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sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

O novo combustível de aviação feito inteiramente de fezes humanas

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Testes independentes realizados por reguladores internacionais da aviação determinaram que substância é quase idêntica a combustível fóssil padrão para aviões.
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TOPO
Por BBC

Postado em 29 de dezembro de 2023 às 14h50m

#.*Post. - N.\ 11.055*.#

Dejetos humanos transformados em querosene em laboratório britânico. — Foto: BBC
Dejetos humanos transformados em querosene em laboratório britânico. — Foto: BBC

Uma empresa britânica desenvolveu um tipo de combustível de aviação feito inteiramente de dejetos humanos.

Químicos de um laboratório em Gloucestershire, na Inglaterra, transformaram os resíduos em querosene.

"Queríamos encontrar uma matéria-prima de valor realmente baixo que fosse altamente abundante. E, claro, o cocô é abundante", diz James Hygate, CEO da Firefly Green Fuels.

✈️ Testes independentes realizados por reguladores internacionais de aviação determinaram que o resultado é quase idêntico ao combustível fóssil padrão usados em aviões.

A equipe da Firefly trabalhou com a Universidade de Cranfield, na Inglaterra, para examinar o impacto do carbono no ciclo de vida do combustível.

A conclusão foi que o combustível da Firefly tem uma pegada de carbono 90% menor do que o combustível de aviação padrão.

Hygate, que desenvolve combustíveis de baixo carbono em Gloucestershire há 20 anos, diz que, embora o novo combustível seja quimicamente igual ao querosene de base fóssil, "não tem carbono fóssil; é um combustível livre de fósseis".

"Claro que envolve energia (na produção), mas quando olhamos para o ciclo de vida do combustível, poupar 90% é inacreditável. Por isso, sim, temos de utilizar energia, mas é muito menor em comparação com a produção de combustíveis fósseis", acrescenta.

James Hygate diz que novo combustível é "extremamente empolgante". — Foto: BBC
James Hygate diz que novo combustível é "extremamente empolgante". — Foto: BBC

O tráfego aéreo responde por cerca de 2% das emissões globais de carbono, que contribuem para as mudanças climáticas.

Trata-se de uma pequena fração, mas ela cresce rapidamente.

E eliminar o carbono da aviação é um desafio considerável.

Aviões elétricos estão sendo desenvolvidos, por exemplo, por uma empresa em Cotswolds, na Inglaterra, que promete voos movidos a hidrogênio para pequenos grupos de passageiros até 2026.

Mas serão necessários anos, talvez décadas, até que as viagens aéreas em massa sejam alimentadas por tecnologias completamente novas.

Assim, encontrar formas novas e mais ecológicas de produzir querosene sem utilizar combustíveis fósseis virou uma "corrida do ouro" global.

Português Sergio Lima transformou em querosene, à direita, o lodo de esgoto, à esquerda. — Foto: BBC
Português Sergio Lima transformou em querosene, à direita, o lodo de esgoto, à esquerda. — Foto: BBC

Numa pequena fazenda em Gloucestershire, Hygate começou a transformar óleo de canola em "biodiesel" para automóveis e caminhões há 20 anos.

Sua empresa, a Firefly Green Fuels, hoje vende equipamentos para transformar óleo de cozinha em biodiesel e tem clientes em todo o mundo.

Ele, então, começou a buscar maneiras de produzir combustível verde para aviação.

Tentou usar óleos usados, resíduos de alimentos e restos agrícolas até chegar aos dejetos humanos.

Conheça o SAF: combustível inovador pode ser produzido no Brasil e transformar a aviação mundial

Junto ao químico português Sergio Lima, da Universidade Imperial College de Londres, Hygate e sua equipe desenvolveram um processo que transforma fezes em energia.

Primeiro, eles criam o que chamam de "bio-bruto". A substância tem aspecto similar a um óleo: espessa, preta, pegajosa.

