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domingo, 28 de setembro de 2025

ANÁLISE: Como Israel está se isolando do cenário global

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Condenação internacional aumentou drasticamente desde que Israel anunciou uma ofensiva terrestre contra a Cidade de Gaza
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Lauren Kent, da CNN
28/09/25 às 12:46 | Atualizado 28/09/25 às 12:46
Postado em 28 de Setembro de 2.025 às 16h00m
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Benjamin Netanyahu na Assembleia Geral da ONU  • Reuters

Israel está se tornando cada vez mais isolado no cenário mundial à medida que a guerra e a crise humanitária em Gaza continuam, com a reação negativa se espalhando para as esferas econômica, cultural e esportiva.

A condenação internacional aumentou drasticamente desde que Israel anunciou uma ofensiva terrestre contra a Cidade de Gaza e realizou um ataque sem precedentes contra a liderança do Hamas em território do Catar.

Isso também ocorre após uma investigação independente da ONU concluir, pela primeira vez na semana passada, que Israel cometeu genocídio contra os palestinos em Gaza — uma conclusão que ecoa a de outros especialistas em genocídio e organizações de direitos humanos, mas que o governo israelense rejeita.

Na semana passada, a União Europeia — maior parceira comercial de Israel — propôs sanções que suspenderiam parcialmente seu acordo de livre comércio com o país, caso sejam aprovadas pelos Estados membros do bloco. Várias nações ocidentais já implementaram sanções específicas contra indivíduos israelenses, assentamentos ilegais e organizações que apoiam a violência na Cisjordânia ocupada.

Impactos econômicos da guerra em Gaza

A indignação global também está afetando a economia israelense de outras maneiras.

Em agosto, o fundo soberano da Noruega — o maior do mundo — anunciou que estava desinvestindo partes de seu portfólio em Israel devido ao agravamento da crise humanitária em Gaza.

Israel também enfrenta embargos parciais ou totais de armas por parte da França, Itália, Países Baixos, Espanha, Reino Unido e outros países, em razão de sua conduta na guerra em Gaza.

A reação internacional tem sido tão intensa que o próprio primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reconheceu a situação no início deste mês, alertando que Israel enfrenta uma espécie de isolamento que pode durar anos. Ele acrescentou que o país não teria outra opção a não ser se sustentar sozinho.

Netanyahu afirmou que Israel precisaria desenvolver ainda mais sua indústria bélica e adaptar sua economia para depender menos do comércio externo. Posteriormente, minimizou essas declarações, dizendo que se referia apenas à indústria de defesa.

Boicote no entretenimento e cultura

Com a escalada da guerra, Israel também começa a sofrer impactos nas áreas de entretenimento e cultura.

Em vários países europeus emissoras de TV anunciaram que vão boicotar o tradicional Festival Eurovision de música caso Israel seja autorizado a participar da edição de 2026. A emissora pública irlandesa, RTE, declarou que considera inconcebível a participação da Irlanda no festival, diante da contínua e horrenda perda de vidas em Gaza.

A emissora israelense KAN 11 respondeu dizendo que seguirá com a escolha do representante de Israel para 2026 e argumentou que a celebração musical não deve ser politizada.

A União Europeia de Radiodifusão, organizadora do Eurovision, afirmou que os países membros votarão em novembro para decidir quais nações poderão participar da competição no próximo ano. Israel participa do Eurovision desde 1973.

Nas artes clássicas, um festival de música em Ghent, na Bélgica, cancelou recentemente um concerto da Filarmônica de Munique, que se apresentaria com o maestro israelense Lahav Shani. Em nota, os organizadores afirmaram que Shani já se manifestou diversas vezes em favor da paz e da reconciliação, mas... não conseguimos esclarecer suficientemente sua posição em relação ao regime genocida de Tel Aviv.

O governo israelense sustenta que está conduzindo a guerra em Gaza em legítima defesa e de acordo com o direito internacional, negando categoricamente todas as acusações de genocídio.

