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sábado, 26 de julho de 2025

Conheça robô submarino desenvolvido na Bahia que inspeciona campos de petróleo no mundo

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Com sotaque baiano, 'FlatFish' é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro. Equipamento utiliza robótica e inteligência artificial para realizar inspeções subaquáticas que ajudam a identificar anomalias no fundo do mar.
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Por Thiara Reges, g1 BA

Postado em 26 de Julho de 2.025 às 09h00m

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FlatFish é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro para inspeção de petróleo
FlatFish é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro para inspeção de petróleo

Um pequeno robô submarino com sotaque baiano é apontado como uma das maiores inovações em manufatura avançada no país. Imerso em águas profundas, ele impacta diretamente o setor de petróleo e gás. Batizado de FlatFish, o dispositivo utiliza robótica e inteligência artificial para realizar inspeções subaquáticas que ajudam a identificar anomalias no fundo do mar.

O FlatFish é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro (AUV). Iniciado em 2014, o projeto foi desenvolvido pelo Senai CIMATEC, em Salvador, em parceria com a Shell Brasil e o Instituto Alemão de Inteligência Artificial e Robótica (DFKI).

O robô foi idealizado para realizar inspeções e monitorar infraestruturas submarinas. O equipamento realiza a coleta de dados e gera imagens tridimensionais em alta resolução, que ajudam a antecipar anomalias em equipamentos e estruturas, e ainda a prevenir acidentes.

FlatFish é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro. — Foto: Senai Cimatec
FlatFish é o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro. — Foto: Senai Cimatec

O dispositivo pode alcançar até 3 mil metros de profundidade, e tem entre as vantagens a possibilidade de se mover em todas as direções, sem intervenção humana direta e sem estar ligado umbilicalmente a outros equipamentos.

Outra característica do robô é a longa autonomia debaixo d’água, que, segundo os desenvolvedores, dispensa o auxílio constante de embarcações de apoio nas operações. A recarga do equipamento após cada missão pode ser feita em uma "garagem submarina".

O gerente executivo do Senai CIMATEC, Leonardo Nardy, lembrou os desafios enfrentados ao longo dos 10 anos de desenvolvimento do projeto. As dificuldades começaram pela montagem da equipe especializada em robótica, e a necessidade de intercâmbio de conhecimento com entidades internacionais.

Parte de nossa equipe foi para a Alemanha e parte da equipe deles veio para a Bahia; os testes nas águas da Baía de Todos-os-Santos, embarcados em um catamarã adaptado; e agora, a participação no processo de industrialização, elencou.

A iniciativa contou com investimento da cláusula de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Em 2018, a tecnologia foi licenciada para a empresa Saipem, responsável pela industrialização em água profunda. Desde então, o FlatFish passou a incorporar novos recursos. Agora, o robô está sendo testado por meio de um Projeto Multicliente (JIP), que incluiu também a participação da Petrobras, e em testes-piloto realizados na Bacia de Campos.

O AUV já foi testado com sucesso em ambiente controlado na Itália e em ambiente offshore no Brasil. A Saipem vem utilizando o veículo em serviços internos no Oriente Médio. Um segundo veículo foi fabricado e está em testes finais para atender ao mercado do Brasil, contou Rosane Zagatti, gerente de tecnologia da Shell Brasil.

💡 ENTENDA: offshore são atividades realizadas em alto-mar, frequentemente associadas à exploração e produção de petróleo e gás.

Os desenvolvedores destacam que o FlatFish tem conquistado espaço, inclusive em premiações internacionais. Eles atribuem o retorno positivo ao potencial de inovação, sucesso demonstrado, amplo apelo comercial e à capacidade de causar um impacto significativo no setor offshore.

Acreditamos que o desenvolvimento de tecnologias disruptivas, como o FlatFish, representa um avanço estratégico em diversas frentes, como segurança, eficiência operacional e diminuição das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, ao longo do projeto, a Shell investiu na capacitação de profissionais brasileiros, robustecendo o ecossistema de inovação do país, concluiu Rosane.


Rosane Zagatti, gerente de tecnologia da Shell Brasil. — Foto: Arquivo Pessoal

Resultados dentro e fora d’água

As contribuições do FlatFish não ficam restritas às águas profundas. A partir do desenvolvimento do robô, foi criado um Centro de Competência em Robótica e Sistemas Autônomos no Senai CIMATEC, na Bahia. A unidade capacita jovens engenheiros para o mercado brasileiro.

Leonardo Nardy destaca que o vasto portfólio de projetos de desenvolvimento de tecnologias na área de robótica aplicada a petróleo e gás, além de outros segmentos industriais, posiciona o Senai CIMATEC como uma referência em robótica do país.

Além da formação de novos profissionais, no desenvolvimento de um projeto como o FlatFish, você gera muito conhecimento. Falando de sistemas autônomos, temos uma infinidade de usos e aplicações. Essa mesma tecnologia pode ser utilizada para inspecionar outros tipos de equipamentos e inspeções ambientais, inclusive fora do mar, defendeu Leonardo.

O gerente executivo aponta ainda outra conquista importante: o Senai CIMATEC Mar. A unidade foi projetada para apoiar atividades e pesquisas marítimas industriais e comerciais, com o objetivo de fortalecer a inovação, a sustentabilidade, e atender demandas crescentes da Economia do Mar.

É uma ideia que surgiu há bastante tempo e o desenvolvimento do FlatFish permitiu fortalecer o nosso portfólio, vivenciar as águas da Baía de Todos-os-Santos, que possui as características necessárias para o desenvolvimento do SENAI CIMATEC MAR e assim conseguimos avançar com o projeto, concluiu.

Onde tem Bahia

Nova temporada do 'Onde Tem Bahia' destaca importância da economia do mar
Nova temporada do 'Onde Tem Bahia' destaca importância da economia do mar

As riquezas geradas na Bahia e o destino que tomam no mundo voltam à tela da TV Bahia na nova temporada do "Onde Tem Bahia", que estreia nesta sexta-feira (25). O programa especial será exibido em dois episódios, sempre após o Globo Repórter, coloca em evidência a importância estratégica da economia do mar para o desenvolvimento do estado e do Brasil.

O projeto, apresentado pelo jornalista Eduardo Oliveira, amplia os horizontes e reforça a valorização da produção local.

Nesta segunda temporada, a equipe da TV Bahia atravessou os continentes para mostrar como os produtos e soluções criadas no território baiano geram oportunidades de negócios e crescimento na Europa, na América do Sul e na América do Norte.

O "Onde tem Bahia" aposta em um conteúdo multiplataforma. Além da TV, pequenos programas serão exibidos na rádio Bahia FM (88.7 FM) e nas redes sociais da TV Bahia.

Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.

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