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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Descoberta de vida extraterrestre afetaria religião e filosofia, diz relatório


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Segundo texto, humanidade precisa se preparar para possível descoberta.
Fórum Econômico listou 5 temas que deveriam ser debatidos pelas nações.

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10/01/2013 22h57 - Atualizado em 10/01/2013 22h59
Do G1, em São Paulo
A descoberta de vida alienígena, o uso de medicamentos para aumentar a capacidade cognitiva e a mudança completa das condições climáticas na Terra podem implicar em dilemas éticos e provocar alterações na maneira como a sociedade se organiza e em como ela vê a si mesma, aponta a oitava edição do relatório Riscos Globais, do Fórum Econômico Mundial, divulgado esta semana. A organização listou cinco “fatores X” que gostaria de ver nos debates da comunidade internacional em 2013 por terem consequências incertas para o futuro da humanidade.
Imagem artística mostra como seria o exoplaneta Gliese 581g. (Foto: Lynette Cook / Nasa)
Descoberta de vida extraterrestre implicaria em um
aumento no número de missões no espaço
(Foto: Lynette Cook / Nasa)
Descoberta de vida extraterrestre
Dado o ritmo de exploração do espaço, é cada vez mais provável se descubra a existência de vida alienígena no sistema solar. Mas quais seriam as consequências dessa descoberta para o fluxo de financiamento da ciência e para a imagem que a humanidade tem de si mesmo?


De acordo com o relatório, supondo que astrônomos descubram um planeta que possa servir como uma futura casa para a humanidade, ou detectem a existência de vida em nosso Sistema Solar, esses avanços trariam sérias implicações.

Os cientistas iriam deslocar um grande contingente de missões robóticas e humanas para estudar o local, apoiados por agências de financiamento entusiasmadas com as descobertas. No longo prazo, haveria profundas implicações psicológicas e filosóficas desencadeadas pela descoberta de vida extraterreste, desafiando a religião e a filosofia humana, diz o relatório. Para evitar que isso ocorra, o texto aponta a necessidade de campanhas de sensibilização do público, prevenindo a população contra as consequências sociais de descobertas tão profundas e contra a mudança de paradigma quanto à posição da humanidade no universo.
Parkinson afeta 1% da população mundial acima dos 50 anos (Foto: reprodução) 
Cientistas estão próximos de desenvolver terapias
e medicamentos que melhores sistema cognitivo
(Foto: Reprodução)
Habilidades super-humanas
Antes reservadas à ficção científica, as habilidades sobrehumanas estão se aproximando rapidamente do nosso horizonte de plausibilidade. Mas quais seriam as implicações éticas destes avanços?

O documento do Fórum Econômico Mundial aponta que os cientistas estão trabalhando duro para desenvolver medicamentos e terapias que livrem o cérebro humano de doenças neurológicas, como o Mal de Alzheimer e a esquizofrenia. Embora o progresso tenha sido lento, o relatório afirma que, num futuro próximo, pesquisadores irão identificar compostos que melhorem os atuais estimulantes cognitivos, por exemplo, a ritalina - medicamento indicado para pessoas diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Embora sejam prescritos para tratar doenças neurológicas, os novos compostos capazes de melhorar a inteligência ou a cognição poderão ser usados ilegalmente por pessoas saudáveis à procura de vantagens no trabalho ou estudo, destaca o relatório. O texto afirma ainda que os novos tratamentos irão trazer sérios conflitos éticos, estando disponíveis no mercado somente para quem puder pagar por eles.

Idoso saiu de boina e casaco na tarde desta quarta-feira (26) (Foto: Marcelo Brandt/G1)
Expectativa de vida aumentou muito nos últimos
anos, destaca relatório (Foto: Marcelo Brandt/G1)
O custo de viver mais
A expectativa de vida das população tem aumentado nos últimos anos, mas será que a humanidade não está traçando as bases para a criação de uma sociedade futura fadada a lidar com uma massa de idosos, doentes e debilitados?


São esperados, num futuro próximo, grandes avanços na medicina para evitar e tratar doenças como câncer, problemas no coração e acidente vascular cerebral, destaca o relatório. No entanto, o texto alerta para a necessidade de analisar o impacto de uma sociedade com um número crescente de idosos enfermos, protegidos das doenças que mais causam mortes, mas com uma qualidade de vida deteriorada por conta de outros males.

De acordo com o artigo, esse cenário exige que sejam difundidos hábitos que melhorem a qualidade de vida e afastem possíveis patologias, como a prática de exercícios físicos. Ao mesmo tempo, é preciso tomar medidas para mitigar os custos decorrentes do aumento da população de idosos, por exemplo, fixando uma idade mais avançada para a aposentadoria, defende o texto.