Em Hollywood, milhares de cineastas, atores e profissionais da indústria cinematográfica se comprometeram a não colaborar com instituições de cinema israelenses “implicadas em genocídio e apartheid contra o povo palestino. Entre os signatários estão Olivia Colman, Emma Stone, Andrew Garfield e Hannah Einbinder, que recentemente ganhou destaque ao encerrar seu discurso de aceitação no Emmy com as palavras Free Palestine.

Isolamento cresce também no esporte

O esporte também não tem escapado da controvérsia. A etapa final de uma importante corrida de ciclismo foi cancelada no início deste mês após grandes protestos pró-Palestina interromperem o evento, em resposta à participação da equipe Israel-Premier Tech.

Também na Espanha, os organizadores de um torneio de xadrez proibiram jogadores israelenses de competirem sob a bandeira nacional, o que levou à retirada da delegação israelense, segundo a agência Reuters.

A imprensa israelense também tem relatado preocupações crescentes de que Israel possa ser suspenso de competições europeias de futebol.

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Em agosto, a UEFA foi alvo de críticas depois que uma faixa foi exibida em campo antes da final da Supercopa, com os dizeres: Parem de matar crianças, parem de matar civis — sem menção direta a Israel ou qualquer outro país.

O ministro israelense da Cultura e Esportes, Miki Zohar, afirmou que ele e outros representantes do governo têm trabalhado intensamente nos bastidores para barrar a iniciativa de expulsar Israel da UEFA.

Vários jogadores da Premier League, incluindo o astro do Liverpool Mohamed Salah, também se manifestaram contra a guerra em Gaza e pediram solidariedade ao povo palestino.

Ponto de inflexão de Israel ao estilo "África do Sul"

A reação econômica e cultural contra Israel gerou comparações com a pressão exercida sobre a África do Sul durante a era do apartheid, a opressão racial.

Entre as décadas de 1950 e 1990, a África do Sul enfrentou um forte movimento de boicote que, pouco a pouco, a transformou em um pária.

Produtos sul-africanos foram retirados dos supermercados no ocidente, ativistas incentivaram desinvestimentos e saídas de bancos, e muitos músicos se recusaram a se apresentar no estado do apartheid.

Um boicote esportivo levou à exclusão da África do Sul de competições internacionais como críquete e, eventualmente, rugby.

O simbólico tem mais força do que parafusos e números, disse Ilan Baruch, ex-embaixador de Israel na África do Sul, que renunciou ao Ministério das Relações Exteriores israelense em 2011 para protestar contra o governo que abandonou seu compromisso com a paz por meio de uma solução de dois Estados.

O Eurovision é muito popular, e os torneios de futebol são muito, muito populares. E se você mencionar uma conexão entre a pressão sobre Israel em questões políticas e cultura, esportes e assim por diante, isso causará impacto, assim como aconteceu com a África do Sul, disse ele à CNN.

Baruch é agora presidente do Grupo de Trabalho de Políticas, um grupo de acadêmicos, ativistas e ex-diplomatas israelenses que defendem o reconhecimento do Estado da Palestina e uma solução de dois Estados.

Ele disse que uma pressão assertiva sobre Israel é necessária, argumentando que não deveria ser possível para o país manter tal privilégio em suas relações comerciais com a União Europeia e ao mesmo tempo, minar os direitos humanos e o futuro dos palestinos.

Não são apenas as relações comerciais, mas o status privilegiado de Israel que agora está em jogo, afirmou.

O governo israelense também tem enfrentado muita oposição dentro do país, com protestos regulares contra a guerra e pedidos generalizados por um cessar-fogo para trazer de volta os reféns capturados pelos militantes do Hamas no ataque a Israel em 7 de outubro de 2023.

Enquanto isso, nas últimas duas décadas, uma campanha da sociedade civil liderada pelos palestinos, chamada Movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), tem tentado replicar o impacto do boicote anti-apartheid na África do Sul. Após anos de sucesso marginal, o movimento ganhou mais atenção e força desde que a guerra em Gaza começou.

Desdobramentos na ONU

A Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) desta semana trouxe um isolamento ainda maior para Israel no cenário mundial.

