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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Guerra se alastra por sete frentes diferentes no Oriente Médio

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Ataque massivo do Irã amplia ainda mais o conflito e levará a nova retaliação de Israel, muito provavelmente com o apoio dos Estados Unidos
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Por CNN-Internacional
02/10/2024 às 11:11
Postado em 02 de outubro de 2024 às 11h35m

#.* Post. - Nº.\  11.359 *.#

Projéteis sobrevoando Jerusalém.
Projéteis sobrevoando Jerusalém. • Reuters

O que era um temor passou a ser realidade: o sangrento conflito no Oriente Médio já é uma guerra regional com sete frentes diferentes de combate.

A última delas foi aberta de fato na terça-feira (1º) com os ataques do Irã, que lançou cerca de 200 mísseis balísticos e de cruzeiro contra o território de Israel.

A maior parte dos mísseis foi interceptada ainda no ar, com ajuda dos militares dos Estados Unidos, Reino Unido e outros países (inclusive árabes) que ajudaram mais uma vez a defender os israelenses.

Mas a intenção do governo iraniano era clara: causar o máximo de danos possíveis para vingar as mortes dos líderes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh – este último morto em julho em plena Teerã, a capital do Irã.

A resposta de Israel, com ataques contra o território e interesses iranianos, é inevitável.

O  primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que os líderes iranianos cometeram um grande erro e já confirmou que vai revidar.

Sete linhas de frente

Com o conflito aberto com o Irã, Israel passa agora a combater em sete linhas de frente – o chamado círculo de fogo, composto não apenas pela República Islâmica mas também por grupos e milícias financiadas e armadas por Teerã.

As outras seis frentes são dominadas por vários inimigos de Israel:

  • Hamas, na Faixa de Gaza
  • Hezbollah, no sul do Líbano
  • O governo e milícias na Síria
  • Rebeldes Houthis que controlam boa parte do Iêmen
  • Grupos paramilitares xiitas no Iraque
  • Militantes de vários grupos na Cisjordânia

O exército israelense está combatendo no terreno em três desses territórios: a Faixa de Gaza (área original da guerra, iniciada com os bárbaros ataques dos militantes do Hamas contra civis no sul de Israel, no dia 7 de outubro do ano passado); o sul do Líbano, invadido no início da semana; e a Cisjordânia, onde as Forças de Defesa de Israel vêm atacando vários grupos militantes nas últimas semanas.

Nos outros territórios, o envolvimento israelenses se dá através de bombardeios de sua força aérea.

Agora, os militares israelenses estão planejando a resposta ao Irã – a cabeça desse polvo com vários tentáculos militares.

Os alvos dos israelenses poderão ser instalações de petróleo do Irã ou até mesmo os locais onde o regime tenta enriquecer urânio para a fabricação de uma bomba nuclear.

É muito provável que os militares dos Estados Unidos não apenas apoiem o revide mas também ajudem os israelenses de alguma forma nos ataques –especialmente com logística e informações de inteligência.

A forma desse revide bem como a extensão da participação americana nele vão definir se o conflito vai se ampliar ainda mais, tendo impactos de fato globais ou não.

O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel

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Irã tem o maior arsenal de mísseis do Oriente Médio, diz instituto

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Nesta terça-feira (1º), o país disparou cerca de 200 mísseis balísticos em direção a Israel; a maior parte dos mísseis atingiu Tel Aviv. Indústria de defesa do Irã, apesar de obsoleta, é bem desenvolvida nessa área.
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Por Matheus Moreira, g1 — São Paulo

Postado em 02 de outubro de 2024 às 06h00m

#.* Post. - Nº.\  11.358 *.#




Irã lança mísseis contra Israel; veja imagens registradas por cidadãos e postadas em redes

O Irã tem o maior e mais diverso arsenal de mísseis do Oriente Médio, segundo o "Missile Threat", do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais. Veja a lista do arsenal mais abaixo.

Nesta terça-feira (1º), o país disparou cerca de 200 mísseis balísticos em direção a Israel, segundo as Forças Armadas israelenses. Um deles é o Fattah, um míssil hipersônico com alcance de aproximadamente 1.400 quilômetros e que pode chegar a uma velocidade cinco vezes superior à do som, sendo assim um míssil mais difícil de interceptar.

O exército iraniano afirmou ter disparado um míssil Fattah e destruído um radar antimísseis de Israel.

O Irã confirmou o ataque, que é uma resposta à escalada nos conflitos entre Israel e o Hezbollah, grupo extremista que atua no Líbano e recebe financiamento iraniano. As mortes de lideranças terroristas culminaram na escalada de tensões entre Israel e o Hezbollah nas duas últimas semanas.

