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domingo, 11 de agosto de 2019

74 milhões de brasileiros ficarão sem água até 2035, diz Plataforma Brasileira de Biodiversidade

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 Por Amelia Gonzalez  
 Escreve sobre sustentabilidade e debate temas ligados a economia, meio ambiente e sociedade  

 Postado em 11 de agosto de 2019 às 13h00m  
GIPOPE - GARIBA'S Logística for 2012 - 2013
Estiagem de 2014 fez o Sistema Cantareira viver o seu pior momento na história: alerta sobre o uso consciente da água e respeito a essas fontes de vida — Foto: Adriano RosaEstiagem de 2014 fez o Sistema Cantareira viver o seu pior momento na história: alerta sobre o uso consciente da água e respeito a essas fontes de vida — Foto: Adriano Rosa

Não será por falta de aviso ou de informações pertinentes que os atuais donos do poder no país deixarão de levar a sério a dimensão dos impactos que as mudanças climáticas podem causar aos brasileiros.

No mesmo dia em que mais de cem cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês) lançaram um relatório preocupante sobre os impactos das mudanças climáticas e apontaram que 8% das terras no Brasil já sofrem alguma forma de degradação (desertificação entre elas), pesquisadores da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES) avisaram, em outro estudo, que se não houver uma mudança na gestão das águas do país faltará água para cerca de 74 milhões de brasileiros até 2035.

Hoje, a população brasileira consome cerca de 260 mil litros de água por segundo, aproximadamente 108 litros de água por dia. O estudo brasileiro foi lançado durante o 15º Congresso Brasileiro de Limnologia que aconteceu ontem (8) em Florianópolis.
A questão é que praticamente todas as atividades econômicas no Brasil também dependem de suas águas. Só a matriz energética brasileira depende de cerca de 65% da produção hidrelétrica. Sendo assim, e nesse cenário de escassez apresentado no relatório temático Água: biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem-estar humano no Brasil, advertem os pesquisadores que a atividade produtiva que mais vai sofrer será a indústria, que hoje utiliza cerca de 180 mil litros de água por segundo e terá perdas econômicas correspondentes a cerca de 84%. Em seguida virão a pecuária e a agricultura de irrigação, principais usuários dos recursos hídricos do país, consumindo, respectivamente, por volta de 750 mil e 125 mil litros de água por segundo.

Cerca de 85% da produção agropecuária nacional – localizada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul – dependem da água proveniente das chuvas, que tem aproximadamente 40% da sua origem na evapotranspiração da Amazônia. Em 2018, o Brasil exportou quase 84 milhões de toneladas de soja, o que corresponde a cerca de 8,4 trilhões de litros de água, detalha o relatório.
 Crescente atividade agrícola impacta os ambientes com fertilizantes e agrotóxicos — Foto: TV TEM/ReproduçãoCrescente atividade agrícola impacta os ambientes com fertilizantes e agrotóxicos — Foto: TV TEM/Reprodução

Não há bons prognósticos para todas as regiões brasileiras. No Nordeste, a falta de chuva que já é recorrente vai se juntar à poluição:
O Centro-Oeste é caracterizado por uma intensa e crescente atividade agrícola que impacta os ambientes aquáticos com fertilizantes e agrotóxicos. Já a Região Norte apresenta situações de escassez nos centros urbanos causada pela baixa qualidade e por falta de gestão adequada de seus recursos hídricos. O Sul do país concentra quase 1/3 do aquífero Guarani, que vem sendo exposto à contaminação pela proliferação de poços que colocam em risco essas reservas. Todos esses processos fazem com que cerca de 40% do território brasileiro possua um nível que varia de moderado a elevado de ameaça à biodiversidade aquática, diz o relatório.

As principais ameaças vêm, como se sabe, das mudanças climáticas, das mudanças no uso do solo, da fragmentação de ecossistemas e da poluição. E é neste ponto que o relatório brasileiro se junta ao estudo feito pelos pesquisadores do IPCC que dão contornos reais às mudanças climáticas.
Tais mudanças, bem como a transposição de rios, promovem modificações na dinâmica e na estrutura dos ambientes aquáticos causando perda na conectividade e alteração no regime hidrológico, o que favorece o estabelecimento de espécies exóticas.
Os eventos extremos, que têm sido sentidos, vão aumentar. E os pesquisadores mostram o que já aconteceu: anos de seca prolongada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil resultaram em uma perda estimada de R$ 20 bilhões na receita agrícola em 2015, um recuo de quase 7% em relação ao ano anterior. 
Portanto, não é fato para se deixar de lado.

