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Preço de serviços pressiona inflação e desemprego pode ficar crítico no futuro
Em meio a alarmes sobre a entrada do país em um processo de estagflação, que se caracteriza por redução do nível de atividade da economia com aumento do desemprego e da inflação, taxas negativas relacionadas a essas questões vão sendo divulgadas.
Em julho, registramos a pior geração de vagas para o mês desde 1999, o que não chega a ter um impacto negativo já, mas que indica que a situação pode ficar complicada. O preço de serviços segue pressionando a inflação mais do que o de produtos, e força brasileiros a mudarem hábitos para lidar com custos de serviços que estavam acostumados a ter, principalmente no caso da antiga classe média e alta do país.
Aliado a isso, a cada semana a possibilidade de recessão técnica se reforça.
>> Analistas reforçam possibilidade de recessão técnica em 2014
Por ser um ano de eleições em um país ainda em desenvolvimento, 2014 já indicava que a economia teria problemas. O resultado de pesquisas eleitorais, por exemplo, ao contrário do que acontece em países comoEstados Unidos , segue impactando na Bolsa e no humor dos agentes econômicos na hora de investir e movimentar a economia.
O IPCA, medido pelo IBGE com uma cesta de produtos e serviços que incluem o consumo de famílias entre um (R$ 724) e quarenta salários mínimos (R$ 28.960), tem sido pressionado principalmente pelo setor de serviços, o que tem impactado na contratação destes, gerando uma demanda menor por um motorista particular ou uma empregada doméstica, por exemplo, principalmente devido às mudanças econômicas e sociais que o país vem passando.
Especialistas lembram as conquistas trabalhistas, a menor disponibilidade de mão de obra barata e também o avanço no nível de escolaridade dos brasileiros. Uma família de classe média que antes tinha renda para contar com diferentes tipos de ajuda doméstica agora precisa administrar o lar de outra forma.
Heron do Carmo, professor de Economia da Universidade de São Paulo, lembra, contudo, que a ocupação formal vem perdendo ritmo, o que pode ser o antecedente de aumento do desemprego mais à frente.
"Até porque a economia não vem crescendo, essa perspectiva de piora na situação do desemprego é porque não vêm sendo criadas vagas no mercado formal no ritmo que vinha ocorrendo, estamos voltando para anos 1990, esse é um sinal preocupante".
No caso da inflação, principalmente de serviços, Heron explica que o que nós estamos verificando não é de hoje. Salvo alguns momentos relacionados a choque de oferta, a tendência tem sido dos preço dos serviços, que tem uma importância maior no custo das famílias de classe mais elevada, subindo mais que preços dos produtos desde a implantação do Plano Real.
"De fato, a inflação dos segmentos mais abastados tem sido maior, porque os serviços tem peso maior na cesta que a inflação dos produtos. Isso é consequência da baixa taxa de desemprego que faz com que haja uma coisa inédita na história do Brasil. Não temos mais excesso de oferta de trabalhadores de baixa qualificação, nem diferencial muito grande de salários.
Na ocasião do Plano Real, uma empregada doméstica ganhava 65 dólares. Hoje, em uma grande cidade, por baixo, ganha na faixa dos 500 dólares. Isso é muito positivo", esclarece Heron.
Se o preço de um produto ou serviço aumenta, então, a tendência é racionalizar o uso. A família que anos atrás tinha uma empregada doméstica dormindo no ambiente de trabalho, hoje migra para a diarista, em dias alternados ou seguidos.
O serviço de um porteiro de prédio, continua o professor da USP, tende a se tornar tão oneroso que pode se tonar um serviço de luxo nos prédios. O número de pessoas que trabalham no ambiente doméstico tende a se reduzir.
"A tendência é essas pessoas se qualificarem mais, trabalharem em outros setores, entrarem mais tarde no mercado de trabalho. Acaba ocorrendo escassez de mão de obra. Isso é um problema para alguns, mas é uma evolução, que tem a ver com democracia.
Isso, você controla com tecnologia, com poupadores de mão de obra, as pessoas começam a se valer de outras alternativas, As pessoas fazem refeições fora de casa em proporção maior que antes, para economizar", diz.
Francisco Lopreato, professor do Instituto de Economia da Unicamp, salienta que o país passa por uma mudança que só daqui a algum tempo as pessoas vão se dar conta exatamente. Em sintonia com Heron, ele destaca que a classe alta contratava empregados domésticos, por exemplo, com custo barato e diverso, prática que vem acabando.
Ele ressalta, no entanto, que a prática não chega a gerar efeito negativo no mercado de trabalho. "Apesar da recente desaceleração que houve, o desemprego continua em nível mais baixo da história.
As pessoas têm escolha, podem, apesar ainda do nível de crescimento baixo, não trabalhar. Jovens que antes entravam no mercado de trabalho muito cedo agora estão estudando mais. Isso levou de fato o setor de serviços a um aumento salarial, a ter ganhos salariais."
