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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fotos mostram 3 homens mortos na casa de Bin Laden, diz agência

Imagens foram feitas por agente de segurança, segundo a Reuters.
Fotos mostram corpos sobre poças de sangue e sem armas.


## = ## A agência de notícias Reuters divulgou nesta quarta-feira (4) fotos de três homens mortos sobre poças de sangue, mas sem armas. Segundo a agência, as fotos foram tiradas cerca de uma hora depois de a casa de Osama bin Laden ser invadida por soldados norte-americanos.

A Reuters diz que as imagens foram feitas por um agente paquistanês de segurança que esteve na mansão de Abbottabad, nos arredores de Islamabad, no Paquistão. Elas mostram dois homens com trajes tradicionais paquistaneses e um outro de camiseta. Todos têm sangue saindo dos ouvidos, narizes e bocas. Esse funcionário, que pediu anonimato, vendeu as fotos à agência Reuters.

IMAGENS FORTES: veja as fotos divulgadas pela agência.

A seguir, leia o relato feito pela Reuters:

Nenhum dos homens se parece com Bin Laden. O presidente dos EUA, Barack Obama, decidiu não divulgar as fotos do corpo do militante saudita, alegando que isso poderia incitar à violência e ser usado pela Al Qaeda como instrumento de propaganda, disse a Casa Branca na quarta-feira.

Com base nos horários marcados nas fotos, a primeira foi tirada na segunda-feira às 2h30 (hora local), cerca de uma hora depois do final da ação norte-americana. Outras imagens foram feitas às 5h21 e 6h43, e mostram o exterior da casa, bastante danificada na operação, e destroços de um helicóptero norte-americano. O formato da cauda do aparelho é estranho, o que pode indicar algum recurso desconhecido para que a aeronave não fosse notada.

A Reuters tem confiança na autenticidade das imagens adquiridas, porque detalhes nas fotos parecem mostrar o mesmo helicóptero abatido que surge em fotos feitas independentemente na segunda-feira (2). As forças dos EUA disseram ter perdido um helicóptero na ação devido a um problema mecânico, e que posteriormente o destruíram.

As fotos, feitas num ângulo bem fechado, não mostram armas com os mortos, mas as mãos e os braços estão cortados em várias imagens.

Uma das fotos mostra um cabo de computador e o que parece ser uma pistola de brinquedo, verde e laranja, sob o ombro direito de um dos homens. Uma grande poça de sangue se formou sob sua cabeça.

Uma segunda imagem mostra outro homem com um fio de sangue saindo do nariz e passando sobre a face direita, e uma grande mancha de sangue no peito. O terceiro homem, de camiseta, aparece deitado de costas sobre o sangue que parece ter saído de um ferimento na cabeça.

Os EUA admitiram na terça-feira (3) que Bin Laden estava desarmado ao ser morto, o que gerou acusações de que Washington teria violado o direito internacional. As circunstâncias exatas da morte dele ainda continuam obscuras e podem alimentar polêmicas, especialmente no mundo islâmico.


mapa morte bin laden 4/5 8h NOVA (Foto: Arte G1)

Fotos: casa de Bin Laden

 

Reuters divulga imagens de três homens mortos durante operação dos EUA.
Segundo agência, imagens foram feitas na casa onde estava Bin Laden.



## = ## A agência de notícias Reuters divulgou fotos obtidas da operação das forças americanas que matou o líder da al-Qaeda, Osama bin Laden. Segundo a agência, as imagens foram feitas cerca de uma hora depois da invasão da casa do terrorista saudita por soldados norte-americanos. Elas mostram três homens mortos sobre poças de sangue, mas sem armas.
Veja no final desta página as fotos divulgadas pela Reuters.

"" Por que não mostra e divulga a ou as fotos do corpo de Bin Laden?...Será que Bin Laden não foi morto!?
...Ou tudo isto não passa de uma farsa como a prova feita pelos americanos de que acusava Saddam Rousein de ter armas de destruiçãoo em massa...e na verdade nunca existiu estas armas de destruição em massa, pelo que ficou comprovado depois pelos técnicos e autoridades da ONU!...""



selo aviso atenção (Foto: Editoria de Arte / G1)

Corpos encontrados na casa onde Osama bin Laden foi morto (Foto: Reuters)Corpos encontrados na casa onde Osama bin Laden foi morto (Foto: Reuters)


 
 

Parentes de Bin Laden estão em hospital, dizem militares paquistaneses

## = ## ISLAMABAD - Fontes do Exército do Paquistão disseram à BBC nesta quarta-feira, 4, que os sobreviventes do ataque que matou Osama Bin Laden, estão sendo mantidos em um hospital militar e que esse grupo inclui parentes do líder da organização terrorista Al-Qaeda. Eles estão sendo tratados de ferimentos à bala em um centro médico na cidade de Rawalpindi, no nordeste do país.
Além do líder da Al-Qaeda, a operação matou seu filho e dois outros homens. Foram capturadas nove mulheres e 23 crianças, segundo militares americanos. Segundo o jornal britânico The Guardian, porém, foram encontradas ao menos dez pessoas - oitro crianças e duas mulheres, uma delas esposa do terrorista.
Mais cedo, o governo paquistanês havia dito em comunicado que os sobreviventes estariam "em segurança e cuidados de acordo com a lei", na capital Islamabad e em Rawalpindi. "Seguindo nossos procedimentos, eles não vão ser entregues aos seus países de origem (que não foram especificados)", disse o documento.

Acredita-se que Osama Bin Laden tenha vivido na residência localizada em Abbottabad, cidade próxima a Islamabad, por cerca de seis anos. Nesta quarta-feira, os acessos ao complexo foram novamente fechados. A cidade não é cenário comum de atentados suicidas - caso de muitas outras cidades no Paquistão -, mas mantém uma forte presença militar e é conhecida por possuir escolas de qualidade.

Ajuda

Em Paris, o primeiro-ministro paquistanês, Yusuf Raza Gilani, pediu ajuda internacional para combater os extremistas, após encontro com o presidente francês, Nicolas Sarkozy. "Estamos no meio de uma guerra, temos a disposição e é de nosso interesse combater o terrorismo", disse ele. "Mas nos faltam instrumentos. Sim, falei com o presidente (Sarkozy) sobre aparelhamento e ele concordou em aumentar a capacidade das agências paquistanesas", completou.

Gilani classificou ainda como "ótima" a cooperação entre os serviços secretos de Paquistão e EUA, apesar das críticas que recaíram sobre o país asiático pelo fato de Bin Laden ter vivido tanto tempo em seu território sem ter sido capturado.

Obama decide não mostrar fotos de Bin Laden; oposição critica

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

## = ## Em meio à polêmica de revelar ou não as supostas imagens da morte do terrorista Osama bin Laden, o presidente dos EUA decidiu nesta quarta-feira não mostrar as fotos, gerando críticas da oposição republicana. Já o secretário de Justiça americano, defendeu a morte do chefe da rede Al Qaeda como um ato de "autodefesa nacional".

