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domingo, 16 de março de 2014

Piloto falou com controle de tráfego após aparelho ser desligado, diz jornal


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Informação foi dada por autoridade da Malásia ao New York Times.
Avião da Malaysia Airlines desapareceu no dia 7, com 239 pessoas.

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16/03/2014 17h49 - Atualizado em 16/03/2014 21h40
Postado às 22h45m
Do G1, com agências internacionais
Um dos pilotos do voo gravou vídeo em que utiliza o simulador do Being 777 (Foto: Reprodução/GloboNews)
Um dos pilotos do voo gravou vídeo em que utiliza o
simulador do avião (Foto: Reprodução/GloboNews)

Um dos pilotos do voo MH-370, da Malaysia Airlines, teria falado com o controle de tráfego aéreo após o desligamento do sistema de sinalização da aeronave, segundo informou neste domingo (16) o The New York Times. O piloto não teria mencionado nenhum tipo de problema. A informação foi dada ao jornal norte-americano por uma autoridade da Malásiax.

A notícia reforça a teoria de que pelo menos um dos pilotos tenha ligação com o desvio do avião, que transportava 239 pessoas e sumiu no dia 7 de março. Autoridades da Malásia já foram às residências dos pilotos em busca de informações.

Durante uma coletiva de imprensa no domingo, o ministro da Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein, que também é ministro dos Transportes em exercício, deu uma resposta lacônica sobre a possível comunicação com o piloto após o desligamento do sistema de sinalização: "Sim, ele foi desativado antes", disse ele.
 Investigações
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou que o voo MH-370 teve os sistemas de comunicação desligados por "alguém" que depois a conduziu até dois pontos possíveis: Indonésia ou a fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão.

Najib disse que o voo mudou de rota e voou durante 6 horas na direção oeste, após o último sinal da aeronave.
A polícia local realiza buscas na casa do piloto Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, que pilotava a aeronave.

O primeiro-ministro explicou que, com as novas informações obtidas, o voo MH-370 continuou emitindo sinais para um satélite até as 8h14 locais de sábado (21h14 de Brasília da sexta-feira).

Uma fonte militar malaia afirmou à agência de notícias France Presse que os investigadores acreditam que o avião pode ter sido desviado para o Índico por uma pessoa com profundo conhecimento das rotas aéreas e das posições dos radares. 

"Com certeza seria um piloto experiente, competente e em atividade", disse a fonte, que, no entanto, não revelou se as suspeitas apontam para um sequestrador entre os passageiros ou um integrante da tripulação.

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São Francisco, nova fronteira da tecnologia


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Cidade aproveita saturação do Vale do Silício, atrai empresas e recebe 40% dos novos investimentos 
SÃO FRANCISCO. Palo Alto é a pedra fundamental do Vale do Silício. Desenvolvida em torno da Universidade de Stanford, fundada em 1891, é sede de Hewlett-Packard, Skype e Tesla. 

É também celeiro de Apple, Google, Facebook, Cisco, Sun Systems e outros ícones, que começaram a ser gestados nos bancos da principal faculdade pontocom do planeta e mantêm seus QGs nas cidades ao redor _ num corredor que começa em San Jose e Cupertino, ao Sul, e se estende até San Mateo, ao Norte.

Ou se estendia. Atraindo quase 40% do capital de risco que alimenta a indústria de tecnologia da região nos últimos três anos, São Francisco estreou no Vale. E já como protagonista.
— Queremos ser incontestáveis número 1 e transformar o Vale do Silício numa parte de São Francisco _ provoca Jay Nath, Chief Innovation Officer da prefeitura da cidade. _ Brincadeiras à parte, essa é uma região pequena e interdependente, então trabalhamos em parceria. A competição é amigável.

Tecnologia não é tema novo em São Francisco. É terra de Twitter, Instagram, Yelp, OpenTable e do maiorcluster de biotecnologia dos EUA. Mas, com uma economia diversificada, onde sempre despontaram o turismo de lazer e negócios, a construção civil, o sistema financeiro e o setor de saúde, a cidade não respirava inovação como as irmãs da Região da Baía de São Francisco. A crise de 2008 ajudou a reajustar o foco. E o próprio crescimento do Vale “original” acabou por expandir suas fronteiras ao Norte.

Depois da primeira onda pontocom, Palo Alto e adjacências ficaram caras _ especialmente em termos de aluguel de espaços _ e as startups começaram a procurar alternativas fora do Vale. A opção foi facilitada pela tendência aos escritórios compartilhados na fase inicial dos projetos e pelo próprio avanço tecnológico, uma vez que as empresas podem armazenar seus dados em nuvens, dispensando grandes instalações para centro de gerenciamento de informações.

