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sábado, 17 de maio de 2014

Síntese da conjuntura: o crédito fácil e a inflação

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16/05 às 11h51 - Atualizada em 16/05 às 11h56
Postado às 14h10m
A Confederação Nacional do Comércio (CNC), em seu boletim “Síntese da Conjuntura”, elaborado pelo economista e ex-ministro do Planejamento, Ernane Galvêas, faz as análises do atual cenário econômico.



Veja abaixo a publicação de quinta-feira (15/5):

A atual política econômica doBrasil está baseada na expansão fácil do crédito subsidiado do BNDES e da Caixa Econômica, cujos recursos são, basicamente, fornecidos pelo Governo. Nos últimos 12 meses, a expansão do.

BNDES chegou a 15,9% e a da CEF a 32,2%. 
Nas economias modernas, o crédito substituiu a moeda como instrumento de liquidez. Na medida em que essa liquidez é gerada pelos dois grandes bancos públicos, ela se derrama por toda a economia, em ritmo superior à geração de bens e serviços. Em consequência, surgem as pressões inflacionárias. 

Ao lado do déficit público, a expansão do crédito é, sem dúvida, a causa mais importante da inflação. 
A ação do Governo, pois, gera a inflação, com permanente tendência para superar os 6,5% da meta superior explicitada pela política monetária. 

Então, o Governo, para controlar a inflação que ele próprio gerou, recorre ao expediente relativamente fácil – e desaconselhável – de represar os reajustes de preços dos combustíveis, da energia elétrica, dos transportes urbanos, além de utilizar a taxa de câmbio com esse mesmo propósito. 

Por essa via, conseguiu desestruturar administrativa e financeiramente duas das mais importantes empresas nacionais, a Petrobras e a Eletrobras.
Esse é o “angu de caroço” com que convive hoje a economia brasileira. 

E como uma coisa puxa a outra, as pressões inflacionárias que se alimentam do déficit público e da expansão do crédito levaram a outro equívoco, qual seja o da elevação da taxa de juros básica e da valorização cambial, cujos resultados, somados, constrangem a poupança nacional e os investimentos, dando origem ao déficit persistente nas Contas Correntes do Balanço de Pagamentos. 
Pôr ordem nesse imbróglio financeiro e fiscal não vai ser fácil. 

CONJUNTURA POLÍTICOSOCIAL 
A rigor, não existe no Brasil uma situação econômica de crise, embora seja crítica a fase que atravessa a indústria e a paralização do comércio exterior. No contexto econômico global, o crescimento econômico em torno de 2% neste ano não configura recessão, do mesmo modo que a inflação ao nível de 6,5% continua administrável. 

E temos ainda a taxa de desemprego no mais baixo nível histórico (5%). 
O que realmente tumultua e preocupa, na conjuntura atual, é o estado social fora da lei e da ordem. Vários grupos de baderneiros se organizam como milícias, que se entrosam e se programam por meios eletrônicos, com rapidez e alcance surpreendentes. 

Os baderneiros aproveitam as manifestações cívicas pacíficas e as greves legais e vão às ruas como vândalos, quebrando vitrines de lojas e bancos, incendiando ônibus. Na greve dos motoristas no Rio de Janeiro, foram incendiados 467 ônibus, deixando a população sem meios para regressar às suas casas, no final do dia. 

O que se vê nos movimentos de rua, desde meados do ano passado, é a falta de uma reação eficiente do poder público capaz de assegurar a lei e a ordem, como manda a Constituição da República, e contrapor-se à baderna e à violência. O Brasil se equipara, hoje, a muitos países africanos e também à vizinha Venezuela, uma espécie de antessala do Brasil de amanhã. 

ATIVIDADES ECONÔMICAS 
O grande drama que o País vive, neste momento, é a perspectiva de racionamento de energia, por falta d’água nos reservatórios da região Sudeste. A falta de chuvas ameaça 200 cidades paulistas. 

O Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos informa, com base nos dados da PNAD/IBGE, que o PIB cresceu na última década 27,8%, enquanto a renda média avançou 52% e o extrato dos 10% mais pobres teve ganhos de renda de 106%. Esses seriam os benefícios proporcionados pela política social. 

De outro lado, pesquisa divulgada pelo Jornal Valor esclarece que 88% dos 300 executivos brasileiros consultados não planejaram aumentar seus investimentos em função da Copa do Mundo. Da mesma forma, o consumidor brasileiro está mais pessimista sobre a situação financeira e o emprego (ACSP). A inadimplência no varejo teve crescimento recorde de 8,6% em abril, em relação a abril/13. 