Ainda no final desta quarta-feira a CNN indicou ter confirmação por parte de autoridades americanas de que os Seals --força de elite da Marinha que mataram Bin Laden-- estavam de volta ao país.

Justificando sua decisão, Obama disse ao programa "60 Minutes", da CBS, que "os riscos da divulgação superam os benefícios".

"As teorias de conspiração ao redor do mundo vão alegar que as fotos são montagens, de qualquer forma. Há um risco real de que a divulgação das fotos sirva apenas para inflamar a opinião pública do Oriente Médio", completou o presidente, em trechos adiantados no site da emissora.

Horas depois, o porta-voz da Casa Branca, Jim Carney, corroborou as declarações de Obama e disse que Obama consultou sua equipe de segurança nacional antes de tomar a decisão.

Pete Souza-01º.mai.11/White House
Presidente Barack Obama assiste com seus principais assessores a operação contra Osama bin Laden
Presidente Barack Obama assiste com seus principais assessores a operação contra Osama bin Laden

Em sua coletiva diária à imprensa, Carney argumentou a favor da decisão do presidente e reforçou que os mais altos funcionários do setor o ajudaram a decidir que não está nos interesses dos EUA divulgar as imagens, que segundo ele, são muito fortes. "São as fotos de alguém que levou dois tiros na cabeça", argumentou.

"Muitos estão dizendo que isto não passa de uma armação, de um truque americano, e que não é verdade que Bin Laden morreu. A verdade é que o presidente Obama teve a confirmação de que ele está morto. Estamos monitorando a reação mundial e entre a Al Qaeda também não há dúvidas de que ele morreu", disse.

LEGALIDADE DA AÇÃO

Céticos contudo pressionam os EUA a divulgar as imagens, a única prova de que Bin Laden estaria morto. O corpo do terrorista, que passou mais de dez anos escondido, foi lançado no mar Arábico, para evitar que seu túmulo se transformasse em um santuário.

O corpo de Bin Laden foi identificado pelas autoridades americanas através de técnicas de reconhecimento facial e exame de DNA.

Outras críticas referem-se à legalidade da ação. Ainda não estã claro se os EUA infringiram a soberania do Estado paquistanês e se o país, tinha, de fato, o direito de realizar a operação de acordo com as legislação internacional.

O diretor da CIA, Leon Panetta, confirmou a versão da Casa Branca e afirmou em entrevista à rede de televisão NBC que Bin Laden nunca se rendeu. "Também estava, como parte das regras da operação, que se ele de repente levantasse as mãos e se rendesse, então teríamos a oportunidade, obviamente, de capturá-lo. Mas essa oportunidade nunca foi apresentada", explicou.


O secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, disse que a morte foi um ato de "autodefesa nacional".

"Foi justificado como um ato de autodefesa nacional", disse Holder ao Comitê de Justiça do Senado, citando a confissão feita por Bin Laden de envolvimento nos ataques de 11 de Setembro de 2001 nos EUA. "Se ele tivesse tentado se render, acho que teríamos aceito, mas não houve qualquer indicação de que ele queria fazer isso, então a morte foi adequada", disse.

O secretário defendeu ainda a legalidade da ação, já que Bin Laden "era chefe da Al Qaeda, organização que realizou o 11 de Setembro, e admitiu seu envolvimento".

FOTOS FALSAS

Mais cedo, senadores republicanos disseram ter visto uma foto de Bin Laden e defenderam sua divulgação. Entre eles Kelly Ayotte, que argumentou contra a decisão de Obama.

Na noite desta quarta-feira, no entanto, a agência de notícias Efe e a emissora americana CNN noticiaram que o governo americano afirmou que fotos oficiais de Osama bin Laden jamais circularam no Congresso e que não há chances de que as imagens sejam oficiais.

Em reação, os três senadores republicanos --Kelly Ayotte, Scott Brown e Saxby Chambliss-- se retrataram e admitiram que as imagens foram vistas em "equipamentos eletrônicos" e que, de fato, "não é possível saber se eram autênticas".

REPUBLICANOS CRITICAM

Ainda durante à tarde a senadora Kelly Ayotte disse ter visto uma das fotos do cadáver e que é possível confirmar a identidade de Bin Laden na imagem. Ela defendeu ainda a divulgação das fotos, para acabar com as "teorias da conspiração" ao redor do mundo que colocam em dúvida a morte do terrorista.

"Eu vi uma delas [foto]. Outro senador mostrou-a para mim", disse Ayotte acrescentando que tratava-se de uma imagem facial.

A senadora disse que os EUA deveriam tornar públicas as imagens. "Infelizmente, nós já vimos em muitos casos ao redor do mundo que podem haver teorias da conspiração sobre este tipo de fatos. Então eu acho que é importante, em termos de encerrar a questão, que embora ninguém queira ver fotos perturbadoras, encerrar estas dúvidas é muito importante".

Chip Somodevilla/France Presse - 10.mar.11
Imagem de arquivo mostra senadora republicana que defende a divulgação da imagem do corpo de Bin Laden
Imagem de arquivo mostra senadora republicana que defende a divulgação da imagem do corpo de Bin Laden

A senadora afirmou ainda que embora não seja uma especialista, em sua opinião, trata-se de Bin Laden nas imagens.

"Eu vi uma foto dele morto, da área da cabeça. Obviamente ele estava ferido (...) Esta é a melhor descrição que eu posso dar", afirmou.

Questionada se a a foto confirma, de fato, que o cadáver é do chefe da rede terrorista Al Qaeda, a senadora respondeu: "Na minha opinião, sim. Obviamente eu não sou uma especialista no assunto, mas (...) já que ele é uma figura tão conhecida, quando você vê a foto, vê-se claramente as feições dele".

Ayotte fez os comentários após uma reunião a portas fechadas entre o diretor da CIA, Leon Panetta, e um grupo de senadores. Outros parlamentares saíram da sala dizendo não ter visto a foto.

SARAH PALIN

Outros membros da oposição criticaram Obama. "Mostre a foto [do corpo de Osama bin Laden] como um aviso aos outros que querem a destruição da América. Sem covardia, sem politicagens, sem drama; faz parte da missão", disse a ex-governadora do Alaska e líder do movimento ultradireitista Tea Party, a republicana Sarah Palin, em sua conta no Twitter.

Seu comentário rendeu centenas de réplicas de usuários que a acusam de querer atacar a reputação de Obama mesmo após a missão que o garantiu um aumento de até 11 pontos percentuais em sua popularidade, de acordo com pesquisas recentes.

Reprodução
Reprodução da página de Sarah Palin no Twitter; ela acusa Obama de covardia por não publicar fotos de Bin Laden
Reprodução da página de Sarah Palin no Twitter; ela acusa Obama de covardia por não publicar fotos de Bin Laden
Para usufruir das vantagens da garantia e suporte Sony, o consumidor deve se assegurar que está comprando um produto oficial

$$ = $$ A Sony Brasil reduzirá o preço do console Playstation 3 de 160 GB, do dia 5 de maio (quinta-feira) até o dia 31 de julho de 2011 (domingo) para R$1.599,00. O produto oficial da Sony poderá ser encontrado com este novo preço nas lojas físicas SonyStyle, no site da empresa, além das grandes redes varejistas, incluindo seus sites de compras.

