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domingo, 27 de julho de 2025

Você sente que o mundo e o Brasil estão mudando muito rápido?

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Historiadores têm uma explicação Crises, guerras, revoluções tecnológicas e disputas políticas se sobrepõem em ritmo acelerado. Para especialistas, isso se chama 'aceleração da história' e leva a pensar que o futuro é imprevisível.
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Por Nathalia Sarmento, g1 — Brasília

Postado em 27 de Julho de 2.025 às 12h00m

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Valdo: Trump não autorizou diálogo da Casa Branca com o Brasil
Valdo: Trump não autorizou diálogo da Casa Branca com o Brasil

A impressão de que o mundo atravessa, simultaneamente, guerras, colapsos climáticos, revoluções tecnológicas e conflitos políticos não é apenas sensação: é o que historiadores definem como uma aceleração da história — um período em que múltiplos processos globais se desdobram de forma interligada, intensa e imprevisível.

➡️Alguns dos fenômenos que ajudam a explicar a sensação de que o mundo chegou a um ponto de virada:

  • Guerras comerciais patrocinadas pelos EUA e disputa com a China
  • Tensões dentro das democracias liberais ocidentais
  • Ascensão da extrema-direita e de líderes antissistema
  • Conflitos armados em diversas regiões, inclusive dentro da Europa
  • Polarização política intensa e globalizada
  • Disputas culturais e avanço de guerras ideológicas
  • Crise climática e aumento de eventos extremos
  • Revolução da inteligência artificial e seus impactos no mercado de trabalho.

É um cenário de incerteza em relação ao presente e mais ainda em relação ao futuro. Considero a sensação parecida com a vivida durante a Segunda Guerra Mundial. Múltiplos atores aparecem no jogo internacional, e não há clareza sobre o que será o dia de amanhã, diz o historiador Carlos Vidigal, da Universidade de Brasília (UnB).

Essa percepção se fortalece pela dinâmica do mundo atual. Em um planeta globalizado, decisões econômicas, conflitos militares, avanços tecnológicos e lutas ideológicas se retroalimentam e reverberam simultaneamente, impactando a vida de bilhões de pessoas.

O fim da história?

Em 1991, após o colapso da União Soviética, o historiador americano Francis Fukuyama formulou uma ideia que marcou época: a vitória da democracia liberal ocidental significaria o fim da história — não no sentido literal, mas como o ponto final das grandes disputas ideológicas globais.

➡️Três décadas passadas, a realidade mostra o oposto. A queda da URSS criou novos polos de instabilidade, reacendeu disputas de influência e produziu um mundo mais fragmentado. Hoje, a ideia de Fukuyama é reavaliada à luz de conflitos como a invasão da Ucrânia pela Rússia, o surgimento de potências autocratas como China e Rússia e o desgaste da democracia liberal em vários países.

Além de anunciar 'tarifaço' para Canadá e México, Trump afirmou que ainda está estudando medida semelhante para a China. — Foto: Getty Images via BBC
Além de anunciar 'tarifaço' para Canadá e México, Trump afirmou que ainda está estudando medida semelhante para a China. — Foto: Getty Images via BBC

➡️Em 2022, o próprio Fukuyama voltou ao debate com o livro "Liberalism and Its Discontents" (Liberalismo e seus descontentes, em tradução livre), no qual faz uma revisão crítica de suas ideias anteriores.

Inspirando-se no ensaio de Freud "O mal-estar na civilização", o autor reconhece que o liberalismo falhou, nas últimas décadas, em atender às expectativas de justiça social — o que contribuiu tanto para o avanço de líderes populistas à direita quanto para o descontentamento crescente entre setores da esquerda.

O cientista político Murilo Medeiros afirma que as sociedades carregam cada vez mais o "sentimento de exclusão e insatisfação" em relação às instituições democráticas.

"Com o descrédito das elites, a polarização ganhou terreno entre diferentes grupos ideológicos. E tal cenário alimentado por sentimentos de exclusão e por uma busca maior de controle popular sobre as decisões políticas", afirma Murilo Medeiros.