A maior parte dos mísseis atingiu Tel Aviv. Uma série de explosões foi registrada na cidade de 435 mil habitantes. A população se abrigou em bunkers e em abrigos por mais de uma hora, e o espaço aéreo chegou a ficar totalmente fechado, sendo reaberto após o ataque.

"Missile Threat" é um site que reúne informações e análises atualizadas sobre mísseis e sistemas de defesa internacional. É parte do projeto de Defesa de Mísseis do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Um levantamento de 2022 feito por um órgão do governo dos EUA responsável por operações militares em outros países mostra que o Irã tem cerca de 3 mil mísseis de variados tipos.

Em termos gerais, a indústria de defesa do Irã, apesar de obsoleta, é bem desenvolvida na área de mísseis, segundo o relatório Balanço Militar 2024, feito pelo Instituto Internacional de Estudos de Segurança (IISS).

A indústria doméstica [do Irã] alcançou um alto grau de proficiência na produção de certos tipos de armamentos avançados, como mísseis balísticos e de cruzeiro, mísseis anti-tanque guiados, drones e mísseis superfície-ar, diz relatório do IISS.
Veja mísseis que fazem parte do arsenal do Irã:

Nome: Fattah-1
Alcance: Aproximadamente 1.400 km
Poder destrutivo: Míssil hipersônico com alta capacidade de manobra e de alta velocidade —cinco vezes superior à do som—, tornando-o difícil de interceptar.

Nome: Ra’ad (também conhecido como Hatf-VIII Ra’ad)
Alcance: Aproximadamente 350 km.
Poder destrutivo: Míssil de cruzeiro lançado do ar projetado para transportar ogivas convencionais e nucleares.

Nome: Soumar
Alcance: Entre 2.000 e 3.000 km.
Poder destrutivo: Míssil de cruzeiro de longo alcance baseado no míssil russo Kh-551., capaz de transportar ogivas convencionais e possivelmente nucleares. Seu nome é uma homenagem à vila iraniana cujos habitantes foram mortos em um ataque com armas químicas pelo regime de Saddam Hussein.

Nome: Shahab-1
Alcance: Aproximadamente 300 km.
Poder destrutivo: Míssil balístico de curto alcance —variante iraniana do míssil russo Scud-B1— capaz de transportar ogivas convencionais e possivelmente químicas.

Nome: Shahab-2
Alcance: Aproximadamente 500 km.
Poder destrutivo: Míssil balístico de curto alcance, capaz de transportar uma única ogiva com um peso máximo de 770 kg. Pode ser equipado com ogivas convencionais ou químicas. É uma atualização do Shahab-1, com maior alcance e capacidade de carga.

Nome: Tondar-69
Alcance: Aproximadamente 150 km.
Poder destrutivo: Míssil balístico de curto alcance —versão do chinês CSS-8 (M-7)— capaz de transportar uma carga de 190 kg.

Nome: Fateh-110
Alcance: Entre 200 e 500 km.
Poder destrutivo: Míssil balístico de curto alcance, capaz de transportar uma ogiva química ou altamente explosiva de até 500 kg.

Nome: Fateh-313
Alcance: 500 km
Poder destrutivo: Míssil balístico de curto alcance de maior precisão.

Nome: Qiam-1
Alcance: Entre 700 e 800 km
Poder destrutivo: Variante do Shahab-2 com maior precisão. Pode carregar uma ogiva de 750 kg, altamente explosiva e, possivelmente, nuclear.

Nome: Zolfaghar
Alcance: 700 km
Poder destrutivo: Pode carregar uma ogiva de submunições, aumentando o potencial de destruição ao atingir múltiplos alvos.

Nome: Sejjil
Alcance: 2.000 km
Poder destrutivo: Míssil balístico de médio alcance que pode carregar uma ogiva de 700 kg.

Nome: Emad
Alcance: Entre 1.500 e 1.700 km
Poder destrutivo: Pode carregar uma ogiva de até 750 kg, nuclear ou convencional, tem precisão de até 500 metros do alvo.

Nome: Shahab-3
Alcance: Aproximadamente 1.300 km
Poder destrutivo: Baseado em tecnologia da Coreia do Norte, pode carregar uma ogiva de até 1.200 kg, que pode ser nuclear, química ou de submunições.

Nome: Khorramshahr
Alcance: Entre 2.000 km e 3.000 km
Poder destrutivo: Pode carregar uma ogiva de até 1.800 kg. Também é derivado de um míssil da Coreia do Norte.

As informações sobre o arsenal de mísseis do Irã foram obtidas por meio do Missile Threat. Os dados sobre o míssil hipersônico Fattah são do canal de notícias Al Jazeera.

Irã tem o maior arsenal de mísseis do Oriente Médio, diz instituto — Foto: Arte g1

Irã tem o maior arsenal de mísseis do Oriente Médio, diz instituto — Foto: Arte g1

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