A redução é de R$400 no preço do produto e vale por quase três meses. Este novo posicionamento de preços ajudará os consumidores de todo o País a tomar a decisão de comprar um produto oficial e nacionalizado, com garantia, que não trará riscos ou surpresas em sua diversão, de seus amigos e familiares todos os dias.

Para usufruir das vantagens da garantia e suporte Sony, o consumidor deve se assegurar que está comprando um produto oficial. Uma das formas de identificar que este produto está totalmente coberto acontece por meio do Termo de Garantia Sony Brasil, que vem com uma etiqueta colada onde consta o número de série do produto adquirido.

Vazamento de dados
A Sony informou na última segunda-feira que, em sua investigação sobre o ataque de hackers ao Playstation, milhares de usuários tiveram dados de cartões de crédito e de débito roubados ao participar do SOE (Sony Online Entertainment).

Informações pessoais de 24,6 milhões de usuários do SOE podem ter sido violadas, do mesmo modo que informações de uma antiga base de dados de 2007, revelou a empresa.

Obama invoca a segurança nacional para bloquear fotos de Bin Laden

Obama considera que os riscos acarretados pela divulgação dessas imagens superam os benefícios...

$$ «««» $$ Você acredita que, realmente e de fato Bin laden está morto?...ou isto não passa de uma mera jogada de Marketing político para, faltando apenas um ano para as eleições americanas, elevar os índices de aprovação do governo Obama nas pesquisas, tendo em pauta que o mesmo detinha antes,tão-somente 40% nas pesquisas e agora encontra-se com 76% de aprovação!?
...Porquê esta preocupação toda em não revelar as imagens de Bin Ladem morto,se,quando da vez em que capturou Saddam Rousem, fez tão logo questão de veicular em todos os veículos de comunicação e de mídia,principalmente na internet,até mesmo um vídeo de Saddam sendo enforcado!
...e você acredita mesmo que os EUA jogaram o corpo de Bin Laden no mar??...dizendo que fizeram um sepultamento digno como manda a cartilha do islamismo...você acha que com tanto ódio  e sede de vingança sobre, como eles mesmo profetizaram o tempo todo que Bin Laden era o inimigo mortal e número 1 dos Estados Unidos?
Você não acha que os Estados Unidos não iriam exibir fotos e vídeos como se fosse um Troféu?...Afinal de contas o custo operacional do projeto para pegar e capturar,vivo ou morto o Bin Laden e o combate ao terrorismo neste período de caça ao dito cujo, e envolvendo a morte de alguns terrorista, teve um montante, ao longo de quase 10 anos de,nada mais nada menos do que 1 TRILHÃO e DUZENTOS BILHÕES DE Dólares!...voc~e tem noção do que isto representa em termos de volume?...
EXISTE ATÉ AGORA, MUITAS INFORMAÇÕES DESENCONTRADAS E CONTRADITÓRIAS ENTRE AS AUTORIDADES AMERICANAS, isto é fato!...Eis a quetão.


O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirma que as fotos de Bin Laden morto não serão divulgadas

















## = ## Após três dias de reflexão, o presidente Barack Obama decidiu nesta quarta-feira não divulgar as fotos do corpo de Osama bin Laden por considerar que representariam um "risco para a segurança" dos Estados Unidos e poderiam ser usadas com finalidade de propaganda, informou nesta quarta-feira o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Alguns representantes exigiram no Congresso americano a divulgação das imagens, com o objetivo de dissipar dúvidas relativas à morte do líder da Al-Qaeda, domingo, no ataque de um comando americano à casa onde o terrorista estava escondido no Paquistão.

Atingido por tiros, um deles no rosto, Bin Laden morreu durante o ataque. Seu corpo foi em seguida retirado da casa e sepultado no mar, segundo o relatório das autoridades. Fotos do corpo foram tiradas para a identificação e membros do Congresso afirmaram nesta quarta-feira que as viram.

Mas Obama considera que os riscos acarretados pela divulgação dessas imagens superam os benefícios, explicou à rede CBS.

"Discutimos esse assunto internamente, e estamos absolutamente certos de que é ele. Houve exames de DNA. Então não há dúvida sobre o fato de termos matado Osama bin Laden", afirmou Obama, segundo um registro da entrevista no site da CBS.

"É muito importante impedir a divulgação das provas fotográficas como um instrumento de incitação (à violência) ou de propaganda. Isso não está de acordo com o que somos. Não queremos divulgar este material como se fosse troféu", acrescentou Obama, segundo a rede, que exibirá a entrevista integralmente domingo durante o programa "60 minutes".

Ao mesmo tempo, o porta-voz de Obama, Jay Carney, citou durante a sua entrevista coletiva à imprensa diária um outro trecho da emissão, que a CBS não havia divulgado nesta quarta-feira.

"Não está em nossos interesses de segurança nacional permitir (a divulgação) dessas imagens, para que elas se tornem, como no passado, ícones que geraram uma mobilização contra os Estados Unidos", acrescentou Carney, expressando a própria opinião.

Pouco antes, o líder da Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Rogers, revelou ter visto uma das fotos, dizendo que não gostaria que fossem divulgadas por considerar que vão alimentar as preocupações com a segurança dos soldados americanos mobilizados no exterior.

"Imaginem a maneira como os americanos reagiriam se a Al-Qaeda matasse um de nossos soldados ou comandantes do Exército e exibisse as fotos na internet", lançou Rogers.

Um outro político republicano, o senador Saxby Chambliss, disse que essas fotos "são o que você poderia esperar de alguém que levou um tiro na cabeça. Não é bonito de se ver". Mas Chambliss se disse a favor da publicação.

O influente senador republicano Lindsey Graham considerou nesta quarta-feira que Obama cometeu um "erro".

Dieta com pouco sal não previne pressão alta, diz polêmico estudo

Alimentação

Uma  dieta com pouco sal não previne a pressão alta, diz um polêmico estudo científico.

## = ## NOVA YORK - Um novo estudo mostra que uma dieta com pouco sal não só não previne a pressão alta como aumenta o risco de morte por ataques cardíacos e derrames, segundo reportagem do "New York Times".

As limitações da pesquisa indicam que o debate sobre os efeitos do sal na alimentação está longe de terminar: autoridades dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças acharam falhas no estudo e resolveram criticar o trabalho em uma entrevista, coisa que normalmente não fazem.

O diretor médico dos centros, Peter Briss, disse que o estudo era pequeno, os indivíduos eram relativamente jovens, com média de idade de 40 anos, e com poucas doenças cardiovasculares, o que dificultava as conclusões.