— Era mais barato ficar na cidade e muito mais produtivo para quem, como nós, está focado no consumidor. Na atual era da internet, o importante para criar um negócio bem-sucedido é a capacidade de montar um bom time e não o lastro acadêmico como no período de 1960 a 1990, quando Stanford foi o centro gravitacional do Vale do Silício _ afirma Jeremy Stoppelman, pioneiro na escolha de São Francisco, há 9 anos, como sede do Yelp, guia online de serviços, atrações e produtos por ele fundado, que cobre 110 cidades do mundo.

Este movimento criou um ambiente vibrante, com 1.826 empresas, troca de experiências e estabelecimento de uma rede própria de contatos, e aumentou a atratividade de São Francisco. 

Especialmente para a nova geração de empreendedores, que vem de outras cidades americanas e países e prefere trabalhar em um lugar cosmopolita, com diversificada oferta cultural e de lazer, ampla comunidade de imigrantes e tradição de negócios com o exterior.

São Francisco também sempre foi o principal fornecedor de mão de obra para o Vale do Silício, obrigando os trabalhadores ao deslocamento diário, de carro e em ônibus fretados. O trânsito ficou impossível, com jornadas que podem durar uma hora. O custo das empresas subiu e a retenção de talentos no corredor entre San Jose e San Mateo ficou mais difícil.

A solução tem sido abrir filiais de porte em São Francisco, caminho anunciado recentemente por empresas do quilate de Yahoo, Google, Spotify, eBay e Visa. Quem está chegando na Califórnia agora para produzir tecnologia e investir em inovação, conhecendo esta realidade, já opta pela cidade.

_ São Francisco é uma opção óbvia. Nós queríamos estar na cidade, não no interior. Há talento de sobra aqui, especialmente com menos de 30 anos, então é mais fácil montar uma boa equipe de pessoas com a cabeça fresca, sem roteiro pré-estabelecido. E a economia é gigante, as melhores empresas estão aqui, o que abre o leque de parceiros e clientes _ diz Michael Buckwald, que deixou a Costa Leste há três anos para se aventurar no Vale com a startup LeapMotion.

Nesta onda, a oferta de empregos na indústria de alta tecnologia cresceu 61% em quatro anos, num total de 35 mil vagas. O mercado de trabalho de São Francisco é o que mais se expande nos EUA e os salários, estagnados no resto do país, tiveram aumento de 5% no biênio 2011-2012.

Só em 2012, 557 mil metros quadrados de escritórios foram alugados para companhias de tecnologia. Mission Bay _ lar de 130 companhias e laboratórios de biotecnologia _ e SoMa são os bairros que concentram o universo high tech.

A prefeitura de São Francisco opera ativamente para consolidar o status da cidade. Nos últimos quatro anos, concedeu incentivos fiscais (incluindo sobre a folha de pagamento) para atrair e manter as sedes de empresas de alta tecnologia. Também usou o corte de impostos para incentivar setores nos quais tem vantagem comparativa, por exemplo energia limpa _ é a capital americana de sustentabilidade, com mais de 40 firmas só de energia solar.

Utiliza ainda a musculatura do próprio governo para criar oportunidades. Foi a primeira cidade a abrir integralmente na internet os programas e as operações da prefeitura. A iniciativa, chamada de OpenGov, tem como objetivo estimular a criação de aplicativos que otimizem os serviços da cidade e ofereçam soluções para problemas urbanos.

_ Temos GPS em todos os ônibus e compartilhamos em tempo real com o público os dados. Doze aplicativos já foram desenvolvidos, por exemplo sobre tempo de chegada dos ônibus aos pontos, melhorando a prestação do serviço e economizando milhões em ligações para nosso call center _ diz Jay Nath.

O sucesso, porém, cobra seu preço. Com 830 mil residentes, São Francisco vê atualmente sua população chegar a 2 milhões de pessoas no horário comercial. O sistema de transporte foi pressionado e investimentos estão sendo feitos a toque de caixa na integração modal e em corredores expressos, dentro da cidade e na ligação de toda a Área da Baía.

O preço dos alugueis disparou, chegando à média de US$ 2.800, disputando com Nova York a posição de mais cara cidade dos EUA para se morar. O custo está ficando impraticável para famílias de classe média: metade da população já gasta mais de um terço da renda com aluguel. A procura por São Francisco aumentou ainda seu déficit habitacional _ empurrando trabalhadores para o entorno, o que por sua vez complica ainda mais o sistema de transporte.

A prefeitura está revitalizando áreas para serem residenciais e tentando passar leis que alterem o gabarito da cidade, permitindo prédios mais altos e maior densidade populacional por região. Há 400 mil unidades residenciais em construção no momento e um fundo especial de US$ 30 milhões foi criado para casas para as classes mais baixas.