"Acostumada desde sempre com parcela da população brasileira ainda na 'senzala', a classe alta que agora quer empregada doméstica tem que pagar mais caro. Isso faz parte do amadurecimento do país, faz parte da distribuição de renda mais igualitária. O Brasil vai ter que passar a conviver com isso. Daí a isso virar uma causa de desemprego em massa há uma distância muito grande", acredita Lopreato.
Estagflação e eleições
Para Heron, mesmo em um cenário de crescimento baixo e inflação pressionada, não estamos em um quadro de estagflação, que dependeria de outras circunstâncias. O cenário econômico brasileiro está permeado de incertezas, mas seria uma incerteza associada ao processo eleitoral. Seria preciso verificar se, superada essa fase de campanha eleitoral, a economia volta a crescer.
"Há um estancamento dos investimentos, preocupação em relação ao futuro, tanto por parte dos empresários quanto por parte dos consumidores, como já ocorreu em outros períodos como no período da eleição do Lula, em 2002.
Tem algo importante que é justamente a questão eleitoral, que apresentará uma definição a partir do final de outubro. Com essa definição, nós podemos ter as duas coisas, melhora na atividade econômica na sequência da eleição."
Se estivéssemos no meio do mandato da presidente atual, a discussão sobre a estagflação seria preocupante. A situação, no entanto, pode piorar depois das eleições, mas o mais provável, acredita Heron, é que haja uma melhora.
O resultado tem sido afetado pela expectativa com as eleições, as pessoas estão com medo de comprar, e as empresas postergam investimentos. Tudo isso, conforme indica o professor, inclusive, acaba levando ao que estamos vendo, possibilidade de recessão técnica.
Lopreato, por sua vez, reforça que estagflação é quando nós temos um movimento de queda com inflação durante tempo prolongado, o que o professor não acredita que seja o caso do cenário econômico atual.
Eleições em um país em desenvolvimento
O desempenho da economia e as eleições são uma via de mão dupla, conforme explica Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria. Ao mesmo tempo que uma recuperação favorece o governo, as expectativas acabam afetando o humor dos agentes econômicos - fenômeno típico de países em desenvolvimento, que acaba colocando alguns pilares da política econômica em risco.
Este risco fica ainda mais intenso quando um candidato é visto como um potencial de risco.
"Isso tudo parte de uma percepção que é preciso passar por ajustes importantes para garantir uma trajetória de crescimento. O ideal seria que as políticas fossem no horizonte de longo prazo, para garantir a estabilidade das regras do jogo.
Mas o calendário político é de curto prazo, tem uma renovação. Nos países avançados, esses são dilemas resolvidos. Já que têm instituições econômicas sólidas, ficam relativamente protegidos da alternância de governos", salienta Cortez.
Lopreato concorda com Cortez. Nos Estados Unidos, sugere, mesmo em caso de mudança de um governo republicano para um democrata, ou vice-versa, a entrada de um novo presidente não traz mudanças tão substanciais para a condição de um país, a política econômica não muda, não são alterações tão expressivas.
A chegada de Obama ao poder, mesmo representando uma grande novidade, não significou nenhuma alteração substancial para o mercado.
"A economia brasileira é um tumulto, ganhou uma estabilidade maior com o governo Lula, mas ainda está longe de ser uma situação semelhante a dos EUA. As mudanças aqui ainda são muito expressivas, mesmo do Lula para a Dilma, apesar de ser uma continuidade", conclui Lopreato.
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Por ser um ano de eleições em um país ainda em desenvolvimento, 2014 já indicava que a economia teria problemas. O resultado de pesquisas eleitorais, por exemplo, ao contrário do que acontece em países como
Especialistas lembram as conquistas trabalhistas, a menor disponibilidade de mão de obra barata e também o avanço no nível de escolaridade dos brasileiros. Uma família de classe média que antes tinha renda para contar com diferentes tipos de ajuda doméstica agora precisa administrar o lar de outra forma.
Heron do Carmo, professor de Economia da Universidade de São Paulo, lembra, contudo, que a ocupação formal vem perdendo ritmo, o que pode ser o antecedente de aumento do desemprego mais à frente.
"Até porque a economia não vem crescendo, essa perspectiva de piora na situação do desemprego é porque não vêm sendo criadas vagas no mercado formal no ritmo que vinha ocorrendo, estamos voltando para anos 1990, esse é um sinal preocupante".
No caso da inflação, principalmente de serviços, Heron explica que o que nós estamos verificando não é de hoje. Salvo alguns momentos relacionados a choque de oferta, a tendência tem sido dos preço dos serviços, que tem uma importância maior no custo das famílias de classe mais elevada, subindo mais que preços dos produtos desde a implantação do Plano Real.
"De fato, a inflação dos segmentos mais abastados tem sido maior, porque os serviços tem peso maior na cesta que a inflação dos produtos. Isso é consequência da baixa taxa de desemprego que faz com que haja uma coisa inédita na história do Brasil. Não temos mais excesso de oferta de trabalhadores de baixa qualificação, nem diferencial muito grande de salários.
Na ocasião do Plano Real, uma empregada doméstica ganhava 65 dólares. Hoje, em uma grande cidade, por baixo, ganha na faixa dos 500 dólares. Isso é muito positivo", esclarece Heron.
