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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Dólar sobe a R$ 5,78 e tem maior patamar em mais de três anos; alta é de 6,14% no mês A moeda norte-americana teve alta de 0,31%, cotada a R$ 5,7813. Já o principal índice de ações da bolsa de valores encerrou em queda de 0,71%, aos 129.713 pontos.



A moeda norte-americana teve alta de 0,31%, cotada a R$ 5,7813. Já o principal índice de ações da bolsa de valores encerrou em queda de 0,71%, aos 129.713 pontos.


Por g1

Dólar — Foto: Foto de Karolina Kaboompics
Dólar — Foto: Foto de Karolina Kaboompics

O dólar encerrou em alta de 0,31% nesta quinta-feira (31), e fechou aos R$ 5,7813. Esse é o maior patamar da moeda americana desde 9 de março de 2021 (R$ 5,7919).

No mês de outubro, acumula uma valorização de mais de 6%, conforme investidores continuam esperando por notícias do governo federal sobre um novo pacote de cortes de despesas do governo.

Os agentes econômicos analisaram também os novos números do mercado de trabalho brasileiro, que registrou a segunda menor taxa de desocupação da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado reforça a percepção de que o mercado de trabalho muito aquecido possa gerar pressão na inflação.

Com tudo isso em consideração, o mercado refaz os cálculos para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que acontece na próxima semana. A expectativas dos analistas é de nova alta de 0,5 ponto percentual da taxa de juros brasileira, justamente para esfriar uma possível alta de preços.

No exterior, os dados de inflação dos Estados Unidos do índice de preços PCE, o preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), foi divulgado nesta quinta, em linha com as projeções dos economistas. A principal questão, portanto, foi a incerteza com o quadro da corrida presidencial norte-americana, conforme as eleições se aproximam cada vez mais.

Em meio a todo esse cenário, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Ao final da sessão, o dólar avançou 0,31%, cotado a R$ 5,7813 e renovou o maior patamar em mais de três anos. Veja mais cotações.

A disputa pela formação da Ptax do fim do mês também fez preço no câmbio nesta quinta-feira. A Ptax é a taxa de referência do dólar, calculada diariamente pelo BC. Essa disputa acontece entre os agentes de mercado, que apostam na alta ou na queda da moeda norte-americana, buscando influenciar sua formação.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 1,34% na semana;
  • avanço de 6,14% no mês;
  • ganho de 19,14% no ano.

No dia anterior, a moeda avançou 0,04%, cotada a R$ 5,7634.

Ibovespa

Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,71%, aos 129.713 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 0,14% na semana;
  • perdas de 1,59% no mês;
  • recuo de 3,33% no ano.

Na véspera, o índice encerrou em baixa de 0,07%, aos 130.639 pontos.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

O que está mexendo com os mercados?

Os bons números do mercado de trabalho, com uma forte redução da taxa de desemprego, voltaram a surpreender o mercado. " Essa é uma taxa baixa para os padrões históricos brasileiros, confirmando a robustez do mercado de trabalho", diz Claudia Moreno, economista do C6 Bank .

Apesar disso, a economista explica que a queda do desemprego "desafia o controle da inflação de serviços", o que pode gerar uma taxa de juros ainda maior para o Brasil.

" Se por um lado isso significa que existem mais pessoas ocupadas, o que é bom para a atividade, por outro, torna mais desafiador o controle da inflação, já que há maior pressão sobre os preços dos serviços", comenta Moreno.

Com isso, aumentam as expectativas pela próxima reunião do Copom, prevista para a semana que vem. A maior parte do mercado prevê um novo aumento da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, com o Banco Central indicando que deve continuar a perseguir suas metas.

O cenário fiscal brasileiro também segue no radar. Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que entende a "inquietação" do mercado sobre o risco fiscal, reiterando que a equipe econômica vai apresentar propostas de cortes de gastos obrigatórios para manter o arcabouço fiscal operante.

Haddad não antecipou quais serão as medidas, mas indicou que elas poderão ser apresentadas nas próximas semanas por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

"Até entendo a inquietação, mas é que tem gente especulando em torno de coisas. [...]. O meu trabalho é tentar entregar a melhor redação possível para que haja a compreensão do Congresso da situação do mundo, e do Brasil", declarou o ministro.

Haddad ainda destacou que houve uma "convergência importante" com a Casa Civil sobre quais medidas serão apresentadas. O ministro, no entanto, não definiu uma data para o anúncio dessas propostas.

"A dinâmica das despesas obrigatórias tem que caber dentro do arcabouço. A ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo que o arcabouço tem, a sustentabilidade de médio e longo prazo", disse.

Segundo o blog do Valdo Cruz, agentes financeiros disseram que, para ter credibilidade, esse pacote precisaria indicar cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões nos gastos públicos. A ideia é que o tamanho do ajuste fiscal fique em torno de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

No noticiário internacional, as atenções do mercado ficaram voltadas para os novos dados da inflação norte-americana. O PCE, índice de preços preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), subiu 0,2% em setembro, em linha com o esperado.

O dado, no entanto, representa uma aceleração em relação ao mês anterior (0,1%) e reforça a perspectiva de que o Fed deve reduzir a magnitude dos cortes de juros em sua próxima reunião de política monetária, também prevista para a semana que vem.