O impacto do envelhecimento da população será sentido por toda a sociedade e é preciso encontrar soluções para amenizar doenças crônicas e encontrar meios para tornar os idosos capazes de gerir males crônicos e gerar riqueza ao mesmo tempo, conclui o relatório.
Estudos recentes afirmam que espécies que vivem no Ártico, como o urso polar, focas e crustáceos, precisam se adaptar ao constante degelo ou podem desaparecer para sempre devido ao aumento da temperatura do planeta. (Foto: Danile Beltra/Greenpeace/AFP)
Debate deve abordar necessidade de adaptação do
ser humano às novas condições climáticas
Foto: Danile Beltra/Greenpeace/AFP)
Mudanças Climáticas Descontroladas
A ameaça da mudança climática é bem conhecida, mas será que já não desencadeamos uma reação em cadeia descontrolada que rapidamente está empurrando a atmosfera para um estado inóspito?

O texto sugere que o debate sobre o tema nas últimas décadas ficou centrado na questão se a humanidade poderia ou não ser responsável por alterar um sistema climático tão grande como o da Terra. No entanto, o artigo atesta que estamos caminhando forçadamente para uma discussão sobre a melhor forma de reforçar a resistência dos seres humanos e sua capacidade de adaptação para lidar com essa nova realidade. “Ligada no piloto automático, a mudança das condições climáticas nos empurra impiedosamente para um novo e desconhecido equilíbrio”, afirma o texto.

Riscos da geoengenharia
Em resposta às preocupações crescentes sobre as mudanças climáticas, os cientistas estão explorando maneiras de manipular o clima da Terra. A maioria das pesquisas tem se concentrado em injeção de enxofre através de aeronaves. Mas e se essa tecnologia for apropriada por um estado ou indivíduo mal intencionado?


A ideia básica na geoengenharia - também chamada de gestão da radiação solar - é a de que as pequenas partículas podem ser injetadas no alto da estratosfera para bloquear parte da energia solar recebida e refletir os raios para o espaço, tal qual as grandes erupções vulcânicas fizeram no passado.

De acordo com estudos recentes, esse método poderia compensar o aquecimento global e daria aos seres humanos o controle sobre a temperatura da Terra. No entanto, destaca o relatório, uma série de implicações éticas, legais e científicas rapidamente surgiriam, junto com incontáveis efeitos colaterais, ainda difíceis de prever.

 De acordo com o artigo, no momento ninguém prevê a implantação da gestão da radiação solar, dadas as dificuldades de um acordo internacional sobre o tema. Mas, ressalva o texto, alguns analistas de geoengenharia já estão pensando nas implicações no caso de um país ou um pequeno grupo de pessoas precipitarem uma crise internacional ao avançar com a pesquisa de implantação da geoengenharia.

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CES aposta em TV flexível, notebook híbrido e carro que se dirige; veja lista

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Maior evento de eletrônicos do mundo acontece em Las Vegas.
Jornalista do G1 mostra o que já está à venda e o que é ideia para o futuro.


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10/01/2013 15h18 - Atualizado em 10/01/2013 19h05
Daniela Braun Do G1, em Las Vegas
A TV do futuro terá uma tela maior, com mais resolução e poderá até ser flexível, se assim o usuário quiser, segundo as apostas feitas pelas fabricantes durante a edição de 2013 da CES, maior feira de tecnologia do mundo, que acontece em Las Vegas até sexta-feira. O evento apresenta a visão do futuro dos eletrônicos do ponto de vista de mais de 3 mil empresas.

Além das novas TVs, as empresas mostraram carros que se "auto-dirigem", notebooks que se transformam em tablets e a nova geração de dispositivos móveis. O G1 montou uma lista e explica o futuro de cinco categorias de produtos:

1- TV do futuro
As fabricantes de TV fizeram suas apostas para definir como será a TV do futuro. Uma das funções mais destacadas é a resolução de 4K, que traz 3.840 por 2.160 pontos de resolução na extensão da tela --os aparelhos atualmente vendidos, com o Full HD, trazem 1.920 por 1.080 pontos. Panasonic, Samsung, Sony e Sharp mostraram seus modelos com 4K na feira.

TV de OLED da Panasonic com 56 polegadas tem resolução de 4K (Foto: Al Powers/Invision for Panasonic/AP Images)
TV de OLED da Panasonic com 56 polegadas tem resolução de 4K (Foto: Al Powers/Invision for Panasonic/AP Images)
LG mostra aparelhos de TV com telas curvas feitas de OLED na CES 2013 (Foto: Divulgação)
LG mostra aparelhos de TV com telas curvas feitas
de OLED na CES 2013 (Foto: Divulgação)
Além de ter maior resolução, a "próxima TV" do consumidor também poderá ser "flexível", de acordo com alguns produtos apresentados. A sul-coreanas Samsung e LG revelaram televisores com telas superfinas e curvadas com OLED (nova tecnologia de diodos orgânicos emissores de luz) durante a feira. A expectativa de lançamento dos produtos já para o primeiro semestre de 2013, informa a Samsung.

