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sexta-feira, 12 de maio de 2023

IPCA sobe 0,61% em abril, puxado por medicamentos e acima das expectativas de mercado

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País passa a ter uma inflação acumulada de 4,18% na janela de 12 meses.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 12 de maio de 2023 às 09h15m

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Cartelas de rémédios oferecidos pela Farmácia do Estado no RS — Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini
Cartelas de rémédios oferecidos pela Farmácia do Estado no RS — Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, subiu 0,61% em abril, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Todos os grupos pesquisados tiveram alta no mês, mas o destaque vai para o setor de Saúde e cuidados pessoais, que subiu 1,49% em abril e teve impacto de 0,19 ponto percentual no índice cheio.

Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,18% na janela de 12 meses.

O resultado do IPCA desacelerou, na sequência de um avanço de 0,71% em março. No ano, acumula alta de 2,72%. Já em abril de 2022, o índice teve alta de 1,06%.

Mas, em abril, o índice veio acima das expectativas de mercado. O consenso de mercado estimava alta de 0,55% no mês passado.

Veja o resultado dos nove grupos que compõem o IPCA:

  • Alimentação e bebidas: 0,71%;
  • Habitação: 0,48%;
  • Artigos de residência: 0,17%;
  • Vestuário: 0,79%;
  • Transportes: 0,56%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,49%;
  • Despesas pessoais: 0,18%;
  • Educação: 0,09%;
  • Comunicação: 0,08%.

Medicamentos e Alimentação

O principal motor da inflação em abril veio dos preços de medicamentos e produtos farmacêuticos, segundo o IBGE. Só entre esses artigos, houve alta de 3,55% constatado no índice, um impacto de 0,12 ponto percentual na inflação.

Tradicionalmente, o governo federal autoriza o reajuste no setor no último dia de março. Neste ano, os preços dos remédios em todo o país puderam ser reajustados em até 5,60%. O limite do reajuste estabelecido pelo governo pode ser repassado pelas farmácias de uma vez ou ao longo do ano.

Além dos aumentos nas compras em farmácia, os preços nos planos de saúde também tiveram alta de 1,20%. Houve incorporação das frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023, diz André Almeida, analista do IBGE.

Outro ponto de pressão na inflação de abril foi o grupo de Alimentação e bebidas, que voltou a ganhar tração e acelerar. Em março, o setor havia colhido alta de 0,05%. No fechamento de abril, subiu a 0,71%.

Segundo o IBGE, a pressão veio da alimentação no domicílio, com altas de itens básicos de alimentação. É o caso do tomate (10,64%), do leite longa vida (4,96%) e do queijo (1,97%). O grupo havia desacelerado consideravelmente em março, apresentado deflação de 0,14%. Agora, fechou com alta de 0,73%.

A alimentação fora do domicílio teve uma pequena variação, passando de uma alta de 0,60% em março para 0,66% em abril. De acordo com o IBGE, o lanche desacelerou de 1,09% para 0,93%, e a refeição saiu de 0,41% para 0,51%.

Alívio em combustíveis

Os combustíveis, "vilões" das últimas medições do IBGE, deram alguma trégua no mês de abril e registraram queda de 0,44% — em março, o instituto havia registrado alta 7,01% no mês. Desta vez, apenas o etanol teve alta (0,92%), enquanto diesel (-2,25%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,52%) caíram.

O resultado contribuiu para uma desaceleração do grupo de Transportes, que subiu 0,56% no mês. Ainda assim, o setor traz impacto relevante no IPCA de abril, com 0,12 ponto percentual no índice cheio.

Quem puxa o grupo para cima, desta vez, é o preço de passagens aéreas. Em abril, elas subiram 11,97%, após terem registrado queda de 5,32% em março. Esse foi o subitem com maior impacto na inflação geral, com 0,07 ponto percentual no total.

Índice de serviços

O Índice de serviços do IPCA ganhou atenção especial nas últimas medições porque tem sido observado de perto pelo Banco Central (BC).

A inflação no setor é apontada como um dos principais motivos para que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a taxa básica de juros em patamar elevado de 13,75% ao ano.

Em abril, o indicador voltou a desacelerar muito lentamente, e fechou o mês com alta de 0,61%. No mês anterior, havia registrado alta de 0,71%.

Em 12 meses, o índice registra alta de 7,49%, bem acima da média do IPCA.

"Ao todo, a composição do IPCA e suas medidas agregadas reforçam o processo de desinflação resistente no Brasil, especialmente nos grupos de serviços. Esperamos que o IPCA atinja seu menor patamar em junho (4%) e volte a acelerar de julho a dezembro", diz relatório assinado por Alexandre Maluf, economista da XP.