"Os contratos de juros apontam para uma redução de 0,25 ponto percentual na reunião da semana que vem, mas já emerge uma divisão clara nas apostas para o movimento em dezembro, com um pouco mais de probabilidade para uma pausa nas reduções", explica Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

A visão é reforçada, ainda, pelo resultado da primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do terceiro trimestre. O indicador, divulgado na véspera, mostrou uma continuidade do crescimento da atividade econômica no país.

"Independentemente dos ajustes mais táticos, o cenário vem confirmando o pouso suave e afastando as preocupações mais alarmantes sobre o enfraquecimento da atividade", destaca Igliori.

*Com informações da agência de notícias Reuters


Desemprego cai a 6,4% no trimestre terminado em setembro, diz IBGE

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É a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, só perdendo para o trimestre encerrado em dezembro de 2013.
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Por Júlia Nunes, g1

Postadoe em 31 de outubro de 2024 às 10h00m

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Carteira de trabalho — Foto: Gilson Abreu/AEN
Carteira de trabalho — Foto: Gilson Abreu/AEN

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,4% no trimestre terminado em setembro, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, só perdendo para o trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

A queda foi de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, terminado em junho, quando a taxa era de 6,9%. No mesmo período do ano passado, a desocupação atingia 7,7% da população em idade de trabalhar (14 anos ou mais).

Em números absolutos, 7 milhões de pessoas estão sem emprego no país, o menor contigente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Foi um recuo de 7,2% em relação ao trimestre anterior, e de 15,8% na comparação com 2023.

os ocupados são 103 milhões, um novo recorde da série histórica, crescendo em ambas comparações: 1,2% no trimestre e 3,2% no ano.

Com isso, 58,4% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil estão empregadas -- o maior nível de ocupação para um trimestre encerrado em setembro.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o crescimento contínuo da população ocupada pode ser explicado pela expansão de diversas atividades econômicas, principalmente a partir do segundo semestre de 2022, impulsionadas pelo aumento do consumo das famílias.

"Se antes, no imediato pós-pandemia, a recuperação foi muito setorizada nas atividades de indústria e alguns serviços operacionais, para posteriormente ser extrapolado para outras atividades, como comércio e, por último, os serviços presenciais, hoje a gente tem um processo de expansão que envolve diversas atividades econômicas", diz.

O IBGE classifica como desocupadas as pessoas sem trabalho que estão procurando emprego. A soma desse grupo com o dos empregados totaliza a população dentro da força de trabalho no Brasil, que ficou em 110 milhões no trimestre terminado em setembro.

Assim, estão fora da força de trabalho 66,4 milhões de brasileiros. São pessoas de 14 anos ou mais desempregadas, mas que não estão em busca de serviço ou disponíveis para trabalhar.

Diante disso, a PNAD calcula que o Brasil tem 18,2 milhões de pessoas subutilizadas, ou seja, que poderiam estar trabalhando, mas estão desocupadas, subocupadas (não trabalham todas as horas que poderiam) ou fora da força de trabalho potencial.

Esse contingente recuou 4,4% em relação ao trimestre anterior e 9,8% na comparação com o ano passado.

A população desalentada ficou em 3,1 milhões, o que representa uma estabilidade no trimestre e um recuo de 11,3% no ano. São pessoas que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, mas não procuraram emprego por acharem que não encontrariam, por falta de qualificação, por exemplo.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 6,4%
  • População desocupada: 7 milhões de pessoas
  • População ocupada: 103 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,4 milhões
  • População desalentada: 3,1 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 14,3 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
  • Empregadores: 4,3 milhões
  • Trabalhadores informais: 40 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,8%
Carteira assinada e sem carteira batem recorde

O número de trabalhadores com e sem carteira assinada no setor privado cresceu 5,3% em relação ao ano passado e chegou a 53,3 milhões, um novo recorde da série iniciada em 2012.

Entre os empregados com carteira assinada, o número absoluto de profissionais chegou a 39 milhões, um aumento de 1,5%, ou de 582 mil pessoas, contra o trimestre anterior. No comparativo com 2023, o ganho é de 4,3%, o que equivale a 1,6 milhão de trabalhadores a mais.

Já os empregados sem carteira são 14,3 milhões. A alta para o trimestre foi de 3,9%, com mais 540 mil trabalhadores no grupo. Já, em relação ao ano passado, houve aumento de 8,1%, ou de 1,1 milhão pessoas.

A taxa de informalidade ficou em 38,8% da população ocupada (ou 40 milhões de trabalhadores). No trimestre anterior, o percentual era de 38,6% e, no mesmo período de 2023, de 39,1%.

Rendimento estável no trimestre

As pessoas ocupadas receberam cerca de R$ 3.227 por mês no trimestre terminado em setembro, por todos os trabalhos que tinham na semana de referência da pesquisa. É o que o IBGE chama de rendimento médio habitual.

O valor ficou estável frente ao trimestre anterior, quando era de R$ 3.239. No comparativo do ano, houve aumento de 3,7%.

Já a massa de rendimentos, que soma os valores recebidos por todos esses trabalhadores, foi estimada em R$ 327,7 bilhões. Ela também apresentou estabilidade na comparação trimestral e cresceu 7,2%, na anual.

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