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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Nobel de Economia 2025 premia pesquisadores por estudos sobre o crescimento econômico impulsionado pela inovação

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Prêmio reconhece Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt por explicarem como a inovação e a destruição criativa impulsionam o crescimento econômico sustentado.
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Por Redação g1 — São Paulo

Postado em 13 de Outubro de 2.025 às 7h45m
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Nobel de Economia premia trio por estudos sobre crescimento impulsionado pela inovação
Nobel de Economia premia trio por estudos sobre crescimento impulsionado pela inovação

O Nobel de Economia 2025 foi concedido a Joel Mokyr (79), Philippe Aghion (69) e Peter Howitt (79), por seus estudos sobre crescimento econômico impulsionado pela inovação. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (13) pela Academia Real das Ciências da Suécia, responsável pelo prêmio.

Mokyr foi reconhecido por identificar as condições necessárias para o progresso econômico sustentado, ou seja, quando a economia cresce de forma contínua e estável, sem longos períodos de estagnação ou recessão. Já Aghion e Howitt receberam o prêmio pela teoria do crescimento baseada na chamada "destruição criativa" — processo no qual inovações novas e melhores substituem as anteriores.

Joel Mokyr, nascido na Holanda, é doutor pela Universidade de Yale e atualmente é professor na Universidade Northwestern em Illinois, nos Estados Unidos.

Philippe Aghion é francês e tem doutorado pela Universidade de Harvard, sendo professor na London School of Economics and Political Science, no Reino Unido. Já Peter Howitt é canadense e com doutorado pela Northwestern University e professor na Brown University, também nos Estados Unidos.

Segundo a Academia, os vencedores do Nobel de Economia mostram de diferentes formas que a destruição criativa gera conflitos que precisam ser administrados de maneira construtiva.

"Caso contrário, empresas consolidadas e grupos de interesse, temendo perdas, podem acabar bloqueando a inovação e freando o progresso econômico", explicou a Academia.

"O trabalho dos laureados mostra que o crescimento econômico não pode ser dado como certo. Precisamos preservar os mecanismos que sustentam a destruição criativa, para que não voltemos à estagnação, afirma John Hassler, presidente do comitê do Prêmio em Ciências Econômicas.

Os três pesquisadores receberão 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 6,4 milhões, na cotação atual), sendo metade para Joel Mokyr e metade para Philippe Aghion e Peter Howitt.

Anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2025 em Estocolmo, na Suécia — Foto: Anders Wiklund/TT News Agency/via Reuters
Anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2025 em Estocolmo, na Suécia — Foto: Anders Wiklund/TT News Agency/via Reuters

Os estudos de Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt

Nos últimos dois séculos, o mundo viveu um crescimento econômico contínuo que reduziu a pobreza e elevou o padrão de vida global. Os ganhadores do Nobel de Economia de 2025 — Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt — explicam como a inovação impulsiona esse progresso.

Mokyr mostrou, com base em registros históricos, que o avanço sustentável depende não só do conhecimento prático, mas também da "compreensão científica para o porquê".

Antes da Revolução Industrial no século 18, essa compreensão científica muitas vezes inexistia, o que dificultava o surgimento de novas descobertas e invenções. Mokyr também destacou a importância de uma sociedade aberta a novas ideias e disposta a aceitar mudanças.

Philippe Aghion e Peter Howitt também investigaram os mecanismos que sustentam o crescimento econômico. Em um artigo publicado em 1992, eles desenvolveram um modelo matemático da chamada "destruição criativa" — processo em que novas e melhores inovações substituem as antigas.

Para os pesquisadores, a inovação é criativa por trazer algo novo, mas também destrutiva, pois torna obsoletas as tecnologias e empresas que não acompanham o avanço.

Da estagnação ao crescimento sustentado pela inovação

Em seu estudo, Joel Mokyr aponta que, antes do século 19, as inovações não geravam crescimento econômico sustentável. Na Suécia e no Reino Unido, entre os anos 1300 e 1700, a economia praticamente não crescia, apesar de avanços como o arado pesado, os moinhos e a imprensa.

A partir do século 19, o estudo observou que o crescimento anual em torno de 2% se tornou o "novo normal", dobrando dos trabalhadores e elevando significativamente a qualidade de vida.

O PIB da Suécia e do Reino Unido entre 1300 e 1700 mostra que novas ideias não tiveram efeito perceptível no crescimento econômico de longo prazo. A série do Reino Unido refere-se à Inglaterra antes de 1700. — Foto: Johan Jarnestad/The Royal Swedish Academy of Scienses
O PIB da Suécia e do Reino Unido entre 1300 e 1700 mostra que novas ideias não tiveram efeito perceptível no crescimento econômico de longo prazo. A série do Reino Unido refere-se à Inglaterra antes de 1700. — Foto: Johan Jarnestad/The Royal Swedish Academy of Scienses

Mokyr mostrou que o conhecimento útil é essencial para o crescimento, e o classificou em dois tipos:

  • Proposicional: explica por que algo funciona (ciência, matemática).
  • Prescritivo: indica como fazer algo (instruções, receitas, desenhos).

