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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

‘Minha saída é estratégica’, diz Freixo sobre temporada fora do país

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BRASIL -- RIO DE JANEIRO  -- FATOS POLICIAIS


Deputado estadual afirmou que decisão foi por conta de ameaças.
Ele respondeu a um convite da Anistia Internacional.


Do G1, com informações da Globo News



!!*-:-:-*!! Após aceitar o convite da Anistia Internacional, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), do Rio de Janeiro, afirmou, na noite desta segunda-feira (31), em entrevista ao Jornal das Dez, da Globo News, que decidiu passar uma temporada fora do país por questões estratégicas.

Menos de três meses após a execução da juíza Patrícia Acioli, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, ameaças de morte obrigaram o deputado a tomar a decisão.

Só nos últimos dias, o deputado foi informado de sete ameaças de morte. Para ele, além das prisões, é preciso tirar a fonte financeira das milícias, como o controle do transporte alternativo e TV clandestinas. O deputado classificou as mílícias como uma "máfia que tenta calar o pode público". Freixo ressaltou, ainda, que o combate ao crime organizado deve envolver todo o estado.



Ainda sobre a sua temporada fora do país, o deputado ressaltou que essa não é uma forma de recuo. Ele reafirmou a sua proposta de combater as milícias e disse que retorna ao Brasil ainda neste mês, sem abrir mão da sua função pública.

"A minha saída é uma saída estratégica porque tem uma pressão muito grande. São sete ameaças e eu não posso brincar com isso. A Patrícia Acioli recebeu as mesmas ameaças e nós vimos no que deu. Então é um tempo de reorganizar a minha segurança, mas eu volto ainda no mês de novembro para continuar esse enfrentamento”, disse o deputado.

CPI das Milícias
Freixo está no segundo mandato de deputado estadual e sempre esteve ligado a denúncias de grupos de extermínio. Em 2008 foi o presidente da CPI que investigou a ação das milícias no Rio e terminou com o indiciamento de mais de 220 pessoas, inclusive políticos e policiais. Desde então, ele passou a sofrer ameaças. Na semana passada, ele também pediu proteção para o filho.

“Não é uma viagem planejada, nem uma viagem dos sonhos. A Anistia Internacional é uma parceira de muitos anos na luta em defesa dos direitos humanos, eles estão insistindo a algum tempo para que eu saia um pouco desse foco. Ninguém mais pode duvidar da capacidade criminosa desses grupos. Porque, enfim, eles foram capazes de torturar jornalistas, matar uma juíza, são capazes perfeitamente de matar um deputado", completou Freixo.



O deputado atribuiu as ameaças ao trabalho que ele realiza na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele afirmou que não possui nenhum problema particular ou pessoal com as milícia: “Não devo nada às milícias, não tem isso. Como é a mesma coisa do caso Patrícia Acioli, foi morta pelo exercício da sua função como juíza. E mais, como é bom lembrar, a Patrícia foi morta por pessoas que usaram as armas da própria polícia, com munição da própria polícia. Isso não foi um descuido, isso foi um recado”, disse.

Pedido de escolta

A Secretaria de Segurança Pública do Rio afirmou em nota que o deputado Marcelo Freixo solicitou escolta para seu filho, por meio de uma carta, no dia 26 de outubro. Ainda de acordo com a secretaria, a escolta foi solicitada para começar em novembro.


Ofício enviado à secretaria pelo deputado Marcelo Freixo (Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública)
Ofício enviado à secretaria pelo deputado Marcelo
Freixo (Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança
Pública)

A secretaria enviou uma carta à presidência da Alerj nesta segunda informando que todas as ameaças ao deputado "foram verificadas e devidamete processadas", mas, "que esse tipo de investigação, por envolver a segurança de pessoas é realizada de forma sigilosa". E que o pedido de escolta foi "prontamente aceito" e "no mesmo dia, o comando da PM entrou em contato com o parlamentar".


A secretaria diz ainda que a segurança de Freixo é feita por diversos policiais da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).

A secretaria divulgou também a carta enviada por Freixo solicitando a escolta. No entanto, no ofício, não é explicitado que a escolta só fosse iniciada em novembro. Ele pede, em caráter preventivo, segurança para o filho.



Já Freixo destacou que solicitou segurança para a família em 27 de agosto: "Dizer que as investigações foram feitas em caráter sigiloso, foi sigiloso demais, porque nem eu sei do resultado dessa investigação. Eu imagino que, mais do que o secretário, eu tenho o interesse em saber que investigação é essa. Foram 276 denúncias de informações e planos e nenhuma delas eu recebi um retorno da Secretaria", disse o deputado.

Documento relata atentado

No dia 17, representantes de diferentes partidos políticos e entidades se reuniram num ato em defesa do deputado, depois que um documento da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar apontou que Freixo seria alvo de um atentado.



O documento da PM, endereçado à Coordenadoria Institucional de Segurança da Alerj, indica que o miliciano conhecido como Carlão planejava o assassinato de Marcelo Freixo. De acordo com a Coordenadoria, o miliciano receberia dinheiro de um ex-PM se executasse o deputado.


"É uma situação de total insegurança e muito grave, porque nada mais fiz do que cumprir a minha função como parlamentar. Então, quem cumpre a sua função pública, ser ameaçado de morte por isso é muito grave. E a gente está falando do principal crime organizado no Rio de Janeiro: a milícia hoje é o mal maior que tem no Rio. Então, evidentemente, precisa ser enfrentado. E é inadmissível que depois de matarem uma juíza, ameacem matar um parlamentar. E quantas outras pessoas mais virão antes de eles serem detidos? É muito importante que se busque deter o poder econômico e territorial desses grupos. Só as prisões não vão resolver", defendeu Freixo na ocasião.
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