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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Ibovespa despenca 2,4%, abaixo dos 160 mil pontos, com pesquisa Quaest e desemprego nos EUA; dólar sobe

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O principal índice da bolsa fechou em queda de 2,40%, aos 158.578 pontos. A moeda americana subiu 0,73%, cotada a R$ 5,4624.
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Por Redação g1 — São Paulo
16/12/2025 09h00 
Postado em 16 de Dezembro de 2.025 às 10h00m
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Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

Após sucessivos recordes nas últimas semanas, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda nesta terça-feira (16), abaixo dos 160 mil pontos. A bolsa caiu 2,40%, aos 158.578 pontos. O dólar fechou em alta de 0,73%, cotado a R$ 5,4624.

▶️ No Brasil, a principal notícia foi a pesquisa Quaest de intenção de voto, que apontou vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todos os cenários de 1º e 2º turno para a eleição presidencial de 2026.

O presidente Lula lidera com 46% das intenções contra 36% de Flávio Bolsonaro (PL) em um cenário de 2º turno. Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), o petista teria 45% a 35%.

▶️ Também nesta terça, a ata do Copom reforçou a perspectiva de juros elevados no país por mais tempo. O documento reforçou sinais de desaceleração da atividade e queda da inflação, mas não indicou quando poderá começar a reduzir a taxa básica, a Selic.

"Há um receio em relação à inflação, porque ainda não há certeza de que os índices de longo prazo estão arrefecendo, e o mercado de trabalho segue aquecido, sem nenhum indício de que está enfraquecendo", diz Lauro Sawamura Kubo, gestor de fundos de investimento da Patagônia Capital.

▶️ Nos EUA, o relatório de empregos veio mais forte que o esperado e ajudou a reduzir as apostas em corte de juros por lá em janeiro. O payroll mostrou criação de 64 mil vagas em novembro, contra a expectativa de aumento de cerca de 50 mil postos. O dado veio após um tombo expressivo em outubro. (veja mais abaixo)

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado:

💲Dólar

  • Acumulado da semana: +0,96%;
  • Acumulado do mês: +2,39%;
  • Acumulado do ano: -11,61%.
📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: -1,36%;
  • Acumulado do mês: -0,31%;
  • Acumulado do ano: +31,84%.
Pesquisa Quaest

Segundo analistas, a queda da Bolsa brasileira nesta terça-feira acontece por causa de uma combinação de fatores políticos e econômicos, que deixou os investidores mais preocupados e menos dispostos a comprar ações.

No campo político, os investidores reagiram mal à divulgação da pesquisa Quaest, que mostrou o atual governo mais fortalecido, com chances de reeleição, e uma oposição mais dividida.

Segundo Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o resultado fez boa parte do mercado preferir a venda de ações, passaram a pedir juros mais altos para comprar títulos do governo e buscaram proteção no dólar.

Ata do Copom

Do lado econômico, o principal ponto foi o recado de que os juros devem continuar altos por mais tempo. A ata do Copom mostrou que o Banco Central está cauteloso para começar a reduzir a taxa básica, o que frustrou a expectativa de parte do mercado de que os cortes começariam já no início de 2026.

A queda da bolsa hoje não foi um movimento aleatório. Foi uma reprecificação racional de expectativas, puxada principalmente pela ata do Copom, explicou Milene Dellatore, especialista em investimentos e diretora da MIDE Mesa Proprietária.

  • 🔎 Ou seja, o mercado esperava um cenário melhor — por exemplo, queda de juros em breve —, mas, diante dos sinais de que isso não deve acontecer tão cedo, os preços das ações estão sendo ajustados para baixo. Não é pânico nem exagero, e sim uma correção lógica para refletir a nova realidade, segundo ela.

Na ata, o Banco Central informou que a economia brasileira a economia brasileira continua desacelerando aos poucos, enquanto a inflação atual e as projeções para os próximos meses seguem em queda.

Esse cenário, em teoria, abre espaço para cortes de juros mais adiante, mas ainda não no curto prazo.

A ata não indicou quando os juros poderão começar a cair e reforçou que o BC seguirá atento à situação, podendo até voltar a aumentar a taxa, se achar necessário. Embora as projeções de inflação estejam caindo, elas estão acima da meta oficial definida pelo governo.

Por isso, o comitê avalia que é preciso manter os juros altos por mais tempo para aumentar as chances de a inflação voltar para a meta sem causar maiores problemas para a economia.

Além disso, o BC explicou que o esfriamento da economia faz parte da estratégia para controlar a inflação. Dados recentes mostram que o PIB cresce em ritmo mais fraco e que o consumo das famílias está desacelerando, o que é visto como necessário para diminuir a pressão sobre os preços, especialmente nos serviços.

Para Dellatore, o Banco Central evita cortar os juros rapidamente porque o país ainda enfrenta dúvidas sobre as contas públicas, como gastos altos e preocupação com o tamanho da dívida.

Quando o mercado entende que o juro alto ficará por mais tempo, a Bolsa sente: o custo de capital aumenta, o valor das empresas cai e a renda fixa volta a competir com mais força, afirmou. 

Agenda econômica
  • Dados de empregos nos EUA (payroll)

O mercado de trabalho dos EUA voltou a criar um número considerável de vagas em novembro. Segundo o relatório do Escritório de Estatísticas do Trabalho, a economia americana abriu 64 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês.

O resultado veio acima do esperado, já que analistas previam a criação de 50 mil vagas. A recuperação ocorreu depois de uma forte queda em outubro, quando o país perdeu 105 mil postos de trabalho.