Há o que fazer, e muito. Se tivermos vontade política e um olhar atento e cuidadoso, se houver um processo de governança com base técnica e científica mais inclusivo, colaborativo e transparente, garantem os pesquisadores que ainda vai dar tempo para reverter.
A comunidade ribeirinha do Amolar vive a várias horas de viagem de barco de Corumbá (MS), quase na divisa com Mato Grosso — Foto: Eduardo Palacio/G1 A comunidade ribeirinha do Amolar vive a várias horas de viagem de barco de Corumbá (MS), quase na divisa com Mato Grosso — Foto: Eduardo Palacio/G1

A restauração florestal e a conservação dos mananciais e da vegetação ribeirinha trazem benefícios consistentes para a qualidade da água e podem reduzir, consideravelmente, os gastos com tratamento. O setor privado é um importante aliado no estabelecimento das soluções para a água no país, pois é responsável por grande parte das áreas com vegetação nativa remanescente e é amplamente afetado por alterações na disponibilidade hídrica. A universalização do saneamento básico no país trará benefícios da ordem de R$ 1,5 trilhão, valor quatro vezes maior que o gasto estimado para sua implementação, diz o relatório.

Aliny Pires, uma das coordenadores do estudo e professora adjunta da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) lembra que o diferencial do trabalho está na abordagem da questão da água, que não tem potencial apenas como recurso hídrico:
A água é muito mais do que isso, é um componente-chave da biodiversidade, é patrimônio cultural e está atrelada ao bem-estar da população brasileira de inúmeras maneiras.
Não há vida sem água. Simples assim.
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    Como o aquecimento global vai espalhar uma 'praga bíblica'

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    Cientistas alertam que a mudança climática está tornando os insetos mais destrutivos e imprevisíveis. Os enxames de gafanhotos, em particular, têm o potencial de causar grandes danos agrícolas e ameaçar a segurança alimentar em mais de 60 países.
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     Por BBC  

     Postado em 11 de agosto de 2019 às 10h00m  

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    Ataques de gafanhotos aconteceram em todo o mundo — Foto: BBC/CRAAtaques de gafanhotos aconteceram em todo o mundo — Foto: BBC/CRA

    Em 27 de julho, imagens de uma "invasão" de insetos em Las Vegas percorreram o mundo.
    Eles foram atraídos principalmente pelas luzes ofuscantes da cidade e, apesar do susto, causaram mais incômodo do que estragos.
    Ao mesmo tempo, uma nuvem de insetos no Iêmen, um país devastado pela fome e pela guerra civil, chamou muito menos atenção, mas foi mais preocupante.

    Eles eram gafanhotos, cujo apetite pode causar danos consideráveis ​​às plantações em mais de 60 países - principalmente na África, no Oriente Médio e na Ásia Central.

    Esses eventos podem se tornar uma ocorrência mais frequente - os especialistas temem que a mudança climática faça os insetos agirem de maneira mais destrutiva e imprevisível.

    Enxame com fome
    Já existem evidências de que o aumento da temperatura terá um efeito direto sobre o metabolismo dos insetos.

    Um estudo de 2018 publicado por cientistas americanos na revista Science mostrou que o clima mais quente os torna mais ativos e mais propensos a se reproduzir.

    Isso também torna as criaturas geralmente mais famintas. Um gafanhoto adulto do deserto é capaz de comer o equivalente a seu próprio peso corporal em um dia.
    Nuvens de gafanhotos — Foto: BBCNuvens de gafanhotos — Foto: BBC

    Monitoramento
    Os pesquisadores estimaram que os danos globais causados ​​por pragas de insetos a trigo, arroz e milho podem aumentar de 10% a 25% por grau Celsius de aquecimento.
    O impacto desse dano pode ocorrer em regiões de clima temperado, onde a maioria dos grãos é produzida.

    "Com exceção dos trópicos, temperaturas mais altas aumentam as taxas reprodutivas de insetos. Você tem mais insetos e eles comem mais", escreveu Curtis Deutsch, um dos autores do estudo de 2018.

