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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Habilidades que melhoram com o envelhecimento

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Pesquisa da Universidade de Georgetown mostra que funções como lidar com novas informações e manter o foco se aperfeiçoam com a idade
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Por Mariza Tavares - Rio de Janeiro
Jornalista, mestre em comunicação pela UFRJ e professora da PUC-RIO, Mariza escreve sobre como buscar uma maturidade prazerosa e cheia de vitalidade.

Postado em 24 de agosto de 2021 às 09h15m


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À medida que envelhecemos, espera-se um progressivo declínio em nossas habilidades mentais, mas uma nova pesquisa divulgada pela Universidade de Georgetown traz boas notícias. Artigo publicado no dia 19 na revista científica Nature Human Behaviour aponta que duas funções cerebrais podem, de fato, se aperfeiçoar em adultos mais velhos: lidar com novas informações e manter o foco no que é relevante.

São resultados com consequências importantes sobre a forma como encaramos o envelhecimento. Elementos críticos dessas habilidades melhoram com a idade porque simplesmente praticamos tais aptidões ao longo da vida, disse o pesquisador Michael T. Ullman, professor do departamento de neurociência e diretor do Laboratório da Linguagem e do Cérebro da universidade.
Jogar videogames aprimora a coordenação motora e a memória: o cérebro continua aprendendo ao longo da vida, mas também precisa de estímulos  — Foto: Van\Dulti para Pixabay
Jogar videogames aprimora a coordenação motora e a memória: o cérebro continua aprendendo ao longo da vida, mas também precisa de estímulos — Foto: Van\Dulti para Pixabay

O estudo avaliou 702 pessoas com idades que variavam entre 58 e 98 anos, quando alterações cognitivas começam a ser detectadas, com ênfase em três atributos – em inglês, alerting, orienting, executive inhibition. Detalhando: alerting é a capacidade de entrar em estado de alerta para receber e processar novas informações; orienting envolve mobilizar os recursos mentais levando em conta as coordenadas disponíveis; por último, executive inhibition é o poder de deixar de lado distrações e informações conflitantes para se concentrar no que realmente vale a pena.

Exemplificando, quando se dirige um carro, o estado de atenção é acionado quando nos aproximamos de um cruzamento; o senso de orientação ocorre quando nos damos conta de algo inesperado, como um pedestre que atravessa fora da faixa; e a concentração é o que evita que a gente se distraia com a paisagem. O estudo mostrou que o estado de alerta efetivamente diminui com a idade, mas as outras duas habilidades evoluem. Em abril, escrevi coluna sobre pesquisa do Instituto de Neurociência do Trinity College, em Dublin, que ia na mesma direção: na contramão do noticiário, relatava que os mais velhos conseguem manter o foco no que fazem e são menos afetados pela ansiedade e agitação mental que perturbam os mais jovens.

Para os cientistas, está claro que a plasticidade cerebral, que permite que os neurônios se regenerem anatômica e funcionalmente, formando novas conexões, indica que o cérebro consegue se recuperar e regenerar. Ele continua aprendendo ao longo da vida, mas também precisa de estímulos. Se você está em dúvida sobre como incrementar sua massa cinzenta, aqui vão algumas sugestões:

1) Jogar videogames, que aprimoram coordenação motora, reconhecimento visual, tempo de reação e resolução de problemas – além de ser uma ponte para conviver com a garotada. Valem ainda os jogos de ritmo e dança.

2) Aprender uma nova língua: estudo de 2012 já revelava que a atividade aumenta a neuroplasticidade.

3) Vivências musicais: compor, aprender um instrumento, cantar, todas são atividades que envolvem foco, memória e coordenação.

4) Arte: desenhe, pinte, faça cerâmica! A internet está cheia de tutoriais para ajudar nos primeiros passos.

5) Viajar é sinônimo de expandir o repertório. Você não precisa de passaporte para isso: pode ser uma caminhada numa trilha ou lugar que não conheça; ir a outros cantos da cidade; e até se dedicar a tours virtuais.

6) É claro que está na lista: exercitar-se! Não é bom apenas para melhorar a aptidão física e o sono, protege o cérebro do declínio cognitivo.

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