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terça-feira, 7 de junho de 2011

Frustração com economia derruba aprovação de Obama, diz jornal

INTERNACIONAL



DE SÃO PAULO


$sus$ Uma pesquisa encomendada pelo jornal "The Washington Post" e a emissora ABC apontou que a frustração dos americanos com a situação da economia do país já derrubou o efeito positivo que a morte do terrorista Osama bin Laden concedeu à popularidade do presidente Barack Obama em maio.

Praticamente a metade da população condena a maneira com que Obama está administrando a economia e o deficit, enquanto 37% acham que o presidente não está desempenhando bem sua função como um todo.

De acordo com o estudo os índices de desemprego, alta do preço da gasolina e queda do preço das casas estão entre os principais motivos por trás da decisão.


Jewel Samad/France Presse
Obama coloca coroa de flores no Marco Zero; sem discursos públicos em respeito à solenidade do evento

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Ainda segundo a pesquisa, 66% dos americanos pensam que as coisas no país estão indo na direção errada, e 57% defendem que a recuperação econômica após a crise financeira de 2008 ainda não começou.

O "Post" diz que as chances de reeleição no ano que vem podem ser sensivelmente afetadas pelo desempenho do governo neste período pós-crise.

Questionados sobre as eleições de 2012, praticamente metade dos eleitores já declaram que votariam no republicano Mitt Romney, que anunciou formalmente sua candidatura na semana passada.

O EFEITO BIN LADEN

Em abril, a média de popularidade do presidente dos EUA ficou em 44% e nos três dias seguintes à operação que matou Osama bin Laden "saltou" para 52%, algo considerado como um "padrão histórico" após grandes crises, de acordo com o instituto Gallup.

Nos três dias anteriores à operação, realizada no dia 1º de maio, o índice ficou na média de 46%.

Que a taxa de aprovação "saltasse" após a morte de Bin Laden era esperado, já que o mesmo ocorreu em ocasiões semelhantes na história política americana. A dúvida, no entanto, é se Obama conseguirá manter os índices em alta.

Analistas do Gallup dizem que a tendência é que os "saltos de popularidade" após grandes crises internacionais se dissipem no espaço de uma a quatro semanas.

HISTÓRICO

Uma pesquisa feita pelo Gallup registrou o aumento de popularidade de presidentes americanos logo após 48 crises domésticas ou internacionais desde 1950. A média de aumento é de 7%.

Quando George W. Bush anunciou a captura de Saddam Hussein, em 2003, sua aprovação aumentou em 7%.

No entanto, o aumento de Obama pós-Bin Laden foi muito inferior ao maior "salto" de popularidade já registrado pelo instituto, que ocorreu logo após o 11 de setembro de 2001, quando a taxa de aprovação do ex-presidente George W. Bush subiu em 35%.

Outros presidentes também tiveram aumentos maiores de popularidade no passado.

Entre eles, George H.W. Bush após o início da Guerra do Golfo, em 1991 (18%), Richard Nixon após o acordo de paz do Vietnã (16%), e novamente George H.W. Bush após enviar tropas ao Kuait (14%).

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