Vários países ocidentais reconheceram formalmente um Estado palestino antes da AGNU, incluindo potências diplomáticas como Canadá, França e Reino Unido.

E uma nova análise das votações chave da AGNU em resoluções relacionadas aos assuntos israelo-palestinos entre 2017 e 2025, conduzida por Robert Satloff, diretor executivo do Washington Institute for Near East Policy, revelou que alguns dos defensores de longa data de Israel estão se afastando.

O número de países que se abstiveram formalmente em votações da AGNU relacionadas a Israel — geralmente visto como um apoio passivo ao país — está diminuindo.

Não há dúvida de que há um voto performático aqui. Alguns desses países que votaram contra Israel mantêm relações importantes e discretas com Israel e são vistos como parceiros fortes, disse Satloff à CNN. Mas, do ponto de vista israelense, a tendência deveria ser preocupante quando, com o tempo, há um padrão claro de apoiadores antes fortes se movendo na direção oposta.

Satloff disse que a grande questão é se o crescente isolamento diplomático de Israel é algo que pode ser revertido.

Alguns Estados membros da ONU já demonstravam profunda animosidade em relação a Israel antes do conflito atual, enquanto outros países estão profundamente comovidos com os detalhes do que está acontecendo em Gaza, e provavelmente suavizarão sua visão sobre o comportamento do governo israelense quando a guerra terminar e/ou quando um novo governo surgir em Israel, disse Satloff.

Enquanto isso, o relatório da comissão da ONU sobre genocídio em Gaza trouxe nova atenção à investigação do TPI (Tribunal Penal Internacional) sobre a situação no Estado da Palestina, com a investigação recomendando que os promotores examinem a possibilidade de genocídio como parte do caso.

A emissão de um mandado de prisão pelo TPI no ano passado contra Netanyahu já restringiu severamente os destinos para onde ele pode viajar fora de Israel.

voo de Netanyahu para a reunião da ONU em Nova York, nesta semana, seguiu uma rota indireta — desviando do espaço aéreo da França e da Espanha — numa aparente tentativa de evitar países que poderiam cumprir o mandado de prisão pendente contra ele por supostos crimes de guerra.

Apesar da aparente queda no apoio de outras nações, os Estados Unidos ainda votam firmemente ao lado de Israel.

Falando no início deste mês sobre o ataque israelense em solo catari, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse: Acho que os comentários do presidente falam por si só nesse aspecto. Ele não gostou da forma como tudo aconteceu. Dito isso... nosso relacionamento com Israel continuará forte.

Esse conteúdo foi publicado originalmente em

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Ponte mais alta do mundo é inaugurada na China

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Estrutura está 625 metros acima do rio que corta o Cânion Huajiang. Travessia, que antes levava cerca de duas horas, agora pode ser feita em poucos minutos.
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TOPO
Por Deutsche Welle

Postado em 28 de Setembro de 2.025 às 14h50m
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A Ponte do Cânion Huajiang é quase tão alta quanto a Shanghai Tower, maior arranha-céu da China — Foto: STR/AFP/Getty Images via DW
A Ponte do Cânion Huajiang é quase tão alta quanto a Shanghai Tower, maior arranha-céu da China — Foto: STR/AFP/Getty Images via DW

A ponte mais alta do mundo foi aberta ao tráfego neste domingo (28) na China. A estrutura, que corta o Cânion Huajiang, fica na província de Guizhou e vai encurtar o tempo de viagem de cerca de duas horas para poucos minutos.

A ponte tem 625 metros de altura em seu ponto mais alto do chão até a pista, e 1.420 metros de extensão. É tão imponente quanto o maior arranha-céu do país, a Shanghai Tower, com 632 metros, informou a agência estatal de notícias Xinhua.

A obra levou três anos para ser concluída e custou mais de 2 bilhões de yuans (R$ 1,5 bilhão), segundo a mídia estatal. Vídeos divulgados da inauguração mostram as torres da ponte envoltas em nuvens.