Segundo ele, o progresso ocorre quando conhecimento proposicional e prescritivo se conectam, permitindo inovações mais eficientes. Por isso, sociedades abertas a mudanças, com artesãos e engenheiros qualificados — como a Grã-Bretanha — conseguiram um crescimento mais sustentável.

Para Mokyr, o crescimento econômico vai além do dinheiro. Ele também engloba fatores como educação, pesquisa, saúde, qualidade de vida e oportunidades de emprego. — Foto: Johan Jarnestad/The Royal Swedish Academy of Scienses
Para Mokyr, o crescimento econômico vai além do dinheiro. Ele também engloba fatores como educação, pesquisa, saúde, qualidade de vida e oportunidades de emprego. — Foto: Johan Jarnestad/The Royal Swedish Academy of Scienses

Philippe Aghion e Peter Howitt desenvolveram um modelo matemático da chamada "destruição criativa", demonstrando como empresas inovadoras substituem tecnologias antigas e estimulam novos avanços.

O modelo evidencia a importância do investimento em pesquisa e desenvolvimento, mostrando dois pontos: os incentivos privados podem ser menores que os benefícios sociais — o que justifica subsídios — e o chamado business stealing, em que lucros privados elevados podem indicar investimento excessivo em pesquisa e desenvolvimento.

Para os dois pesquisadores, concentrações de mercado muito altas ou muito baixas prejudicam a inovação. Por isso, políticas que promovam uma concorrência equilibrada são essenciais.

Aghion e Howitt A inovação cria vencedores e perdedores, inclusive entre os trabalhadores. No entanto, sistemas como o flexicurity ajudam a proteger as pessoas sem manter empregos obsoletos.

🔎 A flexicurity, junção de "flexibilidade" e "segurança", na tradução em português, é um modelo de política de emprego que une flexibilidade para as empresas com segurança para os trabalhadores. Ele permite que o mercado de trabalho se ajuste rapidamente às mudanças econômicas, oferecendo proteção social e capacitação aos trabalhadores, enquanto as empresas podem adaptar sua força de trabalho, equilibrando inovação, competitividade e bem-estar.

Segundo os economistas, o crescimento sustentável depende da mobilidade social e de um ambiente que incentive pessoas inovadoras e empreendedores, mas não é automático: a concentração de mercado, limitações acadêmicas e barreiras regionais podem frear o progresso.

Por fim, os pesquisadores também acreditam que a inteligência artificial pode acelerar o acúmulo de conhecimento útil. Além disso, a sustentabilidade requer políticas que minimizem os efeitos negativos das inovações, como mudanças climáticas, poluição, desigualdade e uso excessivo de recursos.

O Prêmio Nobel de Economia de 2025 foi concedido a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt — Foto: Prêmio Nobel/Divulgação
O Prêmio Nobel de Economia de 2025 foi concedido a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt — Foto: Prêmio Nobel/Divulgação

Veja os vencedores dos últimos anos do Nobel de Economia:

O prêmio

O prêmio de Economia, oficialmente chamado de "Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel", foi criado em 1968 e concedido pela primeira vez em 1969.

A homenagem não fazia parte do grupo original de cinco prêmios estabelecidos pelo testamento do industrialista sueco Alfred Nobel, criador da dinamite. Os outros prêmios Nobel (Medicina, Física, Química, Literatura e Paz) foram entregues pela primeira vez em 1901.

O Nobel de Economia é o último concedido este ano. Os prêmios de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz já foram anunciados nos últimos dias.

Embora seja o prêmio de maior prestígio para um pesquisador em economia, o prêmio não adquiriu o mesmo status das disciplinas escolhidas por Alfred Nobel em seu testamento de fundação (Medicina, Física, Química, Paz e Literatura) - seus detratores zombam dele como um "falso Nobel" que representa economistas ortodoxos e liberais.

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Em operação histórica, Hamas liberta os últimos 20 reféns israelenses vivos após mais de 700 dias de cativeiro em Gaza

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Ação marca 'o fim de uma era de mortes e terror' no Oriente Médio, afirmou o presidente Donald Trump. Israel também começou a soltar quase 2 mil prisioneiros palestinos, como parte do acordo de cessar-fogo.
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 Por Wesley Bischoff, Aline Freitas, g1 — São Paulo

Postado em 13 de Outubro de 2.025 às 05h00m
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Hamas liberta todos os 20 reféns israelenses
Hamas liberta todos os 20 reféns israelenses

Os últimos 20 reféns israelenses vivos que ainda estavam sob poder do grupo terrorista Hamas foram libertados após mais de dois anos de cativeiro, nesta segunda-feira (13). A operação histórica faz parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, e é um passo importante rumo ao fim do conflito na Faixa de Gaza.

"Um dia histórico, o fim de uma era de mortes e terror", afirmou o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, durante um discurso no Parlamento israelense nesta segunda. Ele apresentou a proposta do acordo de cessar-fogo, assinado na semana passada. 
"Os Estados Unidos se unem a vocês nesses dois votos eternos — nunca esquecer e nunca mais repetir. Contra todas as probabilidades, fizemos o impossível e trouxemos nossos reféns de volta para casa", completou o norte-americano.