Mas o mais importante é que ela se comporta quimicamente como o petróleo bruto.

Lima, que também é diretor de pesquisa da Firefly Green Fuels, afirmou: "O que estamos produzindo aqui é um combustível com zero impacto".

Resultados

Lima diz ter ficado muito feliz quando viu os resultados pela primeira vez.

"Isso é tão empolgante porque foi produzido a partir de uma matéria-prima sustentável, para a qual todos nós estamos contribuindo."

O cientista mostrou seu laboratório, incluindo uma mini-versão das enormes colunas de destilação fracionada que existem nas refinarias de petróleo.

Seu protótipo faz a mesma coisa. O líquido é aquecido e depois os gases são destilados a temperaturas precisas para obter o "corte" certo para diferentes combustíveis.

Gota a gota, um novo líquido transparente é depositado nos tubos coletores.

"Este é o nosso biocombustível", diz ele.

O bioquerosene está agora sendo testado de forma independente no Instituto DLR de Tecnologia de Combustão do Centro Aeroespacial Alemão, em colaboração com a Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos.

Outros testes também serão realizados pela SAF Clearing House, com sede na Universidade de Sheffield, na Inglaterra.

Os primeiros resultados confirmaram que o combustível tem uma composição química quase idêntica ao combustível fóssil de aviação A1.

O Departamento de Transportes do Reino Unido concedeu à equipe uma bolsa de pesquisa de 2 milhões de libras (R$ 12,4 milhões).

Mas produzir querosene em tubos de ensaio de laboratório está muito longe de substituir o querosene nos aeroportos do mundo.

Hygate fez as contas. Cada ser humano, calcula ele, produz por ano dejetos suficientes para produzir 4-5 litros de biocombustível para aviação.

Para um voo só de ida de Londres para Nova Iorque seriam necessários os dejetos anuais de 10 mil pessoas. E o mesmo montante para voltar.

Ou seja, o total de esgoto produzido no Reino Unido satisfaria cerca de 5% da necessidade total de combustível de aviação do país.

Pode parecer pouco, mas ele insiste: "Isso é muito empolgante".

"Existe uma exigência de 10% de combustível sustentável de aviação, isso é um mandato legal. E poderíamos atender metade disso com fezes."

Jato de passageiros da Virgin Atlantic foi abastecido inteiramente com querosene feito de óleos usados e resíduos de milho. — Foto: BBC
Jato de passageiros da Virgin Atlantic foi abastecido inteiramente com querosene feito de óleos usados e resíduos de milho. — Foto: BBC

Combustíveis produzidos a partir de óleos usados, óleos de milho ou outras fontes não fósseis são chamados de "Combustíveis de Aviação Sustentáveis".

Eles emitem a mesma quantidade de dióxido de carbono nas aeronaves, mas como as plantas que originalmente produziram o petróleo já capturaram CO2 na produção, especialistas calculam uma redução de 80-90% nas emissões de carbono em relação aos combustíveis fósseis.

Ambientalistas reforçam que as pessoas precisam voar menos e usar colheitas para produção de alimentos ou de energia, e não combustível para aviões.

Eles defendem mais o combustível baseado em esgotos, porque "os resíduos humanos são talvez a única forma de resíduo que a sociedade realmente não pode evitar produzir", diz Cait Hewitt, diretora de políticas da Federação Ambiental da Aviação, sediada no Reino Unido.

No entanto, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que os combustíveis de aviação sustentáveis são "críticos para a descarbonização da aviação".

O britânico Richard Branson, dono da companhia aérea Virgin Atlantic, voou recentemente de Londres para Nova York num voo inteiramente movido a combustível produzido a partir de óleos usados e resíduos de milho.

No entanto, atualmente, apenas 0,1% do combustível de aviação é "sustentável".

Comparativamente, a meta de 5% de Hygate parece, portanto, bastante ambiciosa.