A tecnologia OLED marcou presença na feira, mas os altos custos de produção fazem com que os produtos ainda sejam muito caros e os fabricantes prefiram investir em suas linhas LED e Plasma. A LG, por exemplo, vende um modelo de OLED de 55 polegadas por US$ 10.300 --no Brasil, esse valor chegaria a mais de R$ 20 mil, sem contar os impostos de importação.

2- 'Batmóvel' se torna realidade
O motorista se tornará peça de museu no que depender das novas tecnologias apresentadas pelas montadoras de carros na CES. A Audi, por exemplo, mostrou um carro que “se dirige” até o seu dono e estaciona sozinho. O veículo, que ganhou o apelido de "Batmóvel" na imprensa especializada, só deverá estar disponível ao público em cerca de dez anos, diz a marca.

Toyota e Lexus também apresentaram seus carros experimentais que se "auto-dirigem" na feira.
Lexus apresenta seu carro que se ‘auto-dirige’ em seu estande na CES (Foto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP)Lexus apresenta seu carro que se ‘auto-dirige’ em seu estande na CES (Foto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
A revista "Forbes" divulgou que estima que as novas máquinas tomem conta das ruas somente em 2040.
ThinkPad Helix, o notebook híbrido da Lenovo (Foto: David Becker/Getty Images/AFP )
ThinkPad Helix, o notebook híbrido da Lenovo
(Foto: David Becker/Getty Images/AFP )
3- Notebooks: híbridos e sensíveis
Na era dos tablets, os notebooks estão sendo "desmontados" pelas companhias para atender a mais de uma necessidade do consumidor: quem quer usa só a tela como um tablet e quem precisa do teclado pode adicionar a peça. Conhecidos como "híbridos", os notebooks que se transformar em tablet, se tornaram os queridinhos das marcas, que geralmente optam pelo uso do novo sistema Windows 8.


A Lenovo, por exemplo, mostrou o seu ThinkPad Helix, com tela de 11,6 polegadas, processador Core i7 processor, 8GB de memória e, claro, Windows 8. Um dos destaques do produto é que o tablet, que pode ser acoplado ao teclado, vem com capacidade de conexão à rede 4G.

Já a LG trouxe à feira o H160, também equipado com Windows 8, apresentado originalmente em outubro. Ele promete dez horas de bateria e ainda não tem data de chegada ao mercado.

Além da capacidade de ter "híbrido", os notebooks agora terão que ter telas sensíveis ao toque como padrão --ao menos aqueles que quiserem ser encaixados na categoria ultrabooks, categoria criada pela Intel. Os notebooks que quiserem ser da quarta geração da categoria de alta performance terão que ter telas sensíveis ao toque, informa a companhia de chips.

4- Tablet 'gigante' e concorrentes do iPhone
Os tablets não foram o foco principal dos fabricantes na edição deste ano da CES, ao contrário do que foi visto nos anos anteriores. Mas os aparelhos marcaram presença, como o protótipo de 20 polegadas apresentado pela Panasonic. O grande destaque do produto é a resolução de 4K na tela (a ultra-altadefinição).

Panasonic mostra tablet de 20 polegadas com resolução 4k (Foto: David Becker/Getty Images/AFP )Panasonic mostra tablet de 20 polegadas com resolução 4k (Foto: David Becker/Getty Images/AFP )
Também foram poucos os lançamentos de smartphones para concorrer com aparelhos topo de linha, como o iPhone e o Galaxy S3.

A japonesa Sony mostrou o seu Xperia Z, que funciona com Android e resistência a àgua. O aparelho que roda o sistema operacional Android 4.1 (Jelly Bean) tem tela de 5 polegadas de alta resolução (Full HD), câmera de 13 megapixels, processador Snapdragon S4 de quatro núcleos e é compatível com a frequência brasileira de banda larga móvel de quarta geração (4G).

Já a chinesa ZTE deu entrada no mercado de smartphones de alto desempenho com o Grand S. Inspirado na cultura local do país da fabricante, o produto também funciona com Android Jelly Bean e vem com tela de 5 polegadas.

A curiosidade da categoria ficou por conta da Samsung, que exibiu o protótipo de seu primeiro smartphone com tela flexível, segundo o site especializado The Verge. Segundo a publicação a ideia é que os consumidores possam ler informações específicas ao olhar apenas para os cantos da tela curva --assim, não seria preciso tirar o aparelho de sua capinha.
Geladeira da Samsung com aplicativos, como o Evernote (Foto: Divulgação)
Geladeira da Samsung com aplicativos, como
o Evernote (Foto: Divulgação)
5 - A casa do futuro
O conceito de dispositivo 'inteligente' ultrapassou smartphones e smarTVs para chegar a outros eletrônicos e eletrodomésticos. A Polaroid e a Samsung lançaram câmeras câmeras digitais conectadas (via Wi-Fi e 3G/4G) com Android e seus respectivos apps.


A empresa sul-coreana também demonstrou os protótipos de uma geladeira com aplicativos como Evernote, para lembrar a lista do supermercado no smartphone, além de um fogão que recebe as instruções de tempo de cozimento direto de um aplicativo específico no smarpthone.
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