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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Descoberta de papiro reacende discussão sobre mulher na Igreja


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Discussões não focam na autenticidade, que é tida como certa, mas na real importância do documento revelado ao mundo por acadêmica de Harvard

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A aparição de Jesus ressuscitado a Maria Madalena, como retratada por Duccio di Buoninsegna
Foto: Reprodução
A aparição de Jesus ressuscitado a Maria Madalena, como retratada por Duccio di BuoninsegnaReprodução
RIO - O anúncio da descoberta de um fragmento de papiro do século IV com uma suposta menção de Jesus a uma esposa provocou reações mundo afora. Revelado pela historiadora americana Karen King, uma das mais respeitadas especialistas sobre os primórdios do Cristianismo do mundo, o documento escrito em copta, um antigo dialeto egípcio que usava o alfabeto grego, tem o potencial de reacender o debate sobre o papel das mulheres não só nas origens da Igreja como hoje, diz André Chevitarese, professor do Instituto de História da UFRJ.

— Com esse texto, retoma-se um problema que não tem nada a ver com o que se passou no século IV, que é a discussão de uma percepção teológica para o século XXI, isto é, que tipo de Jesus deve servir de modelo para a Igreja de hoje — avalia. — Tudo isso faz parte de um contexto maior do que se pode chamar de uma “teologia feminista”, que busca repensar o papel das mulheres nas igrejas cristãs. O próprio Evangelho de João diz que Maria Madalena foi a única pessoa a testemunhar a ressurreição de Jesus e encarregada por Ele de levar a notícia aos outros discípulos, uma amostra da proeminência que as mulheres tinham nesta comunidade.

Um produto de antiga seita cristã
Já para o padre Jesus Hortal, teólogo e ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o texto não traz nenhuma novidade e não deve mudar em nada a visão da Igreja sobre questões como o sacerdócio feminino e o celibato do clero. Segundo ele, o papiro “tem cheiro de coisa requentada” e provavelmente é produto de seitas gnósticas que se espalharam pelo Egito na época, as quais alegavam ter “conhecimentos secretos” da vida de Jesus, como seu suposto casamento com Santa Maria Madalena.

— Basta ver que os Evangelhos Canônicos (que fazem parte da Bíblia atual) são muito anteriores ao papiro, que dizem ser do século IV — lembra. — O de São Marcos foi escrito por volta do ano 50, menos de 20 anos após a morte e ressurreição de Cristo; o de Mateus, em 60; o de Lucas, em 70; e o de João, o mais recente, em 90. Todos estavam muito mais perto dos acontecimentos e trazem narrativas de pessoas que viram e conviveram com Jesus. Enquanto isso, nos três séculos seguintes não há qualquer alusão a um casamento de Jesus com Maria Madalena, que muito tempo depois isso aparece em textos apócrifos como este, frutos de seitas gnósticas que realmente tinham interpretações muito curiosas sobre a vida de Jesus. Assim, o papiro não tem qualquer importância e se insere no contexto das comunidades e mentalidade dos gnósticos que já se conhecia.

Chevitarese, por sua vez, também reconhece que a pluralidade marca a fé cristã não só no passado como no presente.
— Não existe, assim como não existiu, um Cristianismo, mas sim vários cristianismos — lembra. — As experiências religiosas não foram dadas por Deus aos homens, mas elaboradas no seio das comunidades humanas para tentar entender o funcionamento do Cosmos e ultrapassar os limites da vida e da morte. 

Assim, as experiências de religião cristãs são multifacetadas e é isso o que o documento está nos dizendo, como também os evangelhos de Felipe, de Madalena e muitos outros textos que hoje não fazem parte da Bíblia. Os gnósticos e outros autores não estavam fazendo História, mas teologia.

Na mesma linha segue o professor de religião comparada franco-israelense Guy G. Stroumsa. Segundo ele, uma seita do século II já disseminava a ideia de que Jesus deixou descendentes.

— Não é a primeira vez que textos antigos sugerem essa teoria. Muitos realmente acreditavam que Jesus era casado, porque esse era o costume da época. Mas ninguém, nunca, encontrou a “Senhora Jesus” — brinca Stroumsa.

Autenticidade é tida como certa
Apesar do furor causado pela frase polêmica do fragmento (“E Jesus disse a eles: ‘minha esposa...’”), a autenticidade do papiro quase não enfrenta contestações. Chevitarese destaca que, além de ser uma historiadora já de renome mundial, Karen teve o cuidado de consultar outros especialistas não só em copta como em papirologia antes de anunciar a descoberta. Além disso, ela ainda pretende fazer testes com um espectrômetro na tinta do documento, o que pode ajudar a determinar sua idade com base na sua composição química.

— Ao que parece, o papiro é verdadeiro e a tradução é correta — atesta Eitan Grossman, especialista na língua copta da Universidade Hebraica de Jerusalém, colega do também professor israelense Ariel Shisha-Halevi, citado por Karen King como um dos especialistas que atestaram a veracidade do documento e da tradução. — Mas a questão é que se trata de um fragmento pequeno de um papiro que pode ser muito maior. Quer dizer: pode ser que o contexto, se fosse conhecido, mudasse o significado das frases já traduzidas — alerta.

Por fim, Serge Ruzer, estudioso da origem do Cristianismo da Universidade Hebraica de Jerusalém, considera o papiro uma descoberta fascinante não por revelar que Jesus Cristo tinha uma esposa, mas por refletir o clima da época em que foi escrito, quando cristãos de várias vertentes discutiam que feição teria a religião monoteísta que, hoje, é a maior do planeta. Mas Ruzer acredita que Jesus era mesmo solteiro por ter sido um rabino nômade e pobre. 
** (Colaborou Daniela Kresch)
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