O estudo foi publicado na edição de terça-feira do "Journal of the American Medical Association", observou 3.681 europeus de meia-idade sem pressão arterial elevada no início e os acompanhou por, em média, 7,9 anos.

Os pesquisadores avaliaram o consumo de sódio dos participantes no início e no fim do estudo medindo a quantidade de sódio excretado na urina durante um período de 24 horas.

Os pesquisadores descobriram que, quanto menos sal ingerido, maior a probabilidade de morrer por doenças cardíacas - 50 pessoas no mais baixo terço de consumo (2,5 gramas de sódio por dia) morreram durante o estudo, comparadas com 24 do grupo médio (3,9 gramas por dia) e 10 do grupo de consumo mais alto (6,0 gramas por dia).

Os que ingeriam mais sal tiveram, em média, um leve aumento na pressão sistólica (1,71 mm de aumento para cada 2,5g de sódio por dia) mas nenhuma tendência a desenvolver hipertensão.

- Se a meta é prevenir hipertensão, este estudo mostra que não funciona - disse o coordenador do estudo, Jan A. Staessen, professor da Universidade de Leuven, na Bélgica.

Entre os problemas do estudo, Briss apontou que os indivíduos que consumiam a menor quantidade de sódio também forneceram menos urina, um indicativo de que eles podem não ter coletado toda a urina no período de 24 horas.

O pesquisador de pressão sanguínea da Escola de Medicina Albert Einstein, Michael Alderman, editor do "American Journal of Hypertension", disse que a literatura médica sobre sal e seus efeitos na saúde é inconsistente mas este estudo não é o único a contestar os efeitos da dieta com baixo consumo de sódio.

- O baixo consumo de sal tem consequências que vão além da pressão sanguínea, como por exemplo o aumento da resistência à insulina, que pode aumentar os riscos de doenças cardíacas - disse Alderman.
SAL...Antes um vilão, agora, com moderação...Faz bem a saúde!...
Entenda-se, a medicina e os Cientistas?
Estão sempre em contradições...uma alimentação ou dieta que um dia faz bem a saúde, em novo estudo depois, acaba fazendo mal e vice-versa.

O Novo RG com chip custará até R$ 40,00




## = ## O governo federal deve fechar em R$ 40 o valor para emissão do novo documento de identidade, o RIC (Registro de Identidade Civil), que irá substituir o RG (Registro Geral). Hoje, cada Estado define se há ou não cobrança pelo documento. Em 15 regiões, o custo para tirar o documento vai de R$ 5 a R$ 28,25. Já em outros 11 Estados, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, não há cobrança.

O governo promete iniciar a emissão do RIC em julho. Na primeira etapa, Rio de Janeiro, Bahia e o Distrito Federal contarão com o novo documento. A previsão é de emitir 50 mil RICs.

Segundo o diretor do INI (Instituto Nacional de Identificação), Marcos Elias de Araújo, a decisão de emitir os documentos a partir de julho, quando o prazo inicial era fevereiro, foi tomada em decorrência das dificuldades encontradas para confeccionar o novo documento.

“Tivemos problemas com as fotos de pessoas com óculos. Para resolver, foi preciso definir que o RIC não poderá ter foto com óculos”, explicou. Com relação ao custo, Elias argumentou que o documento terá um chip que irá armazenar os números de identidade e do CPF.

Mas há a possibilidade de o governo subsidiar parte do valor, restando ao cidadão o pagamento de R$ 15. O governo ainda avalia isentar da taxa famílias cadastradas no Bolsa Família. Além disso, 2 milhões de documentos serão emitidos gratuitamente no país.

Espécie em extinção, a ararinha-azul depende de xeque do Qatar para voltar ao Brasil

## = ## RIO - Os US$ 300 milhões de bilheteria não mentem: Blu é um sucesso. A ararinha-azul, protagonista do filme "Rio", levou de volta aos holofotes a espécie, há dez anos sumida de seu habitat, a caatinga baiana. O último registro televisivo da ave in natura tem o dobro de tempo - foi a atração do primeiro programa "Globo Ecologia". Agora, os 71 indivíduos sobreviventes, sendo 66 erradicados do país, dependem de protetores particulares. O maior deles, um xeque do Qatar, prepara sua coleção para voltar aos céus nordestinos. Ele e o governo federal lançarão, até o fim do mês, um plano para definir o cronograma para a libertação de algumas aves. Até chegar a esta etapa, porém, são pelo menos cinco anos de trabalho.

VÍDEO:Um flagrante da ararinha-azul na caatinga brasileira

A ararinha-azul sempre despertou o fascínio dos endinheirados, tornando-se símbolo de status. Do desbravador holandês Maurício de Nassau ao líder iugoslavo Marechal Tito, diversas figuras históricas empoleiraram a ave fora das caraibeiras, a árvore que lhe serve de lar na caatinga. Quando o poder público finalmente encontrou Curaçá, a cidade onde a espécie mais se fez presente, os caçadores já agiam faz tempo. Nos anos 80, a Cyanopsitta spixxi - seu nome de laboratório - era vendida por até R$ 30 mil, em valores corrigidos.
- Em 1984, o patriarca da família que monopolizava esse comércio morreu - lembra Carlos Yamashita, ornitólogo especialista em araras. - Houve uma rixa entre dois de seus filhos, e o caçula, em vez de pegar só dois filhotes por ano, como fazia seu pai, levou 15 de uma vez. Foi a gota d'água para a espécie.
No fim daquela década, sobrou apenas um ararinha-azul macho na natureza. Foi ele o fotografado por Luiz Cláudio Marigo em uma expedição internacional, em 1990.
- Éramos quatro brasileiros e um inglês. Fomos do Piauí até a Bahia, onde finalmente encontramos um macho da espécie, já velho - conta o fotógrafo. - Quando divulgamos as imagens, recebemos um fax do Ibama nos condenando por supostamente termos chamado a atenção dos traficantes para a ave. Não houve, por parte do governo, uma iniciativa para protegê-la desse risco.
Cinco anos depois, a ararinha solitária ganhou um par à altura. Uma fêmea da espécie foi liberta na mesma região. O casal conviveu por sete semanas - não se sabe se copularam. Após este período, a ave recém-saída de cativeiro morreu ao entrar em contato com fios de alta tensão.
O casal da vida real: na falta de fêmea, a ararinha vivia com ave de outra espécie. Foto: Luiz Cláudio Marigo