Guerras e militarização

O uso da força voltou ao centro da política internacional. A invasão da Ucrânia pela Rússia, os conflitos no Oriente Médio e o aumento das tensões no mar do Sul da China refletem uma nova era de expansão militar, muitas vezes comandada por líderes populistas com discurso nacionalista.

Vamos assistir a uma nova corrida por armas e tecnologias militares. A preparação para a guerra se tornou explícita, afirma o historiador Antônio Barbosa, da UnB.

Em 2025, segundo a Academia de Genebra, universidade suíça, havia 110 conflitos armados ativos no mundo — com maior incidência no Oriente Médio e na África. Um dos episódios mais recentes foi o ataque de Israel ao Irã, em junho, sob a justificativa de neutralizar uma ameaça nuclear.

Guerra da Ucrania — Foto: GETTY IMAGES
Guerra da Ucrania — Foto: GETTY IMAGES

Blocos econômicos e disputas comerciais

A globalização interconecta todos os fatores, explica o cientista político Joscimar Silva, também da UnB. Um exemplo claro são os blocos econômicos, que atuam de forma coordenada para defender interesses comuns e redesenham o cenário geopolítico, analisa o professor.

Ao mesmo tempo, alianças econômicas no Sul Global se fortalecem – países em desenvolvimento se organizam em blocos, como o Brics. Isso enfraquece cada vez mais a posição hemegônica dos Estados Unidos e estimulam uma ordem multipolar no mundo.

O Brasil, por exemplo, negocia acordos com União Europeia, China e países africanos, tentando ampliar sua margem de manobra geopolítica.

O que os EUA fazem é conter a ascensão da China. Mas a potência asiática já desenvolveu tecnologias que superam as ocidentais e conquista mercados com rapidez, diz Antônio Barbosa.
A força da China e a resposta russa

A China cresceu 5,2% no segundo trimestre de 2025, mesmo em meio à guerra comercial com os Estados Unidos. Em parceria com a Rússia, Pequim propõe um modelo alternativo à democracia liberal ocidental.

Putin e Xi Jinping promovem a ideia de que regimes autocráticos garantem maior eficiência e coesão. Essa será uma disputa ideológica central nas próximas décadas, avalia Felipe Loureiro, professor de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo.

Putin, por exemplo, age para restabelecer o prestígio russo com base em narrativas históricas, expansionismo territorial e no fortalecimento da própria figura como líder absoluto. A anexação da Crimeia, a invasão da Ucrânia e a atuação militar em países vizinhos fazem parte desse projeto.

Brasil e China firmam parceria que prevê ferrovia ligando Atlântico e Pacífico
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Polarização, identidade e disputa cultural

No plano interno dos países, o avanço de lideranças autoritárias, a polarização nas redes e o crescimento de movimentos identitários reconfiguram o ambiente político.

Movimentos sociais surgem buscando direitos, mas também são capturados por discursos de guerra cultural por parte da extrema direita, afirma Antônio Barbosa.

A disputa gira entre uma agenda de costumes conservadora e demandas progressistas por igualdade e diversidade — o que intensifica o clima de confronto em países como Brasil, Argentina, Estados Unidos, Hungria e Itália.

A liderança populista surfa na onda do medo, da desinformação e da nostalgia de um passado hierárquico. As redes sociais reforçam as bolhas e simplificam debates profundos, analisa o antropólogo Ismael Silva, da UnB.
Revolução tecnológica e o futuro do trabalho

A inteligência artificial (IA) e a automação impõem um novo salto civilizacional. O Fórum Econômico Mundial estima que, até 2030, 92 milhões de empregos podem desaparecer, mas 170 milhões de novas vagas devem surgir — exigindo maior qualificação e reestruturação do mercado de trabalho.

