Massa salarial, rendimento médio, horas trabalhadas e emprego na indústria também apresentaram queda. Utilização da capacidade instalada cresceu.
O faturamento real da indústria caiu 0,8% em 2019, na comparação com 2018, informou nesta segunda-feira (3) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo a CNI, também houve queda nas horas trabalhadas, no emprego, na massa salarial real e no rendimento médio na indústria.
Na comparação com 2018:
- a massa real de salários caiu 1,9%;
- o rendimento médio real do trabalhador recuou 1,5%;
- as horas trabalhadas na produção caíram 0,5%;
- o emprego apresentou queda de 0,3%.
"Assim, o ano de 2019 se encerrou com queda em cinco das seis variáveis levantadas pelo Indicadores Industriais na comparação com 2018. Apenas a utilização da capacidade instalada registra alta na comparação com 2018", informou a entidade em nota.
A chamada "utilização da capacidade instalada" (nível de uso do parque fabril) ficou em 77,7% em dezembro, após o ajuste sazonal, com alta de 0,4 ponto percentual frente a dezembro de 2018.
Apesar dos resultados ruins, a entidade acredita em uma tendência de recuperação para 2020.
"Apesar do resultado de dezembro, a expectativa para 2020 é que a indústria mantenha a tendência mais clara de recuperação, o que conduzirá à reação do mercado de trabalho", afirmou o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Dezembro
Dezembro
O mês de dezembro também apresentou recuo em quase todos os indicadores. Segundo a CNI, em relação a novembro, o faturamento caiu 1%. Foi a segunda queda consecutiva após cinco meses de alta.
O rendimento médio caiu 1,3%, as horas trabalhadas na produção caíram 1% e o emprego caiu 0,1%.
A massa salarial real foi o único indicador que apresentou alta. Na série com ajuste sazonal, o indicador subiu 0,1% em relação a novembro de 2019.
"O fraco resultado de dezembro nos lembra que, apesar dos avanços observados em relação a 2018, a indústria enfrenta dificuldades para manter um ritmo mais forte e sem interrupções de retomada da atividade. Ou seja, a agenda que trará mais produtividade para a indústria brasileira precisa continuar", destacou Azevedo.
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