SÃO PAULO NOTÍCIAS
Touro Pesadelo virou marca de roupas, botas e bonés.
Animais mais ‘estrelados’ saltam durante as finais do rodeio.
Touro Pesadelo, um dos mais caros em Barretos,
em ação durante rodeio (Foto: Divulgação)
!!#-=:=-#!! Os touros mais valorizados na Festa do Peão de Barretos, que teve início nesta quinta-feira (18) no interior de São Paulo, podem custar o mesmo que um carro de luxo ou um apartamento. Entre eles, está o animal Pesadelo, de 8 anos, cujo valor pode alcançar R$ 1 milhão, segundo seu proprietário, o empresário Ricardo Bentinho. Mas mesmo quem tiver todo esse dinheiro não conseguirá comprá-lo tão fácil. “Pesadelo é uma atração. Hoje eu não vendo ele de jeito nenhum”, diz o dono da Companhia 3B.
Ele explica que o valor do touro é alto porque também virou nome de uma grife. “Esse valor foi atribuído por uma agência que fez um levantamento da marca que ficou agregada ao nome Pesadelo. Ele já tem uma grife também de roupa, vende camisa, bota, camisetas, bonés. É uma marca, por isso o valor”, diz o empresário. Bentinho é proprietário de 90 touros que saltam em rodeios.
Pesadelo só disputará as finais de Barretos, durante os dois domingos da festa. A fama que ganhou se deve às notas altas que os peões alcançam quando montam o animal, justamente pela dificuldade em permanecer os oito segundos regulamentares. “Se o peão consegue parar em cima dele, sempre alcança acima de 90 pontos”, diz. A pontuação máxima durante as montarias em touros é 100.
Outros dois animais valiosos em Barretos são Agressivo e Britânico, ambos da Companhia Paulo Emílio. Os dois são avaliados em cerca de R$ 300 mil cada um. O primeiro, com quase 1 tonelada, foi considerado um dos melhores touros do rodeio de Barretos do ano passado. Também era de Paulo Emílio o touro mais famoso e temido nas arenas de rodeio: Bandido, que morreu em janeiro de 2009. Nenhum desafiante conseguiu ficar mais de oito segundos em cima dele.
Haverá cerca de 500 touros e 500 cavalos durante a competição em Barretos, segundo a assessoria do grupo “Os Independentes”, que organiza a festa. Os touros mais “estrelados” só entram na arena nas finais. Cerca de 400 homens e 200 mulheres participam do rodeio em Barretos, em todas as modalidades disputadas.
Mordomias
Os touros que participam da 56ª edição da festa têm vida cheia de regalias que a maioria dos animais nunca experimentará. Entre as “mordomias” a que são submetidos estão sessões de natação, corrida e alimentação balanceada.
O treino dos bichos começa cedo. “Quando eles têm 2 anos, são testados para ver se são bons puladores ou não”, diz o tropeiro Thiago Mega, de 23 anos. Essa característica independe da agressividade do animal. “Muitos dos touros usados no rodeio são bem mansos. Ele pular ou não é de nascença.”
Touros desfrutam de comida, água e sombra das
árvores em Barretos (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Quando o proprietário do animal verifica que ele é saltador, o separa do restante do rebanho e começa a treiná-lo junto dos outros bichos usados em rodeios. Além de receber uma alimentação mais balanceada, ele é levado para represas ou lagos para nadar e para corredores forrados de areia para correr. O objetivo dos exercícios é aumentar seu fôlego e sua resistência física. Quando o bicho chega aos 4 anos, passa a frequentar os rodeios.
Os exercícios ficam restritos às fazendas onde os touros são treinados. Quando chegam ao palco do rodeio – no caso de Barretos, no Parque do Peão –, eles desfrutam de sombra, água e comida apenas.
A natação e as corridas passaram a ser aplicadas aos animais por conta do alto nível dos atletas que competem nos rodeios. “Antigamente, quem montava não estava preparado. Agora, os peões têm personal trainer, fazem uma dieta balanceada, treinam bastante. Se os animais não passassem por algo semelhante, não aguentariam”, diz o médico veterinário Tenório Vasconcelos, especializado em animais de grande porte.
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