Total de visualizações de página

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Efeitos de "Avatar" salvam "Planeta dos Macacos"

 

CULTURA -- CINEMA




Plantão | Publicada em 25/08/2011 às 11h35m

Reuters/Brasil Online

     
    $--::-::--$ SÃO PAULO (Reuters) - A chocante cena final de "Planeta dos macacos", de 1968, com a imagem destruída da Estátua da Liberdade numa praia, comprova para o incrédulo protagonista, o astronauta George Taylor (Charlton Heston), que ele está na Terra dominada pelos primatas e não em um planeta misterioso, no qual a Teoria da Evolução teve outro desdobramento.

    Em "Planeta dos Macacos: A Origem", o grande blockbuster da semana, que manteve por duas semanas consecutivas a liderança na bilheteria americana (agora, está em segundo lugar), o diretor Ruppert Wyatt revela como tudo aconteceu, fruto de efeitos colaterais de experiências genéticas fracassadas para encontrar a cura de doenças neurológicas degenerativas, como o mal de Alzheimer.

    Mas, ao contrário do filme original, uma ficção científica inesquecível, inspirada no livro do francês Pierre Boulle, aqui o que mais chama a atenção são os efeitos especiais que utilizam a técnica de motion capture desenvolvida em "Avatar" e permitem ao ator Andy Serkis, que veste a pele do chimpanzé César, um desempenho espetacular.

    O roteiro atual é apenas pretexto para a continuidade da saga, com os macacos já rebelados e os homens enfrentando uma epidemia mortal.

    Will Rodman (James Franco) trabalha em um laboratório que utiliza chimpanzés em pesquisas para a cura de doenças neurológicas. O cientista tem um interesse especial na pesquisa, pois seu pai (John Lithgow) sofre de Alzheimer. Os resultados parecem, à primeira vista, muito promissores. Uma fêmea, submetida a um novo medicamento, demonstra um rápido desenvolvimento intelectual. Mas, repentinamente, ela fica agressiva, foge da jaula, espalha o pânico no laboratório e acaba morta por um segurança.

    O motivo da agressividade, descoberto pouco depois, é que ela teve um filhote e procurava protegê-lo. Todos os animais remanescentes são mortos e Will leva o filhote para sua casa. Batizado de César, ele faz companhia para seu pai e demonstra uma rara inteligência.

    O cientista passa a acreditar que as drogas testadas na mãe do animal são responsáveis pelo progresso. Will adapta a casa para uso do chimpanzé, mas será difícil mantê-lo afastado do mundo exterior. Numa de suas fugas, ataca um vizinho e é removido para um centro de primatas. Aí começarão os problemas de César e, consequentemente, de toda a humanidade.

    Como nos filmes sobre prisões, César sofrerá maus tratos, precisará aprender a conviver com os outros de sua espécie e aprenderá a não confiar nos seres humanos. É o que basta para ele alimentar uma revolta que canalizará, no momento oportuno, em rebelião.

    Se o filme ganha em ação nessa segunda parte, com o triunfo dos efeitos especiais, perde em credibilidade, até então conseguida com as cenas de laboratório e a discussão dos limites éticos do uso de animais em experiências científicas. Mas, como o que interessa mesmo é a ação, só nos resta acompanhar as peripécias de César no comando de seus legionários rebelados, forte candidato à estatueta de melhor chimpanzé na próxima festa do Oscar.

    (Por Luiz Vita, do Cineweb)

    * As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

    Zz_______________________  XXxxX  _____________________________  XxxXX  _________________zZ

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário