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terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Estudo aponta que 82% das espécies de árvores exclusivas da Mata Atlântica estão ameaçadas de extinção

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Entre essas espécies se destacam por exemplo o Pau-Brasil, que foi classificado como "criticamente em perigo" porque perdeu 84% da população selvagem.
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Por Caroline Giantomaso, g1 Piracicaba e Região

Postado em 16 de janeiro de 2024 às 18h15m

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Árvore de Pau-brasil — Foto: Terra da Gente
Árvore de Pau-brasil — Foto: Terra da Gente

Um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros, e publicado na revista científica Science na última semana, aponta que a maioria das espécies de árvores da Mata Atlântica estão ameaçadas de extinção. Entre as espécies exclusivas do bioma, 82% têm algum grau de ameaça. Entenda abaixo. 👇

A pesquisa foi coordenada pelo professor de ecologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), Renato Lima. Segundo ele, do total de 4.950 espécies arbóreas presentes no bioma, cerca de metade são endêmicas, ou seja, exclusivas da Mata Atlântica.

Entre as endêmicas, 82% apresentam algum grau de ameaça de extinção. Já incluindo todas as espécies, mesmo as que ocorrem em outros biomas além da Mata Atlântica, 65% estão ameaçadas de alguma forma.

"O que a gente constatou foi principalmente que boa parte, pelo menos dois terços das espécies árvores, estão classificadas dentro de alguma das categorias de ameaça de extinção da IUCN, a União Internacional para Conservação da Natureza", explicou.

Entre essas espécies se destacam por exemplo o Pau-Brasil, que foi classificado como "criticamente em perigo" porque perdeu 84% da população selvagem. Já Araucária, Palmito-juçara e a Erva-mate tiveram declínio de pelo menos 50%, então são consideradas "em perigo".

Um total de 13 espécies endêmicas - espécies que ocorrem apenas na Mata Atlântica e em nenhum outro lugar do mundo - foram classificadas como possivelmente extintas, ou seja, podem ter desaparecido do planeta.

Araucaria é uma das espécies ameaçadas de extinção, conforme estudo — Foto: Anderson Kassner Filho
Araucaria é uma das espécies ameaçadas de extinção, conforme estudo — Foto: Anderson Kassner Filho

Por outro lado, cinco espécies que antes eram consideradas extintas na natureza foram redescobertas pelo estudo.

A pesquisa foi feita com base nas populações nativas de cada espécie de árvore presente na Mata Atlântica, ou seja, não entraram na conta as árvores plantadas em praças ou jardins, mas sim as que estão presentes em florestas.

"O que entra no cálculo são as populações nativas que estão na mata mesmo. É lá que a IUCN reconhece que todos os processos ecológicos e todos os processos evolutivos necessários para manter a espécie a longo prazo ocorrem e estão sendo mantidos, para garantir que a espécie vai se manter na natureza por si só", explicou.

Categorias de risco ⚠️

As espécies de árvores foram categorizadas conforme quatro critérios, segundo Renato. O principal deles está relacionado à diminuição do tamanho das populações das espécies nas últimas três gerações - um tempo que é específico pra cada espécie.

"O desmatamento gera perda de floresta. Perda de floresta gera perda de árvores. Então, se houve uma perda de mais de 30% nos últimos três tempos de geração da espécie, por exemplo, vamos dizer que a espécie tem um tempo de geração de 20 anos. Então, se nos últimos 60 anos a espécie perdeu mais de 30%, ela está vulnerável à extinção", explicou.

Mata atlântica tem 65% das espécies com risco de extinção — Foto: Hans ter Steege
Mata atlântica tem 65% das espécies com risco de extinção — Foto: Hans ter Steege

A partir desses critérios, cada espécie foi incluída em uma das categorias:

  • Vulnerável - perda de 30% a 50%
  • Em perigo - perda de 50% a 80%
  • Criticamente em perigo - perda de 80% ou mais

Além da perda de população, outros três critérios foram usados: distribuição geográfica restrita; populações pequenas em declínio; populações muito pequenas.

Como resolver esse problema? 🌳

A resposta para essa pergunta parece simples, mas vai além de apenas plantar árvores. Segundo Renato, antes disso é preciso preservar as áreas onde os últimos indivíduos arbóreos das espécies ameaçadas estão.

"Muitas dessas áreas estão em propriedades privadas. Então, várias pessoas têm nos seus fragmentos, nas suas fazendas, os últimos estoques dos indivíduos de árvores ameaçadas da mata atlântica. Então, não desmatar esses fragmentos é essencial, senão a gente perde mais indivíduos e a situação piora", argumentou.

