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domingo, 28 de setembro de 2025

À CNN, dirigente do Hamas defende "alto preço" do 7/10 para palestinos

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Em entrevista exclusiva, Ghazi Hamad afirma que não havia outra escolha e que negociações com Israel estão "congeladas"
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Nadeen Ebrahim, Jeremy Diamond e Andrew Carey, da CNN
25/09/25 às 20:52 | Atualizado 26/09/25 às 08:41
Postado em 28 de Setembro de 2.025 às 12h45m
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Um alto dirigente do Hamas defendeu à CNN os ataques mortais de 7 de outubro de 2023 contra Israel. Para Ghazi Hamad, os ataques criaram um "momento de ouro" para a causa palestina, apesar das dezenas de milhares de mortes na Faixa de Gaza.

Em uma entrevista em Doha, capital do Catar, duas semanas após sobreviver a um ataque aéreo israelense contra um complexo do Hamas na cidade, Ghazi Hamad destacou a crescente condenação internacional à ofensiva israelense em Gaza e a quantidade crescente de países que reconheceram o Estado palestino.

Ele não se desculpou pelas consequências para os civis palestinos em Gaza, mesmo com milhares de mortes após os ataques de Israel.

"Sabe qual é o benefício do 7 de outubro agora? (...) Se você olhar para a Assembleia Geral [da ONU] de ontem, quando cerca de 194 pessoas abriram os olhos e olharam para a atrocidade, para a brutalidade de Israel e de todos eles, eles condenaram Israel. Esperamos por este momento por 77 anos", disse ele.

"Acho que este é um momento de ouro para o mundo mudar a história", comentou.

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Combatentes do Hamas mataram 1.200 pessoas em Israel em 7 de outubro de 2023 e fizeram mais de 250 reféns em um ataque brutal. Isso desencadeou uma retaliação militar de Israel, que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, matou mais de 65 mil pessoas, sendo a maioria mulheres e crianças.

A ofensiva de 7 de outubro foi sem precedentes na história israelense, mas com a destruição generalizada, a fome e o número crescente de mortos e feridos em Gaza, o governo de Benjamin Netanyahu tem enfrentado acusações de que sua resposta foi desproporcional – chegando até mesmo a alegações de genocídio.

Confrontado pela CNN sobre se o Hamas compartilha alguma culpa – ou se os ataques valeram os milhares de mortos em Gaza –, o alto funcionário do grupo se recusou a assumir qualquer responsabilidade e disse: "Sei que o preço é muito alto, mas pergunto novamente: qual é a opção?"

Enfrentando a raiva de Gaza

Nos últimos meses, moradores da Faixa de Gaza expressaram raiva contra o Hamas, acusando o grupo de se recusar a encerrar a guerra, deixando as pessoas sofrendo sem comida e água.

Durante a entrevista, a CNN mostrou a Hamad imagens de pessoas no território palestino pedindo ao grupo que renuncie ao poder.

Em um clipe mostrado a Hamad, um manifestante anti-Hamas diz: Nossa mensagem ao Hamas é: parem de apostar e se aventurar conosco. Vocês estão desconectados da realidade. Principalmente porque a liderança do Hamas está localizada fora de Gaza".

"Algumas pessoas dizem que eles mataram com a carne de nossos filhos, enquanto estavam sentados em hotéis", adicionou.

Hamad se recusou a olhar as imagens por mais de alguns segundos, afastando o iPad que as exibia. Ele disse que sabia que as pessoas estavam sofrendo, mas atribuiu o descontentamento à agressão israelense.

Eu sei, eu vi, eu vi. Eu sei que as pessoas estão sofrendo", afirmou à CNN.

O Hamas respondeu brutalmente àqueles que criticam suas ações em Gaza.

Em abril, um palestino de 22 anos foi torturado e morto por integrantes do grupo após criticar o Hamas publicamente e participar de raros protestos em Gaza, segundo sua família. Em maio, palestinos se manifestaram contra o Hamas no norte de Gaza, no que pareceu ser o maior protesto contra o grupo desde os ataques a Israel em 7 de outubro de 2023.

Acusação de uso de reféns como escudos humanos

Hamad falou à CNN enquanto uma ofensiva israelense em Gaza estava em andamento. Israel busca capturar totalmente a maior cidade do território palestino, afirmando que ela continua sendo um reduto do Hamas.

O grupo armado tem sido acusado por Israel de usar civis como escudos humanos, e uma mensagem da ala militar do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, há uma semana, indicou que os reféns restantes em Gaza foram "distribuídos pelos bairros", colocando-os efetivamente na mesma situação.

"Não nos preocuparemos com suas vidas enquanto [o primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu decidir matá-los", diz o comunicado das Brigadas.

Questionado se os detidos estão sendo usados ​​para impedir a invasão israelense e como escudos humanos, Hamad negou e insistiu que todos eles sejam tratados "com princípios islâmicos".

Alguns dos reféns libertados estavam famintos e magros, enquanto outros alegaram abuso sexual em cativeiro, o que a ONU também denunciou.

Em resposta, Hamad afirmou que "não há provas concretas de que usamos essas coisas contra as pessoas".

"Nossas premissas (são as do) Islã", adicionou.

Questionado se o grupo atenderia aos apelos para conceder à Cruz Vermelha acesso aos reféns, Hamad hesitou, chamando a situação em campo de "complicada".

Sobrevivendo a um ataque surpresa ao Catar

Sentado em um salão bem iluminado, com poltronas alinhadas na parede ao redor de um pôster de Jerusalém com uma fotografia emoldurada do falecido líder político do Hamas Ismail Haniyeh, Hamad disse que os EUA são tão culpados quanto Israel pelo ataque deste mês, em 9 de setembro, no Catar, que teve como alvo a liderança do grupo.

Hamad estava entre os líderes do Hamas que foram alvo do ataque. Ele descreveu ter sobrevivido como "um milagre".

O ataque israelense ocorreu em um momento em que autoridades do Hamas analisavam uma proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos. A operação provocou uma interrupção repentina das negociações, segundo Hamad.

"Congeladas", disse ele à CNN, quando questionado sobre o status atual das negociações.

Segundo a autoridade do grupo palestino, parte da culpa recai sobre os Estados Unidos, sugerindo que o país não agiu de boa-fé e, em vez disso, estava cumprindo as ordens de Israel.

Este é o problema com os americanos: eles não podem provar que são mediadores honestos e neutros, avaliou.

As condições de Israel para encerrar a guerra são claras: devolver os reféns — tanto os vivos quanto os mortos — e destruir o Hamas em troca de um cessar-fogo que daria início às negociações.

A maior parte da comunidade internacional, embora aumente a pressão sobre Israel para que pare de lutar, também deixa claro que o Hamas deve se desarmar imediatamente.

Os comentários de Hamad ressaltaram o quão distante essa exigência está das intenções do grupo.

O [braço armado] do Hamas é uma arma legítima e legal que é usada o tempo todo contra uma ocupação, destacou.

Se um Estado palestino fosse estabelecido, disse ele, as armas do Hamas seriam direcionadas ao Exército palestino.

Mas não se pode excluir o Hamas das questões palestinas e da situação palestina, porque o Hamas está desempenhando um papel positivo, afirmou.

Nós nunca nos renderemos. Nós nunca nos renderemos", pontuou.

*Zeena Saifi e Ibrahim Dahman, da CNN, contribuíram com a reportagem

Esse conteúdo foi publicado originalmente em

inglês Ver original 

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