Se o preço de um produto ou serviço aumenta, então, a tendência é racionalizar o uso. A família que anos atrás tinha uma empregada doméstica dormindo no ambiente de trabalho, hoje migra para a diarista, em dias alternados ou seguidos.
O serviço de um porteiro de prédio, continua o professor da USP, tende a se tornar tão oneroso que pode se tonar um serviço de luxo nos prédios. O número de pessoas que trabalham no ambiente doméstico tende a se reduzir.
"A tendência é essas pessoas se qualificarem mais, trabalharem em outros setores, entrarem mais tarde no mercado de trabalho. Acaba ocorrendo escassez de mão de obra. Isso é um problema para alguns, mas é uma evolução, que tem a ver com democracia.
Isso, você controla com tecnologia, com poupadores de mão de obra, as pessoas começam a se valer de outras alternativas, As pessoas fazem refeições fora de casa em proporção maior que antes, para economizar", diz.
Francisco Lopreato, professor do Instituto de Economia da Unicamp, salienta que o país passa por uma mudança que só daqui a algum tempo as pessoas vão se dar conta exatamente. Em sintonia com Heron, ele destaca que a classe alta contratava empregados domésticos, por exemplo, com custo barato e diverso, prática que vem acabando.
Ele ressalta, no entanto, que a prática não chega a gerar efeito negativo no mercado de trabalho. "Apesar da recente desaceleração que houve, o desemprego continua em nível mais baixo da história.
As pessoas têm escolha, podem, apesar ainda do nível de crescimento baixo, não trabalhar. Jovens que antes entravam no mercado de trabalho muito cedo agora estão estudando mais. Isso levou de fato o setor de serviços a um aumento salarial, a ter ganhos salariais."
"Acostumada desde sempre com parcela da população brasileira ainda na 'senzala', a classe alta que agora quer empregada doméstica tem que pagar mais caro. Isso faz parte do amadurecimento do país, faz parte da distribuição de renda mais igualitária. O Brasil vai ter que passar a conviver com isso. Daí a isso virar uma causa de desemprego em massa há uma distância muito grande", acredita Lopreato.
Estagflação e eleições
Para Heron, mesmo em um cenário de crescimento baixo e inflação pressionada, não estamos em um quadro de estagflação, que dependeria de outras circunstâncias. O cenário econômico brasileiro está permeado de incertezas, mas seria uma incerteza associada ao processo eleitoral. Seria preciso verificar se, superada essa fase de campanha eleitoral, a economia volta a crescer.
"Há um estancamento dos investimentos, preocupação em relação ao futuro, tanto por parte dos empresários quanto por parte dos consumidores, como já ocorreu em outros períodos como no período da eleição do Lula, em 2002.
Tem algo importante que é justamente a questão eleitoral, que apresentará uma definição a partir do final de outubro. Com essa definição, nós podemos ter as duas coisas, melhora na atividade econômica na sequência da eleição."
Se estivéssemos no meio do mandato da presidente atual, a discussão sobre a estagflação seria preocupante. A situação, no entanto, pode piorar depois das eleições, mas o mais provável, acredita Heron, é que haja uma melhora.
O resultado tem sido afetado pela expectativa com as eleições, as pessoas estão com medo de comprar, e as empresas postergam investimentos. Tudo isso, conforme indica o professor, inclusive, acaba levando ao que estamos vendo, possibilidade de recessão técnica.
Lopreato, por sua vez, reforça que estagflação é quando nós temos um movimento de queda com inflação durante tempo prolongado, o que o professor não acredita que seja o caso do cenário econômico atual.
Eleições em um país em desenvolvimento
O desempenho da economia e as eleições são uma via de mão dupla, conforme explica Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria. Ao mesmo tempo que uma recuperação favorece o governo, as expectativas acabam afetando o humor dos agentes econômicos - fenômeno típico de países em desenvolvimento, que acaba colocando alguns pilares da política econômica em risco.
Este risco fica ainda mais intenso quando um candidato é visto como um potencial de risco.
"Isso tudo parte de uma percepção que é preciso passar por ajustes importantes para garantir uma trajetória de crescimento. O ideal seria que as políticas fossem no horizonte de longo prazo, para garantir a estabilidade das regras do jogo.
Mas o calendário político é de curto prazo, tem uma renovação. Nos países avançados, esses são dilemas resolvidos. Já que têm instituições econômicas sólidas, ficam relativamente protegidos da alternância de governos", salienta Cortez.
Lopreato concorda com Cortez. Nos Estados Unidos, sugere, mesmo em caso de mudança de um governo republicano para um democrata, ou vice-versa, a entrada de um novo presidente não traz mudanças tão substanciais para a condição de um país, a política econômica não muda, não são alterações tão expressivas.
A chegada de Obama ao poder, mesmo representando uma grande novidade, não significou nenhuma alteração substancial para o mercado.
"A economia brasileira é um tumulto, ganhou uma estabilidade maior com o governo Lula, mas ainda está longe de ser uma situação semelhante a dos EUA. As mudanças aqui ainda são muito expressivas, mesmo do Lula para a Dilma, apesar de ser uma continuidade", conclui Lopreato.
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