Mas, para além disso, o pesquisador aponta que seria necessário fazer planos de ação para conservar ao menos os genes das espécies mais ameaçadas, plantando em jardins botânicos, por exemplo.

Mata atlântica tem maioria das espécies com risco de extinção — Foto: Renato Lima
Mata atlântica tem maioria das espécies com risco de extinção — Foto: Renato Lima

"Às vezes ela está extinta na natureza, mas ela está em algum jardim botânico. Assim como ocorre com algumas espécies animais". completou.

Outra medida essencial é conservar os fragmentos que ainda sobraram das espécies em extinção. "Melhorar as condições deles para que essas espécies possam se manter a longo prazo nessas áreas", explicou.

"É possível reverter sim, mas como em geral a gente vê que a Mata Atlântica continua sendo desmatada, continua sendo perturbada, o prognóstico não é muito bom. A gente teria que realmente parar e tomar providências mais drásticas do que tem sido tomadas atualmente."

Mais uma alternativa que pode trazer resultados a longo prazo é a restauração florestal. "Se a gente for plantar floresta e nessas florestas a gente usar espécies que estão em alto risco de ameaça na mata atlântica, a gente consegue repor na natureza um pouco das populações que foram perdidas. Consegue, ao longo do tempo, dizer que as populações estão sendo repostas."

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Economia da China cresceu 5,2% em 2023, antecipa premiê chinês

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No Fórum Econômico Mundial, Li Qiang afirmou que a taxa de crescimento em 2023 foi alcançada sem “estímulos maciços” e que a economia estava em “progresso constante”.
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TOPO
Por Valor Online

Postado em 16 de janeiro de 2024 às 15h10m

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O novo primeiro-ministro da China, Li Qiang, durante congress do Partido Comunista, em 11 de março de 2023.  — Foto: Greg Baker/ Pool via Reuters
O novo primeiro-ministro da China, Li Qiang, durante congress do Partido Comunista, em 11 de março de 2023. — Foto: Greg Baker/ Pool via Reuters

O premiê chinês, Li Qiang, afirmou nesta terça-feira (16) em um discurso em Davos que a economia da China cresceu cerca de 5,2% no ano passado, superando a meta oficial do país de 5% e a expansão de 3% em 2022, segundo o Financial Times.

Durante sua fala no Fórum Econômico Mundial, Li afirmou que a taxa de crescimento em 2023 foi alcançada sem estímulos maciços e que a economia estava em progresso constante. Para o primeiro-ministro, a economia chinesa pode lidar com altos e baixos no seu desempenho, assim como uma pessoa com um sistema imunológico forte.

Li também disse que o retorno do investimento estrangeiro direto na China foi de cerca de 9% e que o país permaneceu aberto aos negócios internacionais, reiterando que escolher o mercado chinês não é um risco, mas sim uma oportunidade. Abraçamos os investimentos em empresas de todos os países de braços abertos, acrescentou.

A meta de crescimento de 5% para 2023 foi a mais baixa da China em décadas, em meio a emergência econômica prejudicada por uma desaceleração imobiliária após a pandemia de Covid-19, a queda das exportações e a falta de confiança dos investidores.

Balança comercial Brasil-China bate recorde em 2023

O anúncio do PIB pelo premiê veio como uma surpresa para os economistas, que esperavam a divulgação oficial dos dados apenas nesta quarta-feira (17) pelo Departamento Nacional de Estatísticas.

Além disso, Li tentou acalmar as preocupações sobre a recuperação do país da pandemia e citou o que ele descreve com um déficit de confiança entre as nações. Em uma crítica velada aos EUA, ele disse que o multilateralismo não significa que apenas alguns países poderiam definir as regras.

Li disse ao público em Davos que a compreensão do momento atual da economia chinesa e para qual direção está indo se assemelha a caminhar nos Alpes, já que para ver a beleza das montanhas é preciso diminuir o zoom e olhar de longe.

Um comunicado divulgado hoje pelo gabinete do presidente chinês, Xi Jinping, mostrou o interesse do país em investir em uma economia voltada para pessoas mais velhas, à medida que procura capitalizar as oportunidades comerciais oferecidas pelo rápido envelhecimento da população.

O documento apresentou um plano para realização da meta, além de abordar a necessidade de investimento financeiro para satisfazer as necessidades dos idosos e um maior acesso a serviços de saúde, educação e lazer.

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