Indústria 
A mudança de metodologia do IBGE elevou a expansão da indústria em 2013 de 1,2% para 2,3%, mas a produção industrial continua patinando. Em março, houve queda de 0,5%, acumulando no trimestre crescimento de apenas 0,4%, com destaque para a queda de 0,6% em bens intermediários e de 0,9% em bens de capital. O uso da capacidade instalada recuou de 81,9% em fevereiro para 80,9% em março (CNI). O consumo de energia elétrica caiu 3,1% em abril (ONS). 

A produção da indústria automobilística recuou 12% em quatro meses, com queda de 5% nas vendas e 32% nas exportações. Mas a produção de motos cresceu 18,7% em abril. No 1º trimestre, a produção de petróleo no País caiu 2%. 

A indústria Klabin aumentou sua capacidade de produção de papel para embalagens de 350 mil toneladas para 440 mil. Segundo a Fiesp, a indústria paulista teve o pior março da história, com queda de 1,9% ante fevereiro. 

Comércio 
O comércio varejista continua crescendo fortemente, mas perdendo força. Em março, as vendas dos supermercados caíram 7,8% em relação a março/13, mas subiram 6,9% ante fevereiro. No acumulado do ano, subiram 5,18% (Abras). Entre janeiro e fevereiro, a receita do setor Serviços caiu 3,0%, principalmente serviços prestados às famílias (-12,2%). 

De acordo com as previsões da CNC, as vendas do varejo devem chegar a 5%, em 2014. A inflação persistente corrói o poder de compra dos consumidores. A intenção de consumo das famílias (ICF) caiu 4,1% em abril, ante abril/13. Em São Paulo, 51,1% das famílias estão endividadas (Peic – Fecomércio-SP). 

A greve rodoviária no Rio de Janeiro terá produzido uma queda de 70% nas vendas (CDL-Rio). O mercado de navegação doméstica (cabotagem) cresceu 27% no 1º trimestre. 

Agricultura 
O valor bruto da produção agropecuária vem registrando forte aumento anual desde 2010, com destaque para soja e bovinos, e queda no setor canavieiro e avícola. Em 2014, o valor bruto da produção de soja deve chegar a R$ 100 bilhões (+10%), com safra de 86,6 milhões de toneladas. 

A safra total 2013/2014 deve alcançar 191 milhões de toneladas (+1%). Os estoques da CONAB chegam a 1,2 milhões de toneladas em soja, inclusive farelo e óleo, 2 milhões de arroz, 493 mil de feijão e 9,5 milhões de milho. 

Caíram 34% as exportações de etanol, com aumento do consumo interno e alta de preços. A melhora de preços do café e um aumento do volume exportado elevaram a receita do setor. Em abril, o valor da saca chegou a US$173, ante US$ 138 em janeiro. Até abril, as exportações alcançaram 11,5 milhões de sacas e receita de US$ 1,76 bilhão. 

Mercado de Trabalho 
Segundo o IBGE, o total de postos de trabalho encolheu 2% no 1º trimestre, face ao menor dinamismo na indústria. O valor da folha de pagamentos aumentou 1,5% em fevereiro, mas caiu 2,1% em março. 

O avanço do salário nominal está menor nos últimos meses, mas ainda cresce acima da inflação. De janeiro a março, 96,5% das convenções coletivas geraram aumentos reais de salários. 

Segundo a PME/IBGE, o emprego urbano nas seis maiores regiões metropolitano caiu cerca de 9% no 1º trimestre, mas aumentou 22,6% no restante do País. 

Setor Financeiro 
Pela primeira vez em dois anos, os saques nas cadernetas de poupança (R$ 124,1 bilhões) foram maiores que os depósitos (R$122,8 bilhões), possivelmente devido ao melhor rendimento dos fundos de renda baixa e ao aumento do endividamento das famílias. 

O BNDES deverá continuar expandindo fortemente seus empréstimos até o final do ano, com a garantia de novo aporte de R$ 30 bilhões do Tesouro Nacional, conforme a MP nº 633. Serão emprestados R$6,2 bilhões à Vale, para expandir a produção e o setor logístico. 

Os bancos brasileiros, de um modo geral, inclusive o Banco do Brasil, o Bradesco e o Itaú, registram forte aumento de lucro no 1º trimestre. A Caixa Econômica está promovendo um Feirão da Casa Própria, para venda financiada de 300 mil imóveis. 