Segundo o historiador Carlos Vidigal, da UnB, o acesso desigual à tecnologia pode ampliar abismos sociais. E a regulação da IA, se vier, terá de ser construída em colaboração com os setores produtivos e os governos — sob risco de ampliar ainda mais a instabilidade global.

Esse padrão se repete desde a Primeira Revolução Industrial. Mas agora, a desigualdade pode se aprofundar ainda mais, alerta Vidigal.
Um novo ponto de inflexão

O fim da história previsto por Fukuyama não se concretizou. Em vez disso, o mundo assiste a uma nova disputa por poder, tecnologia, recursos e narrativas.

Democracias passam por crises de identidade e autocracias se fortalecem, entre o Ocidente e modelos alternativos, entre o passado que resiste e um futuro em redefinição.

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EUA e China estenderão trégua tarifária por mais 90 dias, diz jornal chinês

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Representantes dos dois países se encontram para negociação nesta segunda-feira (28). Desde 12 de maio, as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas caíram de 145% para 30% e as da China sobre os produtos americanos foram de 125% para 10%.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 27 de Julho de 2.025 às 13h10m

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EUA anunciam acordo comercial com China, em meio à guerra tarifária
EUA anunciam acordo comercial com China, em meio à guerra tarifária

Os Estados Unidos e a China estenderão sua trégua tarifária por mais 90 dias, de acordo com o jornal chinês "South China Morning Post".

Segundo reportagem publicada neste domingo (27), fontes ouvidas pelo jornal afirmam que essa é a expectativa para a terceira rodada de negociações entre os dois países, que irá ocorrer em Estocolmo, na Suécia, nesta segunda-feira (28).

Uma fonte disse que as duas nações se comprometerão a não impor tarifas adicionais uma à outra, nem intensificar a guerra comercial por outros meios.

Três pessoas familiarizadas com a posição de Pequim, dizem que a delegação chinesa também pressionará a equipe comercial de Trump sobre tarifas relacionadas ao fentanil, já que o presidente Donald Trump, impôs uma taxa adicional de 20% sobre as importações chinesas, em março, alegando que Pequim não havia feito o suficiente para interromper o fluxo da droga para os EUA.

De acordo com uma delas, o governo chinês pode aceitar uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações se as taxas adicionais fossem suspensas.

Ao chegar para reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na Escócia, Donald Trump disse a repórteres que os dois países estão perto de fechar um acordo:

"Estamos muito perto de um acordo com a China. Realmente fizemos um acordo com a China, mas vamos ver como isso vai acontecer".
O acordo entre os dois países

  • As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas caíram de 145% para 30%.
  • As taxas da China sobre os produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%.
China e EUA anunciam acordo para pausar tarifaço
China e EUA anunciam acordo para pausar tarifaço

Cerca de duas semanas depois, no entanto, o presidente dos Estados Unidos acusou a China de violar o acordo em uma publicação em sua rede Truth Social:

"A má notícia é que a China, talvez sem surpresa para alguns, VIOLOU TOTALMENTE SEU ACORDO CONOSCO", postou.

Desde que anunciou um 'tarifaço' com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA, o republicano vem enfrentando muitas críticas, mesmo de aliados. A forte queda de braço com o governo chinês antes das negociações só piorou a situação.

O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019. — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo
O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019. — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo

Algumas horas depois do post do presidente americano, a China se pronunciou através de um comunicado divulgado por sua embaixada em Washington. Pediu que os Estados Unidos acabem com as "restrições discriminatórias" contra Pequim e que os dois lados "mantenham conjuntamente o consenso alcançado nas negociações de alto nível em Genebra".

"Desde as negociações econômicas e comerciais entre a China e os EUA em Genebra, ambos os lados têm mantido comunicação sobre suas respectivas preocupações nos campos econômico e comercial em várias ocasiões bilaterais e multilaterais em vários níveis", disse o porta-voz da embaixada, Liu Pengyu.
Relembre a guerra tarifária entre China e EUA

A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril.

A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.

Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.

Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.

A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim".

Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses.

A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.

No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção.

O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%.

Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%.

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