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quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Crise americana



ECONOMIA  -- -- NOTÍCIAS




Procura por títulos do Tesouro dos EUA cresce e derruba rentabilidade dos papéis





Fernando Eichenberg, Correspondente
 
//*((-((:))))*\\  NOVA YORK - A busca por títulos do Tesouro dos EUA de dez anos, os chamados Treasuries, voltou a subir acima da média, derrubando a rentabilidade desses papéis para um patamar recorde, na primeira oferta de longo prazo desde que a agência de classificação de riscos Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito dos EUA, na última sexta-feira. Quanto maior a demanda por esses títulos, menor é a sua rentabilidade.

A rentabilidade dos títulos de dez anos caiu pelo terceiro dia seguido, depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulgou um relatório sobre a economia mais sombrio do que a estimativa apresentada em junho. Nesse cenário, a demanda pelos títulos aumentam porque os papéis se tornam um porto mais seguro que os demais ativos para os investidores. O ganho extra que os investidores recebem por guardarem títulos de dez anos em vez dos papéis de dois foi o menor em mais de dois anos, devido ao temor dos investidores de que a crise europeia piore. As ações também recuaram, apagando os ganhos da terça-feira.

A rentabilidade dos títulos de dez anos caiu 18 pontos básicos, ou 0,18 ponto percentual, para 2,07%, no fim da tarde de ontem, em Nova York, segundo o índice de preços Bloomberg Bond Trader.

- Houve uma boa demanda pelos Treasuries no leilão - afirmou Ira Jersey, estrategista do Credit Suisse AG, em Nova York, um dos 20 operadores primários que são obrigados a apresentar ofertas nos leilões dos Treasuries. - A realidade é que ainda há muita debilidade em ativos de risco, na economia (americana) e na Europa. Assim, o único lugar para correr são os Treasuries, independentemente do rating de crédito do país.

O Tesouro americano anunciou o déficit público verificado ao fim do mês de julho: US$ 1,099 trilhão, cerca de US$ 70 bilhões menos em relação ao valor registrado no Orçamento do ano fiscal, que termina em 30 de setembro, no mesmo período de 2010 (de US$ 1,169 trilhão). Segundo o comunicado oficial, a diminuição se deve ao aumento de receitas. O total de despesas subiu de US$ 2,921 trilhões para US$ 2,992, trilhões, mas as receitas do governo registraram um incremento de US$ 1,753 trilhão para US$ 1,893 trilhão. Diferentes estimativas apontam um déficit para o ano fiscal de 2011 entre US$ 1,36 trilhão e US$ 1,65 trilhão.

Em uma pesquisa de opinião divulgada pela Reuters/Ipsos, 73% dos entrevistados disseram que os EUA estão em um rumo equivocado, e 47% afirmaram que "o pior ainda está por vir" para a economia. Já de acordo com a sondagem encomendada pelo jornal "Washington Post", apenas 26% dos entrevistados manifestaram sua crença na $do governo de resolver os problemas econômicos do país.

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