Inflação
Em abril, a inflação deu sinal de afrouxamento em todos os índices do varejo e do atacado. O IPCA/IBGE subiu 0,67% em abril contra 0,92% em março, assim como o IPC/FIPE (de 0,74% para 0,53%), o IGP-DI/FGV (de 1,48% para 0,45%) e o IGP-M/FGV (de 1,67 para 0,78%). A maior queda se deu no IPA-DI/FGV (de 1,91% para 0,27%), sinalizando menor pressão de alta de preços no atacado. Os preços dos alimentos e transportes subiram menos em abril. 

Tiveram início os reajustes das tarifas básicas. A conta de luz subiu 17,5% para o consumidor residencial e 25% para as grandes indústrias, conforme decisão da CELPE, autorizada pela ANEEL. 

Muitos grupos de grande peso no consumo das famílias já sobem acima da inflação média em 12 meses encerrados em abril. É o caso de alimentos (7,38%), habitação (7,62%), artigos de residência (6,83%), saúde e cuidados pessoais (6,62%), despesas pessoais (8,67%) e educação (8,65%). 

Apenas três grupos avançam em ritmo inferior à média: vestuário (4,75%), transportes (3,62%) e comunicação (0,59%). 
Outro foco de pressão veio da energia elétrica, cuja tarifa subiu, em média, 1,62% em abril e pressionou o grupo habitação (0,87%). 

Setor Público 
A arrecadação federal em março atingiu R$ 86,6 bilhões (+2,5%), acumulando no 1º trimestre R$ 293,4 bilhões, um aumento real recorde de 2,1%. A alta esperada para o ano é de 3,5%. De janeiro a março, o setor público poupou R$ 25,6 bilhões para pagar R$ 56,6 bilhões de juros, resultando um déficit nominal de R$ 31 bilhões. 

As empresas distribuidoras de energia contrataram empréstimo nos bancos de R$ 11,2 bilhões, para cobrir a defasagem de tarifas e vão necessitar mais R$ 7,9 bilhões do Tesouro. A Eletrobras planeja investir R$ 14 bilhões.

Pela segunda vez no ano, o BNDES vai utilizar parte de suas reservas para pagar dividendos ao Tesouro. Em fevereiro foram R$ 2 bilhões e, em março, R$ 1,85 bilhão. No ano passado, foram R$ 7 bilhões. 
Por falta de trilhos, vai parar a Ferrovia Norte Sul. 

Setor Externo 
A balança comercial brasileira em maio promete repetir o resultado positivo de abril. Até 11 de maio, foram US$ 6,2 bilhões de exportações e US$6,0 bilhões de importações. No ano, o déficit acumulado é de US$ 5,340 bilhões. A crise de energia vai exigir maior importação de gás para as termoelétricas. 

O intercâmbio comercial com a Argentina, em abril, registrou queda de 27,3% nas exportações e 20,6% nas importações. O investimento estrangeiro direto (IED) continua forte, em média anual de US$ 64 bilhões em 12 meses, até março. Para 2014, projeta-se US$ 55 bilhões. Os investimentos em renda fixa chegaram a US$ 5,8 bilhões, em março. 

Na área internacional, destaca-se a lenta melhoria econômica dos Estados Unidos, com projeção de 3,3% de crescimento do PIB, em 2014. Em abril, foram criados 288 mil novos empregos, e recuo do desemprego para 6,3%, com previsão de forte crescimento na produção de petróleo para 8,46 milhões de b/d em 2014. O FED anunciou novo corte de US$ 10 bilhões na compra de títulos em poder dos bancos.

Na Europa, o desemprego permaneceu em 11,8% em março, ligeiramente inferior a fevereiro. Portugal, depois de três anos, dispensou a ajuda financeira do FMI. A crise da Ucrânia continua e o País já recebeu a primeira parcela da ajuda de US$ 3,2 bilhões do FMI, no total de US$ 17 bilhões. A produção industrial do Reino Unido caiu 0,1% em março, ante fevereiro. 

Na Ásia, registra-se uma lenta redução no crescimento industrial da China, que caiu de 8,9% em março para 8,7% em abril. Também há um efetivo decréscimo na construção de novas residências.
Em função da menor demanda chinesa, o preço do minério de ferro caiu 20% e chegou a US$ 108/tonelada.

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