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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Até investigadores dos EUA duvidaram de plano terrorista de iranianos, diz jornal

Amadorismo




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INTERNACIONAL



O Globo


Arbabsiar em foto de 1996 - Reuters

*-.-||\||-.-* WASHINGTON - A intrincada trama que o governo dos EUA atribui a dois iranianos causou desconfiança até entre os investigadores do caso. Segundo o jornal "Washington Post", autoridades que revelaram o suposto complô para assassinar o embaixador saudita , com ajuda de criminosos mexicanos, admitiram ter dúvidas sobre o papel do Irã e, inicialmente, questionaram o envolvimento do governo.


Menos de 24 horas depois de denunciar o plano, o governo americano passou a maior parte da quarta-feira apresentando supostas provas, não apenas para jornalistas, mas também para aliados internacionais e membros do Congresso, afirma o "Post".


Em comunicados e ligações telefônicas, autoridades dos EUA tentaram explicar como a Força Quds, unidade militar de elite do Irã, terminou envolvendo um vendedor de carros usados e um cartel mexicano num complô contra o embaixador da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, que incluía a explosão de embaixadas em Washington e Buenos Aires.


Diplomatas ocidentais que foram contactados em particular nas Nações Unidas, em Nova York, mostraram preocupação com a possibilidade de que a duvidosa qualidade do plano motive teorias conspiratórias. Um deles afirmou ao jornal que "todos ficaram surpresos com o amadorismo" do complô.


Um dos acusados, Mansur Arbabsiar, naturalizado americano, foi preso há duas semanas. O outro suspeito, Gholam Shakuri, estaria no Irã, onde serviria na Força Quds. A trama foi descoberta quando Arbabsiar entrou em contato com um homem que acreditava ser membro de um cartel mexicano, mas era na verdade informante da agência americana de combate às drogas.


Analistas duvidam de influência do governo iraniano em complô

Além de terem sido rejeitadas pelo governo do Irã, as acusações também não receberam crédito entre os iranianos. Analistas afirmam que mesmo que o envolvimento dos dois suspeitos seja real, o presidente Mahmoud Ahmadinejad e seu governo provavelmente não teriam relação com o esquema.


A Força Quds e a Guarda Revolucionária, que também teria ligação com o complô, estão fora da zona de influência de Ahmadinejad. Líderes das duas organizações vem inclusive atacando o presidente, alvo de uma recente onda críticas de clérigos xiitas. A Guarda Revolucionária e o ministério da Inteligência iraniano estão sob controle do aiatolá Khamenei, líder supremo iraniano.


Agora, apesar da pressão do Congresso americano por medidas mais duras contra o Irã, analistas consideram que a política dos EUA para o país não deve mudar. O governo Obama deve continuar combinando um discurso duro, com ações mais comedidas. 
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