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domingo, 4 de outubro de 2015

Lagarde: ‘Não há dúvida de que o país atravessa tempos difíceis’

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Para diretora do FMI, restauração de superávit em 2016 é ‘passo na direção certa’

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Lagarde recomenda reformas em infraestrutura e capital humano - Antonio Scorza / Arquivo O Globo

RIO - Quase meio século depois de sua realização no Brasil, as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial voltam a ter sede em um país da América Latina, desta vez no Peru. 

Antes de sua chegada a Lima, em entrevista exclusiva por e-mail a editores do Grupo de Diários América (GDA), a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, falou sobre as “sérias dificuldades econômicas” do Brasil e sobre as “incertezas” geradas na esteira da crise política, que tem como centro a investigação na Petrobras. 

E destacou que a restauração do superávit fiscal em 2016 é “um passo na direção certa”, a fim de manter o país como “motor de crescimento da região”. Além disso, a chefe da entidade avalia que a queda no preço das commodities afetou não só o nível de renda dos países da região como os investimentos. O resultado é uma queda no potencial produtivo. Neste cenário, recomenda reformas em infraestrutura e capital humano.

“El Comercio" (Peru): Se a história nos ensina algo, é que as crises financeiras mundiais se repetem. Na visão do FMI, quais são as novas fontes de risco?

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Estamos em melhores condições hoje do que há cinco anos, por exemplo, para tornar os sistemas financeiros globais mais resilientes. As autoridades de todo o mundo fizeram progressos significativos na definição de requisitos de capital e liquidez mais rigorosos e na aplicação de sobretaxas de capital aos megabancos internacionais, além de regras claras em matéria de supervisão e resolução. 

Dito isso, é óbvio que para nos anteciparmos à próxima crise, precisamos avançar mais em outras áreas importantes. Por exemplo, o modelo de “bancos gigantes”, que são grandes demais para quebrar, ainda é problemático. A opacidade dos balanços também preocupa; a atividade bancária paralela ainda é uma área que parece concentrar riscos. Também precisamos de mais consistência nos regulamentos mundiais e na sua aplicação, sobretudo em áreas como a resolução de bancos.

Por isso, apesar dos progressos, concluir a reforma do setor financeiro ainda é um objetivo fundamental para garantir que tenhamos um sistema financeiro global que apoie a estabilidade e o crescimento.


“El Comercio": As taxas de juros dos EUA continuam em 0% desde 2008, e na Europa e no Japão é possível que as taxas permaneçam negativas por vários anos. Isso força os investidores a ir em busca de riscos para obter um retorno. O que o FMI está monitorando nesse aspecto?
Como assinalei, para estar à frente da evolução dos acontecimentos, precisamos continuar a fazer progressos na transparência do setor financeiro, aperfeiçoando a regulamentação nos planos nacional, regional e internacional e — acima de tudo — continuando a colaborar para atingirmos a meta de um setor de serviços financeiros sólido e resiliente que apoie a economia real de forma eficaz.

O GLOBO: Recentemente, a S&P baixou a nota de crédito do Brasil e, além disso, o governo enfrenta enormes dificuldades políticas no Congresso para aprovar um ajuste fiscal para 2016. O Brasil é uma decepção? Qual a gravidade da situação do país?
Em primeiro lugar, é óbvio que o Brasil enfrenta sérias dificuldades econômicas. A previsão é que a economia sofra forte contração este ano devido à queda do investimento e do consumo, sendo provável que permaneça em território negativo em 2016 (nossas previsões revistas serão publicadas nesta terça-feira). 

Além disso, a crise política provocada pela investigação em curso na Petrobras criou incertezas que, por sua vez, afetaram a confiança de consumidores e empresas. Portanto, não há dúvida de que o país atravessa tempos difíceis e que isso já está se traduzindo em um aumento das taxas de desemprego e na deterioração das condições creditícias.

O GLOBO: Que progresso espera em termos de política fiscal?
Para melhorar a situação e recuperar a confiança, o investimento e, em última instância, o crescimento, é essencial restabelecer a sustentabilidade fiscal e fortalecer os quadros de política macroeconômica. Falando mais especificamente de política fiscal, acreditamos que a situação fiscal do Brasil teria muito a ganhar com a adoção de uma abordagem robusta, estratégica e ambiciosa, focada no alívio das pressões crônicas e estruturais da despesa. 

Isso certamente ajudaria a trazer a tendência da relação dívida/PIB para níveis sustentáveis e a estimular a confiança. Nesse sentido, saudamos os esforços envidados pelas autoridades para restaurar o superávit fiscal em 2016, que constitui um passo na direção certa para assegurar a sustentabilidade fiscal. 

Tais medidas, em conjunto com um esforço contínuo para implementar reformas estruturais destinadas a aumentar a produtividade, a competitividade, são essenciais para garantir um crescimento duradouro e preservar os extraordinários avanços alcançados pelo Brasil na luta contra a pobreza e a desigualdade nas últimas décadas.

O GLOBO: Quais as possíveis implicações de uma crise no Brasil para o restante da América Latina?
O Brasil ainda é a maior economia da região e um importante mercado emergente. Portanto, o que ocorre no Brasil afeta seus vizinhos, a região e muito mais. Esperamos que as autoridades brasileiras tomem as medidas necessárias para garantir que o país continue sendo o motor de crescimento da região.

“El Mercurio" (Chile): Quais são suas projeções para as commodities e o impacto dos baixos preços sobre as economias exportadoras, como os países da América do Sul?
Segundo nossas projeções, os preços internacionais das commodities estão baixos e, no futuro próximo, permanecerão muito abaixo dos níveis máximos registrados em 2011. É óbvio isso implica desafios contínuos para os exportadores líquidos de commodities da América do Sul — seja por seus reflexos sobre os menores níveis de renda nacional, declínio do investimento, ou deterioração dos saldos fiscais. 

Ademais, para além da deterioração das perspectivas de investimento, o potencial produtivo da região também declinou. Portanto, para restaurar o crescimento e diversificar suas economias, os países da América do Sul terão de empreender reformas de grande envergadura. Refiro-me, em especial, a duas questões: a lacuna de infraestruturas na região ainda é significativa, e é preciso melhorar o capital humano. 

Isso significa melhores redes de transportes e comunicações, melhor saneamento e abastecimento de água, sistemas educacionais mais eficientes e competitivos e melhores serviços de saúde. Isso não será possível sem elevar os níveis de investimento em infraestruturas e aumentar a poupança dos países sul-americanos, algo que não se consegue da noite para o dia. Mas uma economia mais resiliente, produtiva e diversificada é sem dúvida uma meta em que vale a pena investir.

“El Comercio": Por que o Peru foi escolhido para sediar as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial e por que é importante que as reuniões sejam realizadas nesse país?
O Peru é um país vibrante, com um rico patrimônio cultural. Ao longo da última década, fez progressos impressionantes na elevação do padrão de vida de sua população e na transformação de sua economia em um dos mais dinâmicos mercados emergentes do mundo. 

Esta é a primeira vez em quase 50 anos que as reuniões estão de volta à América Latina. A região passou por mudanças radicais desde que nos reunimos no Brasil em 1967 e as reuniões darão uma ótima oportunidade para fazer um balanço do ponto em que os países se encontram e que caminhos querem seguir.

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