O choque elétrico é lembrado até hoje no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do governo federal responsável pela montagem de um plano para preservação da espécie. Um projeto, feito em parceria com a Al Wabra Wildlife Preservation, do Qatar, será divulgado ainda este mês.
- Para soltá-los, é necessário atingir uma população mínima, e o índice não será atingido nos próximos cinco anos - pondera Ugo Vercillo, coordenador-geral de Espécies Ameaçadas do ICMBio. - Vamos trabalhar na preparação de um ambiente para a soltura. Precisamos identificar que áreas servem para a libertação da espécie, quais são os animais que podem representar algum perigo, onde a ave pode pôr seus ninhos e se alimentar.
A Al Wabra é administrada pelo xeque Saoud Bin Mohammed Bin Ali Al Thani, o maior protetor de ararinhas-azuis do mundo: há 55 sob seus cuidados. A mais nova nasceu em março.
É comum que xeques do Golfo Pérsico colecionem animais exóticos. A maioria é adquirida ilegalmente em regiões instáveis do globo, como alguns países africanos. Cerca de dez anos atrás, Saoud resolveu mudar seu status: de colecionador passou a protetor. Para reforçar seu compromisso com a libertação das ararinhas, comprou uma fazenda na Bahia, onde as ararinhas voarão em liberdade daqui a alguns anos. Ainda é visto com desconfiança por alguns ambientalistas, mas, mesmo entre eles, há um consenso: sem o milionário do Qatar, é impossível imaginar algum futuro para as ararinhas.
- O xeque, aos poucos, adquiriu aves de colecionadores de diversos países, das Filipinas à Suíça. São pessoas que, por comprarem as ararinhas, foram a pé de cal da espécie - avalia o biólogo Francisco Pontual. - Mas, honestamente, não estou a fim de pôr o dedo em seu rosto. Ele é a única esperança concreta que surgiu desde 1990. Tudo isso é muito louco. É quase como se o chefe do tráfico de um morro fosse o único capaz de acabar com a violência causada pelo tráfico.
O australiano Ryan Watson foi o encarregado pelo xeque dos cuidados das ararinhas. Caberá a ele aumentar a incidência de acasalamentos - nos últimos sete anos, apenas 28 filhotes nasceram. Quanto maior for este reforço do efetivo, mais rápida será a volta das aves a seu habitat.
- Por enquanto, temos de esperar - conforma-se. - Mas, mesmo que nosso projeto seja bem-sucedido, duvido que um dia a espécie saia da lista das mais ameaçadas. As ararinhas têm uma diversidade genética muito limitada, e, portanto, dificuldade para adaptar-se a mudanças climáticas. Além disso, sua área de ocorrência é muito pequena. Seria capaz de sustentar uma população muito pequena, de menos de 500 indivíduos.
As ressalvas, porém, não o impedem de considerar a caatinga preparada para as aves. Já o ornitólogo Yamashita é mais cauteloso. Para ele, algumas intervenções humanas precisam ser corrigidas antes das ararinhas povoarem a região.
- O índice de desmatamento reduziu a quantidade de árvores usadas pela ararinha e os índices de chuvas. Está seco demais, mesmo para os padrões da caatinga.

Cientistas dos EUA 'previram' em 2009 onde Bin Laden estava escondido

Estudo de geógrafos da UCLA concluiu que líder da al-Qaeda estaria a menos de 300 km de onde foi visto pela última vez, a região de Tora Bora no Afeganistão.


## = ## A Agência Central de Inteligência (CIA), dos Estados Unidos se dedicou por quase uma década a seguir os passos do ex-líder da rede al-Qaeda, Osama bin Laden, morto em uma operação militar realizada por tropas americanas no Paquistão.

Mas em 2009, um grupo de cientistas antecipou com alto grau de precisão o paradeiro do homem mais procurado pelo governo dos Estados Unidos.

Se baseando em um modelo de probabilidades, uma equipe de geógrafos da Universidade da Califórnia (UCLA) afirmou que havia cerca de 88,9% de chance de que Bin Laden - apontado como o ''cérebro'' por trás dos ataques de 11 de setembro de 2001 - estivesse a menos de 300 quilômetros de Tora Bora, no Afeganistão, a região em que ele tinha sido avistado pela última vez.

Um mês após os atentados de 11 de setembro de 2001, foram interceptadas conversas de rádio que levaram as tropas americanas a realizar ataques contra a região montanhosa de Tora Bora, que abrigaria o suposto esconderijo de Bin Laden.

''Usamos essa informação, assim como princípios de geografia e imagens por satélite, para concluir que ele estava no Paquistão, em uma área que distava 300 quilômetros de Tora Bora'', disse à BBC Mundo - o serviço hispânico da BBC - Thomas Gillespie, professor da UCLA e autor da investigação.

A cidade de Abbotabad, no Paquistão, onde Bin Laden foi encontrado e morto no domingo passado, fica a cerca de 280 quilômetros de Tora Bora.

Teorias
As hipóteses de Gillespie se basearam em noções básicas da especialidade dele: a biogeografia, a ciência que estuda a distribuição geográfica dos seres vivos no espaço ao longo do tempo.

O estudo, que foi publicado em fevereiro de 2009 na publicação MIT International Review, do prestigioso Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), ganhou agora uma nova relevância.

Por trás das conclusões, há duas teorias que geógrafos e ambientalistas usam para estabelecer estratégias de conservação da fauna: a da ''decadência por distância'' e da ''ilha biogeográfica''.

A primeira teoria sugere que uma espécie não costuma se deslocar para áreas muito distantes de seu ecossistema. Aplicada a grupos de seres humanos, a teoria é de que um indivíduo não tende a ir para uma área distante de seu ambiente sociocultural reconhecível em situações de emergência ou se tem que garantir a sua sobrevivência.

''À medida que um indivíduo se distancia de seu habitat de referência, a possibilidade de encontrar um ambiente similar diminui exponencialmente. Quanto mais longe Bin Laden se distanciou, mais encontrou uma composição diferente da dele e, portanto, mais se tornou vulnerável à detecção'', explica Gillespie.

Em sua análise, os cientistas não optaram por Abbotabad - a cidade em que Bin Laden foi encontrado - mas a cidade julgada como sendo o mais provável refúgio de Bin Laden foi Parachimar, na região tribal de Kurran. De acordo com eles, haveria 98% de possibilidade de o líder da al-Qaeda estar por lá.

''Em termos globais, tivemos uma margem de erro, mas Abbotabad está a 400 quilômetros de lá e dentro da zona definida como 'altamente provável' (de que Bin Laden estivesse refugiado)'', afirmou o acadêmico.

Abbotabad, a 'ilha'
As previsões de Gillespie se mostraram ainda mais precisas nas análises em termos regionais e locais: que o líder saudita estaria em uma cidade e em uma casa com características semelhantes às do complexo onde o líder da Al-Qaeda foi morto.

Para esta tarefa, geógrafos utilizaram dados de de rastreamento à distância, provenientes de satélites, e um arquivo fotográfico administrado pela agência espacial Nasa.

''Mas não se tratavam de informações confidenciais, mas sim de imagens disponíveis na internet, para qualquer usuário que as desejasse ver ou, como nós, para servir a uma hipótese científica'', comentou o geógrafo.

Eles descartaram, de antemão, que o ativista estivesse refugiado em uma caverna, como inicialmente havia se especulado, porque um refúgio entre as rochas exigiria um sistema de ventilação e o fornecimento regular de água e mantimentos, o que seria facilmente detectável através de imagens aéreas.

