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domingo, 20 de outubro de 2013

Quando a grande ‘curtição’ é desacelerar coração e mente...


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  • Movimentos pregam mais foco e concentração no consumo de informações
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Um dos truísmos do nosso tempo classifica a internet de poderosa força distrativa. Raros humanos conseguem se concentrar no trabalho enquanto checam ‘curtidas’ no Facebook, notificações no smartphone ou o próximo nível no game “Candy Crush”. 

Desde o advento da banda larga, essa neurose se desenvolve em velocidade inédita, o “tempo real” do vernáculo digital. Embora todos se deleitem com os prazeres de aplicativos e da Web, o desconforto é unânime. Como reação a ele, nascem movimentos digitais que prezam a lentidão e o foco.

Um deles é a “computação contemplativa”, tema do livro “The DistractionAddiction” (O vício da distração), lançado em agosto nos Estados Unidos (sem previsão de lançamento no Brasil). O autor é Alex Soojung-Kim Pang, da consultoria californiana Strategic Business Insights e professor visitante da Universidade Stanford. 

De inspiração algo budista, o termo preconiza um receituário de comportamentos que, em tese, transformam as máquinas em potencializadores de concentração, não o contrário.

- Pense em um instrumento musical que seja a única coisa que lhe permite expressar emoções e aspectos do seu ser. É assim que a gente deveria se sentir com relação a boas tecnologias. O fato de a gente não lidar assim com elas é, em parte, culpa de um design terrível e também do esforço consciente de empresas que priorizam a quantidade de usuários e o tempo gasto por eles, em vez do prazer com a experiência - explica Pang.

Segundo a teoria, o usuário deve dominar a tecnologia, não evitá-la - afinal, o uso de ferramentas nos define como espécie. Estando online, é preciso “treinar a mente” para apreciar “os prazeres da atenção”. Como fazer isso? As técnicas de Pang são tudo menos novidade: meditação, seja ela budista, católica ou quaker.

O estudioso também dá algumas dicas tecnológicas: deixar de assinar listas de e-mail; designar um ringtone no celular exclusivo para pessoas que importam, facilitando a tarefa de ignorar todo o resto. 

Também é útil detalhar em diário as horas gastas checando e-mails, Twitter e Facebook, pois muitos mudam de hábitos depois que se assustam com as horas desperdiçadas. Outra recomendação é tirar semanalmente um dia sabático, ficando fora de redes sociais, e-mail e SMS.

Os defensores da computação contemplativa também recorrem a programas de computador que estimulam a concentração. Entre os mais populares estão editores de texto minimalistas, como o OmmWriter (PC, Mac e iOS), que abre mão da penca de comandos do Word em favor da simplicidade. Há também programas como Leechblock e Mac Freedom, que bloqueiam o acesso a sites glutões de tempo.

Esses são softwares que eliminam a distração, à guisa de remédios para a patologia digital. Mas há também os que já nasceram sob uma filosofia diferente, como descreve o ex-empreendedor start-ups e romancista sino-americano Jack Cheng no ensaio “Slow Web” (a Web lenta). 

O conceito - que compartilha características de movimentos como “Slow Food” e “SlowTourism”, sobre comida e viagens - favorece programas cujo conteúdo se manifesta “em tempo adequado, não em tempo real; com ritmo, não aleatoriamente; sob moderação, não em excesso.”

Dessa forma, softwares da Slow Web não recorrem a feeds eternos de conteúdo como os do Facebook, pois raramente o que é dito surge quando o usuário necessita - pelo contrário, as redes sociais impõem sua velocidade ao internauta. Além disso, notificam os internautas de forma periódica, não irrompem de súbito.

Cheng cita o Timehop, app para iPhone que mostra todos os dias pela manhãposts publicados pelo usuário na mesma data dos anos passados. Outro é oiDoneThis, que envia diariamente, na mesma hora, e-mail perguntando quais tarefas foram realizadas naquele dia.

— A tecnologia permite obter satisfação de forma muito mais rápida, mas é muito mais fácil perder o controle assim, como acontece com os animais — conta Cheng. — Da mesma forma que as freeways permitiram o surgimento do Walmart e de fast foods como o McDonald’s, as conexões de internet possibilitaram a Fast Web. Sempre que criamos coisas novas com intuito positivo, há uma consequência.

Por trás da dependência em baluartes da Fast Web, Cheng e Pang enxergam a dopamina, neurotransmissor associado ao prazer que tem papel importante no vício em drogas como cocaína - algo atestado por pesquisas como a da psicóloga Kristen Lindquist na Universidade da Carolina do Norte.

Desde que a internet transformou tudo em mídia, a substância não é desencadeada apenas por games e redes sociais: notícias também ganharam sua horda de adictos. Com a multiplicação de blogs, perfis de veículos e jornalistas no Twitter e coberturas “em tempo real”, estar atualizado ficou extenuante de mais. Paralelamente, a concorrência ferrenha por cliques fez proliferar notícias baseadas em comunicados à imprensa, fofocas e controvérsia vazia.

O jornalista inglês Rob Orchard define isso como “fast mídia”, cuja superficialidade o fez reagir criando uma revista que faria tudo ao contrário, de acordo com os preceitos do que chama “slow journalism” (jornalismo lento). 

Há três anos, Orchard e seus colegas da sucursal de Dubai da “Time Out” fundaram em Londres a “Delayed Gratification” (satisfação adiada), que existe apenas em versão impressa e estampa na lombada o epíteto “A última a publicar as notícias”. Trimestral, o veículo traz a cada edição longos artigos,foto-reportagens e infográficos sobre acontecimentos dos últimos três meses. Na última edição, distribuída semana passada, um dos artigos é sobre os protestos no Brasil.

- Quando falamos em “slow journalism”, nos referimos a bom jornalismo, que muitos veículos produzem, como “The New Yorker” e “The Atlantic”. Mas estamos falando muito mais do que ele não é. Não se trata de mídia rápida, digital. Não é um veículo em que o jornalista tem apenas algumas horas de prazo para escrever um artigo. Não é a reação imediata a uma notícia. Não é a tentativa de acompanhar o Twitter - explica Orchard, diretor da publicação.

Orchard admite que a “Delayed Gratification” nunca será um veículo de massa, mas enxerga um nicho cativo para ela: aqueles que gostam de ler com calma, no papel (o diretor se sente atraído pelo tablet como possível plataforma, mas transpô-la para o iPad não é prioridade). Segundo ele, a revista tornou-se lucrativa no fim do ano passado e hoje vende 5 mil exemplares por edição para assinantes de todo o mundo (no Brasil, inclusive).

Apesar de tantas iniciativas que opõem ao frenesi da rede, ignorar mensagens, tweets e notícias exige uma dedicação que poucos têm. Mesmo os teóricos enfrentam dificuldades: todos os entrevistados para esta reportagem responderam a e-mail do GLOBO em poucos minutos.

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