Já Rachel de Sá, chefe de economia da Rico, afirma que a instituição deve rever sua projeção de inflação, que está em 6,2% ao fim deste ano, por conta da recente desvalorização do dólar com a redução da percepção de risco no Brasil, e também pela queda nos preços da gasolina.

INPC tem alta de 0,53% em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,53% em abril. Em março, a alta foi de 0,64%.

Assim, o INPC acumula alta de 2,42% no ano e de 3,83% nos últimos 12 meses. Em abril de 2022, a taxa foi de 1,04%.

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Musk, Zuckerberg e Bill Gates: por que os bilionários da tecnologia estão perdendo dinheiro em 2023

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Pandemia, guerra na Ucrânia e alta na taxa de juros global afetaram o lucro das empresas de tecnologia e, por consequência, a fortuna de executivos do setor.
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Por Darlan Helder, g1

Postado em 12 de maio de 2023 às 06h35m

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Musk, Zuckerberg e Bill Gates: por que os bilionários da tecnologia estão 'mais pobres' em 2023 — Foto: Reprodução
Musk, Zuckerberg e Bill Gates: por que os bilionários da tecnologia estão 'mais pobres' em 2023 — Foto: Reprodução

Uma lista da Forbes divulgada no início de abril mostra quem são as pessoas mais ricas do mundo em 2023. Ela também revela que quase metade dos bilionários está perdendo mais dinheiro, incluindo aqueles do setor da tecnologia.

É o caso de Elon Musk (Twitter, SpaceX e Tesla), Jeff Bezos (Amazon), Bill Gates (Microsoft), Steve Ballmer (Microsoft), Larry Page (Google), Sergey Brin (Google) e Mark Zuckerberg (Meta) (veja mais no gráfico abaixo).

Entre esses poderosos, apenas Larry Ellison ganhou mais dinheiro entre 2022 e 2023. Ellison é cofundador da empresa de softwares Oracle e tem, hoje, uma fortuna de US$ 107 bilhões, contra US$ 106 bilhões em 2022.

O que aconteceu?

O setor da tecnologia tem maior capacidade de geração de bilionários, mas ele não está imune às incertezas econômicas. "Os cofres das empresas são afetados quando a economia está ruim e isso também impacta a fortuna de seus executivos. Gera um efeito cascata", explica Joelson Sampaio, professor de economia da FGV EESP.

Para especialistas consultados pelo g1, três fatores promoveram a queda na fortuna dos bilionários de tecnologia:

  • 🦠 Pandemia de Covid-19: no início da crise sanitária, a digitalização aumentou. Com todo mundo em casa, governos deram auxílios financeiros para as pessoas, que gastaram mais on-line. Com isso, as empresas de tecnologias cresceram e precisaram contratar mais gente para suprir a alta demanda. Mas esse crescimento não se manteve após a flexibilização;
  • 🌍 Guerra na Ucrânia: a Rússia é um dos maiores fornecedores de energia no mundo e, com o início da guerra, o Ocidente deixou de comprar gás e petróleo do país de Vladmir Putin. Mas esse embargo ajudou a elevar a inflação em todo o mundo. "A energia subiu e empurrou a inflação para cima, o que acabou elevando o custo das empresas", explica o professor de economia e relações internacionais da ESPM Leonardo Trevisan. A economia, já afetada pela pandemia, piorou;
  • 💸 Alta na taxa de juros: os bancos centrais de vários países elevaram a taxa básica de juros para conter essa inflação desenfreada. A medida impactou as vendas, e as empresas reduziram o gasto com anúncios on-line para cortar custos. "Só que a publicidade digital é a principal fonte de receita das 'big techs'", diz Trevisan.
Mark Zuckerberg vem perdendo mais dinheiro

Comparando com os números de 2021 da Forbes, é possível identificar que a maioria dos bilionários ganhou mais dinheiro em 2022. Mas uma queda expressiva chama a atenção: Mark Zuckerberg. Ele viu seu patrimônio despencar de US$ 97 bilhões em 2021 para US$ 67,3 bilhões em 2022.

Trevisan lembra que, em valor de mercado, a Meta caiu mais do que as outras empresas. Além dos fatores mencionados acima, a influência do TikTok contribuiu para a baixa na dona do Facebook — o próprio Zuckerberg reconhece que a concorrência interferiu no crescimento de sua empresa.

Ainda segundo o especialista, boa parte dos bilionários ganhou mais dinheiro em 2022 porque os investidores previam um cenário benéfico, o que não aconteceu. As demissões em massa nas "big techs" são um exemplo desse mau momento.

"Todo mundo fez investimento pesado durante a fase dura da pandemia, mas a economia retraiu", diz Leonardo Trevisan, da ESPM. "Apesar do poder que elas têm, todas são empresas como qualquer outra e passam dificuldades, também", conclui.

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