Total de visualizações de página

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Copom mantém Selic em 13,75%; juro básico da economia está neste patamar desde agosto

<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>


Decisão confirma estabilidade da taxa básica de juros. Expectativa do mercado financeiro é que o indicador permaneça neste patamar até junho de 2023.
<<<===+===.=.=.= =---____--------   ----------____---------____::____   ____= =..= = =..= =..= = =____   ____::____-----------_  ___----------   ----------____---.=.=.=.= +====>>>
Por Ana Paula Castro e Alexandro Martello, g1 — Brasília

Postado em 26 de outubro de 2022 às 19h40m

 #.*Post. - N.\ 10.524*.#

Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileiraTaxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (26) manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde o início de agosto.

A cada 45 dias, o Copom define a taxa básica de juros da economia. Essa é a terceira vez consecutiva em que o comitê se reúne e fixa a Selic em 13,75%.

O BC subiu os juros entre março de 2021 e agosto deste ano. Foram 12 elevações seguidas da taxa Selic, que avançou 11,75 pontos percentuais, configurando o maior e mais longo ciclo de alta desde 1999, ou seja, em 23 anos.

No comunicado emitido após a reunião, o Copom avalia que:

  • o "conjunto dos indicadores" nos últimos 45 dias sinalizou "ritmo mais moderado de crescimento" da atividade econômica brasileira;
  • apesar de quedas recentes em áreas específicas, "a inflação ao consumidor continua elevada".
A evolução da taxa Selic
Desde 2017, em % ao ano

 :5Fonte: Banco Central

Apesar da manutenção da taxa, a Selic permanece no maior patamar desde novembro de 2016, quando estava em 14% ao ano. Ou seja, há quase seis anos.

Na avaliação de economistas do mercado financeiro, a taxa básica de juros deve continuar em 13,75% até junho de 2023 — quando recuará para 13,25% ao ano. Para o fim do ano que vem, a projeção é de juros em 11,25%.

O objetivo do ciclo da alta dos juros, segundo o BC, foi conter as pressões inflacionárias decorrentes da pandemia da Covid, que gerou interrupção na oferta de produtos e injetou recursos extraordinários na economia, por meio de auxílios temporários, o que elevou os preços. Também causou impacto na inflação a guerra na Ucrânia, principalmente nos preços de combustíveis e alimentos.

No comunicado divulgado nesta quarta-feira, o Copom diz que seguirá "avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação".

Segundo o comitê, o ciclo de ajuste monetário poderá ser retomado se o processo de desinflação não ocorrer como esperado.

Sistema de metas

Para definir o nível dos juros, o Banco Central se baseia no sistema de metas de inflação. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central pode reduzir o juro básico da economia.

Em 2022, a meta central de inflação é de 3,5% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%. Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Neste momento, o BC já está ajustando a taxa Selic para tentar atingir a meta de inflação dos próximos anos, uma vez que as decisões sobre juros demoram de seis a 18 meses para terem impacto pleno na economia.

"O Comitê entende que essa decisão (de manter a Selic em 13,75%) é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e de 2024", informou hoje o Banco Central.

Inflação e ambiente externo 'volátil'

Na avaliação do Copom, o ambiente externo continua "adverso e volátil", com países avançados adotando políticas monetárias mais restritivas em meio à pressão do ambiente inflacionário.

No cenário interno, o comitê avalia que "apesar da queda recente concentrada nos itens voláteis e afetados por medidas tributárias, a inflação ao consumidor continua elevada".

Depois de dois meses seguidos de deflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país – ficou em 0,16% em outubro, conforme divulgado nesta segunda (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

------++-====-----------------------------------------------------------------------=======;;==========--------------------------------------------------------------------------------====-++-----

Nenhum comentário:

Postar um comentário