria de gestão e finanças para entidades do terceiro setor. Sempre que visita seu país de origem, ouve dos amigos conselhos para que fique no Brasil.


"É quase como se Estados Unidos e Brasil tivessem trocado de papéis. Aqui há uma classe média crescente. Nos Estados Unidos, (a classe média) que era o motor da economia, está piorando, não consegue chegar ao fim do mês", opina a americana. "É a diferença entre uma economia parada e uma que passa sensação de fertilidade."
Para Rubens Barbosa, embaixador brasileiro em Washington entre 1999 e 2004, a maior relevância geopolítica e econômica já provoca mudanças de percepção sobre o Brasil nos Estados Unidos.
"Antes, o Departamento de Estado (a Chancelaria americana) via a América Latina através de México ou Cuba.

Hoje, me surpreende que o encarregado de negócios tenha vivido em São Paulo e que todos (na embaixada americana) falem português. Vemos que mudou o interesse."

Barbosa rejeita a ideia de que a década passada tenha sido economicamente "perdida" para os Estados Unidos, mas aponta as mudanças de rumo iniciadas pelo 11 de Setembro.
"Os gastos públicos aumentaram e as receitas caíram por mudanças de (George W.) Bush na legislação tributária. Os ataques tiveram também um grande efeito econômico e psicológico nos americanos. Estavam em situação excelente, com alto consumo. De repente, (se viram diante de) crises habitacional e de derivativos."


CONSUMO
Esse panorama de altos e baixos também foi observado pelo americano Jason Bermingham, 42, no Brasil há 15 anos. "Minha geração foi acostumada a ter acesso fácil às coisas. Muitos dos meus amigos compraram ótimas coisas logo no início (de suas vidas profissionais) e se endividaram."
Bermingham chegou a pensar em se mudar do Brasil há cerca de dez anos, "mas percebi que as coisas estavam começando a melhorar e me empolguei com as possibilidades".
Hoje, ele tem um estúdio de locução, em parceria com sua mulher brasileira, produzindo áudio em português e em inglês para vídeos de empresas brasileiras que querem atuar no exterior e para empresas estrangeiras que querem projeção no Brasil.


"É uma dessas carreiras menos óbvias que estão cada vez mais comuns no Brasil. Seria uma bobagem deixar o país antes de 2016."
Mas ele observa no país o perigo de cair em algumas das "armadilhas" vividas pelos Estados Unidos na última década. "O Brasil vive uma euforia de consumo", opina. "Não sou economista, mas vejo os preços dobrarem."


Os preços altos também preocupam Donna Roberts, que veio ao Brasil em busca de uma vida "mais sustentável" e econômica, em linha com seu trabalho de educação ambiental. Mesmo morando em São Paulo, ela e sua família abandonaram o carro e preferiram uma casa menor do que a que possuíam na Flórida. Viram que sua "pegada de carbono" diminuiu exponencialmente desde a mudança de país.
"Mas os preços estão muito altos, e as pessoas têm mais acesso a crédito. É preciso cuidado para que não ocorra o mesmo que nos Estados Unidos", diz Donna, citando, porém, uma diferença: "Os Estados Unidos sempre acabam em uma situação de guerra, que exige dinheiro (que poderia ser aplicado) em educação e serviços sociais."


O economista Mori cita outra diferença ainda mais relevante: "A facilidade do crédito americano era muito mais intensa. No Brasil, com suas altas taxas de juros, os limites de endividamento são muito mais estritos." 
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