Havia 48 reféns sob poder do Hamas em Gaza. Desses, 20 foram libertados com vida. Entre eles, militares israelenses e participantes do festival que foi alvo do ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Segundo Israel, os demais 28 reféns estão mortos.

O Hamas confirmou que vai devolver os corpos de quatro dos 28 reféns mortos ainda nesta segunda. Ainda não está claro, no entanto, se os corpos das outras vítimas serão devolvidos. O comunicado divulgado pelo grupo não menciona o paradeiro dos demais restos mortais nem quando serão liberados.

O Ministro da Defesa de Israel afirmou que a entrega de quatro corpos é "falha no cumprimento dos compromissos".

Os reféns foram recebidos por familiares em território israelense com emoção e abraços. Grupos que faziam vigília pelos reféns em Tel Aviv também celebraram a libertação.

Em contrapartida, o governo israelense começou a libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 que haviam sido condenados à prisão perpétua por crimes cometidos contra Israel e sua população.

  • No total, o Hamas sequestrou 251 pessoas no ataque terrorista de 2023. Outros reféns foram libertados ao longo de outros acordos de cessar-fogo.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o Oriente Médio entra em "tempos de paz".

"Há tempos de paz e tempos de guerra. Os dois últimos anos foram tempos de guerra, mas agora entramos em tempos de paz. Dentro e fora de Israel", declarou.

Uma cerimônia para oficializar a assinatura do acordo será feita nesta segunda-feira, no Egito. Líderes mundiais se reunirão na cidade egípcia de Sharm El-Sheik para discutir os próximos passos do acordo de paz entre Israel e o Hamas.

A cúpula de paz em Gaza, como está sendo chamada a reunião, tem como objetivo conduzir uma segunda etapa de negociações do plano de Trump: selar o fim da guerra, criar elementos para paz duradoura no Oriente Médio e estabelecer um conselho que irá supervisionar Gaza neste primeiro momento do pós-guerra.

Além de Trump, mais de 20 líderes participarão da cúpula de paz, como:

  • o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani;
  • o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan;
  • o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas;
  • o presidente do Egito, Abdul Fatah Al Sisi;
  • o premiê do Reino Unido, Keir Starmer;
  • o presidente da França, Emmanuel Macron.
Netanyahu havia confirmado nesta segunda-feira que iria ao encontro. Porém, minutos depois, seu gabinete disse que ele não irá mais, e deu como justificativa a proximidade com um feriado judaico.

Prisioneiros palestinos são libertados
Prisioneiros palestinos são libertados

O Hamas tinha até as 6h desta segunda-feira, pelo horário de Brasília, para concluir a libertação. O grupo pediu mais tempo para localizar todos os corpos dos reféns mortos.

Ainda não há prazo para que todos os corpos sejam devolvidos. A Turquia anunciou uma força-tarefa para ajudar o Hamas a encontrar os restos mortais das vítimas na Faixa de Gaza.

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Reféns que serão libertados pelo Hamas — Foto: Divulgação
Reféns que serão libertados pelo Hamas — Foto: Divulgação

O acordo

O plano de paz entre Israel e Hamas foi apresentado no fim de setembro por Donald Trump e negociado com a mediação de Egito, Catar e Turquia. Veja alguns pontos a seguir.

🟢 Reféns: o Hamas mantinha 48 dos 251 sequestrados no ataque terrorista em 2023. As demais vítimas foram libertas durante a vigência de outros dois acordos de cessar-fogo ou por meio de operações militares israelenses.

💥 Ataques em Gaza: o plano prevê o fim dos bombardeios na Faixa de Gaza e o recuo das tropas israelenses.

  • O plano divulgado pela Casa Branca no fim de setembro prevê uma retirada gradual das tropas do território palestino.
  • Logo após o anúncio do cessar-fogo, as forças israelenses recuaram para uma linha acordada com o Hamas.
  • Com isso, Israel diminuiu a área de ocupação em Gaza de 75% para 53%.
  • O chefe do Estado-Maior de Israel instruiu as tropas a se prepararem para todos os cenários e para a operação de retorno dos reféns.
Infográfico mostra recuo das tropas de Israel em Gaza. — Foto: Arte/g1
Infográfico mostra recuo das tropas de Israel em Gaza. — Foto: Arte/g1

🔎 O que falta esclarecer: Apesar do início do cessar-fogo, vários detalhes do plano de paz ainda não foram divulgados.

  • Segundo o presidente Trump, outras fases do acordo estão em negociação. Ainda não se sabe como serão as próximas etapas.
  • Também não está claro como será a transição de governo na Faixa de Gaza, proposta pela Casa Branca.
  • Além disso, não há confirmação de que o Hamas tenha se comprometido a entregar suas armas. O grupo terrorista tem indicado que não concorda com a ideia.
  • O Hamas disse também que não vai acertar uma tutela estrangeira na governança de Gaza, algo previsto no plano dos Estados Unidos.