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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Empresas de internet são fontes para polícia


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Por Agências

Google, Facebook, Twitter, a fabricante de celulares BlackBerry e outras empresas recebem pedidos de informações cotidianamente

|:|*-.=.-*|:| NAIRÓBI – Companhias de internet como Google, Facebook e Twitter estão sendo cada vez mais frequentemente associadas a operações de vigilância, considerando que as informações que recolhem se mostram irresistíveis para as agências policiais, disseram especialistas em web nesta semana.


Ainda que essas empresas tentem manter a confidencialidade das informações de seus usuários, seus modelos de negócios dependem de explorar esses dados para a venda de publicidade direcionada e, quando os governos exigem que as informações lhes sejam transmitidas, elas têm poucas chances a não ser acatar.


Indicações de que a Research in Motion, fabricante do BlackBerry, poderia fornecer à polícia britânica dados sobre os usuários de seu serviço de mensagens instantâneas, depois que este foi usado para coordenar manifestações em Londres no mês passado, causaram indignação –da mesma forma que a espionagem de governos mais opressivos contra os usuários de mídias sociais.


Mas o vasto volume de dados pessoais que empresas como o Google recolhem para executar suas operações se tornou precioso demais para que governos e a polícia possam ignorá-los, disseram representantes do setor durante o Internet Governance Forum, em Nairóbi.


“Quando existe a possibilidade de que a informação seja obtida, algo que no passado seria impossível, é perfeitamente compreensível que as agências policiais se interessem,” disse o vice-presidente de divulgação de internet no Google, Vint Cerf, em entrevista à Reuters.


“A questão passaria a ser determinar quais são as normas corretas, e isso evidentemente gera muito debate,” afirmou Cerf, visto como um dos “pais da internet” por seu trabalho inicial em áreas que incluem protocolos de comunicação e e-mail.


Demandas governamentais para que empresas de internet forneçam informações sobre usuários se tornaram rotina, de acordo com Christopher Soghoian, pesquisador e ativista da privacidade online que baseia seu trabalho nas leis nacionais de acesso à informação.


“Toda empresa de telecomunicações e internet dos Estados Unidos conta com uma equipe considerável de funcionários cujo único trabalho é responder a pedidos de informação,” disse Soghoian em entrevista à Reuters.


** / REUTERS
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