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Somente na Europa, chamas já queimaram 227 mil hectares, mais que o dobro da média para esta época do ano nas últimas duas décadas<<<===+===.=.=.= =---____-------- ----------____---------____::____ ____= =..= = =..= =..= = =____ ____::____-----------_ ___---------- ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Zainab Elhaj e Francesca Halliwell, da Reuters
Postado em 16 de Agosto de 2.025 às 08h20m
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Vista de incêndio florestal em Pinofranqueado, na Espanha. • Unidade Militar de Emergência/Divulgação via Reuters (18.mai.23)
Desde o início do ano, incêndios florestais queimaram 227 mil hectares — mais que o dobro da média para esta época do ano nas últimas duas décadas, segundo o EFFIS (Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais da UE).
Embora muito acima da média, não é o maior número registrado pelo EFFIS, que remonta a 2002.
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A Europa teve temporadas de incêndios particularmente severas em 2003 e 2017, quando os incêndios queimaram mais de 1,1 milhão hectares por ano — uma área equivalente à ilha da Jamaica.
Ainda não está claro se 2025 será um ano recorde, pois isso dependerá da evolução da temporada de incêndios nos próximos meses.
O número na Europa também aumentou este ano até agora, com 1.118 focos detectados até 8 de julho, contra 716 no mesmo período do ano passado, informou o EFFIS.
Ondas de calor no continente europeu no início deste mês alimentaram incêndios em todo o Mediterrâneo, incluindo na Síria, onde os incêndios queimaram mais de 3% da cobertura florestal do país, segundo a ONU.
Nas ilhas gregas de Eubeia e Creta, incêndios florestais neste mês forçaram milhares de pessoas a deixarem as casas.
Mas, embora a Europa em geral tenha registrado um aumento neste ano, cientistas que observam os incêndios dizem que aqueles na região do Mediterrâneo, embora destrutivos, têm permanecido relativamente isolados até agora.
O que está causando os incêndios florestais?
Cientistas dizem que os verões mais quentes e secos da região do Mediterrâneo a colocam em alto risco de incêndios florestais.
Uma vez que as chamas começam, a vegetação seca e os ventos fortes na região podem fazer com que se espalhem rapidamente e queimem descontroladamente.
As mudanças climáticas agravam esse risco, criando condições mais quentes e secas. Nos países banhados pelo Mar Mediterrâneo, isso contribuiu para o início mais precoce da temporada de incêndios nos últimos anos, quebrando recordes de intensidade e queimando mais terras.
Incêndio
florestal atinge zona rural montanhosa da cidade portuária de Latakia,
na Síria. • Reprodução/Defesa Civil da Síria no X
As emissões de gases de efeito estufa, principalmente da queima de carvão, petróleo e gás, aqueceram o planeta em cerca de 1,3°C desde os tempos pré-industriais.
A Europa esquentou o dobro da média global desde a década de 1980, segundo a Organização Meteorológica Mundial.
Esse patamar mais quente significa que temperaturas altas podem ser atingidas durante ondas de calor, as quais as mudanças climáticas também estão tornando mais frequentes. Isso foi confirmado pelo painel global de cientistas climáticos das Nações Unidas, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.
Piora dos incêndios e resposta dos governos
Os países estão se preparando para incêndios piores.
Temperaturas acima da média são previstas em toda a Europa em agosto, informou o o EFFIS (Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais da UE), o que significa que o risco de incêndio permanecerá alto em grande parte do sul e leste do continente.
Embora o sul deva apresentar padrões normais de precipitação, o restante da Europa deverá ficar mais seco do que o normal em agosto, informou o EFFIS, o que pode agravar o risco de incêndios em outras regiões.
Os governos estão tentando se adaptar. A Grécia reuniu um número recorde de 18 mil bombeiros este ano, prevendo incêndios graves, e adaptou as táticas e patrulhas de combate a incêndios para tentar detectar as chamas mais cedo e limitar os danos, afirmou o governo.
Incêndio florestal na ilha de Rodes, na Grécia, em 24 de julho de 2023. • Reuters
Outros fatores agravam o risco de incêndios, incluindo a gestão florestal.
A redução populacional em áreas rurais de países como a Espanha, à medida que as pessoas se mudam para as cidades, reduziu a força de trabalho para retirar a vegetação e evitar o aumento de combustível para incêndios florestais.
A ONU instou os governos a investirem mais na prevenção, em vez de se concentrarem principalmente na resposta após o início das chamas, e alertou que as mudanças climáticas devem aumentar os incêndios extremos em todo o mundo em até 14% até o final da década.
Segundo a organização, a prevenção de incêndios pode incluir a realização de fogueiras controladas antes do verão, para eliminar o combustível que pode ser usado como alimento para as chamas, e restaurar ecossistemas de pântanos.
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