China é recordista em megainfraestruturas

A China tem 18 das 20 pontes mais altas do mundo. Até a inauguração deste domingo, o título de ponte mais alta pertencia a outra infraestrutura na mesma província de Guizhou: a Beipanjiang, também conhecida como Ponte Duge, com 565 metros de altura.

Projetos do tipo, contudo, são considerados controversos no país, dada a alta taxa de endividamento das províncias – o que é especialmente o caso de Guizhou.

Que aflição! VÍDEO mostra bebê engatinhando em ponte de vidro na China
Que aflição! VÍDEO mostra bebê engatinhando em ponte de vidro na China


China inaugura maior ponte do mundo sobre o mar
China inaugura maior ponte do mundo sobre o mar

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À CNN, dirigente do Hamas defende "alto preço" do 7/10 para palestinos

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Em entrevista exclusiva, Ghazi Hamad afirma que não havia outra escolha e que negociações com Israel estão "congeladas"
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Nadeen Ebrahim, Jeremy Diamond e Andrew Carey, da CNN
25/09/25 às 20:52 | Atualizado 26/09/25 às 08:41
Postado em 28 de Setembro de 2.025 às 12h45m
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Um alto dirigente do Hamas defendeu à CNN os ataques mortais de 7 de outubro de 2023 contra Israel. Para Ghazi Hamad, os ataques criaram um "momento de ouro" para a causa palestina, apesar das dezenas de milhares de mortes na Faixa de Gaza.

Em uma entrevista em Doha, capital do Catar, duas semanas após sobreviver a um ataque aéreo israelense contra um complexo do Hamas na cidade, Ghazi Hamad destacou a crescente condenação internacional à ofensiva israelense em Gaza e a quantidade crescente de países que reconheceram o Estado palestino.

Ele não se desculpou pelas consequências para os civis palestinos em Gaza, mesmo com milhares de mortes após os ataques de Israel.

"Sabe qual é o benefício do 7 de outubro agora? (...) Se você olhar para a Assembleia Geral [da ONU] de ontem, quando cerca de 194 pessoas abriram os olhos e olharam para a atrocidade, para a brutalidade de Israel e de todos eles, eles condenaram Israel. Esperamos por este momento por 77 anos", disse ele.

"Acho que este é um momento de ouro para o mundo mudar a história", comentou.

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Combatentes do Hamas mataram 1.200 pessoas em Israel em 7 de outubro de 2023 e fizeram mais de 250 reféns em um ataque brutal. Isso desencadeou uma retaliação militar de Israel, que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, matou mais de 65 mil pessoas, sendo a maioria mulheres e crianças.

A ofensiva de 7 de outubro foi sem precedentes na história israelense, mas com a destruição generalizada, a fome e o número crescente de mortos e feridos em Gaza, o governo de Benjamin Netanyahu tem enfrentado acusações de que sua resposta foi desproporcional – chegando até mesmo a alegações de genocídio.

Confrontado pela CNN sobre se o Hamas compartilha alguma culpa – ou se os ataques valeram os milhares de mortos em Gaza –, o alto funcionário do grupo se recusou a assumir qualquer responsabilidade e disse: "Sei que o preço é muito alto, mas pergunto novamente: qual é a opção?"

Enfrentando a raiva de Gaza

Nos últimos meses, moradores da Faixa de Gaza expressaram raiva contra o Hamas, acusando o grupo de se recusar a encerrar a guerra, deixando as pessoas sofrendo sem comida e água.

Durante a entrevista, a CNN mostrou a Hamad imagens de pessoas no território palestino pedindo ao grupo que renuncie ao poder.

Em um clipe mostrado a Hamad, um manifestante anti-Hamas diz: Nossa mensagem ao Hamas é: parem de apostar e se aventurar conosco. Vocês estão desconectados da realidade. Principalmente porque a liderança do Hamas está localizada fora de Gaza".

"Algumas pessoas dizem que eles mataram com a carne de nossos filhos, enquanto estavam sentados em hotéis", adicionou.

Hamad se recusou a olhar as imagens por mais de alguns segundos, afastando o iPad que as exibia. Ele disse que sabia que as pessoas estavam sofrendo, mas atribuiu o descontentamento à agressão israelense.