_ Habitação é um ponto crítico em São Francisco, mas transporte, oferta de escolas e infraestrutura também preocupam. A cidade tem corrido atrás, mas os problemas precisam de soluções mais rápidas, pois, com a expansão, espera-se um milhão de novos moradores em 15 anos. Para continuar protagonista, a hora de agir é agora _ afirma Tracey Grose, vice-presidente do Instituto Econômico do Conselho da Área da Baía.

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No Vale do Silício, um novo ciclo de prosperidade


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Região recebeu US$ 12 bi de empresas de venture capital em 2013

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Flávia Barbosa - Enviada especial
Publicado:Atualizado:
Postado em 16 de março de 2014 às 07h55m
Inovação. Com aparelho que permite reprodução dos movimentos das mãos, Leap Motion acumulou US$ 45 milhões Foto: Flávia barbosa
Inovação. Com aparelho que permite reprodução dos movimentos das mãos, Leap Motion acumulou US$ 45 milhões Flávia barbosa

MENLO PARK, MOUNTAIN VIEW, PALO ALTO, SAN JOSE e SÃO FRANCISCO. Epicentro da revolução tecnológica que abalou estruturas econômicas e transformou padrões de comportamento em todo o mundo, o Vale do Silício não é um gigante deitado em berço esplêndido. 

Após a bem-sucedida era das mídias sociais e dos serviços e aplicativos voltados ao consumidor, que produziu czares pontocom como Facebook e Google, o corredor de inovação da Califórnia entrou em nova corrida do ouro. 

Investidores e empresas estão em busca de nichos diferentes _ que vão da biotecnologia à moeda virtual bitcoin _, produtos físicos de alta tecnologia e ferramentas que permitam a conectividade da velha economia. Dinheiro não falta. 

A região fechou 2013 com US$ 12,125 bilhões em investimentos apenas das empresas de venture capital, o maior volume desde o estouro da bolha da internet. Tamanha pujança está ampliando também os limites geográficos do Vale do Silício, que adotou São Francisco como um dos seus principais pólos de desenvolvimento e negócios. A nova realidade do Vale é tema de série que O GLOBO inicia neste fim de semana.
A startup Leap Motion traduz o momento da indústria tecnólogica. Enquanto Jam Koum vendia a Mark Zuckerberg o aplicativo de mensagens Whatsapp por US$ 16 bilhões, na maior tacada do Facebook para manter seu domínio nas redes sociais, Michael Buckwald comemorava ao lado do sócio David Holz, ambos de 25 anos, os seis meses de lançamento do Leap Motion controller

O aparelhinho, pouco maior que um pendrive, tem um sensor embutido que permite uma inédita precisão na reprodução dos mais sutis movimentos dos dedos das mãos, em tempo real. Seu aproveitamento é amplo, de acordo com o aplicativo desenvolvido: vai dos games aos mapas virtuais, passando por robótica, sistemas de defesa e serviços médicos à distância.

Buckwald e Holz desembarcaram no Vale do Silício há três anos, vindos da Costa Leste. Em três mochilas, carregavam o protótipo do controle. Desafiando o senso comum, esnobaram Mountain View e Palo Alto e se estabeleceram em São Francisco. Vinte firmas de venture capital e seis meses depois, conseguiram o primeiro aporte de US$ 1,3 milhão. Hoje, têm um caixa de US$ 45 milhões e 120 empregados e competem com a Microsoft.

_ Há uma tendência muito positiva no Vale neste momento no investimento em startups, a inovação vai em direção a produtos reais e novas tecnologias e há mais setores e pontos da cadeia produtiva precisando de perturbação criativa, o que amplia o espaço de competição para pequenas empresas, que não seria possível dez anos atrás. 

Estamos tirando vantagem disso _ diz Buckwald.
Segundo Josh Constine, repórter e blogueiro do TechCrunch , site de notícias da indústria de tecnologia, três segmentos que estão engatinhando despontam como apostas em 2014. 

Existe uma sede particular pelo bitcoin _ a moeda criptografada cuja ambição é substituir os meios tradicionais de pagamento nas transações pela internet e ainda enfrenta desconfiança das autoridades do sistema financeiro. 

O outro é a impressão em 3D, que permite desde a criação rápida e barata de protótipos industriais até a customização de produtos pelo consumidor (por exemplo, capas de celulares). Por último, os drones, que ganharam visibilidade após Jeff Bezos, dono da Amazon, revelar um plano de longo prazo de entrega de encomendas com máquinas de voo não tripulados.

_ Essas são tecnologias muito novas e ninguém sabe o que acontecerá com elas. Mas o potencial de transformarem o jeito como vivemos e fazemos negócios é hoje um chamariz de investidores _ disse Constine.

As mídias sociais e a internet voltada ao consumidor ainda dominam os investimentos na criação e no desenvolvimento de novas empresas de tecnologia. No ano passado, por exemplo, três dos dois maiores desembolsos de venture capital nos EUA foram para a plataforma de compartilhamento de fotos Pinterest (US$ 425 milhões) e o serviço de contratação online de táxis e carros Uber (US$ 258 milhões) _ ambos sediados em São Francisco.

