Objetivo:
“Projetando o futuro e o desenvolvimento autossustentável da sua empresa, preparando-a para uma competitividade e lucratividade dinâmica em logística e visão de mercado, visando sempre e em primeiro lugar, a satisfação e o bem estar do consumidor-cliente."
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quinta-feira, 7 de setembro de 2017
A luta pela sobrevivência de cidade suíça com só 16 moradores - o prefeito e 15 aposentados
Nenhuma escola, nenhuma criança Os hoje populares resorts à beira de lagos em Locarno e Lucano, conhecidos como a "Riviera suíça", antigamente eram evitados por causa do alto risco de malária.
Mas, com a doença erradicada, chegaram os turistas. Ao mesmo tempo, o tradicional cultivo agrícola nas montanhas se tornou cada vez menos viável economicamente. Assim, o estilo de vida da vila começou a morrer.
Corippo não tem mercado, escola ou crianças. Fica a apenas 30 minutos de carro da movimentada Locarno, mas a estrada estreita e cheia de curvas não é um caminho escolhido por muita gente.
'Autenticidade' O diretor de turismo do cantão de Ticino, Elia Frapolli, talvez otimista, vê esse estado das coisas como uma oportunidade.
"A vida em Corippo e em vilas similares é especial", insiste. "É como se transportar para outro século. O tempo desacelera, todo mundo se conhece e você sente a autenticidade da vida em uma vila que existe há séculos." Assim, com o apoio de uma fundação dedicada a preservar Corippo, um plano foi desenvolvido: transformar algumas das casas vazias em quartos de hotel.
O conceito, conhecido como albergo diffuso (ou "hotel difuso"), já foi testado em algumas vilas em montanhas na Itália, mas nunca na Suíça.
Toda a vila de Corippo está protegida como um monumento histórico, o que significa que o arquiteto Fabio Giacomazzi enfrenta um desafio gigantesco: como modernizar o interior das casas sem afetar o exterior.
Casas abandonadas Uma espiada dentro de algumas casas revela a escala dessa tarefa: muitas delas estão intocadas desde a década de 1950 - alguns moradores emigraram para os Estados Unidos e outros simplesmente morreram, não restando ninguém para limpar a propriedade.
Roupas velhas, cartões postais e garrafas de vinho se espalham pelo chão. As paredes estão úmidas e empoeiradas. Não há sinal de água corrente nem de vaso sanitário.
"Claro que nós vamos pintar, claro que vamos colocar banheiros", diz Giacomazzi. "Mas as portas originais serão mantidas, as madeiras e pedras originais também devem ficar. A experiência dos hóspedes deverá ser similar à vida no século 19 em Corippo." Será relativamente espartano, admite o arquiteto.
Mesmo assim, os 16 habitantes de Corippo, entre eles o prefeito Scettrini, estão depositando suas esperanças nessa ideia. Mas eles estão determinados que sua vila não se transforme em um parque temático - os hóspedes vão conviver lado a lado com os moradores, o bar local será transformado em uma recepção de hotel informal, com a praça funcionando como um saguão ao ar livre.
"É bom para a vila, para o futuro, porque a maioria de nós está velho", afirma Silvana, a mais antiga moradora. "Com esse projeto, as pessoas virão até aqui."
Os poucos turistas que vagam pelas vias vazias de Corippo também parecem apoiar a ideia. "Eu acho que mais e mais pessoas vão apreciar esse tipo de acomodação", disse um homem jovem.
Detox digital Para o diretor turístico Elia Frapolli, o atrativo de Corippo é justamente ser um lugar para desligar completamente, para escapar da vida do século 21. "Esse é o lugar perfeito para o que chamamos de detox digital", diz ele.
"É uma nova tendência. No século 21, a autenticidade será considerada a nova luxúria. Ter um lugar onde você possa sentir a história do local, onde você possa deixar seu celular de lado. Isso é real, não é falso, há séculos de história aqui."
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