    Embora os gafanhotos não sejam a única espécie a devorar culturas, eles são os mais monitorados por autoridades nacionais e internacionais, graças ao seu potencial destrutivo.

    Os esforços nas últimas quatro décadas os mantiveram afastados, mas tem havido surtos graves, como a infestação africana em 2004, que causou danos estimados de US$ 2,5 bilhões para as lavouras.
    Uma invasão de gafanhotos destruiu milhares de hectares no sudoeste da Rússia e obrigou o Ministério da Agricultura do país a declarar estado de emergência na região de Stavropol — Foto: BBCUma invasão de gafanhotos destruiu milhares de hectares no sudoeste da Rússia e obrigou o Ministério da Agricultura do país a declarar estado de emergência na região de Stavropol — Foto: BBC

    Segurança alimentar
    Embora seja estimado que a proporção global de todos os danos causados ​​por gafanhotos em cultivos seja relativamente pequena em relação a outros insetos - os acadêmicos a estimam em apenas 0,2% - o efeito do enxame em uma determinada localidade pode ser devastador.

    "Condições mais secas no futuro nos limites norte e sul da área de distribuição de gafanhotos do deserto podem produzir habitats mais favoráveis ​​para esta espécie e podem ter impactos negativos importantes", diz o entomologista Michel Lecoq, um dos maiores especialistas em gafanhotos do mundo.

    "Os riscos em termos de danos às culturas, pastagens e, em última instância, à segurança alimentar e social de muitas pessoas pobres nos países em desenvolvimento podem ser enormes", adverte Le Coq.
    Gafanhotos atacam plantações de caju no interior do RN — Foto: Thiago Messias/ Inter TV Costa Branca Gafanhotos atacam plantações de caju no interior do RN — Foto: Thiago Messias/ Inter TV Costa Branca

    História destrutiva
    Pragas do tipo mais devastador, os gafanhotos do deserto, têm o potencial de prejudicar a subsistência de 10% da população mundial, segundo a FAO - Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

    Um enxame "pequeno" come a mesma quantidade de comida em um dia que cerca de 35 mil pessoas.
    Seus "petiscos" favoritos incluem grãos básicos como arroz, milho e trigo.
    Essas criaturas são alguns dos inimigos mais antigos da humanidade - eles até apareceram na Bíblia e no Alcorão.

    No mundo antigo, o historiador romano Plínio, o Velho, escreveu que 800 mil pessoas haviam morrido na região que atualmente engloba Líbia, Argélia e Tunísia devido à fome causada por uma praga de gafanhotos.

    Mais recentemente, em 1958, na Etiópia, um enxame de gafanhotos que cobriu mais de mil quilômetros quadrados destruiu 167 mil toneladas de grãos - o suficiente para alimentar um milhão de pessoas por um ano.

    As regiões temperadas serão mais afetadas pelos insetos com mais fome porque seu metabolismo diminui se ficar muito quente, o que já é o caso em áreas tropicais.

    Em 2016, especialistas suspeitam que tenha havido influência do aquecimento global quando a Argentina enfrentou sua maior infestação de gafanhotos em 60 anos.

    Acredita-se que um inverno mais quente e mais úmido desencadeou o fenômeno.

    Voos mais altos e mais longos
    A FAO, que coordena uma rede de monitoramento global especificamente para atividades de gafanhotos no deserto, também alerta que as mudanças climáticas podem resultar em condições mais favoráveis ​​para a migração e a distância percorrida - os gafanhotos adultos do deserto podem voar até 150 quilômetros em um único dia.

    "Sob o aquecimento futuro, os enxames poderiam alcançar áreas mais rapidamente do que no passado", diz a agência.

    Temperaturas mais altas também podem permitir que os insetos voem mais alto e ultrapassem barreiras naturais como montanhas, abrindo novas rotas de migração, especialmente se os padrões de vento mudarem conforme os gafanhotos são transportados.

    "Em geral, espera-se que surtos de gafanhotos se tornem mais frequentes e severos sob a mudança climática", diz Arianne Cease, diretora da Global Locust Initiative na Arizona State University, nos Estados Unidos.
    As regiões agrícolas de subsistência são as mais vulneráveis ​​à devastação causada por enxames de gafanhotos.

    Mas não apenas as safras produtoras de alimentos estão em risco: no Paquistão, as autoridades têm lidado com uma infestação que ameaça as plantações de algodão, um produto responsável por quase metade das exportações do país.
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