É o que o fundador da plataforma de comentários online Disqus, Daniel Ha, de 27 anos, chama de “ideal Facebook”: investidores institucionais como os fundos de pensão, que canalizam recursos por intermédio das firmas de venture capital, estão atrás de fenômenos como a empresa de Zuckerberg, que abriu capital e viu as ações decolarem. 

Nunca foi tão fácil levantar dinheiro no Vale, diz Ha:
_ E, como desdobramento da própria evolução tecnológica, está mais barato financiar um empreendimento. Nós começamos a Disqus com US$ 15 mil. Hoje, temos levantados US$ 20 milhões.

O outro lado da moeda é o reconhecimento de que o retorno de quem chega agora no nicho da internet ao consumidor tende a ser menor do que o de quem apostou dez ou cinco anos atrás. Isso motiva o investimento em novas áreas e tecnologias, em busca de uma nova galinha dos ovos de ouro.

_ O tempo do Vale é o futuro. Questionar e achar novos padrões é o que fazemos. Ao longo do tempo, o superfinaciamento de uma área em detrimento de outras se autocorrige. Porque para cada um Instagram que tem uma explosão de retorno, são 15 startups similiraes que não acontecem _ explica Andreas Stavropoulos, um dos sócios da Draper Fisher Jurvetson (DFJ), uma das maiores firmas de venture capital do Vale do Silício.

Com US$ 6 bilhões investidos em 20 anos, a DFJ tem olhado particularmente para novas tecnologias. Está peneirando oportunidades em energia limpa e no setor aeroespacial. 

E dedica atenção especial ao Bluetooth (transmissão sem fio de dados a curta distância) de baixo consumo de energia, com baterias de longa duração, cuja aplicação abraça indústrias tão diversas quanto as de saúde, segurança, entretenimento, publicidade, geologia e varejo.

É a tal da conectividade, que anima os investimentos dos setores tradicionais da economia e responde por boa parte do novo boom. Gestada no coração acadêmico do Vale do Silício, a universidade de Stanford, a Cisco é um dos titãs da era da internet, há 29 anos fabricando roteadores e equipamentos que compõem a engrenagem da web. Agora, a empresa está dedicada a soluções para os clientes tirarem o melhor proveito da rede mundial de computadores. 

Por exemplo, instalando sensores em vagas nas ruas e desenvolvendo aplicativos que permitam aos motoristas encontrá-las, reduzindo um dos nós que respondem por 30% do trânsito nas cidades.

_ Apenas 1% dos aparelhos e máquinas eletrônicas do mundo estão conectados à internet. Mesmo em fábricas, não passa de 4%. Conectar os 99% restantes é o novo caminho, a super-era industrial da internet _ afirma o vice-presidente da divisão Internet of Things da Cisco, Guido Jouret. _ Se pensarmos em tudo que se pode gerenciar a partir da internet, a economia com energia e o lucro potencial das indústrias internacionalmente é de US$ 1,95 trilhão.

A velha economia, no entanto, não espera sentada a oferta de soluções. Por intermédio de fundos próprios de venture capital e a abertura de incubadoras de empresas, desembarcaram fortemente no Vale nos últimos dois anos em busca de uma nova geração de tecnologias que modernizem e turbinem os negócios. 

Montadoras como a Ford estão entre as líderes do processo, em busca de novos materiais, eficiência energética e, sobretudo, tecnologias móveis (som, vídeo, transmissão de dados), sensoriais (anticolisão, por exemplo) e de autodireção para carros. 

Só a GM Ventures tem US$ 200 milhões para os passos iniciais de empreendedores. Se o caminho se mostra promissor, a GM se oferece como primeiro cliente, ajudando no aperfeiçoamento da tecnologia ou produto.

A indústria farmacêutica é outra com presença crescente no Vale, que já é um dos três maiores clusters de desenvolvimento de biomedicina do mundo. 

A Johnson and Johnson, baluarte da Costa Leste com sede em New Jersey, atravessou os EUA para criar em junho um Centro de Inovação em Menlo Park, cujo objetivo é dar acesso a startups aos seus recursos e conhecimento, e abrir uma incubadora de firmas de biotecnologia em São Francisco.

_ Setores tradicionais têm seu roteiro já estabelecido e isso pode atrapalhar a capacidade de inovação. Mas eles não podem ser pegos de surpresa ou verem a concorrência pôr a mão primeiro numa tecnologia revolucionária.

A ordem, então, tem sido: se você não pode controlar as descobertas, financie-as e compartilhe os achados _ diz Stefanios Zenios, diretor do Centro de Estudos de Empreendedorismo da Escola de Negócios da Universidade de Stanford.