Mas uma cidade, no entanto, atende à teoria de ''ilha biogeográfica'', que Gillespie aplicou geralmente a seus estudos de aves. A tese estabelece que se um ser vivo tem que tratar de sobreviver, ele buscará um ecossistema com baixo nível de extinção.

Em termos comparativos, se uma espécie é isolada, por exemplo, no Havaí, ela terá mais chances de sobreviver do que se for deixada em uma ilha remota com escassa vegetação. Ou seja, se Osama Bin Laden estava tentando passar despercebido, era muito mais fácil fazê-lo em uma ''ilha'' do tamanho de uma cidade do que em uma aldeia com algumas poucas casas.

O documento acadêmico deu um passo além, ao teorizar sobre como deveria ser a casa que abrigaria o comandante da al-Qaeda e outros militantes.

Baseando-se nos atributos físicos de Bin Laden e no que se sabia sobre o seu estilo de vida, os cientistas estabeleceram que a residência deveria ter uma altura superior à altura de Bin Laden, que media entre 1,92 e 1,95 metros, além de ter de contar com um sistema elétrico que permitiria carregar a máquina de diálise com qual ele se tratava regularmente.

'Também consideramos que o complexo deveria ter pelo menos três quartos para abrigar os guardas e muros a seu redor de pelo menos 3 metros. A casa onde ele foi encontrado tinha uma notável semelhança com a que apresentamos no estudo', disse o professor da UCLA.

Rede de espiões operou nas sombras para localizar e investigar a fortaleza

Em Washington, experiências desastrosas de comandos americanos na Somália e Irã assombravam debates sobre ataque final.
Mark Mazzetti, Helene Cooper e Peter Baker / The New York Times - O Estado de S.Paulo

WASHINGTON
Shakil Adil/AP
Shakil Adil/AP
Luto. Radicais paquistaneses homenageiam Bin Laden em cerimônia em Karachi

## = ## Em julho, paquistaneses que trabalhavam para a CIA perseguiram uma Suzuki branca pelas ruas movimentadas de Peshawar, no Paquistão, e anotaram a placa do veículo.
O motorista era o mensageiro de confiança de Osama bin Laden, e no mês seguinte agentes da CIA o seguiram pelo país. Finalmente, contam funcionários de Washington, ele os levou para um vasto complexo no fim de uma longa estrada de terra, cercado por muros altos, a cerca de 55 quilômetros da capital paquistanesa. Oito meses mais tarde, 79 comandos americanos em quatro helicópteros desceram no complexo. Houve disparos. Um helicóptero parou de funcionar e não conseguiu levantar voo. As autoridades paquistanesas, que não tinham sido informadas por seus aliados em Washington, tentaram reunir às pressas suas forças enquanto os comandos americanos concluíam rapidamente sua missão e partiam antes que houvesse um confronto. Entre os mortos, um era um homem alto, de barba, com o rosto coberto de sangue e uma bala na cabeça. Um membro do corpo Seals da Marinha americana o fotografou e enviou a foto aos analistas que a submeteram a um programa de reconhecimento facial.
Em poucos instantes, a maior, mais cara e mais exasperante caçada humana da história moderna estava encerrada. O corpo inerte de Bin Laden, o inimigo número 1 dos EUA, foi colocado num helicóptero para ser levado a um porta-aviões e lançado ao mar. Uma nação que passou uma década atormentada pela impossibilidade de capturar o responsável pela morte terrível de quase 3 mil pessoas, em Nova York, Washington e na Pensilvânia, em 11 de setembro de 2001, finalmente encerrava, pelo menos, um difícil capítulo.

Para o serviço de inteligência que foi duramente criticado por uma série de fracassos, na década passada, a morte de Bin Laden representou uma espécie de redenção. Para os militares que trabalharam duramente em duas, agora em três, guerras desgastantes em países muçulmanos, representou o sucesso absoluto. E, para o presidente cuja capacidade de liderança na questão da segurança nacional estava sendo questionada, tornou-se um momento de confirmação de que seu ingresso nos livros de História está garantido.
Por meses, a inteligência usou escuta telefônica, vasculhou os e-mails da família árabe do mensageiro de Bin Laden num país do Golfo Pérsico e debruçou-se sobre imagens de satélite do complexo em Abbottabad para determinar um "padrão de rotina" que poderia indicar se a operação valeria o risco.
Segundo relatos de mais de dez funcionários da Casa Branca, da inteligência e do Pentágono, as últimas semanas foram uma mistura angustiante de indagações e cenários negativos.
"Não houve uma reunião sem que alguém não mencionasse pelo menos "um Black Hawk abatido"", comentou um funcionário do alto escalão do governo, evocando a desastrosa batalha de 1993, na Somália, em que dois helicópteros americanos foram abatidos e parte da tripulação morreu na ação. A missão fracassada para resgatar os reféns no Irã, em 1980, também era uma lembrança ameaçadora.
Não houve consenso entre os funcionários quanto ao início da operação: alguns preferiam esperar e continuar monitorando até ter mais certeza de que Bin Laden estava realmente ali, enquanto outros optavam por um bombardeio, menos arriscado. No fim, o presidente Barack Obama decidiu que bombas poderiam provocar muitos danos sem a certeza de que Bin Laden fosse realmente atingido, e decidiu enviar comandos. No plano estava prevista a possibilidade de confronto na hora de sair do complexo - e foram enviados mais dois helicópteros para seguir as duas aeronaves de assalto como proteção na eventualidade de algum problema.

Acompanhamento. Na tarde de domingo, enquanto os helicópteros voavam sobre o território paquistanês, o presidente e seus assessores reuniram-se na Sala da Situação da Casa Branca para acompanhar a operação enquanto ela se desenrolava. Na maior parte do tempo, todos se mantiveram em silêncio.
A expressão de Obama era impenetrável, segundo um assessor. O vice-presidente Joe Biden desfiava o terço. "Os minutos pareciam dias", lembrou John O. Brennan, o diretor da área de contraterrorismo da Casa Branca.
O nome de código de Bin Laden era "Geronimo". O presidente e seus assessores olhavam Leon Panetta, o diretor da CIA, numa tela de vídeo, narrando para o quartel-general da agência do outro lado do Rio Potomac o que estava acontecendo no longínquo Paquistão.
"Chegaram ao alvo", ele disse.
Minutos se passaram.
"Temos contato visual com Geronimo", ele disse.
Minutos mais tarde: "Geronimo EKIA" (iniciais de enemy killed in action - inimigo morto em ação). Fez-se silêncio na Sala da Situação.
Finalmente Obama falou: "Pegamos ele".

