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terça-feira, 7 de junho de 2011

Confronto entre soldados e Al Qaeda deixam 15 mortos no Iêmen

INTERNACIONAL - -  Revoltas Árabes



DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS


Onda de Revoltas!""=""! Um violento confronto na cidade de Zinjibar, no Iêmen, deixou ao menos nove militares e seis supostos integrantes da organização terrorista Al Qaeda mortos nesta terça-feira.

O número de vítimas pode aumentar, e a agência de notícias Reuters fala em ao menos 25 vítimas.

Zinjibar está há dez dias sob o controle da Al Qaeda na Península Arábica --que usa o Iêmen como base para tentar realizar ataques ousados na Arábia Saudita e EUA-- e outros militantes islâmicos.

A cidade fica perto de uma área de passagem de navios que transportam cerca de 3 milhões de barris de petróleo diariamente.

Nesta terça-feira, soldados iemenitas e moradores aumentaram os combates para retomar Zinjibar, que tinha 50 mil habitantes, mas agora é quase um lugar fantasma por causa da batalha pelo seu controle.

A cidade recebeu ontem reforços em uma tentativa de assumir o controle dos extremistas que afirmam pertencer ao grupo Partidários da Sharia, uma organização desconhecida até então.

A agência de notícias Efe, que cita fontes iemenitas, diz que ao menos 50 supostos integrantes da Al Qaeda e 23 soldados morreram desde o fim de maio nos confrontos tanto dentro da cidade como em seus arredores.

Testemunhas citaram ainda novos combates na cidade de Taiz, ao sul da capital Sanaa.

CAPITAL

Na capital, o clima é de tensa tranquilidade em meio a um cessar-fogo mediado pela Arábia Saudita, depois de duas semanas de confrontos entre as forças do ditador Ali Abdullah Saleh e as de tribos iemenitas, durante os quais mais de 200 pessoas foram mortas e milhares fugiram da cidade.

Saleh partiu no fim de semana para a Arábia Saudita para se submeter a uma cirurgia por causa dos ferimentos sofridos durante um ataque a seu palácio na semana passada, em Sanaa --uma ausência que poderia ser uma oportunidade de desalojá-lo do cargo, depois de quase 33 anos governando o país, uma nação árabe pobre.

As potências mundiais temem que o caos possa facilitar as operações do braço da Al Qaeda no Iêmen e multiplicar os riscos para a Arábia Saudita e países vizinhos, grandes produtores de petróleo.

"Estamos pedindo uma transição pacífica e ordeira", disse na segunda-feira a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, acrescentando que isso seria o melhor para os interesses do povo iemenita.

O líder interino do Iêmen, o vice-presidente Abu-Rabbu Mansour Hadi, disse que Saleh retornaria dentro de alguns dias, mas a posição da Arábia Saudita, que tradicionalmente tem influência na política iemenita, poderá agora ser decisiva.

Autoridades sauditas dizem que não vão interferir na decisão de Saleh de retornar a seu país ou não, mas potências ocidentais podem querer reavivar um acordo de transição negociado pelo Conselho de Cooperação do Golfo com o objetivo de obter a renúncia dele.

"A partida de Saleh provavelmente é permanente", disse Robert Powell, analista para o Iêmen na Economist Intelligence Unit.

Os sauditas, bem como a União Europeia e os EUA, estão pressionando duramente para que ele fique na Arábia Saudita, já que enxergam o prospecto do seu retorno como uma catástrofe.

"Antes de sua partida, o país estava se encaminhando inexoravelmente para uma guerra civil. No entanto, sua remoção abriu repentinamente uma janela diplomática para retomar a proposta do Conselho, que parecia fracassada. Parece que a Arábia Saudita e outras partes interessadas não têm interesse em permitir que Saleh o arruine [o acordo] desta vez", disse Powell.

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