Eu sei, eu vi, eu vi. Eu sei que as pessoas estão sofrendo", afirmou à CNN.

O Hamas respondeu brutalmente àqueles que criticam suas ações em Gaza.

Em abril, um palestino de 22 anos foi torturado e morto por integrantes do grupo após criticar o Hamas publicamente e participar de raros protestos em Gaza, segundo sua família. Em maio, palestinos se manifestaram contra o Hamas no norte de Gaza, no que pareceu ser o maior protesto contra o grupo desde os ataques a Israel em 7 de outubro de 2023.

Acusação de uso de reféns como escudos humanos

Hamad falou à CNN enquanto uma ofensiva israelense em Gaza estava em andamento. Israel busca capturar totalmente a maior cidade do território palestino, afirmando que ela continua sendo um reduto do Hamas.

O grupo armado tem sido acusado por Israel de usar civis como escudos humanos, e uma mensagem da ala militar do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, há uma semana, indicou que os reféns restantes em Gaza foram "distribuídos pelos bairros", colocando-os efetivamente na mesma situação.

"Não nos preocuparemos com suas vidas enquanto [o primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu decidir matá-los", diz o comunicado das Brigadas.

Questionado se os detidos estão sendo usados ​​para impedir a invasão israelense e como escudos humanos, Hamad negou e insistiu que todos eles sejam tratados "com princípios islâmicos".

Alguns dos reféns libertados estavam famintos e magros, enquanto outros alegaram abuso sexual em cativeiro, o que a ONU também denunciou.

Em resposta, Hamad afirmou que "não há provas concretas de que usamos essas coisas contra as pessoas".

"Nossas premissas (são as do) Islã", adicionou.

Questionado se o grupo atenderia aos apelos para conceder à Cruz Vermelha acesso aos reféns, Hamad hesitou, chamando a situação em campo de "complicada".

Sobrevivendo a um ataque surpresa ao Catar

Sentado em um salão bem iluminado, com poltronas alinhadas na parede ao redor de um pôster de Jerusalém com uma fotografia emoldurada do falecido líder político do Hamas Ismail Haniyeh, Hamad disse que os EUA são tão culpados quanto Israel pelo ataque deste mês, em 9 de setembro, no Catar, que teve como alvo a liderança do grupo.

Hamad estava entre os líderes do Hamas que foram alvo do ataque. Ele descreveu ter sobrevivido como "um milagre".

O ataque israelense ocorreu em um momento em que autoridades do Hamas analisavam uma proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos. A operação provocou uma interrupção repentina das negociações, segundo Hamad.

"Congeladas", disse ele à CNN, quando questionado sobre o status atual das negociações.

Segundo a autoridade do grupo palestino, parte da culpa recai sobre os Estados Unidos, sugerindo que o país não agiu de boa-fé e, em vez disso, estava cumprindo as ordens de Israel.

Este é o problema com os americanos: eles não podem provar que são mediadores honestos e neutros, avaliou.

As condições de Israel para encerrar a guerra são claras: devolver os reféns — tanto os vivos quanto os mortos — e destruir o Hamas em troca de um cessar-fogo que daria início às negociações.

A maior parte da comunidade internacional, embora aumente a pressão sobre Israel para que pare de lutar, também deixa claro que o Hamas deve se desarmar imediatamente.

Os comentários de Hamad ressaltaram o quão distante essa exigência está das intenções do grupo.

O [braço armado] do Hamas é uma arma legítima e legal que é usada o tempo todo contra uma ocupação, destacou.

Se um Estado palestino fosse estabelecido, disse ele, as armas do Hamas seriam direcionadas ao Exército palestino.

Mas não se pode excluir o Hamas das questões palestinas e da situação palestina, porque o Hamas está desempenhando um papel positivo, afirmou.

Nós nunca nos renderemos. Nós nunca nos renderemos", pontuou.

*Zeena Saifi e Ibrahim Dahman, da CNN, contribuíram com a reportagem

Esse conteúdo foi publicado originalmente em

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