Lacunas. Anos antes que os ataques do 11 de Setembro transformassem Bin Laden no terrorista mais temido do mundo, a CIA começara a compilar um dossiê sobre os principais elementos de sua rede terrorista global.
Somente depois de 2002, quando a agência passou a prender membros da Al-Qaeda - e a submetê-los a brutais sessões de interrogatórios em prisões secretas no exterior -, finalmente começaram a ser preenchidas as lacunas a respeito dos combatentes da organização, assistentes e financiadores dos quais Bin Laden dependia.
Os prisioneiros sob custódia dos EUA falaram de um mensageiro de confiança. Quando os americanos mencionaram o pseudônimo a dois detentos de alto nível - o principal planejador do 11 de Setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e o chefe de operações da Al-Qaeda, Abu Faraj al-Libi - eles afirmaram que nunca tinham ouvido falar no nome. Os agentes encarregados dos interrogatórios começaram a suspeitar de que os dois estavam mentindo e o mensageiro provavelmente era uma figura importante.
Enquanto a caçada a Bin Laden prosseguia, a agência de espionagem sofria algumas derrotas em outras frentes: como as avaliações erradas do serviço secreto a respeito das armas de destruição em massa que levaram à guerra no Iraque e as intensas críticas pelo uso de métodos radicais de interrogatório, entre os quais a simulação de sufocamento, que, segundo os críticos, não passavam de tortura.
Em 2005, muitos funcionários da CIA chegaram à conclusão de que a caçada a Bin Laden estava totalmente equivocada, e os principais funcionários clandestinos da agência ordenaram uma revisão das operações de contraterrorismo. O resultado foi a Operação Bala de Canhão, que colocou um número maior de funcionários da CIA em campo no Paquistão e no Afeganistão.
Com o aumento dos agentes, a CIA finalmente obteve o sobrenome do mensageiro. Com isto, recorreram a um dos seus principais instrumentos de investigação - a Agência de Segurança Nacional começou a interceptar telefonemas e e-mails entre a família do homem e alguém no Paquistão. Desse modo, conseguiram o nome completo.
Quando, depois de semanas de vigilância, o mensageiro levou os investigadores ao complexo de Abbottabad, agentes da inteligência americana viram que tinham chegado a algo muito grande, quem sabe o próprio Bin Laden. Seu esconderijo não era a caverna espartana nas montanhas, como muitos julgavam. Mas uma casa de três andares, cercada por muros de concreto de quatro metros de altura, protegida por dois muros de segurança. Segundo disse Brennan, o funcionário da Casa Branca, ele estava "se escondendo à vista de todos".
Em Washington, Panetta reuniu-se com Obama e os seus assessores de segurança nacional, incluindo Biden, a secretária de Estado Hillary Clinton e o secretário da Defesa, Robert Gates. A reunião foi considerada tão secreta que os funcionários da Casa Branca nem sequer incluíram o tópico nas agendas eletrônicas.
Naquele dia, Panetta falou longamente sobre Bin Laden e seu suposto esconderijo. "Foi algo eletrizante", disse um funcionário do governo que participou da reunião. "Tentávamos havia tanto tempo agarrá-lo e, de repente, lá estava ele."
No entanto, discutiu-se sobre a possibilidade de Bin Laden estar realmente no interior da casa. Seguiram-se semanas de tensas reuniões entre Panetta e seus subordinados a respeito do próximo passo. Enquanto ele defendia uma estratégia agressiva para confirmar a presença de Bin Laden, alguns agentes clandestinos da CIA temiam que a pista mais promissora dos últimos anos fracassasse se os guarda-costas suspeitassem que o complexo estava sendo observado e fizessem o líder da Al-Qaeda desaparecer do local.
Durante semanas, no final do ano passado, satélites espiões tiraram fotos detalhadas, e a Agência de Segurança Nacional trabalhou para colher toda a informação possível sobre a casa. Não foi fácil: o complexo não tinha nem telefone nem acesso à internet. O pessoal da casa estava tão preocupado com a segurança que queimava o lixo em vez de colocá-lo na rua para ser levado pelos caminhões de coleta.
Em fevereiro, Panetta chamou o vice-almirante William H. McRaven, chefe do Comando Conjunto de Operações Especiais do Pentágono, para a sede da CIA em Langley, Virgínia, para informá-lo dos detalhes do complexo e começar a planejar um ataque militar.
McRaven, veterano do mundo dos serviços secretos que escreveu um livro sobre as Operações Especiais dos EUA, passou semanas trabalhando com a CIA a respeito da operação, e apresentou três opções: um assalto com helicópteros usando comandos americanos, ataques com bombardeiros B-2 que destruiriam o complexo ou uma incursão conjunta com agentes da inteligência paquistanesa, que seriam informados da missão horas antes do início.

Opções na mesa. Em 14 de março, Panetta levou as opções para a Casa Branca. Representantes da CIA tinham as fotos tiradas por satélites, que estabeleciam quais eram, segundo Panetta, os hábitos das pessoas que viviam no complexo. A esta altura, aumentavam as evidências da presença de Bin Laden no local.
As discussões sobre o que fazer ocorreram enquanto as relações dos EUA com o Paquistão estavam terrivelmente tensas por causa da prisão de Raymond A. Davis, o empreiteiro da CIA preso por atirar em dois paquistaneses numa rua movimentada em Lahore, em janeiro. Alguns dos principais assessores de Obama temiam que um ataque militar para capturar ou matar Bin Laden pudesse provocar uma reação violenta do governo paquistanês e Davis acabasse sendo morto em sua cela na prisão. Davis foi solto em 16 de março, permitindo que seus colegas agissem com maior liberdade.
Em 22 de março, o presidente perguntou aos assessores sua opinião a respeito das opções.
Gates mostrou-se cético quanto ao assalto com os helicópteros, que achou muito arriscado, e instruiu oficiais militares a analisar a possibilidade de bombardeios aéreos usando bombas inteligentes. Mas, dias mais tarde, os oficiais voltaram com a notícia de que precisariam de cerca de 32 bombas de 1.000 kg cada uma. E de que modo os funcionários americanos teriam a certeza de que matariam Bin Laden? "O ataque criaria uma cratera gigantesca, e não teríamos corpo nenhum", disse um dos funcionários da inteligência.
Uma invasão com o uso de helicópteros passou a ser considerada a melhor opção. A equipe dos Seals, da Marinha, que iria ao local começou a ensaiar a ação em instalações de treinamento em ambas as costas dos EUA, construídas de modo semelhante ao complexo. Mas seus integrantes só foram informados do alvo muito mais tarde.
Na quinta-feira, um dia depois de o presidente apresentar sua certidão de nascimento completa - essa "bobagem", ele disse aos repórteres, que distraía o país de coisas mais importantes -, Obama voltou a se reunir com seus principais assessores de segurança nacional.
Panetta disse que a CIA tinha feito simulações da operação e compartilhado suas informações com outros analistas que não estavam envolvidos no caso para saber se eles concordavam que Bin Laden poderia estar em Abbottabad. Eles concordaram. Chegara o momento de decidir.
Ao redor da mesa, o grupo testou repetidamente os cenários negativos. Houve longos períodos de silêncio, disse um assessor. E então, finalmente, Obama falou: "Não vou dizer a vocês qual é a minha decisão, agora - vou voltar e pensar mais um pouco sobre o assunto". Mas acrescentou: "Tomarei uma decisão muito em breve". Dezesseis horas mais tarde, ele tinha decidido. Na manhã seguinte, bem cedo, quatro dos principais assessores foram convocados no Salão Diplomático na Casa Branca. Antes que pudessem informar o presidente, ele se adiantou. "Podem começar", disse.
A operação deveria começar o mais cedo possível no sábado, mas os funcionários o alertaram de que uma cobertura de nuvens sobre a região significaria que o domingo seria muito mais adequado. No dia seguinte, Obama interrompeu a preparação para o Jantar dos Correspondentes da Casa Branca, naquela noite - para telefonar a McRaven e desejar-lhe boa sorte.
No domingo, os funcionários da Casa Branca cancelaram todas as visitas turísticas à residência para evitar que alguém se deparasse acidentalmente com funcionários de alto nível da segurança nacional fechados na Sala da Situação a tarde toda, monitorando as informações enviadas por Panetta. Um mensageiro foi até o supermercado Costco e voltou com uma variedade de provisões - pedaços de peru, camarões frios, batatas fritas, refrigerantes.
Às 14h05, Panetta apresentou pela última vez ao grupo o esquema da operação. Uma hora mais tarde, o diretor da CIA começou a narração, via vídeo de Langley. "Eles entraram no Paquistão", informou.