"Embora tenha sido desenvolvido aqui no sudoeste do Reino Unido", diz ele, "trata-se de uma oportunidade global".

A empresa está agora angariando fundos para construir uma fábrica de no Reino Unido.

Hygate conclui: "As oportunidades em cidades muito populosas são enormes. A quantidade de combustível que podemos criar é gigante."

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Desemprego cai a 7,5% no trimestre terminado em novembro, diz IBGE

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Número absoluto de desocupados ficou estável contra o trimestre anterior, em 8,2 milhões de pessoas. População ocupada chegou ao recorde de 100,5 milhões de pessoas, maior número da série histórica.
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Por Raphael Martins, g1

Postado em 29 de dezembro de 2023 às 10h00m

#.*Post. - N.\ 11.054*.#

Desemprego cai para 7,5% em novembro

A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre móvel terminado em novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre junho e agosto, o período traz redução de 0,3 ponto percentual (7,8%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 8,1%. A taxa trimestral é a menor desde fevereiro de 2015, quando também era de 7,5%.

Com os resultados deste trimestre, o número absoluto de desocupados ficou estável contra o trimestre anterior, em 8,2 milhões de pessoas. O país chegou ao menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015 (8,1 milhões).

Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, são 539 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, um recuo é de 6,2%.

No trimestre, houve crescimento de 0,9% na população ocupada, que chegou ao recorde de 100,5 milhões de pessoas, maior número da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 0,8%, com mais 815 mil pessoas ocupadas.

Assim, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57,4%, alta de 0,4 p.p. no trimestre. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, há estabilidade.

Pessoa segura carteira de trabalho em mutirão de emprego em São Paulo — Foto: VINICIUS NUNES/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO
Pessoa segura carteira de trabalho em mutirão de emprego em São Paulo — Foto: VINICIUS NUNES/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO

Por fim, o número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), teve alta de 0,6% no trimestre, estimado em 108,7 milhões. A população fora da força totalizou 66,5 milhões, com estabilidade no período.

A taxa de 7,5% é a menor para um trimestre encerrado em novembro desde 2014 (6,6%), ou seja, retoma a valores de quase dez anos atrás, quando a desocupação era bem mais baixa, afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 7,5%
  • População desocupada: 8,2 milhões de pessoas
  • População ocupada: 100,5 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,5 milhões
  • População desalentada: 3,4 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 37,7 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,6 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
  • Trabalhadores informais: 39,4 milhões
  • Taxa de informalidade: 39,2%
Crescimento de formais e informais

O aumento da população ocupada trouxe elevação tanto do trabalho formal quanto informal. Os trabalhadores com carteira assinada tiveram alta de 1,4% no trimestre, chegando a 37,7 milhões de trabalhadores.

Segundo o IBGE, esse é o segundo maior patamar da série histórica para a carteira assinada. O maior número foi registrado no trimestre encerrado em junho de 2014, quando eram 37,8 milhões de pessoas.

"O emprego com carteira foi o que mais contribuiu para o aumento da ocupação", diz Adriana Beringuy, do IBGE.

Já os empregados sem carteira assinada no setor privado somaram 13,4 milhões no trimestre, no maior contingente da série histórica. A taxa de informalidade oscilou de 39,1% para 39,2% entre os trimestres, o que mostra que o grupo têm movimentações mais discretas com a retomada do mercado de trabalho.

Beringuy, do IBGE, explica que os informais não apresentam recuo estatístico relevante desde o trimestre encerrado em maio de 2021.

Rendimento em alta

O rendimento real habitual teve alta de 2,3% frente ao trimestre anterior, e passou a R$ 3.034. No ano, o crescimento foi de 3,8%. Desde a pandemia, o rendimento médio não passava dos R$ 3 mil — à época, porque trabalhadores de renda menor saíram da conta pela destruição de vagas.

Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 300,2 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado subiu 3,2% frente ao trimestre anterior, e cresceu 4,8% na comparação anual.

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