  • 🔎 Esse número mais forte tira parte da pressão por um corte rápido de juros. Mesmo com a alta do desemprego, a melhora do emprego no setor privado e o resultado acima do esperado fazem o Federal Reserve agir com mais cautela e reduzem as apostas em uma redução de juros já na reunião de janeiro.

O desempenho ruim foi influenciado principalmente pela saída de mais de 150 mil funcionários federais, que aderiram a programas de demissão voluntária dentro da estratégia do governo do presidente Donald Trump para reduzir o tamanho da máquina pública.

A maior parte dessas demissões aconteceu no fim de setembro, mas os efeitos só apareceram nas estatísticas de outubro.

O relatório de novembro foi divulgado com atraso e trouxe apenas uma atualização parcial dos dados de outubro. Isso aconteceu porque a paralisação do governo federal — que durou 43 dias, a mais longa da história do país — impediu a coleta completa das informações naquele período.

Por isso, o documento não trouxe a taxa de desemprego nem outros indicadores referentes a outubro.

Quanto ao desemprego, a taxa passou de 4,4% em setembro para 4,6% em novembro, o que indica uma leve piora do mercado de trabalho. O órgão de estatísticas explicou que precisou ajustar os cálculos sobre o número de pessoas trabalhando ou procurando emprego, já que não houve coleta de dados em outubro.

Para Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, os dados do relatório de emprego mostraram um cenário misto para o mercado de trabalho americano, o que ajuda a explicar as oscilações recentes do dólar.

Segundo ele, a alta do desemprego não aconteceu por causa de mais demissões, mas porque mais pessoas voltaram a procurar trabalho em um ritmo que as empresas não conseguiram acompanhar.

O dado inicialmente pressionou a moeda americana para baixo, mas a força do emprego privado levou a uma recuperação do dólar, ao reforçar a percepção de que o Federal Reserve pode demorar mais para cortar os juros, afirmou.

Segundo Mattos, a incerteza causada pela paralisação do governo e pelos problemas na coleta dos dados também deve levar o Fed a esperar novos números antes de reduzir os juros, o que tende a fortalecer o dólar no mundo e pressionar moedas como o real.

  • Vendas no varejo americano

As vendas no varejo dos Estados Unidos ficaram estáveis em outubro, o que indica que o consumo não cresceu no mês, embora os gastos das famílias ainda mostrem alguma força no início do quarto trimestre.

O resultado de outubro veio depois de uma alta de 0,1% em setembro, número que foi revisado para baixo. Economistas ouvidos pela Reuters esperavam uma alta de 0,1% nas vendas, após um avanço de 0,2% estimado antes para setembro.

As vendas no varejo medem principalmente a venda de bens — como alimentos, roupas e eletrodomésticos — e não são ajustadas pela inflação. Isso quer dizer que o número mostra os valores em reais ou dólares: se os preços sobem, as vendas podem parecer maiores mesmo sem aumento na quantidade comprada.

Segundo economistas, os consumidores norte-americanos continuam pressionados pelos preços mais altos de vários produtos, especialmente alimentos, móveis e itens importados, afetados pelas tarifas de importação impostas pelo presidente Donald Trump.

Além disso, gastos com saúde e moradia também subiram, pesando no orçamento das famílias.

Já as vendas no varejo chamadas de núcleo — que desconsideram automóveis, gasolina, materiais de construção e restaurantes — cresceram 0,8% em outubro, depois de uma queda de 0,1% em setembro.

Bolsas globais

Os principais índices de Wall Street caíam na abertura desta terça-feira depois que os dados sinalizaram o esfriamento da economia dos Estados Unidos, abrindo caminho para mais afrouxamento monetário pelo Federal Reserve no próximo ano.

O Dow Jones Industrial Average caía 0,08% na abertura, para 48.380,17 pontos. O S&P 500 recuava 0,24%, a 6.800,12 pontos, enquanto a Nasdaq Composite tinha queda de 0,33%, para 22.981,819 pontos.

As bolsas europeias operavam com leve alta, apoiadas por ganhos nos setores financeiro e de saúde, enquanto quedas em tecnologia e defesa limitaram o avanço.

Por volta das 9h15, o índice Stoxx 600 subia 0,2%, a 583,39 pontos. Entre os principais mercados, o DAX da Alemanha avançava 0,07%, o FTSE 100 do Reino Unido ganhava 0,03%, o CAC 40 da França tinha alta de 0,29% e o FTSE MIB da Itália subia 0,19%.

Os mercados asiáticos fecharam em queda, pressionados pelo nervosismo antes da divulgação dos dados econômicos dos EUA e por sinais de fragilidade na economia chinesa.

Além disso, o setor imobiliário voltou a pesar, enquanto ações ligadas à nova energia e inteligência artificial também recuaram. Analistas afirmam que o mercado precisa de estímulos mais fortes para retomar a alta.

No fechamento, em Hong Kong, o Hang Seng recuou 1,54%, a 25.235 pontos, enquanto em Xangai o SSEC perdeu 1,11%, a 3.824 pontos, e o CSI300 caiu 1,20%, a 4.497 pontos. No Japão, o Nikkei 1,6%, a 49.373 pontos.

Outros mercados também tiveram baixa: Seul (-2,24%), Taiwan (-1,19%) e Cingapura (-0,20%).

Notas de 1 dólar — Foto: Rafael Holanda/g1
Notas de 1 dólar — Foto: Rafael Holanda/g1

* Com informações da agência de notícias Reuters

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