Invasão. A equipe de comandos chegou à noite procedente de uma base em Jalalabad, do outro lado da fronteira, no Afeganistão. O objetivo era entrar e sair antes que as autoridades paquistanesas detectassem a invasão do seu território por forças desconhecidas e reagissem com consequências possivelmente violentas.
No Paquistão, passava um pouco da meia-noite, era a madrugada de segunda-feira, e os americanos contavam com o fator surpresa. Quando o primeiro helicóptero mergulhou e desceu, os vizinhos ouviram uma forte explosão e tiros. Uma mulher que mora a 3,2 quilômetros de distância disse que pensou que fosse um ataque terrorista a uma instalação militar paquistanesa. Seu marido comentou que ninguém tinha ideia de que Bin Laden estivesse escondido naquele bairro tranquilo de classe média alta. "É o que pode haver de mais próximos da Grã-Bretanha", ele disse falando do lugar.
A equipe Seal invadiu o complexo - a incursão acordou o grupo que dormia no seu interior, disse um dos funcionários americanos da inteligência - e houve um tiroteio. Um homem próximo a uma mulher não identificada que morava no lugar atirava nos americanos. Ambos foram mortos. Outros dois homens morreram também, e duas mulheres ficaram feridas. As autoridades americanas determinaram posteriormente que um dos homens mortos era o filho de Bin Laden, Hamza, e os outros dois eram o mensageiro e o irmão dele.
Os comandos encontraram Bin Laden no terceiro andar, usando a chamada shalwar-kameez, e os funcionários contaram que ele resistiu antes de ser morto com uma bala sobre o olho esquerdo, quase no fim da invasão que durou 40 minutos.
O governo americano deu poucos detalhes dos seus últimos momentos. "Se ele levou muitos tiros, francamente não sei", disse Brennan, o chefe do Departamento de Contraterrorismo da Casa Branca. Mas um funcionário sênior do Pentágono, que pediu para não ser identificado, disse que estava claro que Bin Laden "foi morto por balas americanas".
Autoridades dos EUA insistiram que teriam feito Bin Laden prisioneiro se ele não resistisse, mas consideravam essa probabilidade bastante remota. "Se houvesse a oportunidade de pegar Bin Laden vivo, e ele não apresentasse nenhuma ameaça, os indivíduos envolvidos tinham condições e estavam preparados para fazê-lo", acrescentou Brennan.
Segundo funcionários, uma das mulheres de Bin Laden identificou o corpo. Uma foto tomada por um comando Seal e processada pelo software de reconhecimento facial sugeriu com 95% de certeza tratar-se de Bin Laden. Mais tarde, testes de DNA feitos com a comparação de amostras de parentes encontraram uma coincidência de 99,9%. Mas os americanos tinham outros problemas. Um dos helicópteros não conseguiu levantar voo. Para não deixá-lo nas mãos erradas, os comandos levaram as mulheres e as crianças para um lugar seguro e explodiram a nave avariada.
Entretanto, àquela altura, os militares paquistaneses procuravam reunir forças para reagir à incursão no seu território. "Eles não tinham ideia de quem tinha estado lá", disse Brennan. "Graças a Deus, não houve confronto com as forças paquistanesas".
Os comandos decolaram à 1h10, horário local, levando inúmeros documentos e computadores da casa. Deixaram mulheres e crianças para trás. Um funcionário paquistanês disse que agora nove crianças, de entre 2 e 12 anos, se encontram aos cuidados das autoridades.
O governo Obama já determinara que seria seguida a tradição islâmica de enterrar o corpo no prazo de 24 horas, para não ofender os muçulmanos, entretanto concluiu que Bin Laden teria de ser sepultado no mar, porque nenhum país queria ficar com o corpo nem criar um santuário para os seus seguidores.
Portanto, o corpo do líder da Al-Qaeda foi lavado e envolvido em um lençol branco como manda a tradição. No porta-aviões USS Carl Vinson, foi colocado num saco especial enquanto um oficial lia o serviço religioso, que foi traduzido para o árabe por uma pessoa nativa, informou o funcionário do Pentágono.
O corpo foi colocado então sobe uma tábua e baixou no mar. Somente um pequeno grupo de pessoas testemunhou o desfecho. / TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA

A desigualdade no Brasil atinge o menor nível em 2010, diz FGV

## = ## Um estudo da FGV divulgado nesta terça-feira mostrou que a desigualdade brasileira, medida pelo índice de Gini, chegou ao menor nível desde 1960. Os cálculos foram feitos pelo economista Marcelo Neri.

Segundo as contas de Neri, em 2010, o índice de Gini (que varia de zero a um, sendo um o grau maior de desigualdade possível) foi de 0,5304. Em 1990, pico da série, a desigualdade foi de 0,6091. Em 1960, o índice estava em 0,5367.




Governo estabelece R$ 70 mensais como limite da miséria

O índice de Gini mede o grau de desigualdade na distribuição pessoal da renda, especialmente no rendimento do trabalho, e da participação do rendimento do trabalho na renda nacional.

O economista usou os dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE para 2010, e comparou com o Censo de 1960.

Como a primeira pesquisa trabalha apenas com dados de regiões metropolitanas, Neri estima que a queda na desigualdade pode ser ainda maior, já que as áreas rurais e as cidades pequenas têm avançado em termos de renda num ritmo melhor do que as grandes capitais. Dados definitivos para 2010 ainda não foram divulgados pelo IBGE.

Para ele, a volta ao patamar de 1960 é uma boa notícia, mas não significa que a desigualdade hoje seja aceitável. "O nível de desigualdade em 1960 já era muito alto. Estamos melhorando, mas países ricos com baixa desigualdade apresentam índice de Gini próximo a 0,400. Ainda estamos longe disso."